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INTER CASO 3

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Plano de Aula: Direito Internacional Público 
DIREITO INTERNACIONAL - CCJ0056 
Título 
Direito Internacional Público 
Número de Aulas por Semana 
Número de Semana de Aula 
3 
Tema 
Pessoas Internacionais e fontes do DIP 
Objetivos 
• Apresentar o conceito de pessoa internacional e de sujeito de DIP. • Introduzir as noções de 
personalidade e capacidade no Direito Internacional; • Fornecer ao aluno uma visão das pessoas 
internacionais conceituadas pela doutrina; • Apresentar as pessoas internacionais na contemporaneidade 
e sua relação com a sociedade internacional contemporânea; • Examinar o conceito de fonte de direito, 
diferenciando-o do conceito de fundamento do direito; • Discorrer sobre o conceito e classificação das 
fontes do direito internacional público na doutrina; • Apresentar a definição de fonte de DIP dada pelo 
Estatuto da Corte Internacional de Justiça; • Conceituar costume internacional e discorrer sobre seus 
elementos; • Introduzir o conceito de ato unilateral no DIP; 
Estrutura do Conteúdo 
1.3.3. As pessoas internacionais 1.3.3.1 Conceito de pessoa: personalidade e capacidade 1.3.3.2 
Classificação das pessoas internacionais 1.3.2.3. As pessoas na contemporaneidade 1.3.4. As fontes do 
Direito Internacional 1.3.4.1. Fontes e fundamentos: distinção 1.3.4.2. Fontes formais e matérias; 1.3.4.3. 
O Art. 38 do Estatuto da Corte Internacional de Justiça 1.3.4.3. Costume internacional: fundamento, 
elementos constitutivos, características e interpretação. - 1.3.4.4. Atos unilateriais. 
Aplicação Prática Teórica 
Os conhecimentos apreendidos serão de fundamental importância para a reflexão teórica envolvendo a 
compreensão necessária de que o direito, para ser entendido e estudado enquanto fenômeno cultural e 
humano, precisa ser tomado enquanto sistema disciplinador de relações de poder, a partir da 
metodologia utilizada em sala com a aplicação dos casos concretos, a saber: 
 
Caso Concreto 1 
 
O litígio se dá entre Portugal e Índia. O primeiro Estado aparelhou perante a Corte Internacional de 
Justiça procedimento judicial internacional contra o Estado indiano, relativo a certos direitos de 
passagem pelo território deste último Estado de súditos portugueses (militares e civis), assim como de 
estrangeiros autorizados por Portugal com a intenção de dirigir-se a pontos encravados situados perto 
de Damão, para acesso aos encraves de Dadra e Nagar-Aveli. O Estado português alega que havia um 
costume [internacional] local que concedia um direito de passagem pelo território indiano a seus 
nacionais e às forças armadas até Dadra e Nagar-Aveli. A alegação de fundo é a de que o Estado indiano 
quer anexar estes dois territórios portugueses, ferindo seus direitos soberanos sobre eles. Os indianos 
sustentam que, segundo o Tratado de Pooma, realizado em 1779 entre Portugal e o governante de 
Maratha e posteriores decretos exarados por este governante, os direitos portugueses não consistiam na 
soberania sobre os mencionados encraves, para os quais o direito de passagem é agora reclamado, mas 
apenas num "imposto sobre o rendimento". 
 
Quando o Reino Unido se tornou soberano naquele território em lugar de Maratha, encontraram os 
portugueses ocupando as vilas e exercendo um governo exclusivo. Os britânicos aceitaram tal posição, 
não reclamando qualquer tipo de soberania, como sucessores de Maratha, mas não fizeram um 
reconhecimento expresso de tal situação ao Estado português. Tal soberania foi aceita de forma tácita e 
subseqüentemente reconhecida pelo Estado indiano, portanto as vilas Dadra e Nagar-Aveli foram tidas 
como territórios encravados portugueses, em território indiano. 
A petição portuguesa coloca a questão que o direito de passagem foi largamente utilizado durante a 
soberania britânica sobre o Estado indiano, o mesmo ocorrendo no período pós-britânico. Os indianos 
alegam que mercadorias, com exceção de armas e munições, passavam livremente entre o Porto de 
Damão (território português) e ditos encraves, e que exerceram seu soberano poder de regulamentação 
impedindo qualquer tipo de passagem, desde a derrubada do governo português em ditos encraves. 
(Pereira, L. C. R. Costume Internacional: Gênese do Direito Internacional. Rio de Janeiro: Renova, 2002, 
p. 347 a 349 – Texto adaptado). 
 
Diante da situação acima e dos dados apresentados, responda: 
1) De acordo com entendimento da Corte Internacional de Justiça, qual a fonte de direito 
internacional Público é aplicável a fim de dar solução ao litígio? 
2) Como ela é definida? 
3) Qual o elemento que a torna norma jurídica? 
 
Caso concreto 2 
Analise o texto abaixo retirado do voto de A.A. Cançado Trindade, proferido na Corte Interamericana de 
Direito Humanos no caso da Comunidade Indígena Sawhoyamaxa versus Paraguay: 
“...No universo do Direito Internacional dos Direitos Humanos, é o indivíduo quem alega ter seus direitos 
violados, quem alega sofrer os danos, quem tem que cumprir com o requisito do prévio esgotamento 
dos recursos internos, quem participa ativamente da eventual solução amistosa, e quem é o beneficiário 
(ele ou seus familiares) de eventuais reparações e indenizações. 
Em nosso sistema regional de proteção, o espectro da persistente denegação da capacidade processual 
do indivíduo peticionário ante a Corte Interamericana (....) emanou de considerações dogmáticas 
próprias de outra época histórica tendentes a evitar seu acesso direto à instância judicial internacional, - 
considerações estas que, em nossos dias, ao meu modo de ver, carecem de sustentação e sentido, ainda 
mais tratando-se de um tribunal internacional de direito humanos. 
(...). No presente domínio de proteção, todo jusinternacionalista, fiel às origens históricas de sua 
disciplina, saberá contribuir para o resgate da posição do ser humano como sujeito de direito das gentes 
dotado de personalidade e plena capacidade jurídicas internacionais". 
Responda a pergunta abaixo: 
No que se refere ao trecho do voto de Antônio Augusto Cançado Trindade, responda: 
- Com base no conceito de sujeito de direito internacional e no de uma sociedade internacional aberta, 
como defende Celso Mello, discorra sobre a posição do ser humano como sujeito de Direitos, refletindo 
sobre sua personalidade e sobre sua capacidade para agir no plano internacional. 
QUESTÃO OBEJTIVA 
 
Segundo o Art. 38 do Estatuto da Corte Internacional de Justiça, são fontes do direito internacional as 
convenções internacionais, 
 
a. o costume, os atos unilaterais e a doutrina e a jurisprudência, de forma auxiliar. 
b. o costume internacional, os princípios gerais de direito, os atos unilaterais e as resoluções das 
organizações internacionais. 
c. o costume, princípios gerais de direito, atos unilaterais, resoluções das organizações internacionais, 
decisões judiciárias e a doutrina. 
d. o costume internacional, os princípios gerais de direito, as decisões judiciárias e a doutrina, de forma 
auxiliar, admitindo, ainda a possibilidade de a Corte decidir ex aequo et bono, se as partes concordarem.

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