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Apostila construções e Instalações Rurais

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO 
CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES DE IMPERATRIZ 
 
 
 
CURSO DE AGRONOMIA 
 
 
CONSTRUÇÕES RURAIS 
 
 
 MSc. VALMIR DE LIMA 
 PROFESSOR 
 
 
 
 
 
IMPERATRIZ - MARANHÃO 
 2 
UNIDADE I - MATERIAIS DE CONSTRUÇÕES 
 
Definição – É todo e qualquer material de origem 
mineral ou vegetal apresentado na forma bruta ou elaborado, 
que entra na formação ou no processo construtivo de 
edificação da obra. 
Objetivo – Elaborar um projeto arquitetônico de 
construção, analisar, fiscalizar e acompanhar o processo de 
edificação de uma obra rural. 
1. Pedras Naturais – Ocorre em grande abundância na 
natureza, é de baixo custo e apresenta grande resistência. 
Conceito – É todo e qualquer material da crosta 
terrestre proveniente da solidificação do magma ou das 
transformações metamórficas de depósitos sedimentares. 
Ex.: pedra rachão para alicerce. 
1.1 Classificação 
 Silicosas ou Graníticas (azulada) 
 Calcárias (amareladas) 
 Argilosas (avermelhadas) 
As pedras devem apresentar os seguintes requisitos 
para ser considerado um bom material de construção: 
 3 
 Resistência Mecânica – é a capacidade que a rocha 
oferece de suportar as cargas que lhes são aplicadas sem 
entrar em ruptura. 
 Durabilidade – é a capacidade que a rocha oferece de 
se manter indeformada ao longo do tempo. 
 Trabalhabilidade – é a capacidade que a rocha 
oferece de ser trabalhada com ferramentas simples. 
1.2 Formas de uso da pedra 
 Brita aparelhada 
 Trabalhada batida 
1.3 Principais aplicações da rocha 
 Embasamentos de covas no alicerce e na formação 
de alvenarias originárias 
 Revestimentos de leitos, pisos e alvenarias 
 Nos concretos 
1.4 Como agregado nos concretos a brita deve 
apresentar as seguintes características: 
 Grãos de arestas vivas e uniformes; 
 Ausência de pó, restos vegetais e substâncias inertes; 
1.5. Em algumas regiões do Brasil se utiliza o seixo 
como agregado: 
 São provenientes de solos extremamente pedregosos; 
 Estes devem ser achatados; 
 4 
 Devem ser lavados para retirada do excesso de solo, 
restos vegetais e substâncias inertes; 
1.6 Obtenção da brita: Processo manual e mecanizado 
1.7 Classificação quanto ao tamanho: 0, 1, 2, 3, 4 e 5 
 
2. Areia – Sua procedência deve ser de rios de água 
doce ou de minas terrestres. Deve-se evitar a areia da praia 
por ser salina. 
2.1 Classificação – Fina (cavada), Média e Grossa 
(lavada). Essa designação é devido o teor de argila. 
É um agregado empregado na construção para 
formação de concreto e no preparo da argamassa. 
 
3. Cal 
3.1 Existem dois tipos de cal 
 Cal viva ou virgem (óxido de cálcio) 
 Cal hidratada 
A cal (CaCO3) natural quimicamente ativa cura na 
presença do CO2 (cura lenta), por isso não se usa nos 
concretos. A rocha com composição química de CaCO3, 
quando aquecida à 1000 
0
C, transforma-se em óxido de 
cálcio e libera o CO2 (cal viva ou virgem). A cal viva quando 
 5 
molhada se transforma em cal hidratada ou cal molhada. A 
cal hidratada reagindo com o CO2 forma a cal curada. 
 
 
CaCO3 1000 
0
C 
CaO + CO2 = Cal viva 
 
CaOCO2 
H2O 
Ca (OH)2 + Calor = Cal 
hidratada 
 
Ca(OH)2 
CO2 
CaCO3 + H2O = Cal curada 
 
 
3.2 Formas de uso da cal 
 Pó 
 Nata 
 Past
a 
 
3.3 Na argamassa 
 Assentamento de tijolos 
 Revestimentos de paredes 
 
3.4 Principais aplicações da cal 
 6 
 Aparelhamento de superfície (nata ou pasta) e 
argamassa (pó). 
 Pintura anti-séptica (pó ou nata). 
Nunca se usa nos concretos pelo descompasso no 
período de cura entre a cal e o cimento. 
A densidade da cal é de 450 kg/m
3
 depois de hidratada. 
Pode ser comercializada na forma virgem ou hidratada. 
 
