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REFORÇO ESCOLAR EM LÍNGUA PORTUGUESA: APOSTILA SERVIÇO SOCIAL DA INDÚSTRIA DEPARTAMENTO REGIONAL DE MATO GROSSO DO SUL /MS COORDENAÇÃO DE EDUCAÇÃO Campo Grande – MS SESI – EDUCAÇÃO CONTINUADA REFORÇO ESCOLAR EM LÍNGUA PORTUGUESA 2 DEPARTAMENTO REGIONAL DE MATO GROSSO DO SUL SÉRGIO MARCOLINO LONGEN Diretor Regional do SESI/DR-MS MAURA CATHARINA GABÍNIO E SOUZA SUPERINTENDENTE DO SESI/DR-MS ARNALDO LEITE GERÊNCIA TÉCNICA SIMONE DE FIGUEIREDO CRUZ COORDENAÇÃO DE EDUCAÇÃO CÁSSIA APARECIDA FERREIRA ELABORAÇÃO E CEDÊNCIA LUCIANO FERRAZ SERVANTES ORGANIZAÇÃO TÉCNICA Prof.a Me. MARIA FERNANDA B. DE ALENCASTRO REVISÃO TÉCNICA SIMONE DE FIGUEIREDO CRUZ SUPERVISÃO GERAL CAMPO GRANDE/MS, ANO 2011 SESI – EDUCAÇÃO CONTINUADA MÓDULO Muitos reclamam que têm preciso entender que somente a prática, o contato constante com textos e também o estudo da gramática normativa é que farão com que o estudante conheça as possibilidades de construção e interpretação dos texto 1. DICAS DE INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS • Ler todo o texto. • Se encontrar palavras desconhe • Ler o texto pelo menos umas três vezes. • Ler com perspicácia, sutileza. • Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar. • Não permitir que prevaleça • Partir o texto em pedaços (parágrafos, • Centralizar cada questão ao pedaço (parágrafo, correspondente. • Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada que • Marcar a resposta correta apenas quando for entregar a avaliação. Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias pelo princípio ou pelo fim, isto é, se poria em primeiro lugar o meu nascimento ou a minha morte. Suposto o uso vulgar seja começar pelo nascimento, duas considerações me levaram a adotar diferente método: a primeira é que eu não sou propriamente um autor defunto, mas um defunto autor, para quem a campa foi outro berço; a segunda é que o escrito ficaria assim mais galante e mais novo. Moisés, que também contou a sua morte, não a pôs no intróito, mas no cabo: Segunda maior produt principal divisão do grupo suíço SIG, prepara a abertura de empresa, responsável por 1 bilhão do 1,5 bilhão de dólares de faturamento do grupo, chegou ao país há dois anos disposta 5 a brigar com a líder global, Tetrapak, que detém cerca de 80% dos negócios nesse mercado. Os estudos para a fábrica foram recentemente concluídos e apontam para o Sul do país, pela facilidade logística junto ao Mercosul. Entre os oito atuais clientes da Combibloc na região estão a Unilever, com a marca de atomatado Malloa, no Chile, e a 10 italia Brasil. Abaixo seguem textos para sua interpretaç após a leitura busque na plataforma a Avaliação correspondente a cada EDUCAÇÃO CONTINUADA REFORÇO ESCOLAR EM LÍNGUA PORTUGUESA MÓDULO I – ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS Muitos reclamam que têm dificuldades com esse tipo de atividade, mas é preciso entender que somente a prática, o contato constante com textos e também o estudo da gramática normativa é que farão com que o estudante conheça as possibilidades de construção e interpretação dos textos. 1. DICAS DE INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a leitura. exto pelo menos umas três vezes. Ler com perspicácia, sutileza. o tantas quantas vezes precisar. que prevaleçam suas ideias sobre as do autor. Partir o texto em pedaços (parágrafos, partes) para melhor compreensão. Centralizar cada questão ao pedaço (parágrafo, Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada que Marcar a resposta correta apenas quando for entregar a avaliação. TEXTO I Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias pelo princípio ou pelo fim, isto é, se poria em primeiro lugar o meu nascimento ou a minha morte. Suposto o uso vulgar seja começar pelo nascimento, duas considerações me levaram a adotar a primeira é que eu não sou propriamente um autor defunto, mas um defunto autor, para quem a campa foi outro berço; a segunda é que o escrito ficaria assim mais galante e mais novo. Moisés, que também contou a sua morte, não a pôs no intróito, mas no cabo: diferença radical entre este livro e o Pentateuco. (Machado de Assis, in Memórias Póstumas de Brás Cubas) TEXTO II Segunda maior produtora mundial de embalagem longa vida, a SIG Combibloc, principal divisão do grupo suíço SIG, prepara a abertura de uma fábrica no Brasil. A empresa, responsável por 1 bilhão do 1,5 bilhão de dólares de faturamento do grupo, chegou ao país há dois anos disposta 5 a brigar com a líder global, Tetrapak, que detém cerca de 80% dos negócios nesse mercado. Os estudos para a fábrica foram recentemente concluídos e apontam para o Sul do país, pela facilidade logística junto ao Mercosul. Entre os oito atuais clientes da Combibloc na região estão Unilever, com a marca de atomatado Malloa, no Chile, e a 10 italia (Denise Brito, na Exame, dez./99) Abaixo seguem textos para sua interpretação, desse modo, leia cada texto e após a leitura busque na plataforma a Avaliação correspondente a cada texto. Boa sorte! REFORÇO ESCOLAR EM LÍNGUA PORTUGUESA 3 INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS dificuldades com esse tipo de atividade, mas é preciso entender que somente a prática, o contato constante com textos e também o estudo da gramática normativa é que farão com que o estudante conheça as cidas, não interrompa a leitura. sobre as do autor. partes) para melhor compreensão. parte) do texto Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada questão. Marcar a resposta correta apenas quando for entregar a avaliação. Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias pelo princípio ou pelo fim, isto é, se poria em primeiro lugar o meu nascimento ou a minha morte. Suposto o uso vulgar seja começar pelo nascimento, duas considerações me levaram a adotar a primeira é que eu não sou propriamente um autor defunto, mas um defunto autor, para quem a campa foi outro berço; a segunda é que o escrito ficaria assim mais galante e mais novo. Moisés, que também contou a sua morte, não diferença radical entre este livro e o Pentateuco. (Machado de Assis, in Memórias Póstumas de Brás Cubas) vida, a SIG Combibloc, uma fábrica no Brasil. A empresa, responsável por 1 bilhão do 1,5 bilhão de dólares de faturamento do grupo, chegou ao país há dois anos disposta 5 a brigar com a líder global, Tetrapak, que detém cerca de 80% dos negócios nesse mercado. Os estudos para a implantação da fábrica foram recentemente concluídos e apontam para o Sul do país, pela facilidade logística junto ao Mercosul. Entre os oito atuais clientes da Combibloc na região estão Unilever, com a marca de atomatado Malloa, no Chile, e a 10 italiana Cirio, no (Denise Brito, na Exame, dez./99) esse modo, leia cada texto e após a leitura busque na plataforma a Avaliação correspondente a cada SESI – EDUCAÇÃO CONTINUADA REFORÇO ESCOLAR EM LÍNGUA PORTUGUESA 4 TEXTO III Pode dizer-se que a presença do negro representou sempre fator obrigatório no desenvolvimento dos latifúndios coloniais. Os antigos moradores da terra foram, eventualmente, prestimosos colaboradores da indústria extrativa, na caça, na pesca, em determinados ofícios 5 mecânicos e na criação do gado. Dificilmente se acomodavam, porém, ao trabalho acurado e metódico que exige a exploração dos canaviais. Sua tendência espontânea era para as atividades menos sedentárias e que pudessem exercer-se sem regularidade forçada e sem vigilância e fiscalização de estranhos. (SérgioBuarque de Holanda, in Raízes) TEXTO IV Você se lembra da Casas da Banha? Pois é, uma pesquisa mostra que mais de 60% dos cariocas ainda se recordam daquela que foi uma das maiores redes de supermercados do país, com 224 lojas e 20.000 funcionários, desaparecida no início dos anos 90. Por isso, seus antigos 5 donos, a família Velloso, decidiram ressuscitá-la. Desta vez, porém, apenas virtualmente. Os Velloso fizeram um acordo com a GW.Commerce, de Belo Horizonte, empresa que desenvolve programas para supermercados virtuais. Em troca de uma remuneração sobre o faturamento, A GW gerenciará as vendas para a família Velloso. A família cuidará apenas das 10 compras e das entregas. (José Maria Furtado, na Exame, dez./99) TEXTO V A fábrica brasileira da General Motors em Gravataí, no Rio Grande do Sul, será usada como piloto para a implementação do novo modelo de negócios que está sendo desenhado mundialmente pela montadora. A meta da GM é transformar-se numa companhia totalmente 5 voltada para o comércio eletrônico. A partir do ano 2000, a Internet passará a nortear todos os negócios do grupo, envolvendo desde os fornecedores de autopeças até o consumidor final. “A planta de Gravataí representa a imagem do futuro para toda a GM”, afirma Mark Hogan, ex-presidente da filial brasileira e responsável pela nova divisão e-GM. (Lidia Rebouças, na Exame, dez./99) TEXTO VI Aquisição à vista. A Bauducco, maior fabricante de panetones do país, está negociando a compra de sua maior concorrente, a Visconti, subsidiária brasileira da italiana Visagis. O negócio vem sendo mantido sob sigilo pelas duas empresas em razão da proximidade do Natal. Seus controladores temem que o anúncio dessa união - resultando numa espécie de AmBev dos panetones - melindre os varejistas. (Cláudia Vassallo, na