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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ CURSO DE ENGENHARIA DE BIOPROCESSOS E BIOTECNOLOGIA LEONARDO DE VARGAS RIZELO MARCOS VINÍCIUS TOPANOTTI MIRIAM DOMINGUES GUIMARÃES PATRÍCIA JULIANA PINNOW AULA PRÁTICA nº 1 – MOVIMENTO RETILÍNEO UNIFORMEMENTE VARIADO E QUEDA LIVRE RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA DE FÍSICA 1 DOIS VIZINHOS 2018 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 3 2. OBJETIVOS ........................................................................................................................................ 4 3. MATERIAIS E MÉTODOS ................................................................................................................ 5 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ....................................................................................................... 7 5. CONCLUSÃO ................................................................................................................................... 15 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 3 1. INTRODUÇÃO A Cinemática é o ramo da Física que estuda o movimento dos corpos sem levar em conta os agentes que os produzem ou mantêm. Nos movimentos uniformemente variados, não há necessidade de distinguir aceleração escalar instantânea e aceleração escalar média, pois se uma for constante a outra também será. Utiliza-se o termo aceleração escalar para ambas, sempre que se trata de um movimento uniformemente variado. Nos movimentos uniformemente variados, a variação da velocidade escalar instantânea de um corpo é proporcional ao intervalo de tempo. Além disso, o conhecimento da aceleração escalar de um M.U.V. não permite concluir se o movimento é acelerado ou retardado. Para isso é necessário conhecer o sinal da velocidade escalar instantânea. De modo geral, o M.R.U.V. é aquele em que a velocidade varia em razão do tempo, mas a aceleração é sempre constante. Já a queda livre, como o próprio nome já diz é a queda de um objeto, ou seja, quando dois objetos são laçados de uma determinada altura, e sendo que as massas são diferentes eles chegam juntos ao chão? Essa foi a pergunta respondida por Galileu, onde ele comprova que ao largar objetos, de massa diferentes, (desprezando o atrito com o ar) os objetos chegam juntos ao chão. 4 2. OBJETIVOS Analisar o comportamento dos corpos em M.R.U.V. e em queda livre, além de comprovar a teoria estudada em sala através dos experimentos. 5 3. MATERIAIS E MÉTODOS Experimento MRUV (Movimento Retilíneo Uniformemente Variado) Materiais: Trilho com fita milimétrica; Carrinho; Cronômetro digital; Compressor de ar; Eletroímã; Sensor; Massa 39g; Suporte para massas; Métodos: Para efetuar o MRUV foi ligado, zerado e ajustado o cronômetro digital na função 2. Foi ligado o compressor de ar e o eletroímã para que estes pudessem segurar o carrinho. Para que o carrinho andasse, foi regulada a tensão e desligado o eletroímã que acionou o cronômetro. Quando passou pelo sensor, o cronômetro indicou o tempo percorrido no determinado deslocamento. O experimento foi repetido três vezes para cada distância, e foram quatro distâncias diferentes. Após obter todos os resultados, foi determinada a variação do deslocamento, a aceleração, o tempo médio e calculado as velocidades inicial e final. Experimento Queda Livre Materiais: Eletroímã; Presilha; Haste de alumínio com escala milimétrica; Sensores 1, 2, 3 e 4; Bolsa coletora; Esfera de ø20mm; 6 Esfera de ø25mm; Cronômetro digital. Métodos: O experimento de queda livre foi realizado após montar o equipamento e posicionar o eletroímã na haste de alumínio que possuía uma fita milimétrica onde havia quatro