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Unidade I COMPORTAMENTO HUMANO NAS ORGANIZAÇÕESORGANIZAÇÕES Prof. Gustavo Nascimento Comportamento Humano nas Organizações O ser humano é vital nas organizações. Ele é que realiza e faz as coisas acontecerem. Nenhuma máquina opera sem a inteligência e capacidade humana. E mais... não adianta um profissional ser um excelente técnico se não conseguir trabalhar com outras pessoas, isto é desenvolver seu comportamento social. Atualmente observamos um número grande de problemas de comportamento nas empresas. Comportamento Humano nas Organizações Morin e Aubé (2009) mostram o que as organizações esperam de seus administradores em termos de competências: Habilidade de se comunicarem, capacidade e vontade de aprender, pensamento crítico e criatividade. Além de terem desenvolvido qualidades pessoais como: Confiabilidade, iniciativa e liderança., ç Comportamento Humano nas Organizações O comportamento organizacional é estudado em três níveis: 1. Comportamento individual – diz respeito a expectativas, necessidades e valores do indivíduo. Neste nível estudamos as diferenças individuais, aprendizagem, personalidade, valores e atitudes, além da motivação. Comportamento Humano nas Organizações 2. Comportamento grupal – diz respeito ao comportamento ao pertencer a um grupo de trabalho. Neste nível estudamos a liderança, a comunicação do grupo, trabalho em equipe e formação de conflito. Comportamento Humano nas Organizações 3. Comportamento de toda organização: diz respeito a formação e interação do grupo todo (a empresa); Neste nível estudamos planejamento de trabalho, estrutura, cultura organizacional e mudança. Robbins (2004) coloca que o motivo de estudar o comportamento organizacional reside em: explicar, prever e controlar o comportamento humano. Comportamento Humano nas Organizações Segundo Vecchio (2008) os principais desafios para um gerente atualmente são: atuar com a diversidade da equipe de trabalho; aumento da contratação de temporários;ç p ; expressão cada vez maior das emoções no ambiente de trabalho; Comportamento Humano nas Organizações Interatividade O que diz respeito ao comportamento grupal nas organizações? a) Diz respeito ao departamento de RH. b) Diz respeito a expectativas, necessidades e valores do indivíduo. c) Diz respeito a formação e interação do grupo todo (a empresa). d) Diz respeito ao comportamento ao pertencer a um grupo de trabalho. ) NDAe) NDA. O indivíduo na organização O homem é um produto histórico, um ser social e é o conjunto de suas relações sociais. Chanlat (1992) – diz que o ser humano é uno, único enquanto espécie e indivíduo. Um ser biopsicossocial ligado à natureza, à cultura que o envolve e o transforma. Diz ainda que o ser humano é reflexivo e ativo, reflexivo pela sua capacidade de pensar e ativo por suas ações.p p ç O indivíduo na organização O homem tem a capacidade de mudar seu mundo externo além de conseguir adaptar-se a diferentes situações. O indivíduo inventa, cria e recria sua própria realidade principalmente quando se percebe como um ser social com o poder de transformação. O indivíduo na organização Como seria o mundo sem trabalho? Toledo em 1998 diz: “O trabalho não se converte em trabalho em propriamente humano a não ser quando começa a servir para a satisfação não só das necessidades físicas, e fatalmente circunscritas a vida animal, como também do ser social, que tende a conquistar e realizar plenamente a sua liberdade...”. O indivíduo na organização O trabalho faz parte da identidade do homem, é a base para se manter relações saudáveis, inclusive manter a própria família. Observe a importância do trabalho. É necessário que o indivíduo mobilize todas suas energias para manter o vínculo com seu trabalho, alcançar o equilíbrio, a estabilidade, viver sua identidade para que possa se ver como ele verdadeiramenteele verdadeiramente. O trabalho é uma conexão entre o homem e sua identidade, entre o homem e o eu. O indivíduo na organização Esta é a relação entre trabalho e identidade, a identidade dá ao indivíduo as armas para se impor, para se