Exame, dez./99) TEXTO VII Julgo que os homens que fazem a política externa do Brasil, no Itamaraty, são excessivamente pragmáticos. Tiveram sempre vida fácil, vêm da elite brasileira e nunca participaram, eles próprios, em combates contra a ditadura, contra o SESI – EDUCAÇÃO CONTINUADA REFORÇO ESCOLAR EM LÍNGUA PORTUGUESA 5 colonialismo. Obviamente não têm a sensibilidade de muitos outros países ou diplomatas que conheço. (José Ramos-Horta, na Folha de São Paulo, 21/10/96) TEXTO VIII Se essa ainda é a situação de Portugal e era, até bem pouco, a do Brasil, havemos de convir em que no Brasil-colônia, essencialmente rural, com a ojeriza que lhe notaram os nossos historiadores pela vida das cidades - simples pontos de comércio ou de festividades religiosas -, estas não podiam exercer maior influência sobre a evolução da língua falada, que, sem nenhum controle normativo, por séculos “voou com as suas próprias asas”. (Celso Cunha, in A Língua Portuguesa e a Realidade Brasileira) TEXTO IX: A INDIFERENÇA DA NATUREZA Eu me lembro do choque e da irritação que sentia, quando criança, ao assistir a documentários sobre a violência do mundo animal; batalhas mortais entre escorpiões e aranhas, centenas de formigas devorando um lagarto ainda vivo, baleias assassinas atacando focas e pinguins, leões atacando antílopes etc. Para finalizar, apareciam as detestáveis hienas, “rindo” enquanto comiam os restos de algum pobre animal. Como a Natureza pode ser assim tão cruel e insensível, indiferente a tanta dor e sofrimento? (Vou me abster de falar da dor e do sofrimento que a espécie dominante do planeta, supostamente a de maior sofisticação, cria não só para os animais, mas também para si própria.) Certos exemplos são particularmente horríveis: existe uma espécie de vespa cuja fêmea deposita seus ovos dentro de lagartas. Ela paralisa a lagarta com seu veneno, e, quando os ovos chocam, as larvas podem se alimentar das entranhas da lagarta, que assiste viva ao martírio de ser devorada de dentro para fora, sem poder fazer nada a respeito. A resposta é que a Natureza não tem nada a dizer sobre compaixão ou ética de comportamento. Por trás dessas ações assassinas se esconde um motivo simples: a preservação de uma determinada espécie por meio da sobrevivência e da transmissão de seu material genético para as gerações futuras. Portanto, para entendermos as intenções da vespa ou do leão, temos que deixar de lado qualquer tipo de julgamento sobre a “humanidade” desses atos. Aliás, não é à toa que a palavra humano, quando usada como adjetivo, expressa o que chamaríamos de comportamento decente. Parece que isentamos o resto do mundo animal desse tipo de comportamento, embora não faltem exemplos que mostram o quanto é fácil nos juntarmos ao resto dos animais em nossas ações “desumanas”. A ideia de compaixão é puramente humana. Predadores não sentem a menor culpa quando matam as suas presas, pois sua sobrevivência e a da sua espécie dependem dessa atividade. E dentro da mesma espécie? Para propagar seu DNA, machos podem batalhar até a morte por uma fêmea ou pela liderança do grupo. Mas aqui poderíamos também estar falando da espécie humana, não? (Marcelo Gleiser, Retalhos cósmicos. São Paulo: Companhia das Letras, 1999, p. 75-77) SESI – EDUCAÇÃO CONTINUADA REFORÇO ESCOLAR EM LÍNGUA PORTUGUESA 6 TEXTO X: A ERA DO AUTOMÓVEL E, subitamente, é a era do Automóvel. O monstro transformador irrompeu, bufando, por entre os escombros da cidade velha, e como nas mágicas e na natureza, aspérrima educadora, tudo transformou com aparências novas e novas aspirações. Quando os meus olhos se abriram para as agruras e também para os prazeres da vida, a cidade, toda estreita e toda de mau piso, eriçava o pedregulho contra o animal de lenda, que acabava de ser inventado em França. Só pelas ruas esguias dois pequenos e lamentáveis corredores tinham tido a ousadia de aparecer. Um, o primeiro, de Patrocínio, quando chegou, foi motivo de escandalosa atenção. Gente de guarda-chuva debaixo do braço parava estarrecida como se estivesse vendo um bicho de Marte ou um aparelho de morte imediata. Oito dias depois, o jornalista e alguns amigos, acreditando voar com três quilômetros por hora, rebentavam a máquina de encontro às árvores da rua da Passagem. O outro, tão lento e parado que mais parecia uma tartaruga bulhenta, deitava tanta fumaça que, ao vê-lo passar, várias damas sufocavam. A imprensa, arauto do progresso, e a elegância, modelo de esnobismo, eram os precursores da era automobilística. Mas ninguém adivinhava essa era. Quem poderia pensar na influência futura do automóvel diante da máquina quebrada de Patrocínio? Quem imaginaria velocidades enormes na carriola dificultosa que o conde Guerra Duval cedia aos clubes infantis como um brinco idêntico aos balanços e aos pôneis mansos? Ninguém! absolutamente ninguém. - Ah! Um automóvel, aquela máquina que cheira mal? - Pois viajei nele. - Infeliz. Para que ele se firmasse foi necessária a transfiguração da cidade. E a transfiguração se fez: ruas arrasaram-se, avenidas surgiram, os impostos aduaneiros caíram, e triunfal e desabrido o automóvel entrou, arrastando desvairadamente uma catadupa de automóveis. Agora, nós vivemos positivamente nos momentos do automóvel, em que o chofer é rei, é soberano, é tirano. (João do Rio, Vida vertiginosa) TEXTO XI: QUE PAÍS... Dissecando os gastos públicos no Brasil, um economista descobriu barbaridades no Orçamento da União deste ano. Por exemplo: Considerada a despesa geral da Câmara, cada deputado federal custa ao país, diariamente, R$ 3.700. Ou R$ 1,3 milhão por ano. Entre os senadores, a loucura é ainda maior, pois o custo individual diário pula para R$ 71.900. E o anual, acreditem, para R$ 26 milhões. Comparados a outras ''rubricas'', os números beiram o delírio. É o caso do que a mesma União despende com a saúdede cada brasileiro - apenas R$ 0,36 por dia. E, com a educação, humilhantes R$ 0,20. (Ricardo Boechat, JB, 6/11/01) SESI – EDUCAÇÃO CONTINUADA MÓDULO II 2. ANÚNCIOS: veja os anúncios abaixo e siga para a lista de exercícios. Para maior clareza, transcrevo abaixo a legenda que atravessa a ilustração. “Para nós é um zagueiro marcando o centroavante sob pressão. Umbro. A gente só "Tão barato que não conseguimos nem contratar uma holandesa de EDUCAÇÃO CONTINUADA REFORÇO ESCOLAR EM LÍNGUA PORTUGUESA MÓDULO II – UTILIDADES DA LÍNGUA veja os anúncios abaixo e siga para a lista de exercícios. Anúncio A Para maior clareza, transcrevo abaixo a legenda que atravessa a ilustração. “Para nós é um zagueiro marcando o centroavante sob pressão. Umbro. A gente só pensa em futebol” Anúncio B "Tão barato que não conseguimos nem contratar uma holandesa de para este anúncio." REFORÇO ESCOLAR EM LÍNGUA PORTUGUESA 7 veja os anúncios abaixo e siga para a lista de exercícios. Para maior clareza, transcrevo abaixo a legenda que atravessa a ilustração. “Para nós é um zagueiro marcando o centroavante sob pressão. Umbro. A gente só "Tão barato que não conseguimos nem contratar uma holandesa de olhos azuis SESI – EDUCAÇÃO CONTINUADA REFORÇO ESCOLAR EM LÍNGUA PORTUGUESA 8 Anúncio C Anúncio D 2.1 Produção textual: dicas para Redação • Antes de escrever a sua redação, crie ideias em torno do tema sugerido e coloque-os em ordem, de modo que o seu trabalho tenha um Princípio, um Meio e um FIM. • Escreva o rascunho. Pronto o rascunho, faça a correção da forma. SESI – EDUCAÇÃO CONTINUADA REFORÇO ESCOLAR EM LÍNGUA PORTUGUESA 9 Proceda então da seguinte maneira: • Coloque um título que esteja relacionado com o tema. • Verifique a pontuação. Cuidado para não colocar vírgula entre o sujeito, o verbo e seus complementos. • Não repita palavras desnecessariamente. Se isto ocorrer no rascunho, trate de trocá-las por outras. • Esteja muito atento à grafia das palavras. Havendo dúvidas, use o seu “Vocabulário Ortográfico”, quantas vezes for preciso. • Se você usa o sujeito no singular ou no plural, use também o verbo no singular ou no plural respectivamente, porque eles concordam entre si, em pessoa e número. • Você deverá escrever as palavras de origem estrangeira com forma portuguesa. Isto é, como você as pronuncia. Assim: • Não use, nas suas redações a palavra ETC. • Não use algarismos arábicos, nem abreviaturas em suas redações. • Faça todo o esforço para evitar a gíria, assim como palavras muito vulgares. • Escreva o rascunho a lápis e passe a limpo com caneta azul ou preta. • Deixe dois centímetros de espaço ao fazer cada parágrafo. • Não se esqueça de que a leitura ajuda na criatividade das suas redações. Portanto, leia vários livros de literatura. • Faça a sua redação com letra legível e com todo o capricho possível. Escreva entre dezoito e vinte e cinco linhas respeitando as margens. • Não esprema as palavras no final da linha. Deixe sempre um pequeno espaço para você acrescentar alguma vírgula que se fizer necessária. Mas conserve sempre o mesmo espaço, espécie de margem direita. • Não se esqueça de pôr o pingo no i e no j. • Use letra maiúsculas em início de frases e substantivos próprios. Use sempre letras minúsculas: • Em nomes de meses e dias da semana. Ex: janeiro, dezembro, terça-feira. • Em nome que indicam o país de origem (adjetivos pátrios). Ex: alemães, russos, brasileiros. • Em elementos de ligação (preposição) de