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RELATÓRIO CROMATOGRAFIA DE ADSORÇÃO

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Câmpus de Presidente Prudente
 
 
QUÍMICA EXPERIMENTAL GERAL II
DEPARTAMENTO DE QUÍMICA E BIOQUÍMICA
Prof. Dr. SÉRGIO ANTÔNIO MARQUES DE LIMA
Prof.ª Dra. BEATRIZ ELEUTÉRIO GOI
 
RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA: CROMATOGRAFIA DE ADSORÇÃO
DISCENTES: 
ANDREZZA GABRIELLE DOS SANTOS GARCIA
 DANILO HENRIQUE OLIVEIRA SOUZA
JAINY GARCIA FERNANDES
RENAN CAIKE SILVA
Presidente Prudente 
22/11 – 2016
INTRODUÇÃO
A cromatografia teve início quando o pesquisador russo Michael Tswett em 1906, separou clorofila de uma mistura de pigmentos de plantas, através de uma coluna cheia de carbonato de cálcio em pó, fazendo a lavagem com éter de petróleo. Conforme a amostra descia pela coluna, apareciam bandas separadas e cores distintas [1].
A origem da palavra grega, onde “cromo” significa cor e “grafia” significa escrita, ou seja, “escrita em cores”, entretanto, a cromatografia pode separar os componentes sem nenhum aparecimento de cor. 
Cromatografia é um método físico-químico de separação de misturas, identificação e quantificação de seus componentes. A separação depende da interação dos componentes da mistura com a fase móvel e com a fase estacionária. A interação dos componentes da mistura com estas duas fases é influenciada por diferentes forças intermoleculares, incluindo iônica, dipolar, apolar, e específicos efeitos de afinidade e solubilidade. A identificação se dá mediante a comparação da interação de padrões com as fases estacionárias. A quantificação é feita também pela comparação com padrões de concentrações conhecidas, através de curvas analíticas [2].
Existem vários tipos de cromatografia que obedecem alguns critérios para utilização em cada caso.
Figura 1 – Tipos de cromatografia
[3]
Para o experimento foram utilizados quatros tipos de cromatografia: cromatografia por adsorção, cromatografia em papel (CP), cromatografia de camada delgada (CCD) e cromatografia em coluna (CLS).
A cromatografia de adsorção é baseada em uma fase estacionária sólida que o adsorve (prende) certas moléculas em seu meio, e da parte móvel que será o eluente líquido, com a função de arrastar seu semelhante conforme a fase estacionária vai adsorvendo, separando os componentes.
A cromatografia em papel (CP) é uma técnica de partição, utiliza dois líquidos (líquido-líquido) sendo um fixado em um suporte sólido (papel de filtro). Um bom exemplo é a separação da tinta verde. Com o processo de cromatografia é possível verificar que a cor verde é uma mistura de tintura azul e amarela.
A cromatografia em camada delgada teve início em 1938 com os trabalhos de Izailov e Shraiber, mas começou a ser largamente utilizada na década de 1960. O processo de separação está fundamentado, principalmente, no fenômeno de adsorção. Entretanto com fases estacionárias tratadas pode ocorrer também por partição ou troca iônica.
Figura 2 – Cálculo para o fator de retenção
[3]
Finalmente, a cromatografia em coluna utiliza-se uma coluna de vidro aberta na parte superior e munida de uma torneira na extremidade inferior, por onde sai o líquido (eluído). Dentro da coluna encontra-se a fase estacionária constituída por um enchimento sólido no caso da cromatografia de adsorção, ou por uma fase líquida no caso da cromatografia de partição. A fase móvel (eluente) é um solvente (ou mistura de solventes), que é feito passar continuamente através da fase estacionária e que tem menor afinidade por esta que qualquer dos componentes da amostra. A zona contendo a amostra será assim obrigada a deslocar-se ao mesmo tempo que se vai verificando um equilíbrio de distribuição dos vários solutos entre a fase móvel e a fase estacionária.
Os componentes da amostra movem-se ao longo da coluna a uma velocidade que é determinada pelas suas interações com a fase estacionária e fase móvel. Os componentes são eluídos pela ordem da sua afinidade pela fase estacionária, e a sua velocidade de migração é menor que a do eluente [4].
Figura 3 – Funcionamento de uma coluna cromatográfica
[4]
A Fase Estacionária: normalmente consideravelmente polar; sílica gel (SiO2) e óxido de alumínio (Al2O3) são as fases mais utilizadas.
