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Resumo ICPOM – P1 Conceitos Mineral Todo corpo inorgânico de composição química e de propriedades físicas definidas (ex. estrutura cristalina) Minério Agregado de minerais contendo um ou mais minerais valiosos (que podem ser aproveitados economicamente) Ganga Mineral ou conjunto de minerais não aproveitados de um minério Caracterização Tecnológica de Minérios Análise Química Elementar Serve para determinar o teor dos elementos presentes na amostra Métodos Clássicos: Lixiviação Dissolvimento dos materiais Precipitação Seletiva Feitas através do controle do PH e Temperatura Novo Método : MEV-EDS Estudo do espectro de fótons. NÃO destrutivo Análise Mineralógica Serve para quantificar os minerais presentes na amostra Necessita de uma base de dados mineralógica, obtida na AQE e uma base cristalográfica Método: Analisa o espectro da incidência de raios X NÃO destrutivo Permite a avaliação de impurezas (Ganga ou Isomorfismo Análise Granulométrica Utilizada nos processos de liberação, tem como objetivo identificar o tamanho e a distribuição dos grãos e junto com a composição mineralógica permite se obter o chamado Grau de Liberação Métodos: Por dispersão de laser Em suspensão, mede-se o espalhamento Via microscopia Observação direta. Peneiras de diferentes tamanhos Quanto menor o tamanho da partícula maior o grau de liberação Beneficiamento Mineral Etapas de natureza física visando à liberação e subsequente separação do MI Etapa 1 – Liberação Tem como objetivo a adequação granulométrica e a otimização da liberação do MI. Processo Sequencial: Partículas Grossas Partículas Grossas Moinhos Classificadores Britadores Peneiras Britagem Características: Gasta menos energia Produz menos finos (farelos que não se pode extrair nada). O material entra seco Tipos: Britador de Mandíbulas Compressão Britador Cônico Impacto Moagem Características: Gasta mais energia Só deve ser feita caso o GL desejado não tenha sido alcançado O material entra como polpa Tipos: Moinho de Barras Atrito Moinho de Bolas OBS: O material não pode estar fino demais, pois não consegue concentrar Etapa 2 – Concentração Tem como objetivo separar o MI dos minerais de ganga presentes no minério fragmentado Todo o processo de concentração trabalha com uma faixa de tamanho ótima, o que aumenta a eficiência. O teor de mineral de interesse está entre 70% - 80% Métodos: Gravíticos Funciona com partículas mais grosseiras Só funciona quando o movimento e densidade são diferentes entre o MI e a ganga É feita com agua Tipos: Elutriador Por uma corrente oposta a gravidade. Usado em materiais que tenham o GL favorável a partículas grandes Jig Partículas mais densas chegam ao fundo 1º. Usado em materiais que tenham o GL favorável a partículas intermediarias Mesagem Varias ripas de alturas diferentes. Usado em materiais que tenham o GL favorável a partículas pequenas. Mais eficiente , porem com pouca capacidade Espiral Além da gravidade usa a força centrípeta. Usado em materiais que tenham o GL favorável a partículas intermediarias Flotação Funciona com partículas finas Grande versatilidade e seletividade Utiliza a propriedade de “Molhabilidade” Método A separação é obtida pela introdução de pequenas bolhas de ar na fase líquida, que aderem ao material particulado com baixa molhabilidade(hidrofobia) , arrastando-o para a superfície da polpa. É menos recomendada para minerais pesados (Não sobem) Modificadores Coletores Estimulam a flotabilidade. Ativadores Promovem a interação do coletor com o MI Depressores Dificultam a interação do ganga com o coletor. Magnéticos ou Eletroestática Funciona com partículas intermediárias Só funciona quando há diferença de sensibilidade magnética ou eletroestática entre o MI e a ganga Balanço de Massa Avalia quantitativamente os processos de concentração. Fórmulas: Recuperação Global Onde: Recuperação Global Recuperação de MI Global Concentrado final produzido A Massa inicial Teor do MI no concentrado final Teor do MI em A Recuperação de MI Global Recuperação Local (P1) Recuperação de MI Local (P1) OBS: O processo de maior desempenho é aquele com maior recuperação do MI OBS2: Tudo que entra, sai! Em todos os processos temos rejeitos. Metalurgia Extrativa É composta por processos QUÍMICOS com o objetivo de obter o metal do MI Processos de refino e