títulos ou nomes próprios. Ex: Histórias sem Data, Os meninos da Rua da Pátria, Viagem ao centro de Terra, José Mauro de Vasconcelos, Luis Alves de Lima e Silva. Futebol e não foot-ball Basquetebol e não basket-ball Piquenique e não pic-nic SESI – EDUCAÇÃO CONTINUADA REFORÇO ESCOLAR EM LÍNGUA PORTUGUESA 10 • Nomes comuns que acompanham nomes geográficos. Ex: baía de Guanabara, o rio Paraná, o estrito de Magalhães, o oceano Atlântico. • Depois de dois pontos, não sendo citação ou nome próprio. Ex: Vejo nele duas virtudes: o amor e a honestidade. Existe apenas um recurso: a cirurgia. “A morte não extingue: transforma; não aniquila: renova, não divorcia: aproxima.” (Rui Barbosa) 2.2 Organização Textual Para ler e entender um texto é preciso atingir dois níveis de leitura: Sobre Ideia Central Um texto para ser compreendido deve apresentar ideias seletas e organizadas, através dos parágrafos que é composto pela ideia central, argumentação e/ou desenvolvimento e a conclusão do texto. Podemos desenvolver um parágrafo de várias formas: • Declaração inicial • Definição • Divisão • Alusão histórica. Serve para dividir o texto em pontos menores, tendo em vista os diversos enfoques. Convencionalmente, o parágrafo é indicado através da mudança de linha e um espaçamento da margem esquerda. Uma das partes bem distintas do parágrafo é o tópico frasal, ou seja, a ideia central extraída de maneira clara e resumida. Atentando-se para a ideia principal de cada parágrafo, asseguramos um caminho que nos levará à compreensão do texto. Informativa e de reconhecimento A primeira leitura deve ser feita cuidadosamente por ser o primeiro contato com o texto, extraindo-se informações e se preparando para a leitura interpretativa. Durante a interpretação grife palavras-chave, passagens importantes; tente ligar uma palavra à idéia-central de cada parágrafo. Interpretativa A última fase de interpretação concentra-se nas perguntas e opções de respostas. Marque palavras com NÃO, EXCETO, RESPECTIVAMENTE, etc, pois fazem diferença na escolha adequada. Retorne ao texto mesmo que pareça ser perda de tempo. Leia a frase anterior e posterior para ter idéia do sentido global proposto pelo autor. SESI – EDUCAÇÃO CONTINUADA 3. TEXTOS Basicamente existem três tipos de texto: • Texto narrativo; • Texto descritivo; • Texto dissertativo. Cada um desses textos possui características próprias de construção. 3.1 Descrição Descrever é explicar com palavras o que se viu e se observou. A descrição é estática, sem movimento, desprovida de ação. Na ambiente são importantes, ocupando lugar de destaque na frase o substantivo e o adjetivo. O emissor capta e transmite a realidade através de seus sentidos, fazendo uso de recursos linguísticos indispensável, por isso existe uma grande quantidade de adjetivos no texto. Há duas descrições: 3.1.1 Descrição Denotativa Quando a linguagem representativa do objeto é objetiva, dire ou outras figuras literárias, chamamos de descrição denotativa. Na descrição denotativa as palavras são utilizadas no seu sentido real, único de acordo com a definição do dicionário. Exemplo: Saímos do campus universitário às 14 horas com pernambucano. À esquerda fica a reitoria e alguns pontos comerciais. À direita o término da construção de um novo centro tecnológico. Seguiremos pela BR encontraremos várias formas de relevo e vegetação. uma típica agricultura de subsistência bem à margem da BR facilitará o transporte desse cultivo a um grande centro de distribuição de alimentos a CEAGEPE. 3.1.2 Descrição Conotativa Em tal descrição, polivalência. Exemplos: • João estava tão gordo que as pernas da cadeira estavam bambas do peso que carregava. Era notório o sofrimento daquele pobre objeto. Nesse módulo você terá vários conteúdos a serem lidos. Conforme o desenvolvimento de sua leitura busquena plataforma a os exercícios correspondentes a cada um deles EDUCAÇÃO CONTINUADA REFORÇO ESCOLAR EM LÍNGUA PORTUGUESA MÓDULO III - OS TIPOS DE TEXTO Basicamente existem três tipos de texto: ativo; Texto descritivo; Texto dissertativo. Cada um desses textos possui características próprias de construção. Descrever é explicar com palavras o que se viu e se observou. A descrição é estática, sem movimento, desprovida de ação. Na descrição o ser, o objeto ou ambiente são importantes, ocupando lugar de destaque na frase o substantivo e o O emissor capta e transmite a realidade através de seus sentidos, fazendo uso linguísticos, tal que o receptor a identifique. indispensável, por isso existe uma grande quantidade de adjetivos no texto. Há duas descrições: Descrição denotativa // Descrição conotativa. Descrição Denotativa Quando a linguagem representativa do objeto é objetiva, dire ou outras figuras literárias, chamamos de descrição denotativa. Na descrição denotativa as palavras são utilizadas no seu sentido real, único de acordo com a Saímos do campus universitário às 14 horas com destino ao agreste pernambucano. À esquerda fica a reitoria e alguns pontos comerciais. À direita o término da construção de um novo centro tecnológico. Seguiremos pela BR encontraremos várias formas de relevo e vegetação. No início da viagem obs uma típica agricultura de subsistência bem à margem da BR-232. Isso provavelmente facilitará o transporte desse cultivo a um grande centro de distribuição de alimentos a Descrição Conotativa , as palavras são tomadas em sentido figurado, ricas em João estava tão gordo que as pernas da cadeira estavam bambas do peso que carregava. Era notório o sofrimento daquele pobre objeto. Nesse módulo você terá vários conteúdos a serem lidos. Conforme o desenvolvimento de sua leitura busque na plataforma a os exercícios correspondentes a cada um deles. Boa sorte! REFORÇO ESCOLAR EM LÍNGUA PORTUGUESA 11 Cada um desses textos possui características próprias de construção. Descrever é explicar com palavras o que se viu e se observou. A descrição é descrição o ser, o objeto ou ambiente são importantes, ocupando lugar de destaque na frase o substantivo e o O emissor capta e transmite a realidade através de seus sentidos, fazendo uso A caracterização é indispensável, por isso existe uma grande quantidade de adjetivos no texto. Descrição conotativa. Quando a linguagem representativa do objeto é objetiva, direta sem metáforas ou outras figuras literárias, chamamos de descrição denotativa. Na descrição denotativa as palavras são utilizadas no seu sentido real, único de acordo com a destino ao agreste pernambucano. À esquerda fica a reitoria e alguns pontos comerciais. À direita o término da construção de um novo centro tecnológico. Seguiremos pela BR-232 onde No início da viagem observamos 232. Isso provavelmente facilitará o transporte desse cultivo a um grande centro de distribuição de alimentos a em sentido figurado, ricas em João estava tão gordo que as pernas da cadeira estavam bambas do peso que Nesse módulo você terá vários conteúdos a serem lidos. Conforme o desenvolvimento de sua leitura busque na plataforma a lista contendo Boa sorte! SESI – EDUCAÇÃO CONTINUADA REFORÇO ESCOLAR EM LÍNGUA PORTUGUESA 12 • Hoje o sol amanheceu sorridente; brilhava incansável, no céu alegre, leve e repleto de nuvens brancas. Os pássaros felizes cantarolavam pelo ar. 3.2 Narração Narrar é falar sobre os fatos. É contar. Consiste na elaboração de um texto inserindo episódios, acontecimentos. A narração difere da descrição. A primeira é totalmente dinâmica, enquanto a segunda é estática e sem movimento. Os verbos são predominantes num texto narrativo. O indispensável da ficção é a narrativa, respondendo os seus elementos a uma série de perguntas: • Quem participa nos acontecimentos? (personagens); • O que acontece? (enredo); • Onde e como acontece? (ambiente e situação dos fatos). Fazemos um texto narrativo com base em alguns elementos: • O quê? - Fato narrado; • Quem? – personagem principal e o anti-herói; • Como? – o modo que os fatos aconteceram; • Quando? – o tempo dos acontecimentos; • Onde? – local onde se desenrolou o acontecimento; • Por quê? – a razão, motivo do fato; • Por isso: - a conseqüência dos fatos. No texto narrativo, o fato é o ponto central da ação, sendo o verbo o elemento principal. É importante só uma ação centralizadora para envolver os personagens. Deve haver um centro de conflito, um núcleo do enredo. Exemplo de texto narrativo: Toda a gente tinha achado estranha a maneira como o Capitão Rodrigo Camborá entrara na vida de Santa Fé. Um dia chegou a cavalo, vindo ninguém sabia de onde, com o chapéu de barbicacho puxado para a nuca, a bela cabeça de macho altivamente erguida e aquele seu olhar de gavião que irritava e ao mesmo tempo fascinava as pessoas. Devia andar lá pelo meio da casa dos trinta, montava num alazão, trazia bombachas claras, botas com chilenas de prata e o busto musculoso apertado num dólmã militar azul, com gola vermelha e botões de metal. (Um certo capitão Rodrigo – Érico Veríssimo) A relação verbal emissor-receptor efetiva-se por intermédio do que chamamos discurso. A narrativa se vale de tal recurso, efetivando o ponto de vista ou foco narrativo. Quando o narrador participa dos acontecimentos diz-se que é narrador- personagem. Isto constitui o foco narrativo da 1ª pessoa. Exemplo: Parei para conversar com o meu compadre que há muito não falava. Eu notei uma tristeza no seu olhar e perguntei: - Compadre por que tanta tristeza? SESI – EDUCAÇÃO CONTINUADA REFORÇO ESCOLAR EM LÍNGUA PORTUGUESA 13 Ele me respondeu: - Compadre minha senhora morreu há pouco tempo. Por isso, estou tão triste. Há tanto tempo sem nos falarmos e justamente num momento tão triste nos encontramos. Terá sido o destino? Já o narrador-observador é aquele que serve de intermediário entre o fato e o leitor. É o foco narrativo de 3ª pessoa. Exemplos: O jogo estava empatado e os torcedores pulavam e torciam sem parar. Os minutos finais eram decisivos, ambos precisavam da vitória, quando de repente o juiz apitou uma penalidade máxima. O técnico chamou Neco para bater o pênalti, já que ele era considerado o melhor batedor do time. Neco dirigiu-se até a marca do pênalti e bateu com grande perfeição. O goleiro não teve chance. O estádio quase veio abaixo de tanta alegria da torcida. Aos quarenta e sete minutos do segundo tempo o juiz finalmente apontou para o centro do campo e encerrou a partida. 