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RIO+20

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Fichamento 
Nome: Cássia Alves das Chagas
Matricula: 201507073372
Empresários discutem desenvolvimento sustentável na Rio+20
A Rio+20, uma das maiores conferências convocadas pelas Nações Unidas, inicia uma nova era para implementar o desenvolvimento sustentável – desenvolvimento que integra plenamente a necessidade de promover prosperidade, bem-estar e proteção do meio ambiente. A Conferência foi uma rara oportunidade para o mundo concentrar-se em questões de sustentabilidade – para examinar idéias e criar soluções.
Objetivos
A Assembléia Geral da ONU apelou para que a Rio+20 garantisse compromisso político renovado para o desenvolvimento sustentável, analisasse o progresso e as lacunas na implementação de resultados da maior cúpula sobre desenvolvimento sustentável, e enfrentasse os novos e emergentes desafios. Decidiu que os dois temas da Conferência seriam a economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza e o quadro institucional para o desenvolvimento sustentável. 
Metas
Recursos
Os países concordaram em desenvolver uma estratégia de financiamento do desenvolvimento sustentável para atender os compromissos acordados no Rio;
Produção e consumo sustentáveis: Um quadro de programas sobre produção e consumo sustentáveis foi adotado para guiar os países nos próximos dez anos para tornar seus padrões mais sustentáveis.
O conceito de produção e consumo sustentáveis (PCS) vem sendo construído há duas décadas, embora resulte de um processo evolutivo iniciado nos primórdios dos anos 1970, quando se começou a envidar esforços em prol da chamada produção mais limpa (P+L), ou seja, a produção que utiliza menos recursos naturais e gera menos resíduos (ecoeficiente). No início da década de 1990, o consumo sustentável também começou a ser efetivamente considerado na construção de uma perspectiva mais ampla e sistêmica, na qual o foco muda: (a) da produção para o ciclo completo do produto (que vai da matéria-prima e da concepção do bem ao seu pós-consumo, que é quando não tem mais vida útil ou se torna obsoleto); (b) do consumidor como objeto para o consumidor como agente (consumo responsável); (c) de opiniões antagonistas para parcerias (entre governo, setor produtivo e sociedade civil); e (d) de regulação para iniciativas voluntárias.
É crescente a valorização das questões ambientais no segmento empresarial, atendendo às novas exigências legais, de mercado e da sociedade em geral. O enfoque econômico, antes preponderante no planejamento, vem sendo substituído por um conceito mais amplo de desenvolvimento sustentável, no qual as metas de crescimento estão associadas aos esforços de redução dos efeitos nocivos ao meio ambiente.
O conceito de desenvolvimento sustentável vem de um processo longo, contínuo e complexo de reavaliação crítica da relação existente entre a sociedade civil com seu meio natural, assumindo diversas abordagens e concepções. Apresentar progresso em direção à sustentabilidade é uma escolha da sociedade, das organizações, das comunidades e dos indivíduos, devendo existir um grande envolvimento de todos os segmentos.
Países em desenvolvimento, muitas vezes priorizam crescimento econômico em detrimento das questões sociais e ambientais. Este fato se deve à conjugação de dois fatores: a escassez de recursos financeiros; e a busca pelo progresso econômico, como meio de melhorar as condições de vida da população. Neste contexto, em que a viabilidade econômica por vezes assume importância vital em detrimento da ambiental, as organizações brasileiras vêm implementando ações no sentido de incorporar os conceitos de desenvolvimento sustentável. É importante ressaltar que a longo prazo a procura por inovações para atender a padrões ambientais e a busca de materiais alternativos podem determinar redução dos custos.
Por sua vez, o governo exerce importante papel na sustentabilidade ambiental, prevendo padrões ambientais e sociais e definindo a estrutura regulatória. Tem o objetivo de manter o desenvolvimento sem perder a qualidade de vida dentro de um ambiente econômico, em que ações na melhoria desses padrões podem ser consideradas elevação de custos. 
No mercado financeiro internacional e nacional, investidores têm privilegiado empresas socialmente responsáveis, sustentáveis e rentáveis para investir seus recursos. Esses tipos de investimentos denominados "investimentos socialmente responsáveis" (SRI) consideram que empresas sustentáveis geram valor para o acionista a longo prazo, pois se apresentam mais preparadas para enfrentar riscos econômicos, sociais e ambientais.
De forma independente a sociedade e as empresas vêm incorporando os conceitos de sustentabilidade, se organizando, apresentando soluções mais rápidas e, principalmente, preventivas em relação ao meio ambiente. Já existem indícios de que a gestão ambiental das organizações brasileiras está se desenvolvendo e alcançando níveis que podem superar as obrigatoriedades legislativas, as chamadas "tecnologias de controle". No entanto, algumas são ações isoladas, outras apresentam Sistema de Gestão Ambiental que não saem do papel e, finalmente, outras estão realmente comprometidas com o desenvolvimento sustentável.