Figura 4 – Sequência de polaridade de algumas fases estacionárias
[4]
A fase móvel: possui inúmeros solventes, o que vai determinar se ele irá conseguir eluir o componente desejado será seu grau de polaridade, que é medido pela sequência elotrópica.
Figura 5 –Sequência elotrópica de alguns solventes para a fase móvel
[4]
OBJETIVOS
Realizar uma cromatografia de adsorção e separação de compostos orgânicos e inorgânicos;
Calcular o fator de retenção (Rf) para as diferentes substâncias trabalhadas.
MATERIAIS E MÉTODOS 
MATERIAIS 
Para a realização do experimento foram necessários os seguintes materiais, divididos em vidrarias e equipamentos; e reagentes utilizados na prática.
VIDRARIAS E EQUIPAMENTOS:
Algodão;
Balança analítica;
Béquer de 1000 mL;
Béquer de 250 mL;
Béquer de 50 mL;
Bomba de ar;
Bureta de 25 mL;
Caneta hidrográfica (preta)
Canetas hidrocor (azul, amarelo e verde);
Giz escolar branco (CaSO4);
Papel de filtro;
Papel sulfite;
Pipeta de Pasteur;
Suporte universal, mufas e garras para sustentar as vidrarias;
Vidro de relógio.
REAGENTES
Alaranjado de Metila [C14H14N3NaO3S] - Tóxico por ingestão;
Amônia [NH3] - Devido à grande solubilidade em água, a amônia na forma gasosa se dissolve nas mucosas dos olhos e trato respiratório superior, exercendo efeito irritante intenso e dano celular pela sua ação cáustica alcalina;
Azul de Metileno [C16H18ClN3S] - Tóxico se ingerido;
Cloreto de Cobalto [CoCl2] - Perigoso para o meio ambiente;
Cloreto de Cobre [CuCl2] – Substancia nociva por ingestão. Irritante para os olhos e pele. Muito tóxico para os organismos aquáticos;
Cloreto de Ferro III [FeCl3] - Irritante e corrosivo. Inalação dos vapores irrita os olhos, nariz e garganta. Irritante para a pele. Prolongado contato com os olhos pode causar descoloração na conjuntiva. Ingestão causa irritação da boca e estômago e possíveis dores abdominais, vômito, diarreia, pulsação rápida e fraca e baixa pressão sanguínea;
Cloreto de Manganês [MnCl2] - Produto não perigoso. Nocivo por ingestão;
Hidróxido de Sódio [NaOH] - Produto muito perigoso e corrosivo. Provoca queimaduras severas à pele e danos graves aos olhos;
Sílica [SiO2] - Substância não perigosa. Evitar com contato com os olhos e ingerir.
Solvente 1[ solução etanólica 70% V/V] - Inflamável. Nocivo por ingestão. Irritante para as vias respiratórias e pele. Risco de lesões oculares graves. Pode provocar sonolência e vertigens, por inalação dos vapores;
Solvente 2 [ solução etanólica, 7,0 mL de álcool 96% com 3,0 mL de água] - Inflamável. Nocivo por ingestão. Irritante para as vias respiratórias e pele. Risco de lesões oculares graves. Pode provocar sonolência e vertigens, por inalação dos vapores;
Solvente 3 [ solução etanólica, 5,0 mL de etanol 95% com 5,0 mL de água] - Inflamável. Nocivo por ingestão. Irritante para as vias respiratórias e pele. Risco de lesões oculares graves. Pode provocar sonolência e vertigens, por inalação dos vapores;
Solvente 4 [ 7,0 mL de acetona, 1,0 mL de água e 1,0 mL de HCl] – Acetona: Facilmente inflamável. A inalação de vapores pode provocar vertigens. Ácido clorídrico: Produto corrosivo. Se inalado pode causar danos ao sistema respiratório. Se ingerido pode causar queimaduras no trato gastrointestinal. Em contato com a pele e os olhos pode causar queimaduras graves.
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
I - COMATOGRAFIA POR ADSORÇÃO
Foi pego um giz branco escolar, com auxílio de uma régua, feito uma linha a cerca de 1,5 cm da base circundando todo o giz em três cores: azul, amarelo e verde. O eluente utilizado foi uma solução alcoólica (70% V). Após o giz foi colocado no béquer em que já continha a solução na posição vertical, e coberto com o vidro de relógio para que o álcool não volatilizasse. Após um tempo, quando o solvente chegou a aproximadamente 5 mm do topodo giz, ele foi retirado e demarcou-se a frente do solvente. Por fim esperou-se secar para a retirar a medida de cada cor que foi separada para o cálculo do fator de retenção.
II – CROMATOGRAFIA EM PAPEL
A - SEPARAÇÃO DE TINTAS HIDROGRÁFICAS
Em uma folha de papel sulfite foi desenhado o esquema proposto para a prática, ilustrado na Figura 6, fazendo com que ficasse na forma de um cilindro, sem que as laterais do papel entrassem em contato uma com a outra. 