3.3 Formas de discurso • Discurso direto. • Discurso indireto. • Discurso indireto livre. Podemos enumerar algumas características do discurso direto: • Emprego de verbos do tipo: afirmar, negar, perguntar, responder, entre outros; • Usam-se os seguintes sinais de pontuação: dois-pontos, travessão e vírgula. Exemplo: O juiz disse: - O réu é inocente. • No discurso indireto eliminamos os sinais de pontuação e usamos conjunções: que, se, como, etc. Exemplo: O juiz disse que o réu era inocente. Exemplo: Sinhá Vitória falou assim, mas Fabiano franziu a testa, achando a frase extravagante. Aves matarem bois e cavalos, que lembrança! Olhou a mulher, desconfiado, julgou que ela estivesse DISCURSO INDIRETO LIVRE É aquele em que o narrador reconstitui o que ouviu ou leu por conta própria, servindo-se de orações absolutas ou coordenadas sindéticas e assindéticas. DISCURSO DIRETO É aquele que reproduz exatamente o que escutou ou leu de outra pessoa. DISCURSO INDIRETO É aquelereproduzido pelo narrador com suas próprias palavras, aquilo que escutou ou leu de outra pessoa. SESI – EDUCAÇÃO CONTINUADA REFORÇO ESCOLAR EM LÍNGUA PORTUGUESA 14 3.4 Dissertação e Argumentação Textual Dissertar é o mesmo que desenvolver ou explicar um assunto, discorrer sobre ele. Assim, o texto dissertativo pertence ao grupo dos textos expositivos, juntamente com o texto de apresentação científica, o relatório, o texto didático, o artigo enciclopédico. Em princípio, o texto dissertativo não está preocupado com a persuasão e sim, com a transmissão de conhecimento, sendo, portanto, um texto informativo. Os textos argumentativos, ao contrário, têm por finalidade principal persuadir o leitor sobre o ponto de vista do autor a respeito do assunto. Quando o texto, além de explicar, também persuade o interlocutor e modifica seu comportamento, temos um texto dissertativo-argumentativo. O texto dissertativo argumentativo tem uma estrutura convencional, formada por três partes essenciais. ATENÇÃO: → A linguagem do texto dissertativo-argumentativo costuma ser impessoal, objetiva e denotativa. Mais raramente, entretanto, há a combinação da objetividade com recursos poéticos, como metáforas e alegorias. → Predominam formas verbais no presente do indicativo e emprega-se o padrão culto e formal da língua. Introdução Que apresenta o assunto e o posicionamento do autor. Ao se posicionar, o autor formula uma tese ou a ideia principal do texto. Conclusão Que geralmente retoma a tese, sintetizando as ideias gerais do texto ou propondo soluções para o problema discutido. Mais raramente, a conclusão pode vir na forma de interrogação ou representada por um elemento-surpresa. No caso da interrogação, ela é meramente retórica e deve já ter sido respondida pelo texto. O elemento surpresa consiste quase sempre em uma citação científica, filosófica ou literária, em uma formulação irônica ou em uma ideia reveladora que surpreenda o leitor e, ao mesmo tempo, dê novos significados ao texto. Desenvolvimento Formado pelos parágrafos que fundamentam a tese. Normalmente, em cada parágrafo, é apresentado e desenvolvido um argumento. Cada um deles pode estabelecer relações de causa e efeito ou comparações entre situações, épocas e lugares diferentes, pode também se apoiar em depoimentos ou citações de pessoas especializadas no assunto abordado, em dados estatísticos, pesquisas, alusões históricas. SESI – EDUCAÇÃO CONTINUADA REFORÇO ESCOLAR EM LÍNGUA PORTUGUESA 15 3.4.1 O Parágrafo Além da estrutura global do texto dissertativo-argumentativo, é importante conhecer a estrutura de uma de suas unidades básicas: o parágrafo. Parágrafo é uma unidade de texto organizada em torno de uma ideia-núcleo, que é desenvolvida por ideias secundárias. O parágrafo pode ser formado por uma ou mais frases, sendo seu tamanho variável. No texto dissertativo-argumentativo, os parágrafos devem estar todos relacionados com a tese ou ideia principal do texto, geralmente apresentada na introdução. Embora existam diferentes formas de organização de parágrafos, os textos dissertativo-argumentativos e alguns gêneros jornalísticos apresentam uma estrutura-padrão. Essa estrutura consiste em três partes: a ideia-núcleo, as ideias secundárias (que desenvolvem a ideia-núcleo), a conclusão. Em parágrafos curtos, é raro haver conclusão. Na sequência, segue um espelho de correção de redação. A faixa de valores dos itens analisados sofre alteração a cada concurso, os aspectos macroestruturais e microestruturais são variáveis na maneira como são expostos. No entanto, os espelhos não fogem ao padrão pré-determinado. • Interpretação do tema: Devemos interpretar cuidadosamente o tema proposto, pois a fuga total a este implica zerar a prova de redação. • Levantamento de ideias: A melhor maneira de levantar ideias sobre o tema é a auto-indagação. • Construção do rascunho: Construa o rascunho sem se preocupar com a forma. Priorize, nesta etapa, o conteúdo. • Pequeno intervalo: Suspenda a atividade redacional por alguns instantes e ocupe-se com outras provas, para que possa desviar um pouco a atenção do texto; evitando, assim, que determinados erros passem despercebidos. • Revisão e acabamento: Faça uma cuidadosa revisão do rascunho e as devidas correções. • Versão definitiva: Agora passe a limpo para a versão definitiva, com calma e muito cuidado! • Elaboração do título: O título deve ser urna frase curta condizente com a essência do tema. Orientação para Elaborar uma Dissertação • Seu texto deve apresentar tese, desenvolvimento (exposição/argumentação) e conclusão. • Não se inclua na redação, não cite fatos de sua vida particular, nem utilize o ainda na 1ª pessoa do plural. • Seu texto pode ser expositivo ou argumentativo (ou ainda expositivo e argumentativo). As idéias-núcleo devem ser bem desenvolvidas, bem fundamentadas. SESI – EDUCAÇÃO CONTINUADA REFORÇO ESCOLAR EM LÍNGUA PORTUGUESA 16 • Redija na 1ª pessoa do singular ou do plural, ou fundamentadas. Evite que seu texto expositivo ou argumentativo seja urna seqüência de afirmações vagas, sem justificativa, evidências ou exemplificação.. • Atente para as expressões vagas ou significado amplo e sua adequada contextualização. Ex.: conceitos como “certo”, “errado”, “democracia”, “justiça”, “liberdade”, “felicidade” etc. • Evite expressões como “belo”, “bom”, “mau”, “incrível”, “péssimo”, “triste”,“pobre”, “rico” etc.; são juízos de valor sem carga informativa, imprecisos e subjetivos. • Fuja do lugar-comum, frases feitas e expressões cristalizadas: “a pureza das crianças”, “a sabedoria dos velhos”. A palavra “coisa”, gírias e vícios da linguagem oral devem ser evitados, bem como o uso de “etc.” e as abreviações. • Não se usam entre aspas palavras estrangeiras com correspondência na língua portuguesa: hippie, status, dark, punk, laser, chips etc. • Não construa frases embromatórias. Verifique se as palavras empregadas são fundamentais e informativas. • Observe se não há repetição de ideias, falta de clareza, construções sem nexo (conjunções mal empregadas), falta de concatenação de ideias nas frases e nos parágrafos entre si, divagação ou fuga ao tema proposto. • Caso você tenha feito uma pergunta na tese ou no corpo do texto, verifique se a argumentação responde à pergunta. Se você eventualmente encerrar o texto com uma interrogação, esta pode estar corretamente empregada desde que a argumentação responda à questão. Se o texto for vago, a interrogação será retórica e vazia. • Verifique se os argumentos são convincentes: fatos notórios ou históricos, conhecimentos geográficos, cifras aproximadas, pesquisas e informações adquiridas através de leituras e fontes culturais diversas. • Se considerarmos que a redação apresenta entre 20 e 30 linhas, cada parágrafo pode ser desenvolvido entre 3 e 6 linhas. Você deve ser flexível nesse número, em razão do tamanho da letra ou da continuidade de raciocínio elaborado. Observe no seu texto os parágrafos prolixos ou muito curtos, bem como os períodos muito fragmentados, que resultam numa construção primária. Seguem alguns modelos TEMA: “DENÚNCIAS, ESCÂNDALOS, CASOS ILÍCITOS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, CORRUPÇÃO E IMPUNIDADE... ISSO É O QUE OCORRE NO BRASIL HOJE.” Uma nova ordem Nunca foi tão importante no País uma cruzada pela moralidade. As denúncias que se sucedem, os escândalos que se multiplicam, os casos ilícitos que ocorrem em diversos níveis da administração pública exibem, de forma veemente, a profunda crise moral por que passao País. SESI – EDUCAÇÃO CONTINUADA O povo se afasta cada vez mais dos políticos, como se estes fossem símbolos de todos os males. As instituições normativas, que fundamentam o sistema democrático, caem em descrédito. Os governantes, eleitos pela expressão do voto, também engrossam a caldeira da descrença e, frágeis, acabam comprometendo seus programas de gestão. Para complicar, ain milhares de trabalhadores na rua, ampliando os bols Não é de estranhar que parcelas imensas do eleitorado, em protesto contra o que vêem e sentem, procurem manifestar sua posi ou o voto em branco. Convenhamos, nenhuma dem atitude de inércia e apatia dos homens que têm responsabilidade pública os condenará ao castigo da história. É possível fazer acender uma pequena chama de esperança. O Brasil dos grandes valores, das grandes idéias, da fé e da crença, da esperança e do futuro autoridades quanto do cidadão comum, para instaurar um moral. 