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1 Índice Geral de Preços do Mercado IGP M

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UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP 
 
 
 
 
GABRIEL MARQUES DOS SANTOS 
GIULIA PARRINI 
GUILHERME CARDOSO DE SOUZA 
RAMON BESERRA CAVALCANTE 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANÁLISE DO ÍNDICE GERAL DE PREÇOS DO MERCADO- 
IGP-M 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO PAULO - SP 
2017 
 
 
 
GABRIEL MARQUES DOS SANTOS RA: D1185B-7 
GIULIA PARRINI RA: C718AD-4 
GUILHERME CARDOSO DE SOUZA RA: D1227F-1 
RAMON BESERRA CAVALCANTE RA: D09828-4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANÁLISE DO ÍNDICE GERAL DE PREÇOS DO MERCADO- IGP-M 
 
 
 
 
 
Trabalho de Atividade Pratica 
Supervisionada para obtenção parcial do 
grau de Bacharelado em Ciências 
Econômicas apresentado à Universidade 
Paulista- UNIP. 
 
 
Orientadora: Prof.ª. Dra. Deiby Santos Gouveia 
 
 
 
 
SÃO PAULO- SP 
2017 
 
 
 
RESUMO 
 
Este trabalho tem como intuito apresentar um estudo do Índice Geral de Preços do 
Mercado. A pesquisa dos dados tem como base as informações coletadas na FGV (Faculdade 
Getúlio Vargas), incluindo outras instituições de pesquisa entre o período de 1994 até 2016 e 
os dados mais recentes de 2017. Entre essas informações apresentadas como utilidade, 
metodologia de cálculo, analise histórica quantitativa e qualitativa, e também análise sobre a 
projeção para o ano de 2018 de acordo com o cenário econômico atual do país. 
 
Palavras-chaves: Índice, inflação, deflação e análise. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
 This work intends to present a study of the General Price Index of the Market. The 
data search is based on the information collected at FGV (Faculdade Getúlio Vargas), including 
other research institutions between the period 1994 to 2016 and the most recent data of 2017. 
Among these information presented as utility, calculation methodology, analysis Quantitative 
and qualitative history, as well as analysis on the projection for the year 2018 according to the 
current economic scenario of the country. 
 
Key-words: Index, inflation, deflation and analysis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OBJETIVO 
 
A APS (Atividade Prática Supervisionada) desse semestre, tem como objetivo 
apresentar um estudo do índice de inflação nacional IGP-M, abordar seu histórico, atuação, 
metodologia de cálculo, análise quantitativa e qualitativa, durante uma periocidade de dez anos. 
Além disso, também apresentar a influência das crises econômicas sobre o índice, equiparar a 
outro índice de inflação e analisar a projeção para o ano seguinte. 
Nesse estudo, existe a necessidade de integrar a interdisciplinaridade com a matéria de 
métodos quantitativos, objetivando uma análise histórico-quantitativa, um aprendizado dos 
métodos de pesquisa e uma interpretação mais detalhada sobre o índice econômico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
 
Figura 1- Fórmula de Cálculo do IGP-M ................................................................................. 12 
Gráfico 1- Índice IGP-M Acumulado do ano 2000 até 2016 ................................................... 13 
Gráfico 2- Variação Anual do IGP-M antes do Plano Real ..................................................... 15 
Gráfico 3- Variação Anual do IGP-M depois do Plano Real ................................................... 15 
Gráfico 4- Variação do IGP-M e IPCA do ano 2000 até 2016 ................................................ 16 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
Tabela 1- Variação Acumulada do IGP-M em 2017 e sua Projeção para 2018 ....................... 17 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 9 
2. ÍNDICE GERAL DE PREÇOS DO MERCADO- IGP-M .................................................. 10 
2.1 Metodologia de Cálculo .................................................................................................. 11 
2.2 Índices de Base do IGP-M .............................................................................................. 12 
3. ANÁLISES QUANTITATIVAS E QUALITATIVAS DO IGP-M .................................... 13 
3.1. Análise história do IGP-M do ano 2000 até 2016 ......................................................... 13 
3.2 Análise do Impacto do Plano Real sobre o IGP-M ......................................................... 14 
3.3 Comparação do IGP-M com o IPCA .............................................................................. 16 
4. PROJEÇÃO PARA O ANO DE 2018 ................................................................................. 17 
5. CONCLUSÃO ...................................................................................................................... 19 
6. BIBLIOGRAFIA .................................................................................................................. 20 
9 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
 O IGPM (Índice Geral de Preço do Mercado) é um dos índices utilizados para medir a 
inflação no país. Criado em 1947 começou a ser calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) 
e divulgado para órgãos do governo, somente em 1989 com a parceria fixada entra a FGV e o 
Instituto Brasileiro de Economia (IBRE), o índice começou a ser divulgado para o público em 
geral, que utilizou como base de cálculo para reajustes de contratos e contas do setor primário, 
secundário e terciário. 
 Ao longo da história o índice apresenta grandes variações, com a maioria ocasionada 
por interferências de políticas monetárias do governo e crises econômicas que afetaram o país, 
tornando o IGP-M um índice sensível a alteração dos preços. A análise realizada desse índice 
representa o período dos anos de 1989 até 2016, de acordo com os dados calculados pelo IBRE 
e divulgados pela FGV, os dados foram utilizados para analisar o impacto causado pelo plano 
real sobre o índice, a influência das crises econômicas e compara-lo com o IPCA, outro índice 
que mede a inflação no país. 
Os dados do ano de 2017 fornecidos pelo Banco Central, foram utilizados como base 
para realizar a projeção do ano de 2018 de acordo com o cenário econômico do país. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
2. ÍNDICE GERAL DE PREÇOS DO MERCADO- IGP-M 
 