sensores distribuídos com diferentes distâncias. Ligado o cronômetro e zerado, este foi utilizado com a função 2 acionada. Em seguida, foi ligado o eletroímã e posicionado uma esfera de diâmetro igual a 20 mm, de forma que, regulando a tensão, a esfera ficasse pronta para a queda. Logo em seguida, foi desligado o eletroímã fazendo com que a esfera caísse em queda livre, até a bolsa coletora (que se localizava logo abaixo do último sensor). O experimento foi realizado apenas uma vez e foram anotadas as distâncias entre os sensores e a posição inicial, calculado a aceleração da gravidade e a velocidade final de cada percurso. Após isso, o experimento foi realizado novamente com uma esfera de diâmetro igual a 25 mm. 7 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO MOVIMENTO RETILÍNEO UNIFORMEMENTE VARIADO No experimento de MRUV foram coletados dados de tempo e posição final, pois a inicial é fixa, para assim ser realizados cálculos da aceleração e velocidade. Foram coletados três tempos para efetuar uma média do mesmo. Observe na tabela a seguir. Tabela 1: MRUV – Movimento Retilíneo Uniformemente Variado Massa 39g Desloc. (m) X (m) ΔX (m) (s) (s) (s) (s) a (m/ ) (m/s) V (m/s) 01 0,215 0,350 0,135 0,430 0,431 0,431 0,431 0,186 0,474 0 0,313 02 0,215 0,500 0,285 0,632 0,633 0,633 0,633 0,401 0,477 0 0,450 03 0,215 0,600 0,385 0,739 0,741 0,745 0,742 0,551 0,486 0 0,519 04 0,205 0,700 0,495 0,847 0,849 0,850 0,849 0,721 0,494 0 0,583 1. Considerando a tolerância de erro admitida (5%) pode-se afirmar que a aceleração permaneceu constante? Ocorreu uma leve variação na aceleração, mas de acordo com a tolerância de erro, ela é considerada constante. 2. Construir um gráfico X = f(t) (posição final versus tempo médio) usando os dados obtidos. 8 3. Obter a equação horária do movimento do carrinho: Onde “X” é a posição procurada, “ ” é a posição inicial e corresponde ao valor fixo de 0,215m e 205 m, “ ” é a velocidade inicial, cujo valor é de 0 m/s, “a” corresponde a aceleração, que ficou na média de 0,483 m/ e "t" é a variação do tempo médio que será utilizado os valores que estão representados na tabela 1. Portanto substituindo tem-se: e Resolvendo essa equação, obtém-se a equação horária do carrinho: 5. Construir o gráfico da velocidade em função do tempo V = f(t). 9 5. Obter a equação horária da velocidade do carinho: Onde "V" é a velocidade procurada, ” ” é a velocidade inicial que corresponde ao valor de 0, "a" é a aceleração que cujo valor é de 0,483 e "t" é o tempo médio encontrado. Todos esses dados obtidos experimentalmente estão representados na tabela 1. Portanto substituindo, obtém-se a equação horária do carrinho: 6. Construir o gráfico a = f(t). 10 QUEDA LIVRE Com o experimento de queda livre, foram coletados dados como o tempo que bola demorou a passar por cada um dos sensores, localizados numa distância determinada pelos alunos. Estas informações nos permitem calcular a aceleração da gravidade e também a velocidade média da bola a partir do momento que é liberada do repouso. Os dados obtidos estão inseridos nas tabelas a seguir: Tabela 2: Queda livre - Esfera de ∅20mm Esfera de ∅20mm – massa: 32,6 g Percurso (m) Y (m) ∆Y (m) t (s) g (m/ ) V (m/s) 01 0 0,110 0,110 0,1529,52 1,45 02 0 0,250 0,250 0,231 9,37 2,16 03 0 0,365 0,365 0,276 9,58 2,64 04 0 0,490 0,490 0,317 9,75 3,09 Média 9,55 Tabela 3: Queda livre - Esfera de ∅25mm Esfera de ∅25mm – massa: 66,8 g Percurso (m) Y (m) ∆Y (m) t (s) g (m/ ) V (m/s) 01 0 0,110 0,110 0,152 9,52 1,45 02 0 0,250 0,250 0,230 9,45 2,17 03 0 0,365 0,365 0,276 9,58 2,64 04 0 0,490 0,490 0,318 9,69 3,08 Média 9,56 1. Considerando a tolerância de erro admitida (5%) pode-se afirmar que a aceleração da gravidade permaneceu constante? Utilizando a equação para calcular a aceleração da gravidade: Onde “d” é a altura (representada por Y (m) na tabela), “g” é a aceleração da gravidade que queremos encontrar e “t” é o tempo. Portanto a equação fica: 11 O erro de 5% foi calculado em cima do valor de 9,81 m/ que é o valor teórico da gravidade. A aceleração de cada uma das medidas, da tabela 2 e tabela 3, está dentro da taxa de tolerância (± 0,49 m/ ), portanto, pode-se afirmar que a mesma permaneceu constante. 