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Ética Profissional - Resumo

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Ética Profissional
Uma prática envolve padrões de excelência, obediência às regras e consecução dos bens, submete as próprias atitudes, preferências e gostos aos padrões definidos pela prática, e não pode ocorrer sem a aceitação da autoridade dos melhores padrões reconhecidos até então.
Toda fase de formação profissional deve incluir a reflexão, desde antes do início dos estágios práticos. O juramento que faz significa sua adesão e seu comprometimento com a categoria profissional em que ingressa. Isso caracteriza o aspecto moral da chamada Ética Profissional, ou seja, a adesão voluntária a um conjunto de regras estabelecidas como as mais adequadas para o seu exercício.
Os profissionais de saúde devem dominar conhecimentos, saberes, técnicas e habilidades, bem como ter compaixão e coletividade para compreender a pessoa da qual cuida. Também devem ter virtudes indispensáveis, como honestidade, fidelidade, coragem, justiça, temperança, prudência, sabedoria, entre outras. Espera-se que sejam capazes de pôr o bem das pessoas acima do seu próprio ou do da instituição, a menos que isso possa causar uma injustiça ou uma objeção de consciência.
A enfermagem se fundamenta em um profundo sentimento de religiosidade, e dentre as qualidades inerentes a um bom profissional aparecem, entre outros, a obediência, o respeito à hierarquia, a humildade, o espírito de servir. O “Juramento e Profissão da Fé dos Enfermeiros Brasileiros”, prestados pela primeira turma da Escola Ana Neri, em 1925, retrata a religiosidade e submissão que ainda hoje se reflete na formação dos enfermeiros: "Compromento-me solenemente a servir de todo coração aqueles cujos cuidados me forem confiados [...]”. Sabe-se, entretanto, que ter uma atitude pró-ativa, generosidade e cooperação no trabalho em equipe contribuem para o engradecimento da profissão.
 Código de Ética de Enfermagem
As profissões elaboram códigos com a intenção de fornecer elementos para o pensar e o agir do profissional diante de si mesmo e do outro. O Código de Ética de Enfermagem é um instrumento legal que reúne um conjunto de normas, princípios morais e do direito relativo à profissão e ao exercício. Exprime o que é esperado dos profissionais e foi definido pelos enfermeiros como base no compromisso que eles têm com a sociedade.
Segundo Berlinguer, existe uma gama de questões que dizem respeito às escolhas individuais, com as quais se entrelaçam os princípios de autonomia e de responsabilidade nos momentos da vida humana, os quais estão cada vez mais condicionados pelo avanço das técnicas relacionadas às ciências biomédicas.
A ética tem o intuito de ir além, pois mediante ela a situação e a ação são examinadas, não se limitando ao conhecimento teórico, visa à prática. O código, às vezes só teoriza, e cabe aos profissionais saber quais usos farão dele e como, considerando o contexto em que a situação ocorre. O ato humano pode ser examinado na ética apenas enquanto existe ação praticada pelo homem, ações inerentes a algumas das práticas profissionais.
Se prestar cuidado a alguém, na atividade profissional, implica sempre lidar com crenças e valores, mais facilmente se compreende a importância da tomada de consciência do lugar que a decisão ética ocupa no processo de cuidado. É um percurso que se impõe assumir considerando o processo de melhoria da qualidade no cuidado e na profissão e disciplina de enfermagem. E os enfermeiros são agentes sociais que não podem ser excluídos desse desafio.
Tomada de Decisão
O profissional de saúde deve considerar tanto a deontologia, como as consequências que as escolhas e práticas podem acarretar ao bem-estar do individual e coletivo; quando interesses legítimos estão em conflito é que se analisam as possíveis consequências de privilegiar um ou outro princípio bióetico.
Garcia propõe distinguir os quatro princípios em duas dimensões: 1) a dimensão pública, em que estariam os princípios de justiça e não-maleficência; e 2) a dimensão privada, na qual estariam os princípios de beneficência e autonomia. Considera ainda que os deveres públicos devem ter prioridade em relação aos deveres privados e afirma a superioridade do bem comum sobre os interesses privados nos caso de haver conflito entre esses dois níveis de interesses.
A tomada de decisões perante dilemas e conflitos éticos exige competência e aperfeiçoamento profissional, os quais terão de ser para os enfermeiros os compromissos cotidianos no desempenho de sua profissão.
Considerações Finais
A ética no exercício de uma profissão deve iniciar-se bem antes da prática, porque impõe princípios, valores e crenças pessoais. Os valores universais observados na relação profissional só terão na prática a expressão correspondente se forem incorporados pelos profissionais no seu universo de saberes, permitindo, assim, a sua efetivação na relação enfermeiro-doente-cliente-família e comunidade.
Ao decidir ser enfermeiro espera-se que haja um conjunto de valores que o predispõe a determinados comportamentos em um futuro profissional, porque essa é uma profissão que pressupõe a relação com os outros, em todas as suas vertentes; é ao longo da vida, pela experiência e aprendizagem que os enfermeiros se aperfeiçoam, organizando e hierarquizando os valores, de modo a identificar aqueles que consideram mais valiosos.

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