Foram aplicados diferentes tamanhos de círculos de tinta. Nos três primeiros pontos, foram feitos círculos de caneta hidrocor preta de tamanho 1 mm, 3 mm e 5 mm. O papel foi colocado na solução etanólica (3 mL de água com 7 mL de álcool 96%) em um béquer de 250 mL com vidro de relógio e deixado por aproximadamente 2 horas. Após transcorrido o tempo, o papel foi retirado da câmara cromatográfica, demarcado a frente do solvente e após a completa secagem foi retirado as medidas de separação dos componentes para cálculo do Rf.
Figura 6 – esquema para o experimento com o papel
B – MISTURA DE ALARANJADO DE METILA E AZUL DE METILENO
Esse experimento também teve o princípio do esquema da Figura 6, porém, com a utilização de papel filtro. Nos três pontos foi adicionado, com auxílio de capilares, amostra das soluções:
Alaranjado de metila
Azul de metileno
Mistura de alaranjado de metila e azul de metileno
Assim como nos experimentos anteriores, o tubo de papel de filtro foi colocado em um béquer com uma solução etanólica 1:1, ou seja, 5mL de água e 5mL de etanol (95%). Após transcorrido o tempo, o papel foi retirado dessa câmara cromatográfica e anotado as cores e calculado o Rf de cada mancha.
C – MISTURA DE SAIS INORGÂNICO
Foi feito o esquema do papel igualmente os outros itens, nos quatro pontos foram colocadas soluções de sais puros: FeCl3, CoCl2, MnCl2 e CuCl2, no quinto ponto foi colocado uma mistura dos sais puros, essa era a solução desconhecida.
Para a fase móvel foi preparado uma solução com 7mL de acetona, 1ml de água e 1ml de ácido clorídrico concentrado. O experimento transcorreu até o completo deslocamento do eluente e arraste das substâncias.
Posteriormente, para a revelação das cores o experimento foi colocado numa câmara reveladora, um béquer de 1000 mL com um chumaço de algodão embebido em amônia, sem que deixasse o algodão encostar no papel, o béquer foi coberto com vidro de relógio e deixado por um tempo. Após, observou-se a coloração que a câmara revelada das substâncias, foi anotado as observações, e posteriormente, calculado o Rf para todos os sais.
III – CROMATOGRAFIA EM COLUNA
O último experimento, agora envolvendo uma cromatografia em coluna, foi pego uma coluna própria para a realização de cromatografias. Inicialmente colocou na coluna um chumaço de algo no inferior da coluna, tomando o devido cuidado pedido, fechando a torneira e colocou-se 5mL de etanol.
Posteriormente, foi pesado exatamente 2,5189 g de Sílica em um béquer e adicionado aos poucos etanol para formar uma suspensão fluida. Essa suspensão foi adicionada à coluna cromatográfica com a torneira aberta, deu-se algumas pancadinhas na coluna para que haja o assentamento da sílica. 
A solução inicialmente preparada, contendo azul de metileno, alaranjado de metila e alcool etílico, adicionou-se a coluna 0,5 mL desta solução.
Com a torneira levemente aberta escoando o solvente, tomando cuidado para que o nível de solvente não fosse inferior a 1 mm. O processo consistia em sempre ir adicionando álcool até a completa separação das bandas dos componentes.
Após a separação das bandas, utilizou-se uma bomba de ar para agilizar o arraste da banda inferior (amarela). Por fim, para eliminar a banda superior (azul), utilizou-se pequenas porções de NaOH para eluir o componente juntamente com o solvente. 
FLUXOGRAMAS
RESULTADOS E DISCUSSÃO
I - CROMATOGRAFIA POR ADSORÇÃO
A fase estacionária foi o giz (sulfato de cálcio – CaSO4) e a fase móvel foi a solução etanólica (70% V/V), por isso essa é uma cromatografia do tipo líquido-sólido. Além disso, conforme mencionado na introdução, essa é uma cromatografia por adsorção, porque à medida que o eluente é adsorvido, por capilaridade, pôde se observar a separação da cor inicial nas cores que a compõem, que ficam dispostas em faixas circulares na barra de giz.
Figura 7 – cromatografia de adsorção no giz 
Para calcular o Fator de Retenção foi utilizada a seguintes equação:
Onde:
Rf = fator de retenção (5,9 cm);
Dx = Distância percorrida pela substância;
Ds = Distância percorrida pelo solvente.
Tabela 1 – Fator de retenção do experimento I
	Componente
	Dx (cm)
	Cálculo Rf
	Rf
	Azul
	4,1
	