4. ORTOGRAFIA: Conhecer e usar Palavras bastante semelhantes são comuns no Dicionário da Língua Portuguesa. Semelhantes ao ponto de nos confundirem muitas vezes. Elas são chamadas palavras parônimas e homônimas. Quantas vezes acontece aquela dúvida sobre como escrever, qual letra utilizar?! O fato é que qualquer letra que for trocada, e ou usada indevidamente, pode mudar completamente o sentido verdadeiro da palavra. Entenda: São palavras semelhantes tanto na grafia quanto na Tem o som igual, a escrita diferente e os significados são diferentes. Nesse último módulo você terá vários conteúdos a serem lidos. Como são vários conteúdos, a avaliação desse módulo divide Conforme o desenvolvimento de sua leitura e entendimento, faça seguidamente cada uma das avaliações. EDUCAÇÃO CONTINUADA REFORÇO ESCOLAR EM LÍNGUA PORTUGUESA O povo se afasta cada vez mais dos políticos, como se estes fossem símbolos As instituições normativas, que fundamentam o sistema democrático, caem em descrédito. Os governantes, eleitos pela expressão do voto, também engrossam a caldeira da descrença e, frágeis, acabam comprometendo seus Para complicar, ainda estamos no meio de uma recessão que tem jogado milhares de trabalhadores na rua, ampliando os bolsões de insatisfação e amargura. Não é de estranhar que parcelas imensas do eleitorado, em protesto contra o que vêem e sentem, procurem manifestar sua posição com o voto nulo, a abstenção ou o voto em branco. Convenhamos, nenhuma democracia floresce dessa maneira. atitude de inércia e apatia dos homens que têm responsabilidade pública os condenará ao castigo da história. É possível fazer-se algo, de imedia acender uma pequena chama de esperança. O Brasil dos grandes valores, das grandes idéias, da fé e da crença, da esperança e do futuro necessita, urgentemente da ação solidária, tanto das autoridades quanto do cidadão comum, para instaurar uma nova ordem na ética e na Carlos Apolinário, adaptado MÓDULO IV ORTOGRAFIA/GRAMÁTICA ORTOGRAFIA: Conhecer e usar as palavras Palavras bastante semelhantes são comuns no Dicionário da Língua Portuguesa. Semelhantes ao ponto de nos confundirem muitas vezes. Elas são chamadas palavras parônimas e homônimas. Quantas vezes acontece de estar escrevendo alguma coisa e de repente surge aquela dúvida sobre como escrever, qual letra utilizar?! O fato é que qualquer letra que for trocada, e ou usada indevidamente, pode mudar completamente o sentido verdadeiro da palavra. Entenda: Palavras Parônimas: São palavras semelhantes tanto na grafia quanto na pronuncia, mas com diferentes. Palavras Homônimas: Tem o som igual, a escrita diferente e os significados são diferentes. Nesse último módulo você terá vários conteúdos a serem lidos. Como são vários conteúdos, a avaliação desse módulo divide-se em quatro etapas. Conforme o desenvolvimento de sua leitura e entendimento, faça seguidamente cada uma das avaliações. Boa sorte! REFORÇO ESCOLAR EM LÍNGUA PORTUGUESA 17 O povo se afasta cada vez mais dos políticos, como se estes fossem símbolos As instituições normativas, que fundamentam o sistema democrático, caem em descrédito. Os governantes, eleitos pela expressão do voto, também engrossam a caldeira da descrença e, frágeis, acabam comprometendo seus da estamos no meio de uma recessão que tem jogado ões de insatisfação e amargura. Não é de estranhar que parcelas imensas do eleitorado, em protesto contra o ção com o voto nulo, a abstenção ocracia floresce dessa maneira. A atitude de inércia e apatia dos homens que têm responsabilidade pública os se algo, de imediato, que possa O Brasil dos grandes valores, das grandes idéias, da fé e da crença, da urgentemente da ação solidária, tanto das a nova ordem na ética e na Carlos Apolinário, adaptado Palavras bastante semelhantes são comuns no Dicionário da Língua Portuguesa. Semelhantes ao ponto de nos confundirem muitas vezes. Elas são de estar escrevendo alguma coisa e de repente surge aquela dúvida sobre como escrever, qual letra utilizar?! O fato é que qualquer letra que for trocada, e ou usada indevidamente, pode mudar completamente o sentido mas com significados Tem o som igual, a escrita diferente e os significados são diferentes. Nesse último módulo você terá vários conteúdos a serem lidos. Como são se em quatro etapas. Conforme o desenvolvimento de sua leitura e entendimento, faça Boa sorte! SESI – EDUCAÇÃO CONTINUADA REFORÇO ESCOLAR EM LÍNGUA PORTUGUESA 18 Palavras com erros mais frequentes RECREAR ou RECRIAR Recrear = divertir Ele recreava crianças em festas infantis. Recriar = criar de novo: Ele recriou toda a obra do mestre. RETIFICAR ou RATIFICAR Retificar = corrigir: Ele precisa retificar os seus erros. O motor do carro foi retificado (corrigido) Ratificar = confirmar: Na verdade, ele só ratificou o que eu já dissera. REVEZAR ou REVISAR Revezar = trocar, fazer revezamento: Os médicos vão revezar-se no plantão. Revisar = rever, fazer revisão: Os professores vão revisar as notas. RUÇO ou RUSSO Ruço = meio pardo, gasto ou cerração: As calças já estavam meio ruças. Russo = relativo à Rússia: É um problema entre russos e americanos. SENSO ou CENSO Senso = juízo, de sentir: Não teve senso crítico nem de humor. Faltou bom senso. Censo = recenseamento: No próximo ano, será feito novo censo escolar. SERRAÇÃO ou CERRAÇÃO Serração = ato de serrar: A serração das árvores começou cedo. Cerração = nevoeiro denso: Na serra, a cerração estava grande. SOBRESCREVER ou SUBSCREVER Sobrescrever = escrever sobre, endereçar: / É necessário sobrescrever no envelope. Subscrever = escrever embaixo, assinar: Ele se esqueceu de subscrever a carta SORTIR ou SURTIR Sortir = prover-se, variar: É necessário um sortimento maior de mercadorias. Surtir = produzir resultado: A propaganda já surtiu efeito SESSÃO SEÇÃO CESSÃO Sessão = reunião durante um período: Hoje não houve sessão na Câmara. Seção (ou Secção) = departamento, repartição: Trabalha na seção de brinquedos. Cessão = ato de ceder: Ele fez a cessão de seus bens. SESTA SEXTA CESTA Sesta = descanso após o almoço: Gosta de uma sesta aos sábados. Sexta = numeral ordinal de seis: Ela foi a sexta colocada. Dia da semana Cesta = objeto para guarda ou transporte: Jogou o lixo na cesta. Homônimos e Parônimos Acender - pôr fogo a Ascender - elevar-se, subir Assento - base, lugar de sentar-se Acento - inflexão de voz, tom de voz, acento Assessório - diz respeito a assistente, adjunto ou assessor Acessório -pertences de qualquer instrumentoou máquina; que não é principal SESI – EDUCAÇÃO CONTINUADA REFORÇO ESCOLAR EM LÍNGUA PORTUGUESA 19 Aço - ferro temperado Asso - do verbo assar Asar - guarnecer de asas Azar - má sorte, ocasionar Brocha - tipo de prego Broxa - tipo de pincel Caçado - apanhado na caça Cassado – anulado Cegar - tornar ou ficar cego Segar – ceifar Sela - arreio de cavalgadura Cela - aposento de religiosos; pequeno quarto de dormir Censo - recenseamento Senso – juízo Censual - relativo a censo Sensual - relativo aos sentidos Cerra - do verbo cerrar (fechar) Serra - instrumento cortante; montanha; do v. serrar (cortar) Cerração - nevoeiro denso Serração - ato de serrar Serrado - particípio de serrar (cortar) Cerrado - denso; terreno murado; part. do v. cerrar (fechado) Xá - título do soberano da Pérsia Chá - infusão de folhas para bebidas Cheque - ordem de pagamento Xeque - perigo; lance de jogo de xadrez; chefe de tribo árabe Cível - relativo ao Direito Civil Civil - polido; referente às relações dos cidadãos entre si Cocho - tabuleiro Coxo - que manqueja Comprimento - extensão Cumprimento - ato de cumprir, saudação Concelho - município Conselho - parecer Conserto - remendo, reparação Concerto - sessão musical; harmonia Corisa - inseto Coriza - secreção das fossas nasais Coser - costurar Cozer - cozinhar Descrição - ato de descrever Discrição - qualidade de discreto Descriminar - inocentar Discriminar - distinguir, diferenciar Despensa - copa Dispensa - ato de dispensar Despercebido - não notado Desapercebido - desprevenido Imergir - mergulhar Emergir - sair de onde estava mergulhado Emigração - ato de emigrar Imigração - ato de imigrar Eminente - excelente