igualar, para se diferenciar e assumir o seu papel no trabalho, na família, na sociedade e na vidavida. Para que se estabeleça, segundo Chiavenato (2002), um processo de interação entre pessoas e organização devemos ver: O indivíduo na organização As pessoas como seres humanos: dotadas de personalidade própria, com uma história particular e diferenciada. As pessoas como ativadoras inteligentes de recursos organizacionais: as pessoas como fonte de impulso próprio que dinamiza a organização e não como meros recursos da organização. As pessoas como parceiras da organização: capazes de conduzi-las à excelência e ao sucesso. O indivíduo na organização Vejamos outro aspecto importante: a personalidade do indivíduo. Segundo Corbela (2002): “A personalidade inclui aspectos intelectuais, afetivos e impulsivos, é uma forma de responder diante dos estímulos e as circunstâncias da vida com um selo peculiar e próprio que se dá como resultado do comportamento”. A formação da personalidade: O indivíduo na organização O indivíduo na organização Cinco traços de personalidade são destaques nas organizações: 1. Sociabilidade – capacidade de se relacionar, bem com os outros. 2. Consciência – refere-se a quantidade de q objetivos que cada um é capaz de se concentrar. 3. Estabilidade emocional – diz respeito às variações de humor. O indivíduo na organização 4. Extroversão – refere-se a comunicação, além da percepção em estar aberto a novos relacionamentos. 5. Abertura – refere-se a maleabilidade das pessoas em relação a suas crenças e interesses. Deve-se ter o cuidado para não rotular as pessoas somente nestes cinco traços de personalidade, as pessoas são mais do que isto. Interatividade Por que dizemos que o ser humano é reflexivo e ativo? a) Porque suas ações refletem nos demais. b) Reflexivo pela sua capacidade de pensar e ativo por suas ações.p ç c) Ativo por agir em grupo o tempo todo. d) Ativo por pensar e reflexivo pelas ações. e) NDA. O indivíduo na organização Carl Jung, psicanalista, denominou alguns modelos de personalidade para melhor compreensão nas organizações: 1. Extroversão x introversão: o primeiro voltado para o mundo exterior, enquanto o segundo para o mundo interior. 2. Pensamento x sentimento: pessoas de “pensamento” tomam decisões de forma racional, enquanto pessoas de “sentimento” tomam decisões com base na emoção. O indivíduo na organização 3. Sensação x intuição: Os indivíduos voltados para a sensação preferem focar nos detalhes, ao passo que os intuitivos se concentram em temas mais amplos. 4. Julgamento x percepção: As pessoas do tipo “julgamento” gostam de terminar tarefas e as do tipo “percepção” gostam do processo de elaboração e buscam maior número de informações. O indivíduo na organização O indivíduo na organização Todos nós temos um pouco de cada comportamento, embora sempre tenha um que domine mais nossas ações. A seguir, temos uma abordagem bastante utilizada nas organizações como método de análise e compreensão do comportamento desenvolvido por Eric Berne. O indivíduo na organização A Análise Transacional: Eric Berne é um psiquiatra canadense, em 1956 criou uma teoria que abrange o individual e o social. Análise Transacional se constitui de um conjunto de técnicas que visam a mudança. Chama-se transacional, porestudar, analisar as trocas de estímulos e respostas entre os indivíduos ou transações entre indivíduos. O indivíduo na organização O indivíduo na organização Berne se interessava pelo que acontecia com as pessoas na realidade. Trans + ação = ato ou efeito de transigir, combinação, ajuste, operação comercial. Sendo que esta ação se passa entre duas q ç p pessoas. O indivíduo na organização A análise transacional definirá a personalidade como: O modo habitual como o indivíduo pensa, sente, fala e atua para satisfazer as necessidades no meio físico e social e irá entender o comportamento como algo multifacetado. O ser humano como um produto de uma imensa coleção de influências que são registradas desde a mais tenra idade, e que permanecem vivas manifestando se a cada momentovivas manifestando-se a cada momento. O