	0,69
	Verde
	3,9
	
	0,66
	Amarelo
	3,7
	
	0,63
A fase móvel, a solução etanólica continha 70% de álcool e 30% de água, logo, caracterizando um solvente polar conforme a geometria molecular da substância.
Figura 8 – Geometria molecular do etanol hidratado
O giz que era a fase estacionária da cromatografia também é caracterizado como polar, entretanto, conforme a geometria molecular, em relação a fase móvel a fase estacionária era menos polar. O sulfato de cálcio é ligado por uma troca iônica entre o íon cálcio e o íon sulfato, na cadeia os oxigênios (que são mais eletronegativos) estão dispostos em forma tetraédrica, anulando a polaridade. Comparando com a fase móvel, existe uma ligação de hidrogênio, caracterizando uma ligação mais polar.
Portanto, através do cálculo de retenção é possível notar que o componente azul interagiu mais com a fase móvel, logo, ele era mais polar que os outros componentes. O amarelo foi a componente que mais interagiu com a fase estacionária, logo, ele era menos polar. O verde que é a mistura do azul com o amarelo ficou exatamente no meio dos dois na distância percorrida. 
II – CROMATOGRAFIA EM PAPEL
A - SEPARAÇÃO DE TINTAS HIDROGRÁFICAS
Através do experimento com tinta hidrográfica de cor preta pôde se observar as propriedades separação da cromatografia e a calcular o Rf para cada componente.
Figura 9 – Cuba cromatográfica do experimento A
Figura 10 – Experimento A após a secagem
Para calcular o Fator de Retenção foi utilizada a seguinte equação:
Onde:
Ds = 4,3 cm
Tabela 2 – Cálculo de retenção do círculo de 1 mm
	Componente
	Dx (cm)
	Cálculo Rf
	Rf
	Preto 
	0,4
	
	0,093
	Alaranjado 
	3,5
	
	0,81
	Azul
	4,1
	
	0,95
No ponto de tinta preta, notou-se um reduzido trajeto com divisão de três cores: azul, preto e laranja, mas sem muita intensidade. O que explica a pequena quantidade de tinta adicionada no início não havendo uma grande separação de cores com tonalidades fortes.
Tabela 3 – Cálculo de retenção do círculo de 3 mm
	Componente
	Dx (cm)
	Cálculo Rf
	Rf
	Preto 
	2,9
	
	0,67
	Alaranjado
	3,6
	
	0,84
	Azul
	4,1
	
	0,95
No segundo ponto com tinta preta, repetiu-se a marca da trajetória da tinta, porém agora bem mais visível e percebeu-se com grande nitidez o volume de tinta que se acumulou acerca da frente do solvente.
Tabela 4 – Cálculo de retenção do círculo de 5 mm
	Componente
	Dx (cm)
	Cálculo Rf
	Rf
	Preto 
	2,6
	