Iminente - sobranceiro; que está por acontecer Imissão - ato de imitir, fazer entrar Emissão - ato de emitir, pôr em circulação Empossar - dar posse Empoçar - formar poça Espectador - o que observa um ato Expectador - o que tem expectativa Flagrante - evidente Fragrante - perfumado Fluir - correr Fruir - desfrutar Fuzil - arma de fogo Fusível - peça de instalação elétrica Infligir - aplicar castigo ou pena Infringir - transgredir Insipiente - ignorante Incipiente - que está em começo, iniciante Mandado - ordem judicial Mandato - período de permanência em cargo Pião - brinquedo Peão - indivíduo que anda a pé; peça de xadrez Preeminente - nobre, distinto Proeminente - saliente no aspecto físico Serva - criada, escreva Cerva - fêmea do cervo Taxa - imposto Tacha - tipo de prego; defeito; mancha moral Tráfego - trânsito Tráfico - negócio ilícito Viagem - jornada Viajem - do verbo viajar Vultoso - volumoso Vultuoso - inchado SESI – EDUCAÇÃO CONTINUADA REFORÇO ESCOLAR EM LÍNGUA PORTUGUESA 20 4.1 Palavras semelhantes Existem também expressões que apresentam semelhanças entre si, e têm significação diferente. Tal semelhança pode levar as pessoas a usar uma expressão em vez de outra. • Acerca de: sobre, a respeito de. Fala acerca de alguma coisa. • A cerca de: a uma distância aproximada de. Mora a cerca de dez quadras do centro da cidade. • Há cerca de: faz aproximadamente. Trabalha há cerca de cinco anos. • Ao encontro de: a favor, para junto de. Ir ao encontro dos anseios do povo. • De encontro a: contra. As medidas vêm de encontro aos interesses do povo. • Ao invés de: ao contrário de • Em vez de: em lugar de. Usar uma expressão em vez de outra. • A par: ciente. Estou a par do assunto. • Ao par: de acordo com a convenção legal, sem ágio, sem abatimentos (câmbio, ações, títulos, etc.). • À-toa (adjetivo): ordinário, imprestável. Vida à-toa. • À toa (advérbio): sem rumo. Andar à toa. Uso de Mal e Mau Essas duas são palavras parônimas, as vezes homônimas – dependendo da pronúncia –, e por isso têm sido confundidas e tomadas uma pela outra. Entretanto, é muito fácil distingui-las se conhecemos suas funções, como veremos a seguir: Mal (escrito com “l”) • Classifica-se como advérbio de modo e como conjunção subordinativa temporal. • Como advérbio, opõe-se a bem e modifica adjetivos (Parece-me pessoa mal- intencionada) e verbos (Mais uma vez, Odilon trabalhou mal). • Como conjunção, liga orações e equivale a “tão logo, nem bem”: “Mal tomou posse, começaram as cobranças”. • Quando antecedido de artigo ou pronome, expresso ou subentendido, “mal” converte-se em substantivo. • Nessa condição, também se opõe a bem e ainda pode flexionar-se: “Devemos combater o mal” (as coisas más) e “Nossos males (nossos problemas) advêm basicamente da falta da noção de cidadania”. Mau (escrito com “u”) • É adjetivo masculino e assim pode flexionar-se em gênero (má) e número (maus, más). • Acompanha substantivos: “Evite dar mau exemplo”, “Estevão e Fernando são sujeitos maus”, “Não é má idéia” e “Fuja das más companhias, porque o resultado a gente já conhece”. • “Mau” também pode substantivar-se e, nessa condição, flexionar-se normalmente: “O mau precisa ser mantido sob controle” (neste exemplo, tanto cabem mal como mau, depende do contexto), “Os bons serão recompensados e os maus, punidos”, “No final da história, a boa foi feliz para sempre e a má morreu” e “As frutas boas foram separadas das más”. “Mau” opõe-se a bom. SESI – EDUCAÇÃO CONTINUADA REFORÇO ESCOLAR EM LÍNGUA PORTUGUESA 21 Em resumo: Na dúvida, substitua “mal” por “bem” e “mau” por “bom”. Se fizer sentido, é porque o emprego foi acertado. Uso dos porquês Por mais que se saiba usá-los uma revisão sempre é bom: Por que • Em frases interrogativas. Ex.: Por que você me deixou esperando todo esse tempo?; Por que você não se habitua a ler jornais? • Em frases afirmativas, desde que no seu emprego esteja subtendida a idéia de motivo, causa, razão, pelo qual, para que. Ex.: Não sei por que esse aluno é tão rebelde; O deputado explicou por que precisa de mais tempo para apresentar seu relatório; Era o apelido por que (pelo qual) era conhecido; O assessor estava ansioso por que começasse a votação. Porque • Quando a pergunta é acompanhada de uma hipótese de resposta. Ex.: Você não veio votar porque é contrário ao projeto?; Essa medida provisória merece prosseguimento na tramitação porque é urgente? • Quando uma locução introduz uma explicação, um motivo. Ex.: O deputado disse que votou contra o projeto porque o considerou lesivo aos interesses do país. Por quê • Quando colocado no final da frase ou antes de pausa, tiver o sentido de motivo, razão pela qual. Ex.: O cantor estava inquieto, sem saber por quê; Advertido pelo presidente da Mesa, o deputado quis saber por quê; Ninguém lhe dava atenção. Por quê?. Porquê • Quando não apenas o sentido, mas é usado em lugar de um desses substantivos (ou seja, é substantivada): motivo, causa, pergunta, e forma, com a preposição por, uma só palavra. Mal – Classifica-se como advérbio e conjunção. Antecedido de artigo ou pronome, torna-se substantivo. Como advérbio e substantivo, opõe-se a bem. Mau – Classifica-se como adjetivo e, antecedido de artigo ou pronome, substantiva- se. Opõe-se a bom. SESI – EDUCAÇÃO CONTINUADA REFORÇO ESCOLAR EM LÍNGUA PORTUGUESA 22 Ex.: Não entendo o porquê da sua revolta; A mãe deixou de fazer o almoço e não explicou o porquê; Há muitos porquês para a queda do edifício. Uso do Mais, Mas e Más O emprego de [mais]• Mais é pronome ou advérbio de intensidade, portanto está relacionado com quantidade, aumento, grandeza, superioridade ou comparação. [Mais], normalmente, é o oposto de [menos]. Portanto, se tiver dúvida, substitua-o por [menos] (menas nunca); se for possível a substituição, use [mais]: Você quer seu suco com mais (menos) açúcar? → O brasileiro está cada dia mais (menos) rico. → Todos querem mais (menos) amor. → É mais (menos) difícil fazer do que criticar. CASOS ESPECIAIS a) Mais bem e Mais mal - antes de verbos no particípio, use mais bem e mais mal em vez de pior e melhor. Em português, o particípio é a forma nominal do verbo, geralmente, formado com o sufixo [-ado] [-ada] para os terminados em [ar] (amado, parado) e [-ido] [-ida], para os terminados em [er] e [ir] (vendido, sentido). Nos demais casos, use pior e melhor: → Aquelas alunas estavam mais bem preparadas que as outras. → E não: Aquelas alunas estavam melhor preparadas que as outras. → Seu trabalho está mais bem elaborado que o meu (e não: melhor). → Esta roupa parece mais mal acabada que aquela (e não: pior). b) Mais bom que mal – quando comparamos atributos ou qualidades, as formas corretas são: → O José é mais bom que mal (e não: é melhor do que pior). → O filme é mais bom que mal (e não: é melhor do que pior). c) Mais ruim – use apenas em comparações como: → Arnaldo é mais ruim que bom. → Ele é mais ruim que falso. Nos demais casos: Fulano é [mais] malvado, é mais perverso, é mais falso que o irmão (e não: mais ruim). → Ela é mais atenciosa que as outras. d) Mais que fazer – não existe [o] entre o [mais] e o [que] em frases como: Tenho mais que fazer (e não: mais o que fazer). → Há mais que dizer (e não: mais o que dizer). e) Mais grande – não use nunca. Na língua culta é um erro grave. Use sempre [maior]: Pedro é maior do que Paulo. O emprego de [mas] SESI – EDUCAÇÃO CONTINUADA REFORÇO ESCOLAR EM LÍNGUA PORTUGUESA 23 • Mas é a principal das conjunções adversativas. Relaciona pensamentos contrastantes, opositivos ou restritivos. Se eu lhe dissesse: “Minha irmã treinou muito, mas…”, com certeza, não precisaria terminar a frase, porque você iria imaginar que ela foi mal na atividade esportiva: → Gosto de navio, mas prefiro avião. → Ele falou bem; mas não foi como eu esperava. Observação: Se tiver dúvida quanto ao uso de [mas], basta substituí-lo por: porém, contudo, todavia, entretanto. Se for possível a substituição use [mas]: Gosto de navio, porém (mas) prefiro o trem. → Ele falou bem; todavia (mas) não foi como eu esperava. → Tentou, mas (porém, todavia, entretanto) não conseguiu. CASOS ESPECIAIS a) Mas... no entanto – constituem redundância, se usados na mesma frase: Saiu cedo, mas não conseguiu, no entanto, chegar na hora. Use: Saiu cedo, mas não conseguiu chegar na hora. → Ou, então: Saiu cedo, no entanto, não conseguiu chegar na hora. b) Mas que – neste caso, o [mas] não tem função e deve ser suprimido: Ele é o piloto titular, (não: mas) que está de licença este ano. c) Vírgula – use vírgula antes de [mas]: → Vá onde quiser, mas fique morando conosco. → Sofri muito, mas espero uma recompensa. O emprego de más • Más é o plural do adjetivo [má] que por sua vez é o feminino de [mau]. Como o oposto de [mau] é [bom] e o de [má] é [boa] o plural de [más] será [boas]. Então, basta substituir [más] por [boas]; sendo possível a substituição mantenha o [más]: → Estavam com más (boas) intenções. → As más (boas) ações empobrecem o espírito. → Sempre soubemos que elas eram más (boas). Uso do há / a Há : Indica passado e pode ser substituído por faz MÁS = ruins, péssimas Não são más meninas. (péssimas) MAS = porém (conjunção) Veio, mas foi embora. (porém) MAIS = menos (advérbio de intensidade) Quero mais água. (menos) Observação: usamos sempre uma vírgula antes