4. Cimento – É um aglomerante artificial básico formado 
por uma mistura homogênea de calcário e argila. 
Homogeneizado e cosido a 1100 
0
C, temos o cimento 
Portland de pega normal. Quando deseja-se acelerar ou 
retardar a cura, adiciona-se outras substâncias para este fim. 
O Cimento Branco possui mais calcário do que argila. 
A densidade aparente do cimento é de 1420 kg/m
3
. 
Neste caso um saco de cimento de 50 kg mede tem 35 litros. 
O cimento deve ser armazenado em local seco, afastado 
de pisos e paredes, em embalagem lacrada, em lotes e 
consumidos por ordem de chegada. A vida útil varia de 3 a 4 
meses, por isso não pode ser estocado por muito tempo. 
 7 
 
5. Algumas definições básicas sobre algumas 
composições ou produtos 
5.1 Agregado – É todo e qualquer substrato mineral 
quimicamente inerte capaz de se unir a um aglomerante. 
5.2 Aglomerante – É todo e qualquer substrato natural 
ou artificial capaz de unir um ou mais agregado na presença 
da água. 
5.3 Argamassa Simples - É a associação entre um ou 
mais aglomerante e um agregado pequeno (Areia) na 
presença da água. 
5.4 Argamassa de Concreto – É a associação íntima 
entre um aglomerante hidráulico (cimento), um agregado 
pequeno (Areia) e um agregado grande (Brita) na presença 
da água. 
5.5 Nata ou pasta – É a dissolução de um aglomerante 
na água. 
6. Aglomerante 
6.1 Importância – Através da ação dos aglomerantes 
podemos formar: Natas, pastas, argamassa simples e de 
concreto. 
6.2 Classificação: 
 Quanto a origem: - Naturais (Argila e Cal) 
 8 
 - Artificial (Cimento 
 Quanto a reação de cura: - Quimicamente inerte 
(Argila) 
 - Quimicamente Ativo 
(Cal e Cimento) 
 Quanto ao tempo de cura: - Pega lenta (Argila) 
 - Pega normal (CP II F 
32) 
 - Pega rápida (Cal) 
 Quanto ao agente de cura: - Hidráulico (Cimento e 
Argila) 
 - Aéreo (Cal) 
A argila crua funciona como um aglomerante e 
engordurante de uma argamassa simples, graças a sua 
plasticidade. A argila seca pela perda de água de 
amassamento. 
A argila não pode ser usada em uma argamassa de 
concreto devido a sua plasticidade. 
 
7. Estrutura de Concreto – É um elemento de estrutura 
da obra que pode substituir com vantagem a madeira ou a 
alvenaria de bloco ou tijolo. 
7.1 Vantagens 
 9 
 É um produto não inflamável e que pode ser moldado 
no local da obra; 
 Formas e dimensões a critério do profissional; 
 Altamente resistente às forças de tração, torção, 
flexão e compressão; 
7.2 Desvantagens 
 Não pode ser reaproveitado; 
 É vulnerável ao choque; 
 Aumenta o custo da obra. 
7.3 Fatores determinantes da qualidade de uma 
argamassa de concreto 
 Quantidade e qualidade do aglomerante; 
 Quantidade e qualidade dos agregados; 
 Quantidade e qualidade da água de amassamento. 
7.3 Tipos de concreto: Simples e Armado 
7.4 Traços mais usados: 1 : 2,5 : 2,5; 1 : 3 : 3; 1 : 4 : 4; 
1 : 5 : 5. 
7.5 Forma de preparo: Manual ou mecanizado, preparo 
das formas, lançamento, adensamento, tempo de cura e 
retirada dos escoramentos. 
 
8. Produtos Cerâmicos – São materiais cuja matéria 
prima básica é a argila 
 10 
8.1 Processos de Fabricação 
 Manual 
 
 precário 
 Mecanizado convencional 
8.2 Vantagens do processo manual 
 Dispensa grandes investimentos; 
 Emprega mão-de-obra familiar; 
 Ciclo restritoao domínio rural; 
 Diminui o custo da obra; 
 Pode ser fabricado no local da obra. 
8.3 Desvantagens do processo manual 
 Produtos sem nenhum rigor técnico; 
 Produção limitada e sazonal; 
 Produção apenas para tijolos e telhas; 
 Método sem controle de qualidade. 
8.4 Vantagens do Processo Mecanizado 
 Produção regular e satisfatória o ano inteiro; 
 Queima em fornos especializados com economia do 
material combustível; 
 Produtos com teste de qualidade e resistência; 
 Uma gama variado de artefatos; 
 Aproveitamento racional da matéria prima. 
8.5 Desvantagem do Processo Mecanizado 
 11 
 Custo aparentemente elevado, em função do custo de 
produção e transporte. 
 