	0,60
	Alaranjado
	3,8
	
	0,88
	Azul
	4,2
	
	0,98
Observou-se um trajeto bem acentuado, com uma maior nitidez das cores e com o surgimento de novas tonalidades de cores entre o alaranjado e o azul, tonalidade em amarelo, marrom claro e início do azul claro até tons mais escuros.
A quantidade de tinta posta foi crucial para percepção da cromatografia em papel, a separação dos componentes por afinidade com a parte móvel comprovou que a cor azul reagiu mais com a fase móvel, chegando quase à frente do solvente.
B – MISTURA DE ALARANJADO DE METILA E AZUL DE METILENO
Através do experimento envolvendo alaranjado de metila e azul de metileno pôde se observar as propriedades de cada substância, saber qual componente reagiu mais com as fases e a calcular o Rf para cada componente.
Figura 11– Cuba cromatográficado experimento B
 
Figura 12 – Experimento B após a secagem
Para calcular o Fator de Retenção foi utilizada a seguinte equação:
Onde:
Ds = 7,4 cm
Tabela 5 – Fator de retenção do experimento B
	SOLUÇÃO
	Dx (cm)
	Cálculo Rf
	Rf
	Alaranjado de metila 
	7,2
	
	0,97
	Azul de metileno
	1,0
	
	0,14
	Mistura 
	Alaranjado de metila
	6,9
	
	0,93
	
	Azul de metileno
	1,2
	
	0,11
Tanto o Alaranjado de metila puro quanto o Azul de metileno puro manifestaram-se de maneira que já se esperava, quanto a mistura que inicialmente tinha a coloração verde houve a separação dos dois componentes, resultando nas cores já conhecidas de ambos.
C – MISTURA DE SAIS INORGÂNICO
O experimento envolvendo a cromatografia de sais inorgânicos teve intuito de observar a locomoção dos sais perante o solvente, e também a relação das cores durante e após o experimento, com a utilização de um revelador químico (amônia) para tornar visível as manchas das substâncias separadas por cromatografia. A aplicação de um revelador químico reativo funciona para formar um derivado colorido ou fluorescente [4].
Figura 13 – Cor inicial dos componentes 
Figura 14 – Cor dos componentes após a completa secagem do papel de filtro 
O Cloreto Férrico foi a solução que chegou ao extremo da frente do solvente. O Cloreto de Cobalto, Cloreto de Manganês e a amostra desconhecida só manifestaram alguma coloração além da inicial após a retirada o papel da câmara cromatográfica
Para calcular o Fator de Retenção foi utilizada a seguintes equação:
Onde:
Ds = 7,5 cm
Tabela 6 – Fator de retenção do experimento C
	Componente
	Dx (cm)
	Cálculo Rf
	Rf
	FeCl3
	7,5
	
	1,0
	CoCl2
	5,6
	
	0,75
	MnCl2
	4,0
	
	0,53
	CuCl2
	6,6
	
	0,88
	Desconhecida
	5,6
	
	0,75
Através do experimento foi possível observar a relação de cores dos sais inorgânicos inicialmente, durante e após a câmara reveladora.
Tabela 7 – As cores das substâncias antes, durante e após a câmara reveladora
	Sal
	Cor inicial
	Cor na câmara
	Após a câmara
	FeCl3
	Amarelo
	Amarelado
	Amarelado
	CoCl2
	Marrom
	Bege/marrom
	Azul
	MnCl2
	Incolor
	Marrom claro
	Bege
	CuCl2
	Azul
	Azul/lilás
	Verde com o centro azul
	Desconhecida
	Marrom
	Bege/marrom
	Azul
Após a coleta de dados pôde-se deduzir que a solução desconhecida é devida a mistura dos sais CoCl2 e MnCl2. A princípio por causa da relação de cores e também pelo fator de retenção que são semelhantes.
A função do revelador químico amônia teve papel de reagir com os íons metálicos para formação dos complexos, conferindo suas cores características.
O íon Fe3+, proveniente da solução de FeCl3, apresentou coloração amarelada sem necessidade de nenhum tipo de revelação. Os íons Cu2+ proveniente da solução de CuCl2, apresentou coloração azulada, após a revelação com amônia. O íon Mn2+ antes da revelação com a amônia estava incolor, e posteriormente, o complexo formado conferiu a coloração marrom claro. Finalmente o íon Co2+ após a formação do complexo com a amônia obteve uma cor bege/marrom, ajudando assim a concluir que a amostra desconhecida possuía íons Co2+ e Mn2+.
III – CROMATOGRAFIA EM COLUNA
Após a adição da fase móvel, esperou-se alguns minutos e pôde-se perceber a separação dos compostos. Na cromatografia em coluna, a separação de uma mistura é feita através da passagem do solvente pela coluna, e baseia-se na interação dos componentes da amostra e do solvente com a superfície do adsorvente (fase estacionária).
Um adsorvente sólido ativo tem uma grande área superficial, dispondo de inúmeros sítios polares que podem se combinar reversivelmente ou adsorver pequena concentração de substâncias, através de forças de atração eletrostáticas. O solvente movendo-se pela superfície do adsorvente, compete com a amostra adsorvida e com o adsorvente, e então desloca seus constituintes reversivelmente e continuamente, visualizado como uma competição entre a amostra, o solvente e o adsorvente.
Tabela 8- Cromatografia em coluna
	SOLUÇÃO INICIAL
	ADIÇÃO DE ÁLCOOL ETÍLICO
	ADIÇÃO DE HIDÓXIDO DE SÓDIO
	