de conjunção. Resumindo SESI – EDUCAÇÃO CONTINUADA REFORÇO ESCOLAR EM LÍNGUA PORTUGUESA 24 → Eles saíram há muito tempo. ( faz muito tempo) → A final da copa ocorreu há dois anos. ( faz dois anos ) → Há muitos anos que não os vejo. ( faz muitos anos…) A: Indica distância ou tempo futuro. → As eleições ocorrerão daqui a dois anos. (tempo futuro) → O veículos estava a cinco minutos da rodoviária. (distância) → Estamos a 30 dias do natal. (tempo futuro) Observação: Em nenhum dos casos acima o a pode dar lugar ao faz) Uso do HÁ, HAVIA Verbo no pretérito imperfeito e mais-que-perfeito , deve-se usar havia → Ela estava doente havia muito tempo. (Ela estava doente há muito tempo - errado) → Ela estivera aqui havia muito tempo (Ela estivera aqui há muito tempo - errado) HÁ, ATRÁS Quando o há se refere a tempo ocorre a rejeição do vocábulo atrás . → Há cinco anos terminei a faculdade. Há cinco anos atrás terminei a faculdade. (errado – redundância) Uso de ONDE/ AONDE → Onde: empregado em situações estáticas (com verbos de quietação). Onde moras? → Aonde: empregado em situações dinâmicas (com verbos de movimento). Equivale para onde. Aonde vais? Uso do EM, -ÉM, -ÊM, -ÊEM. → EM (tônico): em vocábulos monossilábicos: bem, cem, trem. → ÉM: em vocábulos oxítonos com mais de uma sílaba: armazém, ninguém, ele mantém. → ÊM: em formas da 3ª pessoa do plural do presente do indicativo dos verbos ter e vir e seus derivados: eles têm, vêm, provêm, detêm. → ÊEM: em formas da 3ª pessoa do plural dos verbos dar, crer, ler e ver e de seus derivados: dêem, vêem, lêem, vêem, descrêem, relêem, prevêem. Uso de A FIM/AFIM → Afim: parente por afinidade; semelhante. Não podem casar os afins. → A fim (de): para. Ele veio a fim de ajudar. Uso de ENFIM/ EM FIM → Enfim = finalmente. Enfim sós. SESI – EDUCAÇÃO CONTINUADA REFORÇO ESCOLAR EM LÍNGUA PORTUGUESA 25 → Em fim = no final. Ele está em fim de carreira. Uso de SE NÃO/ SENÃO → Se não: caso não. Viajarei se não chover. → senão: caso contrário; a não ser; mas. Vá, senão eu vou. O USO DA CRASE A crase indica a fusão da preposição a com artigo a: João voltou à (a preposição + a artigo) cidade natal. / Os documentos foram apresentados às (a prep. + as art.) autoridades. Dessa forma, não existe crase antes de palavra masculina: Vou a pé. / Andou a cavalo. Existe uma única exceção, explicada mais adiante. Regras Práticas • Primeira - Substitua a palavra antes da qual aparece o a ou as por um termo masculino. Se o a ou as se transformar em ao ou aos, existe crase; do contrário, não. Nos exemplos já citados: João voltou ao país natal. / Os documentos foram apresentados aos juízes. Outros exemplos: Atentas às modificações, as moças... (Atentos aos processos, os moços...) / Junto à parede (junto ao muro). No caso de nome geográfico ou de lugar, substitua o a ou as por para. Se o certo for para a, use a crase: Foi à França (foi para a França). / Irão à Colômbia (irão para a Colômbia). / Voltou a Curitiba (voltou para Curitiba, sem crase). Pode-se igualmente usar a forma voltar de: se o de se transformar em da, há crase, inexistente se o de não se alterar: Retornou à Argentina (voltou da Argentina). / Foi a Roma (voltou de Roma). • Segunda - A combinação de outras preposições com a (para a, na, da, pela e com a, principalmente) indica se o a ou as deve levar crase. Não é necessário que a frase alternativa tenha o mesmo sentido da original nem que a regência seja correta. Exemplos: Emprestou o livro à amiga (para a amiga). / Chegou à Espanha (da Espanha). / As visitas virão às 6 horas (pelas 6 horas). / Estava às portas da morte (nas portas). / À saída (na saída)./ À falta de (na falta de, com a falta de). Usa-se a crase ainda 1. Nas formas àquela, àquele, àquelas, àqueles, àquilo, àqueloutro (e derivados): Cheguei àquele (a + aquele) lugar. / Vou àquelas cidades. / Referiu- se àqueles livros. / Não deu importância àquilo. 2. Nas indicações de horas, desde que determinadas: Chegou às 8 horas, às 10 horas, à 1 hora. Zero e meia incluem-se na regra: O aumento entra em vigor à zero hora. / Veio à meia-noite em ponto. A indeterminação afasta a crase: Irá a uma hora qualquer. 3. Nas locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas como às pressas, às vezes, à risca, à noite, à direita, à esquerda, à frente, à maneira de, à moda de, à SESI – EDUCAÇÃO CONTINUADA REFORÇO ESCOLAR EM LÍNGUA PORTUGUESA 26 procura de, à mercê de, à custa de, à medida que, à proporção que, à força de, à espera de: Saiu às pressas. / Vive à custa do pai. / Estava à espera do irmão. / Sua tristeza aumentava à medida que os amigos partiam. / Serviu o filé à moda da casa. 4. Nas locuções que indicam meio ou instrumento e em outras nas quais a tradição lingüística o exija, como à bala, à faca, à máquina, à chave, à vista, à venda, à toa, à tinta, à mão, à navalha, à espada, à baioneta calada, à queima- roupa, à fome (matar à fome): Morto à bala, à faca, à navalha. / Escrito à tinta, à mão, à máquina. / Pagamento à vista. / Produto à venda. / Andava à toa. Observação: Neste caso não se pode usar a regra prática de substituir a por ao. 5. Antes dos relativos que, qual e quais, quando o a ou as puderem ser substituídos por ao ou aos: Eis a moça à qual você se referiu (equivalente: eis o rapaz ao qual você se referiu). / Fez alusão às pesquisas às quais nos dedicamos (fez alusão aos trabalhos aos quais...). / É uma situação semelhante à que enfrentamos ontem (é um problema semelhante ao que...) Não se usa a crase antes de: • Palavra masculina: andar a pé, pagamento a prazo, caminhadas a esmo, cheirar a suor, viajar a cavalo, vestir-se a caráter. Exceção. Existe a crase quando se pode subentender uma palavra feminina, especialmente moda e maneira, ou qualquer outra que determine um nome de empresa ou coisa: Salto à Luís XV (à moda de Luís XV). / Estilo à Machado de Assis (à maneira de). / Referiu-se à Apollo (à nave Apollo). / Dirigiu-se à (fragata) Gustavo Barroso. / Vou à (editora) Melhoramentos. / Fez alusão à (revista) Projeto. • Nome de cidade: Chegou a Brasília. / Irão a Roma este ano. Exceção. Há crase quando se atribui uma qualidade à cidade: Iremos à Roma dos Césares. / Referiu-se à bela Lisboa, à Brasília das mordomias, à Londres do século 19. • Verbo: Passou a ver. / Começou a fazer. / Pôs-se a falar. • Substantivos repetidos: Cara a cara, frente a frente, gota a gota, de ponta a ponta. • Ela, esta e essa: Pediram a ela que saísse. / Cheguei a esta conclusão. / Dedicou o livro a essa moça. • Outros pronomes que não admitem artigo, como ninguém, alguém, toda, cada, tudo, você, alguma, qual, etc. • Formas de tratamento: Escreverei a Vossa Excelência. / Recomendamos a Vossa Senhoria... / Pediram a Vossa Majestade... • Uma: Foi a uma festa. Exceções. Na locução à uma (ao mesmo tempo) e no caso em que uma designa hora (Sairá à uma hora). • Palavra feminina tomada em sentido genérico: Não damos ouvidos a reclamações. / Em respeito a morte em família, faltou ao serviço. Repare: Em respeito a falecimento, e não ao falecimento. / Não me refiro a mulheres, mas a meninas. SESI – EDUCAÇÃO CONTINUADA REFORÇO ESCOLAR EM LÍNGUA PORTUGUESA 27 • Alguns casos são fáceis de identificar: se couber o indefinido uma antes da palavra feminina, não existirá crase. Assim: A pena pode ir de (uma) advertência a (uma) multa. / Igreja reage a (uma) ofensa de candidato em Guarulhos. / As reportagens não estão necessariamente ligadas a (uma) agenda. / Fraude leva a (uma) sonegação recorde. / Empresa atribui goteira a (uma) falha no sistema de refrigeração. • Havendo determinação, porém, a crase é indispensável: Morte de bebês leva à punição (ao castigo) de médico. / Superintendente admite ter cedido à pressão (ao desejo) dos superiores. • Substantivos no plural que fazem parte de locuções de modo: Pegaram-se a dentadas. / Agrediram-se a bofetadas. / Progrediram a duras penas. • Nomes de mulheres célebres: Ele a comparou a Ana Néri. / Preferia Ingrid Bergman a Greta Garbo. • Dona e madame: Deu o dinheiro a dona Maria . / Já se acostumou a madame Angélica. Exceção. Há crase se o dona ou o madame estiverem particularizados: Referia-se à Dona Flor dos dois maridos. • Numerais considerados de forma indeterminada: O número de mortos chegou a dez. / Nasceu a 8 de janeiro. / Fez uma visita a cinco empresas. • Distância, desde que não determinada: A polícia ficou a distância. / O navio estava a distância. Quando se define a distância, existe crase: O navio estava à distância de 500 metros do cais. / A polícia ficou à distância de seis metros dos manifestantes. • Terra, quando a palavra significa terra firme: O navio estava chegando a terra. / O marinheiro foi a terra. (Não há artigo com outras preposições: Viajou por terrra. / Esteve em terra.) Nos demais significados da palavra, usa-se a crase: Voltou à terra natal. / Os astronautas regressaram à Terra. • Casa, considerada como o lugar onde se mora: Voltou a casa. / Chegou cedo a casa. (Veio de casa, voltou para casa, sem artigo.) Se a palavra estiver determinada, existe crase: Voltou à casa dos pais. / Iremos à Casa da Moeda. / Fez uma visita à Casa Branca. Uso facultativo • Antes do possessivo: Levou a encomenda a sua (ou à sua) tia. / Não fez menção a nossa empresa (ou à nossa empresa). Na maior parte dos casos, a crase dá clareza a este tipo de oração. • Antes de nomes de mulheres: Declarou-se a Joana (ou à Joana). Em geral, se a pessoa for íntima de quem fala, usa-se a crase; caso contrário, não. • Com até: Foi até a porta (ou até à). / Até a volta (ou até à). No Estado, porém, escreva até a, sem crase. AS NOVAS REGRAS ORTOGRAFICAS: ACORDO ORTOGRÁFICO O objetivo é expor, de maneira objetiva, as alterações introduzidas na ortografia da língua portuguesa pelo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, SESI – EDUCAÇÃO CONTINUADA REFORÇO ESCOLAR EM LÍNGUA PORTUGUESA 28 assinado em Lisboa, em 16 de dezembro de 1990, por Portugal, Brasil, Angola, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e, posteriormente, por Timor Leste. No Brasil, o Acordo foi aprovado pelo Decreto Legislativo n.