8.6 Etapas do Processo de Fabricação do Produto 
Cerâmico 
 Coleta e transporte do material argiloso; 
 Destorroamento e peneiramento; 
 Umedecimento e homogeneização; 
 Prensagem e moldagem à vácuo; 
 Secagem à sombra e empilhados; 
 Queima em forno próprio. 
8.7 Classificação dos Produtos Cerâmicos 
8.7.1 Tijolo 
Os tijolos devem apresentar: Dimensões uniformes; 
Arestas vivas e cantos resistentes; cozimento uniforme e 
total; Ausência de manchas escuras, matéria orgânica e 
materiais inertes; Deve ser de grão fino para permitir cortes 
uniformes. 
O Tijolo sem cozimento é denominado de “Tijolo Cru”, de 
uso ainda comum em certas regiões. Entretanto é de inferior 
qualidade por ser muito poroso. 
Tipos: 
 Manual 0,2m x 0,1m x 0,05m (maciço) 
 12 
 0,2m x 0,1m x 
0,05 
(Aparente
) 
 Mecaniz
ado 
0,2m x 0,11m x 
0,095 
(6 furos) 
 0,2m x 0,2m x 
0,095 
(8 furos) 
8.8 Telha – A telha de boa qualidade deve apresentar 
algumas características a mais do que um bom bloco: 
 Deve apresentar uma face vidrada; 
 Menor peso próprio possível; 
 Deve apresentar boa resistência mecânica quando 
saturada. 
Tipos: 
 
 Can
al 
Manual 0,4m x 0,11m x 
0,014m 
(36 a 
40un/m
2
) 
Mecanizada 0,4m x 0,11m x 
0,014m 
(36 a 
40un/m
2
) 
 Francesa Mecanizada 0,5m x 0,15m 
x 0,02m (28 a 32un/m
2
) 
 
 
9. Tipos de Paredes 
9.1 Quanto a Largura: 
 13 
 Parede de Cutelo: É aquela quando a largura da 
parede é igual à altura do tijolo; 
 Parede de ½ vez: É aquela em que a largura da 
parede é igual à largura do tijolo; 
 Parede de 1 vez: É aquela em que a largura da 
parede é igual ao comprimento do tijolo; 
 Parede de 1 vez e ½: É aquela em que a largura da 
parede é igual ao comprimento de 1 tijolo + o filete de massa 
+ ½ tijolo; 
 Parede de 2 vezes: É aquela em que a largura da 
parede é igual ao comprimento de 2 tijolos + o filete de 
massa. 
9.2 Quanto a Altura: 
 ½ Parede: É aquela em que a altura da parede vai do 
piso até 1,5 de altura; 
 Pé direito: A altura da parede vai do piso até o início 
da cobertura; 
 Empenas: São as paredes que estão acima do Pé 
direito e determinam a inclinação da cobertura; 
 Muros de contornos: São as paredes que estão em 
volta das instalações rurais; 
 Muretas: São as paredes abaixo de 1,0m de altura. 
Ex. aquelas dos aviários. 
 14 
10. Artefatos ou Produtos Pré-fabricados de 
Argamassa e Concreto 
 Blocos para alvenaria: Sapata (1 : 8) – 0,4m x 0,2m x 
0,2m 
 Pé direito (1 : 8) – 0,4m x 
0,2m x 0,1m 
 Blocos para laje de cobertura: Forro (1 : 6) – 0,33m x 
0,15m x 0,07m 
 Piso (1 : 6) – 0,27m 
x 0,15m x 0,07m 
 Formas para concreto: Radier (1 : 6) – 0,25m x 0,15m 
x 0,2m 
 Cinta (1 : 6) – 0,25m x 
0,15m x 0,1m 
 Elementos vazados para iluminação e ventilação em 
substituição as esquadrias: Formatos e dimensões variados 
(1 : 5); 
 Ladrilhos e blocos para revestimentos de pisos: 
Formatos e dimensões variados, quase sempre quadrados ou 
retangulares; 
 Tubos para drenagem (1 : 6) 1,0m x 0,6m x 
0,1m 
 