	
	
	A mistura do alaranjado de metila e azul de metileno.
	Com a mudança de polaridade adicionando álcool, houve a separação das fases, retirando o alaranjado de metila da coluna.
	Após alterar o grau de polaridade adicionando NaOH, o azul de metileno é retirado junto com o eluente.
Isso ocorre devido a polaridade das substâncias e o tamanho de suas moléculas. Então, o mais polar fica retido por mais tempo, e o menos polar, por menos tempo. 
Após a adição do solvente e a bombear ar pela coluna, o alaranjado de metila por afinidade com o álcool escoou junto a ele, confirmando que o alaranjado era menos polar, pois a sílica é mais polar que o álcool. Posteriormente, para a extração do azul metileno adicionou-se o Hidróxido de Sódio uma substância que tem um grau de polaridade ainda maior que a sílica, confirmou-se a polaridade do azul de metileno pela extração juntamente com o eluente.
Figura 15 – Estruturas do azul de metileno e alaranjado de metila
É possível prever a polaridade relacionando com as propriedades físico-químicas, como a solubilidade do azul de metileno e o alaranjado de metila. A FISPQ informa que em meio alcoólico e água o alaranjado de metila é pouco solúvel, já o azul de metileno possui uma solubilidade de 20 g/l em álcool [5, 6]. Portanto, o azul de metileno é mais polar que o alaranjado de metila.
CONCLUSÃO
Conclui-se que o experimento conseguiu atingir o seu objetivo, que era o de observar os variados tipos de cromatografias, métodos de separações de substâncias de extrema importância na química. Método que se torna único no entendimento de separação por afinidades físico-químicas.
Conclui-se também pelo método de cromatografia que substâncias mais polares são mais adsorvidas (ficam ‘presas’ à fase estacionária) e substâncias menos polares são mais facilmente eluidas pelo solvente.
Portanto, foram obtidos resultados bem satisfatórios nos experimentos realizados em laboratório, o que se comprova ao embasamento teórico estudado, contribuindo assim para uma série de concepções sobre o processo de cromatografia.
REFERÊNCIAS
[1] PESSOA, J. C. Técnicas experimentais: Cromatografia. Química. 57-62. 1993.
[2] COLLINS, C.H.; BRAGA, G.L. e BONATO, P.S. Introdução a métodos cromatográficos. 6ª ed. Campinas: Editora da Unicamp, 1995.
[3] VALMIR, J. F. Química Analítica Instrumental F – disciplina do 4º período do curso de farmácia na UFMG. Disponível em: http://zeus.qui.ufmg.br/~valmir/index.php/material-didatico/. Acesso em: 27 nov. 2016.
[4] http://www.iq.usp.br/wjbaader/qfl2343/Coloquio_CCD_2013.pdf
[5] FISPQs. Ficha de Informações de Segurança de Produto Químico. Disponível em: 
<http://www.fca.unicamp.br/portal/images/Documentos/FISPQs/FISPQ-%20Azul%20de%20Metileno.pdf>. Acesso em: 27 nov. 2016.
[6] FISPQs. Ficha de Informações de Segurança de Produto Químico. Disponível em: 
<http://www.hcrp.fmrp.usp.br/sitehc/fispq/Alaranjado%20de%20Metila.pdf>. Acesso em: 27 nov. 2016.
DONALD, L. P.; GARY, M. L.; GEOGE, S. K.; RANDALL, G. E. Química orgânica experimental: técnicas de escala pequena. 2 ed. Porto alegre: Bookman, 2009

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