º 54, de 18 de abril de 1995. Esse Acordo é meramente ortográfico; portanto, restringe-se à língua escrita, não afetando nenhum aspecto da língua falada. Ele não elimina todas as diferenças ortográficas observadas nos países que têm a língua portuguesa como idioma oficial, mas é um passo em direção à pretendida unificação ortográfica desses países. Mudanças no alfabeto O alfabeto passa a ter 26 letras. Foram reintroduzidas as letras k, w e y. O alfabeto completo passa a ser: A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V WX Y Z a) As letras k, w e y, que na verdade não tinham desaparecido da maioria dos dicionários da nossa língua, são usadas em várias situações. Por exemplo: a) na escrita de símbolos de unidades de medida: km (quilômetro), kg (quilograma), W (watt); b) na escrita de palavras estrangeiras (e seus derivados): show, playboy, playground, windsurf, kung fu, yin, yang, William, kaiser, Kafka, kafkiano. Trema Não se usa mais o trema (¨), sinal colocado sobre a letra u para indicar que ela deve ser pronunciada nos grupos gue, gui, que, qui. � Como era Como fica agüentar aguentar argüir arguir bilíngüe bilíngüe cinqüenta cinquenta� Atenção: o trema permanece apenas nas palavras estrangeiras e em suas derivadas. Exemplos: Müller, mülleriano. Mudanças nas regras de acentuação 1. Não se usa mais o acento dos ditongos: abertos éi e ói das palavras paroxítonas (palavras que têm acento tônico na penúltima sílaba). Como era Como fica alcalóide alcaloide alcatéia alcateia andróide androide apóia (verbo apoiar) apoia SESI – EDUCAÇÃO CONTINUADA REFORÇO ESCOLAR EM LÍNGUA PORTUGUESA 29 apóio (verbo apoiar) apoio asteróide asteroide bóia boia celulóide celuloide clarabóia claraboia colméia colmeia Coréia Coreia debilóide debiloide epopéia epopeia Atenção: essa regra é válida somente para palavras paroxítonas. Assim, continuam a ser acentuadas as palavras oxítonas e os monossílabos tônicos Terminados em éis e ói(s). Exemplos: papéis, herói, heróis, dói (verbo doer), sóis etc. 2. Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no i e no u tônicos quando vierem depois de um ditongo decrescente. Como era Como fica baiúca baiuca Bocaiúva (tipo de palmeira bocaiuva* cauíla (avarento) cauila** feiúra feiura Atenção: se a palavra for oxítona e o i ou o u estiverem em posição final (ou seguidos de s), o acento permanece. Exemplos: tuiuiú, tuiuiús, Piauí; Se o i ou o u forem precedidos de ditongo crescente, o acento permanece. Exemplos: guaíba, Guaíra. 3. Não se usa mais o acento das palavras terminadas em êem e ôo(s). Como era Como fica Abençôo abençoo crêem (verbo crer) creem dêem (verbo dar) deem dôo (verbo doar) doo enjôo enjoo lêem (verbo ler) leem magôo (verbo magoar) magoo perdôo (verbo perdoar) perdoo povôo (verbo povoar) povoo vêem (verbo ver) veem vôos voos zôo zoo SESI – EDUCAÇÃO CONTINUADA REFORÇO ESCOLAR EM LÍNGUA PORTUGUESA 30 4. Não se usa mais o acento que diferenciava os pares pára/para, péla(s)/ pela(s), pêlo(s)/pelo(s), pólo(s)/polo(s) e pêra/pera. Como era Como fica Ele pára o carro Ele para o carro. Ele foi ao pólo Norte Ele foi ao polo Norte. Ele gosta de jogar pólo Ele gosta de jogar polo. Esse gato tem pêlos brancos Esse gato tem pelos brancos. Comi uma pêra Comi uma pera. Atenção! • Permanece o acento diferencial em pôde/pode. Pôde é a forma do passado do verbo poder (pretérito perfeito do indicativo), na 3.ª pessoa do singular. Pode é a forma do presente do indicativo, na 3.ª pessoa do singular. Exemplo: Ontem, ele não pôde sair mais cedo, mas hoje ele pode. • Permanece o acento diferencial em: pôr/por. Pôr é verbo. Por é preposição. Exemplo: Vou pôr o livro na estante que foi feita por mim. • Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter e vir, assim como de seus derivados (manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir etc.). Exemplos: Ele tem dois carros. / Eles têm dois carros. • É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras forma/ fôrma.Em alguns casos, o uso do acento deixa a frase mais clara. Veja este exemplo: Qual é a forma da fôrma do bolo? 5. Não se usa mais o acento agudo no u tônico das formas (tu) arguis, (ele) argui, (eles) arguem, do presente do indicativo do verbo arguir. O mesmo vale para o seu composto redarguir. 6. Há uma variação na pronúncia dos verbos terminados em guar, quar e quir, como aguar, averiguar, apaziguar, desaguar, enxaguar, obliquar, delinquir etc. Esses verbos admitem duas pronúncias em algumas formas do presente do indicativo, do presente do subjuntivo e também do imperativo. Veja: a) se forem pronunciadas com a ou i tônicos, essas formas devem ser acentuadas. Exemplos: • verbo enxaguar: enxáguo, enxáguas, enxágua, enxáguam; enxágue, enxágues, enxáguem. • verbo delinquir: delínquo, delínques, delínque, delínquem; delínqua, delínquas, delínquam. b) se forem pronunciadas com u tônico, essas formas deixam de ser acentuadas. Exemplos: • (a vogal sublinhada é tônica, isto é, deve ser pronunciada mais fortemente que as outras): SESI – EDUCAÇÃO CONTINUADA REFORÇO ESCOLAR EM LÍNGUA PORTUGUESA 31 • verbo enxaguar: enxaguo, enxaguas, enxagua, enxaguam; enxague, enxagues, enxaguem. • verbo delinquir: delinquo, delinques, delinque, delinquem; delinqua, delinquas, delinquam. Atenção: no Brasil, a pronúncia mais corrente é a primeira, aquela com a e i tônicos. Uso do hífen com compostos 1. Usa-se o hífen nas palavras compostas que não apresentam elementos de ligação. Exemplos: • guarda-chuva, arco-íris, boa-fé, • segunda-feira, mesa-redonda, • vaga-lume, joão-ninguém, • porta-malas, porta-bandeira, • pão-duro, bate-boca Exceções: Não se usa o hífen em certas palavras que perderam a noção de composição, como girassol, madressilva, mandachuva, pontapé, paraquedas, paraquedista, paraquedismo. 2. Usa-se o hífen em compostos que têm palavras iguais ou quase iguais, sem elementos de ligação. Exemplos: • reco-reco, blá-blá-blá, • zum-zum, tico-tico, • tique-taque, cri-cri, glu-glu, • rom-rom, pingue-pongue, • zigue-zague, esconde-esconde, • pega-pega, corre-corre 3. Não se usa o hífen em compostos que apresentam elementos de ligação. Exemplos: • pé de moleque, pé de vento, pai de todos, dia a dia, fim de semana, • cor de vinho, ponto e vírgula, camisa de força, cara de pau, olho de sogra Incluem-se nesse caso os compostos de base oracional. Exemplos: • maria vai com as outras, leva e traz, diz que diz que, deus me livre, deus nos acuda, cor de burro quando foge, bicho de sete cabeças, faz de conta Exceções: água-de-colônia, arco-da-velha, cor-de-rosa, mais-que-perfeito, pé-de- meia, ao deus-dará, à queima-roupa. 4. Usa-se o hífen nos compostos entre cujos elementos há o emprego do apóstrofo. Exemplos: gota-d’água, pé-d’água SESI – EDUCAÇÃO CONTINUADA REFORÇO ESCOLAR EM LÍNGUA PORTUGUESA 32 5. Usa-se o hífen nas palavras compostas derivadas de topônimos (nomes próprios de lugares), com ou sem elementos de ligação. Exemplos: • Belo Horizonte — belo-horizontino • Porto Alegre — porto-alegrense • Mato Grosso do Sul — mato-grossense-do-sul • Rio Grande do Norte — rio-grandense-do-norte • África do Sul — sul-africano 6. Usa-se o hífen nos compostos que designam espécies animais e botânicas (nomes de plantas, flores, frutos, raízes, sementes), tenham ou não elementos de ligação. Exemplos: • bem-te-vi, peixe-espada, peixe-do-paraíso, mico-leão-dourado, andorinha-da- serra, lebre-da-patagônia, erva-doce, ervilha-de-cheiro, pimenta-do-reino, peroba-do-campo, cravo-da-índia Obs.: não se usa o hífen, quando os • compostos que designam espécies botânicas e zoológicas são empregados • fora de seu sentido original. Observe a diferença de sentido entre os pares: a) bico-de-papagaio (espécie de planta ornamental) - bico de papagaio (deformação nas vértebras). b) olho-de-boi (espécie de peixe) - olho de boi (espécie de selo postal). Uso do hífen com prefixos As observações a seguir referem-se ao uso do hífen em palavras formadas por prefixos (anti, super, ultra, sub etc.) ou por elementos que podem funcionar como prefixos (aero, agro, auto, eletro, geo, hidro, macro, micro, mini, multi, neo etc.). Casos gerais 1. Usa-se o hífen diante de palavra iniciada por h. Exemplos: anti-higiênico; anti-histórico; macro-história; mini-hotel; proto-história; sobre-humano; super-homem ultra-humano 2. Usa-se o hífen se o prefixo terminar com a mesma letra com que se inicia a outra palavra. Exemplos: micro-ondas; anti-inflacionário;
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