 15 
 
10.1 Vantagens dos blocos de concreto sobre os 
cerâmicos: 
 Maiores dimensões, abreviando o tempo de execução 
do serviço, levando a um custo menor de mão-de-obra e 
financeiro; 
 Dispensa revestimento; 
 Tem boa estética; 
 Podem ser moldado no local da obra; 
 São bons isoladores termoacústico. 
10.2 Desvantagens dos blocos de concreto sobre os 
cerâmicos: 
 Não devem ser usados em regiões áridas (são 
quentes); 
 São porosos e necessitam de tratamentos superficial 
(impermeabilizante). 
10.3 Vantagens da laje pré-fabricada de cobertura 
sobre a Laje de concreto: 
 Menor peso próprio; 
 Dispensa o taipal; 
 Resistência idêntica a convencional; 
 Permite vãos livres de até 5,5m; 
 16 
 Montagem fácil e rápida, exigindo mão-de-obra 
simples; 
 Menor tempo de escoramento; 
 Necessita de estrutura simples; 
 Menor custo. 
 
11. Materiais de Concreto Armado 
11.1 Mourões para cerca de delimitação: 
 Tipos de 
seção: 
Triangular 
Retangular 
2,1m x 0,07m x 0,11m 
2,1m x 0,07m x 0,11m 
 
 Podem ser 
de: 
Ponta reta 
Ponta 
inclinada 
Compr. 2,1m 
Compr. 2,7m 
 
11.2 Postes de iluminação e outros afins 
 Pórtic
os: 
 
1 água 
2 águas: 
 
Sem lanternim 
Com lanternim 
 
Vãos livres de 5,0 a 
11,0 m nos 2 casos 
 
12. Laje de Cobertura e Etapas do Processo de 
Execução 
 Preparo da estrutura (cinta) e piso para suportar os 
escoramentos sem se comprimir; 
 17 
 Disposição das nervuras no sentido do menor espaço; 
 Disposição dos escoramentos de 1,5m x 1,5m; 
 A primeira fiada de blocos deve repousar diretamente 
sobre a parede, economizando assim um a nervura; 
 Depois de colocado todos os blocos (argamassa ou 
cerâmico), distribuí-se a ferragem negativa de Ø 3/8 em 0,2m 
x 0,2m; 
 Em seguida distribui-se as redes de serviços (água, 
luz e etc.); 
 Executar a capeamento da laje no traço de 1 : 3 : 3, 
com brita n
o
 0; 
 Manter a laje úmida durante os 3 primeiros dias; 
 Retirar os escoramentos em vãos com espaçamento ≤ 
3,0m a partir do 7
o
 dia. Vãos maiores as 15, marquises e laje 
em balanço aos 28 dias. 
12.1 Cobertura da laje 
Os pórticos de concreto armado compreende a estrutura 
primária da cobertura. 
A armação secundária se resume a terças de madeiras, 
vigas de concreto armado ou estrutura metálica. 
A cobertura pode ser feita com telhas ou chapas 
onduladas de fibrocimento. 
 18 
Podem ser usadas chapas onduladas ou planas 
semitransparente de fibra de vidro. 
As chapas onduladas metálicas em aço ou alumínio 
galvanizado, são presos por grampos ou parafusos de aço 
galvanizado. 
 
13. Aço - É todo produto siderúrgico obtido por via 
líquido cujo teor de carbono não excede a 2% (0,06 a 2%). 
O ferro fundido é um produto siderúrgico de liga metálica 
de Ferro e Carbono, cujo teor de carbono varia de 0 a 6,67%. 
Na natureza o ferro se encontra na forma de óxido e 
carbonato. A 1513 
o
C o ferro funde-se e a 1130 
o
C o carbono 
se dissolve do ferro. O aço e o ferro fundido diferem-se entre 
si pelo teor de carbono. O ferro com teor de carbono > 0,4% 
não tem valor comercial. 
 