O IGP-M (Índice Geral de Preço-Mercado) é um deflator e índice macroeconômico 
indicador da inflação de preços, a qual engloba o setor primário, secundário e terciário. Sua 
criação foi com o objetivo de exibir as flutuações dos títulos emitidos pelo Tesouro Nacional, 
para obter financiamento das dívidas públicas do país, depósitos de renda pós-fixada e 
investimentos com valor final definido somente no vencimento, com exceção do período de um 
ano. [1] 
A FGV (Fundação Getúlio Vargas) foi a instituição responsável pela criação, a qual 
ocorreu pela primeira vez em novembro de 1947, pelo primeiro cálculo e se mantém atualmente 
o como o divulgador. Como a inflação corresponde a perda de poder aquisitivo da moeda e está 
sempre presente, seja nospaíses desenvolvidos como nos demais esse índice é um dos 
principais fatores de análise nos parâmetros de preços. De acordo com Antônio Dias Leite no 
livro Brasil País Rico, apresenta o conceito de inflação segundo LEITE, 2012. 
 
Inflação traduz aumento de preços de bens e serviços em um mercado nacional, aí 
qual corresponde à perda de poder aquisitivo da moeda. Em contrapartida, o conceito 
de estabilidade monetária corresponde à ausência de flutuação de preços[...]. A 
inflação está sempre presente, insignificante, modesta ou intensa, a exceção de raros 
momentos de deflação, e isso tanto em países desenvolvidos como nos demais 
(LEITE, 2012, pág. 11) [2] 
 
 Posteriormente, em maio de 1989 um acordo entre a FGV e a CNF (Confederação 
Nacional das Instituições Financeiras), a responsabilidade de calcular o índice passou a ser do 
IBRE (Instituto Brasileiro de Economia). O índice tem sua coleta no período do 21º dia do mês 
anterior utilizado como referência, e do 20º dia do mês atual. Essas referências são coletadas 
em três decêndios, ou seja, dez dias cumulativos, totalizando 10, 20 e 30 dias, sendo que as 
duas primeiras coletas são valores parciais ou prévias e a terceira definitiva. [1] 
A divulgação ocorre pela FGV, através de site da instituição todo final de mês. Após a 
divulgação oficial pela Fundação, os meios de comunicação como jornais e as mídias em geral 
transmitem o índice. [1] 
Primeiramente sua utilidade é medir a variação dos títulos emitidos pelo Tesouro 
Nacional, além dos depósitos pré-fixados em vencimento após um ano, como citado 
anteriormente. Entretanto, o IGP-M tem como principal objetivo medir a inflação do país, pela 
variação dos preços, estes estando mais elevado, consequentemente gera o aumento do índice, 
assim também como o oposto uma diminuição. 
11 
 