indivíduo na organização A análise transacional vê o indivíduo como um sistema integrado de pensamentos, sentimentos e condutas organizado em três subsistemas: o exteropsíquico, o neopsíquico e o arqueopsíquicoarqueopsíquico. Para Eric Berne, a personalidade é formada pelo pai, o adulto e a criança, por todos os seus conteúdos e comportamentos. Interatividade Qual o significado do termo “Análise Transacional”? a) Estudo das transações entre empresas. b) Seu objeto de análise é a troca entre pessoas de empresa para empresa.p p p p c) É transacional porque envolve ações reflexivas e ativas. d) Não tem significado específico, visto que sua ação não interfere na empresa. ) Ch t i l t de) Chama-se transacional por estudar e analisar as trocas de estímulos e respostas entre os indivíduos. As transações entre as pessoas Vejamos a estrutura da Análise Transacional: Subsistema exteropsíquico: compreende o registro de condutas aprendidas e modeladas das figuras chamadas Éparentais (pais ou substitutos). É a sede dos valores, da moral e dos preconceitos. É denominado funcionalmente de Estado de Ego do Pai. As transações entre as pessoas Subsistema neopsíquico: é o mecanismo de processamento de dados e de avaliação da realidade. Lógico e dedutivo é chamado de Estado de Ego Adulto. Subsistema arqueopsíquico: contém os vestígios da infância e opera a partir dos sentimentos, chamado de Estado de Ego criança, manifesta-se por meio de emoções e da busca da satisfação de necessidades. As transações entre as pessoas As transações entre as pessoas Estado de Ego do Pai: é uma espécie de reservatório ou depósito de normas, valores, preceitos e modelos de conduta. Um conceito aprendido de vida, “gravações”. Parte valorativa de nós mesmos. Este estado é dividido em: Pai crítico: educa criticando, controla os outros. Atua de forma autoritária, é justo e firme. Pai nutritivo: dá permissão para pensar e agir, incentiva o crescimento, pode exagerar na proteção. As transações entre as pessoas Estado de Ego Adulto: é parte da nossa personalidade racional. É adaptável, organizado e objetivo. É capaz de atuar isento de emoções e julgamentos. Estado de Ego Criança: este estado surge logo que a criança nasce. Ele representa as emoções básicas como alegria, amor, tristeza, raiva e medo. Esta é a parte mais autêntica do ser humano e a mais reprimida pela educação. Ela é divida em: As transações entre as pessoas Criança natural ou livre: apresenta emoções autênticas. Faz as coisas porque quer, contém uma parte intuitiva e criativa, mas também manipuladora. A parte negativa que pode surgir no adulto é a inconveniência sem freios eé a inconveniência, sem freios e irresponsável. Criança adaptada: Faz as coisas porque gosta, mas seu comportamento é destrutivo para os outros e para si mesma Apresenta dois comportamentos:mesma. Apresenta dois comportamentos: o submisso e o rebelde. As transações entre as pessoas Criança adaptada submissa: é reprimida, quer agradar as pessoas e retrair-se frente as dificuldades. Criança adaptada rebelde: é voluntariosa, teimosa, desafiadora, agressiva e contestadora. Tem forte senso de justiça. Valores e atitudes Segundo Robbins (2008) os valores representam convicções básicas que contêm um elemento de julgamento naquilo que a pessoa acredita ser correto, bom ou desejável. Quando entramos em uma organização trazemos nossos valores e isto influenciará na forma de vermos e lidarmos com as situações. Valores e atitudes A cultura tem forte influência sobre nossos valores, e os valores variam de cultura para cultura. Frente aos nossos valores temos nossas atitudes e as mesmas são adquiridas através da nossa experiência e preconceitos. Interatividade Sobre valores nas organizações podemos afirmar: a) Os valores não variam de cultura para cultura. b) A cultura tem forte influência sobre ) nossos valores. c) Quando entramos em uma organização não trazemos nossos valores. d) Valores estão ligados a questões materiais somentemateriais somente. e) Valores são transmitidos somente na infância. ATÉ A PRÓXIMA!
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