13.1 Quanto ao teor de carbono o aço se classifica 
em: 
Extra doce – C < 0,15% usados em 
 doce – 0,15 < C < 0,3% construções 
Meio doce – 0,3 < C < 0,4% 
Meio duro – 0,4 < C < 0,6% 
 duro - 0,6 < C < 0,7% 
 19 
Extra duro – C > 0,7% 
13.2 Apresentação comercial do aço: Fios, barras, chapas, varões, cantoneiras, tubos, 
arames, pregos e grampos 
 Para construções: pregos, arames, varões e barras 
 Diâmetro e peso do aço: 
Arame (rolo) Ø 3/16” – 0,15 kg/m 
Varões: Ø ¼” - 0,25 kg/m; Ø 5/16” – 0,4 kg/m; Ø 3/8” – 
0,66 kg/m; 
 Ø ½” – 1,0 kg/m. 
13.3 Principais aplicações do aço na construção: 
 Armação de concreto armado; 
 Estrutura simples de cobertura; 
 Esquadrias. 
13.4 Cuidados que se deve ter com o aço a ser 
usado: 
 Não reaproveitar materiais de ruínas; 
 Não usar aço oxidado (enferrujado); 
 O aço deve ser isento de óleos e graxas para não 
dificultar a aderência ao concreto. 
 
14. Madeiras para Construção 
14.1 Vantagens do uso da madeira para construção: 
 20 
 Proveniente de fonte “renovável” na natureza; 
 Uso múltiplo na obra; 
 Pode ser reaproveitada; 
 Pode ser trabalhada com ferramentas simples; 
 Pode ser desdobrada em peças menores; 
 Resistência à compreensão igual ao concreto. 
14.2 Desvantagens 
 Vulnerável ao fogo; 
 Vulnerável ao ataque de moluscos, insetos e 
microrganismos. 
14.3 Formas de uso 
 Bruta ou natural; 
 Semi – aparelhada (lavrada); 
 Trabalhada (serrada e transformada). 
14.4 Serrada 
 Tábuas: 0,1 x 0,025 m 
 0,15 x 0,025 m 
 0,23 x 0,025 m 
 0,3 x 0,025 m 
Ripas – 0,01 x 0,05 m espaço 0,5 a 0,4 m 
Caibros – 0,04 x 0,05 m espaço 0,35 a 0,5 m 
Peças: 0,075 x 0,075 m 3 x 3” 
 0,075 x 0,11 m 3 x 4” 
 21 
 0,075 x 0,12 m 3 x 5” 
 0,075 x 0,15 m 3 x 6” Terças 1,7 a 2,2 m 
 0,075 x 0,18 m 3x 7” Tesouras 3 a 4 m 
 
Pranchas – 0,1 x > 0,3 
Pranchões – 0,1 m x < 0,3 < 0,6 m 
Barrotes – 0,05 x 0,05 m 2 x 2” 
14.5 Transformadas 
Aglomerados: fragmentos colocados de madeiras 
Recompostas: folhas de madeiras colocadas de forma 
cruzada. 
 Compensadas – 1,1 x 2, 15 m 
 Madeirites – 1,1 x 2,1 m 
 
 
14.6 União da madeira 
 Colagem 
 Pregos 
 Brocadeiras 
 Parafusos 
 Junções 
14.7 Aplicações 
 Acessórios para obra: Estronco para escoramentos 
 22 
 Tábuas para formas de 
concreto 
 Taipal para obra – isolamento 
com folhas de madeiras 
 Esquadrias – portas, janelas e seus acessórios 
 Armação da cobertura (primária e secundária) 
 Móveis e utensílios 
 Madeira para currais. 
14.8 Cuidado no armazenamento 
 Madeira seca com 13% de umidade 
 Locais secos e ventilados 
 Sobre apoios firmes 
 Por categorias e dimensões 
14.9 Tratamento pirotérmico 
 Submersão 
 Impregnação 
 Pintura 
14.10 Tesoura simples de madeira 
1 – Linha da tesoura – 3 x 6” 
2 – Pernas da tesoura – 3 x 6” 
3 – Pendural ou pontalete 
4 – Mão francesa 
5 – Escoras 
 23 
 