Em relação a investimentos, sua elevação equivale a uma desvalorização do dinheiro, 
mas os rendimentos em maioria não são corrigidos de acordo com a inflação. Porém, o âmbito 
mais conhecido em que o índice abrange são os reajustes nos contratos de aluguéis, contas de 
energia elétrica, entre outros. 
Isso ocorre porque os contratos de aluguéis são feitos ou renovados, no valor mensal, 
de acordo com o índice de IGP-M do ano anterior ou índice anual, por exemplo: um 
determinado contrato renovado este ano que estava no valor de R$ 1.000,00 em 2016, tem como 
referência o índice anual do ano passado, ou seja, 7,17% passando a pagar mensalmente R$ 
1.071,70. Além desse, também são empregados outros índices genéricos para retratar essa 
variação e definir os preços de reajuste contratual, como IPCA ou IGPM, segundo OLIVEIRA. 
[3] 
O reajuste do valor contratual se destina a retratar no preço pactuado para o 
fornecimento do bem ou prestação do serviço, a variação do custo da produção (mão-
de-obra, insumos, materiais, etc.) 
Podem ser utilizados índices setoriais ou específicos adequados a cada espécie de 
contrato no cálculo do reajuste dos preços [...]. 
Contudo, na ausência de um índice setorial próprio inerente a atividade objeto do 
contrato, e possível a adoção de índices genéricos que retratam a variação do poder 
aquisitivo da moeda, como o IPCA ou o IGPM. (OLIVEIRA, 2004, pág. 128). [3] 
 
 
2.1 Metodologia de Cálculo 
 
A base de cálculo do IGP-M tem como estrutura metodológica do IGP-DI (Índice Geral 
de Preço- Disponibilidade Interna) e resulta de uma média ponderada de três outros índices 
IPA-M (Índice Geral de Preços ao Produtor Amplo) variante do IPA, IPC-M (Índice de Preços 
ao Consumidor) e INCC-M (Índice Nacional de Custo da Construção). [4] 
Os índices demonstram adequadamente a variação de preços nas atividades produtivas 
em nível de produtor, ao consumidor e a construção civil, cada índice possui uma porcentagem 
na contagem da despesa interna bruta. O IPA-M representa 60% o valor adicionado à produção 
de bens agropecuários e industriais, em nível de produtor, já o IPC-M detém 30% valor 
adicionado em nível de consumidor, o varejo e consumo das famílias, o INCC-M detém 10% 
valor adicionado à indústria da construção civil. 
 
 
 
 
12 
 
Figura 1: Fórmula de Cálculo do IGP-M 
 
 Fonte: http://portalibre.fgv.br/lumis/portal/file/fileDownload.jsp[4] 
It - IGP-M num período “t” 
Xt - IPA-M num período “t” 
Yt - IPC-M num período “t” 
Zt – INCC-M num período “t” 
 
2.2 Índices de Base do IGP-M 
 
O cálculo do IGP-M resulta da média de três índices, os quais são determinados por sua 
demonstração na variação de preços nas atividades referidas anteriormente e discorridos de sua 
abrangência. 
 O IPA-M (Índice de Preços ao Produtor Amplo) de compreensão nacional mede as 
variações médias dos preços recebidos pelos produtores domésticos em suas vendas, engloba a 
agropecuária, indústria e contas nacionais. Está numa pesquisa realiza pelo IBGE (Instituto 
Brasileiro de Geografia e Estatística) em periocidade mensal, nas principais regiões produtoras 
do país e possui duas classificações [5]: 
- Origem, produtos agropecuários (lavouras e pecuária) e industriais (Indústria Extrativa, de 
minerais, Indústria de Transformação, o que se torna bens de consumo, móveis, máquinas, 
carros); 
- Estágio de Processamento, Bens finais (bens já finalizados, bens de consumo duráveis, não 
duráveis, exceto alimentos e combustíveis, e bens de investimentos); 
- Bens intermediários (insumos de outras empresas para produção de outros) e Matérias Primas 
Brutas, resulta na variação de preços desde os produtos agrícolas aos industriais, nos estágios 
de comercialização anterior ao consumo final. [5] 
O IPC-M (Índice de Preços ao Consumidor), mede as variações de um concomitante 
regular de bens e serviços de despesas usuais de famílias de renda entre 1 a 33 salários mínimos, 
num período mensal. Estes bens e serviços são divididos em oito grupos: alimentação, 
habitação, vestuário, saúde e cuidados pessoais, educação leitura e recreação, transportes, 
despesas diversas e comunicação. Essa medição mostra a mudança do poder aquisitivo da 
população que se enquadra na referente renda descrita acima. [6] 
13 
 