2. Construir um gráfico Y = f(t) (posição final versus tempo) usando os dados obtidos. Grafico 1 – Referente aos valores da tabela 2 12 Grafico 2 – Referente a Tabela 3 3. Obter a equação horária do movimento em queda livre: Usa-se como referência a função horária do espaço: Onde " " é a posição final, " " é a posição inicial que corresponde ao valor de 0 m, “ ” é a velocidade inicial, " ” é a aceleração da gravidade que cujos valores estão representados na tabelas 2 e 3, e "t" é o tempo obtido experimentalmente que também está representado na tabelas 2 e 3. Portanto substituindo, obtém-se a equação horaria do movimento em queda livre: O sinal é negativo, pois é um movimento de queda. 6. Construir o gráfico V = f(t) (velocidade final versus tempo). 13 Gráfico 3 – Referente aos valores da Tabela 2 Gráfico 4 – Referente aos valores da Tabela 3 5. Obter a equação horária da velocidade do movimento em queda livre: Onde " ” é a posição final, " ” é a posição inicial que corresponde ao valor de 0 m, " " é a aceleração da gravidade que cujo valores estão representados nas tabela 2 e 3, e "t" é o tempo obtido experimentalmente que também está representado nas tabelas. 14 Portanto substituindo, obtém-se a equação horaria da velocidade do movimento em queda livre: O sinal é negativo, pois é um movimento de queda. 6. Ocorreram alterações nos resultados obtidos com as esferas de tamanhos diferentes? Não. Como se observa nos gráficos acima, os dois objetos chegam juntos ao chão, mesmo que as massas sejam diferentes. Lembrando que se deve considerar o atrito com o ar, que acaba resultando em uma leve diferença entre os resultados, mas, considera-se que ambos percorreram a mesma trajetória, num mesmo período de tempo. 15 7. CONCLUSÃO Neste trabalho foram realizados dois experimentos, que foram vistos na aula de física, mais especificamente sobre M.R.U.V. e queda livre. Todos estes comprovam o conteúdo apresentado em sala, onde no M.R.U.V., há a variação da velocidade no decorrer do tempo, onde nota-se a presença da aceleração, que é sempre constante. Já a queda livre, caracteriza-se pela aceleração da gravidade, que é a única força atuante sobre o corpo que está caindo. Este trabalho teve grande importância para o nosso aprendizado, pois nos dá uma ideia de como acontece esses movimentos, que acontece no nosso dia a dia, mas não paramos para refletir o que está acontecendo nesses movimentos e quais são os processos que o fazem acontecer. Todos os objetivos foram cumpridos, onde analisamos o comportamento dos corpos em M.R.U.V. e em queda livre e comprovamos a teoria estudada em sala, através dos experimentos realizados no laboratório de física. 16 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS GOUVEIA, Rosimar. Movimento Retilíneo Uniforme. Disponível em:< https://www.todamateria.com.br/movimento-retilineo-uniforme/>. HALLIDAY, RESNICK, WALKER. Fundamentos de Física. Vol. 1. 8 ed. Editora LTC, 2008. Movimento Retilíneo Uniformemente Variado. Disponível em:< https://www.todamateria.com.br/movimento-retilineo-uniformemente-variado/>. "Movimento Vertical" em Só Física. Virtuous Tecnologia da Informação. Disponível em:< http://www.sofisica.com.br/conteudos/Mecanica/Cinematica/mvert.php>.
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