 
14.11 Formas de comercialização: m, m
2
 e m
3
 
 
15. Tintas e Vernizes - É todo e qualquer substância 
líquida ou semilíquida aplicada a uma superfície com a 
finalidade de cobrir, proteger e colorir. 
15.1 Classificação das tintas quanto ao uso: 
 Colorida ou incolor 
 Brilhante ou fosca 
15.2 Superfícies que se pintam: 
 Madeira; Alvenaria de concreto; Alvenaria de bloco e 
metais 
15.3 Etapas do processo de pintura: 
 Limpeza e preparo da superfície; 
 Aplicação de fundos, massas e aparelhadores; 
 Aplicação de tintas ou vernizes. 
15.4 Limpeza da superfície: 
 Método mecânico – abrasão, chama e jato de areia; 
 Manual – lixamento; 
 Método químico – solventes. 
15.5 Constituição das tintas: 
 Pigmento 
 24 
 Solvente 
15.6 Constituição das tintas foscas: 
 25% Solvente; 
 25% Parte não volátil; 
 50% Pigmento. 
15.7 Constituição das tintas brilhantes: 
 10% Solvente; 
 25% Parte não volátil; 
 15% material inerte; 
 50% Pigmento. 
 
15.8 Vernizes: 
 Óleo secante; 
 Resina – colorida ou incolor; 
 Diluente. 
15.9 Solvente: 
 Gasolina; 
 Thinner. 
15.10 Principais defeitos das tintas: 
 Geleificação – sedimento grosso; 
 Diluição em demasia e formação de bolhas; 
 Gretamento e calcificação. 
15.11 Classificação das tintas: 
 25 
 Para construção; 
 Automotivas 
 Têxteis 
 Culinária 
15.12 Apresentação comercial: 
 Litro – 0,2 litro, 0,5 litro e 1,0 litro 
 Galão – 3,6 litros 
 Lata (massa) – 12 e 18 litros 
15.13 A superfície a ser pintada deve ser: 
 Plana 
 Polida 
 Isentes de isolantes – pó, óleos e/ou graxas 
15.14 Aparelhamento da alvenaria: 
 Aplicação de nata de cal; 
 Aplicação de massa aparelhada (a base de gesso); 
 Pintura 
 
 
 
UNIDADE II 
ETAPAS DO PROCESSO DE EDIFICAÇÃO DE UMA OBRA 
 
 26 
Escolha do Terreno – o terreno deve ser plano, firme, bem 
drenado e ser dotado de uma infra-estrutura (água, energia e 
vias de acesso). A instalação deve ser de base “simples”, 
protegida dos ventos fortes e a cobertura ser no sentido 
Leste-Oeste. 
Alicerce ou Base – é a parte da edificação que fica abaixo 
das paredes e do nível do piso. 
Divisão: 
- Fundação {Direta (cava corrida); Indireta (colunas)} 
- Sapata 
Direta – é aquela que quando o terreno firme se 
encontra a uma profundidade ≤ 1,6m. 
Indireta – quando o terreno firme tiver uma profundidade 
> 1,6m. 
Sapata – é a parte externa do alicerce compreendido 
entre a superfície do terreno e o nível do piso. Normalmente a 
sapata tem uma altura mínima de 40cm, tomada a partir do 
ponto mais alto do terreno. É construída em alvenaria de tijolo 
maciço ou vasado em parede de 1 vez ou 1vez e ½, 
argamassada de cimento e areia na proporção de 1:10 com 
filete médio de rejunte de 2 cm. 
A fundação direta se processa através de uma vala ou 
cava aberta diretamente na superfície do terreno, 
 27 
normalmente com 40 cm de largura e a uma profundidade de 
60 – 70 cm. Se o terreno for plano a cava será corrida; se for 
inclinado a cava será em degraus para evitar o deslizamento 
do alicerce. 
O enchimento das cavas do alicerce normalmente é feito 
com alvenaria ordinária de pedra argamassada (pedra-
rachão). Assentadas, travadas pôr atrito, devem ser 
rejuntadas no traço de cimento e areia (1: 8), com filete médio 
de 3 cm até atingir a superfície do terreno. 
Devem ser passadas sob todas as paredes externas e 
internas da instalação. 
Na cava do alicerce e no embasamento serão deixados 
os espaços destinados a construção das colunas que pôr 
ventura existir. 
Toda obra pode não prescindir de um projeto 
arquitetônico, porém obrigatoriamente tem que ser marcada 
no terreno através de um curral ou tabeira, que se constitui no 
travamento de tábuas ao redor da obra e afastadas 1,0 m 
desta, com seu topo descrevendo um plano horizontal 
correspondente ao nível da sapata, sendo nesta marcadas as 
larguras da cava do alicerce e paredes através de pregos. 
Na tabeira marcamos as distâncias lineares e os 
ângulos. 
 28 
 