 O INCC-M (Índice Nacional de Custo da Construção-Mercado), mensura a evolução de 
custo de construções habitacionais do setor da construção. Precisamente, o setor da construção 
civil, calculado pelos seus insumos (mercadorias, mão de obra, equipamentos e serviços). 
A equivalência destes índices no cálculo do IGP-M refere-se ao período da coleta, em três 
decêndios. O recolhimento prévio é realizado separadamente por índice, e posteriormente 
reunido na fórmula anterior. [7] 
3 ANÁLISES QUANTITATIVAS E QUALITATIVAS DO IGP-M 
 
3.1. Análise história do IGP-M do ano 2000 até 2016 
 
O índice IGP-M por atualmente atribuir a função de apresentar a inflação do país e medir 
o nível de preços do mercado, vem tendo grandes variações nos últimos 16 anos, ocasionado 
pela variação dos seus índices bases principalmente o IPA-M, se tornando assim um índice 
muito volátil. [8] 
Volatilidade é uma variável que mostra a intensidade e a frequência das oscilações 
nas cotações de um ativo financeiro, logo, quanto maior o índice de volatilidade, 
medido, em seu método mais simples pelo histórico de um desvio padrão, maior o 
risco da operação no ativo analisado. (BOEIRA, 2011). [8] 
 
De acordo com o gráfico 1, pode-se analisar o histórico do IGP-M acumulado anual dos 
últimos 16 anos. 
 
Gráfico 1- Índice IGP-M Acumulado do ano 2000 até 2016 
 
 Elaboração: Própria 
 Fonte: http://www.portalbrasil.net/igpm.htm[23] 
9,95%
10,37%
25,30%
8,69%
12,42%
1,20%
3,84%
7,74%9,80%
-1,71%
11,32%
5,09%
7,81%
5,52%
3,67%
10,54%
7,19%
-2,00%
3,00%
8,00%
13,00%
18,00%
23,00%
28,00%
00 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16
V
ar
ia
çã
o
 e
m
 %
Perído em Ano
14 
 
No ano de 2002, o índice apresenta uma variação de 25,30% ocasionado na época pela 
eletricidade, combustível e o pãozinho francês que tiveram um aumento subsequência durante 
o ano, elevando o IPA (principal índice de cálculo do IGP-M) para 33,64 %, se tornando a 
maior variação do IGP-M desde a criação do plano real [9]. Já no ano de 2005 o IGP-M alcançou 
a incrível marca dos 1,20% sendo a primeira maior baixa do índice desde a sua criação, que foi 
resultado pela diminuição do preço de atacado no grupo de matérias-primas brutas, produtos 
agrícolas e bens intermediários [10]. 
Em 2009 o IGP-M teve sua primeira variação negativa, chegando em - 1,71% como 
consequência da recuperação de preços do mercado, num reflexo do início da recuperação da 
atividade industrial no Brasil. Nesse ano, o índice deflacionou os preções perante a inflação, 
sinalizando o crescimento econômico do país. [11] 
 Segundo SAMUELSON, 2012, pág. 582. [...] deflacionar é o processo de conversão de 
variáveis "nominais", ou seja, quantificadas em termos monetários correntes, reais. Para 
deflacionar, divide-se os valores monetários correntes das variáveis por um índice de preços 
[12]. 
No ano de 2010, devido ao aumento de preços nas matérias-primas brutas, as 
commodities agrícolas como a soja em grão e o milho, sofriam da falta de demanda no mercado, 
por causa das condições climáticas da época que prejudicaram as safras tanto no Brasil, como 
nos Estados Unidos, junto com o reajuste do preço da gasolina, ocasionaram o aumento do 
índice para 11,32%, seu maior aumento desde 2002 [13]. 
 
3.2 Análise do Impacto do Plano Real sobre o IGP-M 
 
Em 1994, foi estabelecido o Plano Real, que tinha o objetivo de controlar a hiperinflação 
no Brasil, até então, os pacotes econômicos do país eram baseados no congelamento de preços. 
Essa medida teve a alteração da moeda brasileira que antes era o cruzeiro real, passando a ser 
o real, tornando a sétima moeda brasileira [14]. Antes dessa medida, o IGP-M possuía grandes 
variações, por causa da constante instabilidade da moeda e dos preços no país, como pode se 
observa no gráfico 2 a baixo: 
 
 
 
 
 
15 
 
Gráfico 2- Variação Anual do IGP-M antes do Plano Real 
 
 Elaboração: Própria 
 Fonte: http://www.portalbrasil.net/igpm.htm[23] 
 