A partir da tomada de consciência desses problemas, as discussões sobre o tema ambiental têm evoluído muito. A relação sociedade e meio ambiente passou a ser analisada de forma menos localizada e mais globalizada, levando a um posicionamento mais crítico que tem determinado o surgimento de novas alternativas de relacionamento da sociedade contemporânea com seu ambiente, com o intuito de reduzir os impactos que ela produz sobre o meio que a cerca.
O capital natural representa a somatória de todos os benefícios que os ecossistemas equilibrados fornecem ao homem, dos mais tangíveis, como água potável, alimento e madeira, aos mais abstratos, como o valor espiritual e cultural que os ambientes naturais representam para diversas comunidades. Esses benefícios, ou serviços ecossistêmicos, são fruto de um maquinário extremamente complexo, cujas peças são os diversos genes e espécies encontradas em nosso planeta, ou seja, a biodiversidade
O conceito de capital natural nos ajuda a entender a base na qual toda a economia se apóia e, conseqüentemente, os limites para seu crescimento. É nesse capital que está considerada a capacidade do planeta de fornecer os recursos naturais que alimentam a economia e de reciclar e absorver seus resíduos. Essa capacidade, por sua vez, é possibilitada por um funcionamento cíclico que se alimenta de um equilíbrio complexo e dinâmico entre as espécies e seu meio.
Durante todo o desenvolvimento da sociedade moderna, os serviços ecossistêmicos funcionaram perfeitamente, criando a concepção errônea de que o capital natural tinha oferta infindável. Tal concepção levou a economia a se desenvolver de forma linear, traçando uma via de mão única entre recursos naturais e resíduos. Alem disso, gerou uma falha no sistema econômico chamada de “externalidades”, cuja principal causa é a não valoração desse capital e, como conseqüência, a criação de um sistema que privatiza os ganhos econômicos, mas socializa as perdas ambientais.
Nas últimas décadas, o crescimento populacional e o aumento do consumo per capita fizeram com que os fluxos de matéria e energia entre os dois pólos dessa economia linear aumentassem em intensidade e volume, extrapolando a capacidade do sistema natural cíclico de se regenerar. Dessa forma, temos hoje uma economia que rompe os limites do capital natural e, como conseqüência, esgotamos a base dessa economia a cada ano que passa.
Para dar uma ordem de grandeza ao problema, estamos consumindo o equivalente a 1,5 planeta Terra por ano. Essa conclusão foi tirada do relatório de 2010 da Global Footprint Network, iniciativa que trata da pegada ecológica. O relatório analisa uma grande variedade de serviços ecossistêmicos e os traduz em área necessária da superfície do planeta para sustentá-los. Segundoesse estudo, as emissões de gases de efeito estufa (GEE) são a principal causa da tendência do planeta a um eventual colapso ecológico (55% da pegada ecológica global).
Outro ponto que indica avanço notável da Rio+20 diz respeito aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Embora fosse uma aspiração de países como o Brasil, por exemplo, a formatação já na Conferência de um conjunto de indicadores e metas para medir o avanço do desenvolvimento sustentável, antes mesmo do início do encontro já se sabia que isso não seria possível. Contudo, ficou firmado o compromisso de que as Nações.
Contudo, as discussões travadas contribuem decisivamente para a colocação (ou recolocação) de problemas que, de outra forma, estariam claramente relegados ao segundo plano em um contexto de crise internacional. O mérito menos evidente de encontros dessa natureza é chamar a atenção de tomadores de decisão, políticos, burocratas, empresários, movimentos sociais e da sociedade em geral para a necessidade de repensar o modelo de desenvolvimento predominante.
Nesse sentido, muitos resultados práticos foram alcançados em eventos paralelos à programação oficial da Rio+20. Nesses encontros, representantes de segmentos diversos – como empresários, cidades, legislativos e judiciários – assumiram compromissos específicos e mensuráveis de promoção da sustentabilidade e do desenvolvimento sustentável em suas respectivas esferas de atuação.
Contudo, não podemos concordar com aqueles que afirmam que a Rio+20 foi um fracasso, um desperdício de tempo e de dinheiro. Pelo contrário. A Rio+20 pode ser considerada um relativo sucesso, na medida em que produziu aquilo que era razoável esperar, em face do mandato a ela conferido pela Assembléia Geral das Nações Unidas. 
Além disso, o documento final da Rio+20 apresenta reflexões e compromissos sobre uma série de temas específicos, como erradicação da pobreza, segurança alimentar e nutricional, saneamento, energia, cidades sustentáveis, saúde, redução de riscos de desastres, mudança do clima, florestas, biodiversidade e educação, entre vários outros. Provavelmente, o tema que mais avançou foi a proteção de mares e oceanos. Parecem mesmo firmadas as bases para a adoção de uma Convenção internacional sobre o tema, o que era uma expectativa da comunidade internacional antes da Rio+20.

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