EXERCÍCIO 
 
Um pecuarista deseja saber quanto deve custar a 
construção de uma garagem para um caminhão boiadeiro? 
Dados: 
Do veículo – Compr. = 16,0 m; Larg. = 2,44 m; Altura = 
2,90 m 
Da instalação – Compr. = 17,50 m; Larg. = 3,5 m; Pé 
direito = 4,0 m; Porta principal = 2,8 x 3,1 m. 
Alicerce: 
Fundação – Será direta em cava corrida com 0,4 de 
largura e 0,6 de profundidade com fundo apiloado, 
embasamento em alvenaria ordinária de pedra com 0,4m x 
0,3m x 0,3m, assentada em fiadas, travadas pôr atritoe 
rejuntadas em argamassa hidráulica de cimento x areia (1: 8), 
com filete médio de rejunte de 0,03m. Das laterais nascerão 
colunas em concreto armado com seção de 0,1m x 0,2m, 
armadas com 4 varões de ferro com Ǿ 5/16”, estribada em Ǿ 
3/16” com espaçamento de 0,2 m. A fundação das colunas 
será de 0,6m x 0,6m, espaço este não descontado no cálculo 
da alvenaria de pedra. O traço será de 1: 3 : 3 e X = 0,5. 
Estas atingirão à cinta de amarração no topo do pé direito e 
 29 
estão distanciadas uma da outra em 3,5 m. Serão moldadas 
em forma de madeira. 
Sapata – será construída em parede de 1 vez, em tijolo 
cerâmico de 8 furos com 0,2m x 0,2m x 0,095 m e terá uma 
altura média de 0,6 m. Será argamassada com cimento e 
areia no traço de 1: 10 com filete médio de rejunte de 3,0cm. 
No topo será passado um radier com seção de 0,2m x 0,2m 
sendo que o concreto usado será o das mesmas 
especificações das colunas. 
 
Obs.1: No cálculo do volume de pedra argamassada não 
adicionamos o filete de rejunte a todas as dimensões, porque 
subentende-se que a pedra esteja completamente envolvida 
pela argamassa. 
Obs.2: No cálculo do volume de tijolo argamassado em 
virtude da sua alvenaria externa, não adicionamos o filete de 
rejunte à dimensão do tijolo que diz respeito à largura da 
parede. Se assim o fizermos, estaremos desde já revestindo 
um dos lados da parede. 
 
ALVENARIA DE ELEVAÇÃO E ESTRUTURA DE 
CONCRETO 
 
 30 
Alvenaria de elevação – Compreende Alvenaria do Pé 
direito e Empenas 
Pé direito = 4,0m de altura; Caimento = 25%; 
Comprimento = 17,5m; Largura = 3,5m; Argamassa = 1:10; 
Filete médio de rejunte = 2,0 cm; Parede de ½ vez com tijolo 
de 6 furos com 0,2m x 0,11m x 0,095m. 
A parede de alvenaria de elevação se constituirá de 4 
paredes a nível de pé direito e 2 empenas conforme dados 
citados. 
Será construída de parede de ½ vez em blocos de 6 
furos, argamassado em traço de Cimento e Areia (1:10), com 
filete médio de rejunte de 2,0 cm. Assentados em fiadas 
alinhadas vertical e horizontalmente. 
A alvenaria receberá um emboço interno e externo 
conforme dados a seguir. 
Para efeitos de cálculos dos elementos constituintes, 
não serão descontados as áreas de estrutura (colunas e 
cintas), bem como os vãos de portas e janelas que não 
excedam em 20% da área do painel. 
Estruturas de Concreto 
 
Piso grosso – traço de 1: 4 : 4, X = 0,5; espessura = 
0,05m. 
 31 
Fórmula para o cálculo de concreto nas estruturas: 
 
A quantidade de cimento em m
3
 necessário para 
formação de 1m
3
 de concreto de um determinado traço 
através da fórmula supra citada, onde 1000dm
3
 ou 1,0m
3
 de 
concreto a preparar C, a e b é igual ao número de partes de 
cimento, areia e brita presente no traço. 
c é a densidade real do cimento 
Porque 0,31 é constante 
a e b é igual a densidade aparente da areia úmida – 1,6 
kg/dm
3
 e da brita – 1,4kg/dm³ 
 
 
 
 
 
 
X
ba
c
C
m
ComCim
ba
3
33 1/
31,0
1,3
1
log./1,3 3 x
c
C
odmkg
5,0
4,16,1
32,0
1000
/
3
33 dmComCim
 32

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