 
Antes do plano real o índice apresentou no ano de 1989 uma variação de 805,76%, ao 
qual foi o primeiro ano de divulgação público. Já em 1991 aprestou sua maior baixa de 458,38% 
e sua maior alta de 2.567,34% antes do plano Real. Após a implantação do Plano Real, resultou 
na estabilização da moeda e dos preços, o IGP-M começou a apresentar um pouco mais de 
estabilidade, apresentando uma variação de 15,23% no ano de 1995, como observado no 
gráfico 3: 
Gráfico 3- Variação Anual do IGP-M depois do Plano Real 
 
 Elaboração: Própria 
 Fonte: http://www.portalbrasil.net/igpm.htm[23] 
805,76%
1699,87%
458,38%
1174,67%
2567,34%
869,74%
0,00%
500,00%
1000,00%
1500,00%
2000,00%
2500,00%
3000,00%
1989 1990 1991 1992 1993 1994
15,23%
9,18%
7,73%
1,78%
20,10%
9,95%
0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
1995 1996 1997 1998 1999 2000
16 
 
O impacto da nova medida econômica, teve grande influência no IGP-M, que antes 
apresentava variações elevadas, para variações mais controladas, graças a estabilização da 
moeda e dos preços no país. Somente em 1999, o IGP-M já apresentava uma variação 
relativamente alta de 20,10 %, devido a primeira crise de desvalorização do real, onde o Banco 
Central abandonou o regime de bandas cambiais, para adotar o regime de câmbio flutuante [15]. 
No ano de 2000 o índice novamente teve uma redução, com uma variação de 9.95%, ocasionado 
pela queda no preço dos alimentos que contribui para que o índice não se aumenta, ficando 
dentro da meta [16]. Conforme entendimento de JUNIOR, 1995, pág. 80. “O câmbio flutuante, 
ademais, deveria insular a economia e prover incentivos para que os formuladores de política 
seguissem práticas consistentes de políticas econômicas (equilíbrio interno). [17] 
 
3.3 Comparação do IGP-M com o IPCA 
 
O IPCA é o índice nacional de preços ao consumidor amplo, que busca medir a inflação 
baseada na renda das pessoas de 1 a 40 salários mínimos, sendo calculado somente em algumas 
regiões no Brasil [18]. Já o IGP-M busca replicar a inflação para as pessoas, sem restrição de 
renda e em todo o Brasil. 
A variação do IGP-M e IPCA dos anos 2000 até 2016 estão apresentados no gráfico 4, 
verifica-se uma maior variação do IGP-M em relação ao IPCA. 
 
Gráfico 4- Variação do IGP-M e IPCA do ano 2000 até 2016 
 
Elaboração: Própria 
Fonte: http://br.advfn.com/indicadores/ipca [24] e http://www.portalbrasil.net/igpm.htm[23] 
5,97%
7,67%
12,53%
9,30%
7,60%
5,69%
3,14%
4,45%
5,90%
4,31%
5,90%
6,50%
5,83%
5,91%
6,40%
10,67%
6,28%
9,95%
10,37%
25,30%
8,69%
12,42%
1,20%
3,84%
7,74%
9,80%
-1,71%
11,32%
5,09%
7,81%
5,52%
3,67%
10,54%
7,19%
-2,00%
3,00%
8,00%
13,00%
18,00%
23,00%
28,00%
00 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16
V
ar
ia
çã
o
 e
m
 %
Período em Ano
IPCA IGP-M
17 
 
 
Após análise do gráfico verifica-se que o IGP-M apresenta maior volatilidade, enquanto 
o IPCA demonstra uma certa estabilidade na sua variação no decorrer do período. No ano de 
2008 o IGP-M mostra uma variação de 9,80% e o IPCA uma variação de 5,90%, já no ano 
seguinte uma grande alteração do IGP-M caindo para -1,7% e o IPCA se manteve em 4,31 [18]. 
4. PROJEÇÃO PARA O ANO DE 2018 
 
O Banco Central, vem divulgando através do relatório FOCUS, a projeção dos índices 
econômicos para o próximo ano [19]. O IGP-M apresenta uma projeção de 4,50% para o ano de 
2018 no mês de abril, de acordo com a edição do relatório Focus do dia 28 de abril de 2017 
[20]. Nesse ano o IGP-M demonstra uma queda percentual na sua variação mensal e no seu 
acúmulo dos últimos 12 meses, conforme observado na tabela 1: 
 
Tabela 1- Variação Acumulada do IGP-M em 2017 e sua Projeção para 2018 
Período Janeiro Fevereiro Março Abril 
Variação Acumulada 6,6608% 5,3866% 4,8624% 3,3678% 
Projeção para 2018 4,70% 4,58% 4,60% 4,50% 
 
Elaboração: Própria 
Fonte: http://www.portalbrasil.net/igpm.htm[23] e http://www.bcb.gov.br/pec/GCI/PORT/readout/ 
R20170428.pdf [20]. 
 
 
Como observado o IGP-M vem desacelerando. Em janeiro de 2017 o índice apresenta 
variação acumulada em 6,66%. Já para o ano de 2018 a variação será de 4,70%. Em fevereiro 
de 2017 o índice ficou em 5,38% e com uma projeção de 4,58% no ano de 2018 [21]. 
Já no mês de março de 2017 o índice obteve uma variação de 4,86%, mostrando um 
aumento da projeção para o próximo ano ficando em 4,60%, causado pela turbulência no 
cenário político do país e outros fatores como por exemplo, o rombo financeiro nas contas do 
governo do respectivo mês [25]. 
 
 
18 
 
No mês de abril o índice mostra uma variação de 3,36% e apresenta uma queda na sua 
projeção no ano de 2018 ficando em 4,50%, causado pelo avanço da produção industrial no 
país e pelo fechamento positivo da balança comercial [26]. O índice vem apresentando uma 
relativa queda nesse ano, causado pela volta do crescimento econômico no país. 
 
Projeção financeiraé uma previsão das receitas e das despesas futuras. Geralmente, a 
projeção contabiliza dados internos ou históricos e inclui a previsão de fatores 
externos do mercado. As projeções financeiras de curto e médio prazos são as mais 
comuns. Uma projeção de curto prazo leva em consideração o primeiro ano da sua 
empresa, normalmente traçado mês a mês. Uma projeção financeira de médio prazo 
contabiliza, em geral, os próximos três anos da empresa, traçado ano a ano. 
(SULIVAN,2014) [22]. 
 
 
Entretanto, entende-se que projeção, e uma previsão calculada com dados históricos do 
índice, baseada no contexto econômico e político do país, o que dificulta uma especulação 
assertiva de como será o índice no próximo ano. A causa vem da existência de fatores instáveis 
como a queda da inflação, o corte de juros e a instabilidade política que o país enfrenta 
atualmente, dificultando a retomada do crescimento econômico no país e a estabilidade da 
economia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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5. CONCLUSÃO 
 
Após as análises nesse estudo, pode-se entender e ter uma visão mais ampla do Índice 
Geral de Preços do Mercado em relação a sua utilidade e sua evolução histórica. Foi possível 
compreender a base de cálculo e os índices que o formam, a importância dele para a economia, 
a variação perante as crises econômicas, as medidas tomadas pelo governo e outros fatores 
como mercado internacional, que influenciaram a variação do índice. 
Nas análises quantitativas e qualitativas observa-se o comportamento da inflação vista 
pelo IGP-M, sofrendo a influência de crises econômicas, políticas cambiais e até mesmo o 
impacto causado pela falta de demanda e oferta de mercado, ocasionando mudanças dos preços 
no mercado nacional, resultando no aumento ou na baixa da variação do índice. 
Em relação a projeção para o ano de 2018, divulgado pelo relatório FOCUS, mostra 
uma queda na variação do índice para o próximo ano, baseando-se nos últimos resultados do 
índice e no cenário político e econômico do país. Porem essa projeção poderá sofrer alterações 
até o final do ano, por causa da instabilidade política vinda dos escândalos de corrupção no 
governo, que dificultam a retomada do crescimento econômico. 
Esses fatores colocam em cheque a credibilidade do governo, deixando uma incerteza 
de como será o cenário político e econômico no próximo ano, para elaboração de uma projeção 
mais precisa. 
Diante disso, pode-se concluir que o IGP-M e um dos indicadores econômicos mais 
utilizados, por abranger todo território nacional e apresentar a variação dos preços de mercado, 
baseando-se primeiramente no mercado nacional e posteriormente no mercado internacional. A 
restrição do governo em interferir na variação do índice, traz mais segurança para a utilização 
do mesmo, mas mesmo assim acaba sendo prejudicado pelas medidas tomadas pelo governo na 
economia brasileira. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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6. BIBLIOGRAFIA 
 
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