síntese: Processos Pirometalúrgicos: São processos de Sintese Obtenção do Metal São realizados em alta temperaturas (700ºC - 1600ºC) Produzem reações heterogêneas, envolvendo gás-sólido e gás-liquido Usadas na obtenção de Ferro, Níquel e Estanho Melhor utilizado em aglomerados, para não correr o risco de perda por arraste de gás Processos Hidrometalúrgicos São processos de Refino Purificação do Metal São realizados em temperatura ambiente Produzem reações heterogêneas, envolvendo líquido-sólido Usadas na obtenção de Alumínio Etapas: Lixiviação Solução do minério com o solvente adequado (Ácido ou Básico) Precipitação Seletiva “Limpeza” da solução inicial, formando o Metal Temperatura e PH são fundamentais em ambas as etapas Quanto menos o tamanho do material, melhor o processo, pois dissolve melhor Processos Eletrometalúrgicos São processos de Sintese Obtenção do Metal Produzem reações heterogêneas, envolvendo líquido-sólido Muito utilizados para refino e obtenção de metais não ferrosos (ex: Alumínio) Etapas: Lixiviação Solução do minério com o solvente adequado (Ácido ou Básico) Precipitação Seletiva “Limpeza” da solução inicial, formando o Metal Eletrólise Estimulo da reação química que dá origem ao material objetivado através de corrente elétrica Eletrólise Comum: temperatura ambiente Eletrólise Ígnea: altas temperaturas (900ºC) Quanto menos o tamanho do material, melhor o processo, pois dissolve melhor Processos Aglomeração: O objetivo dos processos de aglomeração é aumentar o tamanho dos grãos Só se aglomera concentrado, ou seja, só se aglomera MI. Geralmente usados antes de processos Pirometalurgicos Pelotização É um processo de aglomeração de finos, baseado na junção das partículas através de uma espécie de colagem entre as mesmas. Etapas: Misturar o concentrado com água, minerais aglutinantes e fundente Trabalhar mecanicamente ,em discos pelotizadores, de maneira que aglomerados esféricos sejam originados Secar e fundir o concentrado com os fundentes, em um forno em torno de 1200º Resfriar A pelotização permite que as pelotas sejam produzidas em regiões afastadas do local em que serão utilizadas, por sua microestrutura densificada Sinterização É um processo de aglomeração de finos caracterizado pela junção das partículas a partir de uma fusão incipiente na superfície (uma espécie de soldagem entre os finos). Etapas: Misturar o concentrado com água, minerais aglutinantes, fundente e coque (material orgânico rico em carbono) Iniciar a ignição do coque, reação que libera CO e CO2 e uma grande quantidade de calor, permitindo a fusão do concentrado com o fundente. Resfriar, bombeando o ar em direção cruzada ao fluxo das particulas A Sinterização NÃO permite que os sinters sejam produzidos em regiões afastadas do local em que serão utilizadas, por sua porosidade e consequente resistência mecânica inferior. A vantagem do Sinter é que a presença dos poros aumenta a área de contato dos gases utilizados em processos de obtenção do Aço. Briquetagem É um processo de compactação das partículas. É feito a partir da aplicação de elevadas pressões, formando briquetes Muito utilizado para resíduos Obtenção de Aço Siderúrgicas integradas Contempla todas as operações típicas de produção de aço semiacabado, ou seja, ela lida com operações que vão desde o manuseio da matéria-prima (transporte e estocagem do minério de ferro e carvão) e seu processamento físico-químico (sinterização, redução no altoforno, refino Etapas: Alto-Forno O minério entra nele de três formas distintas (sinter, pelota e granulado). O CO é responsável pelo processo de redução; ele rouba oxigênio dos minerais. O alto-forno recebe o minério, coque, o fundente e o ar. Após a mistura destes ocorrem reações endotérmicas que ajudam a produzir a escória, gases (CO, CO2) e o ferro-gusa (aço impuro). A escória e o CO2 servem como combustível Refino Primário (Conversor) No Conversor LD, é feita a limpeza do ferro-gusa, transformando-o em aço. O conversor recebe o ferro-gusa sólido e líquido, fundente, sucata e O2 puro, com eles produz um aço primário (ainda impuro) gases poluentes e escória. Refino Secundário (Forno-Panela) Através da utilização de energia elétrica, o aço é aquecido para ser oxidado. Nessa fase também são adicionados, se necessários, elementos de ligas. Siderúrgicas Semi-integradas Diferente da Siderúrgica integrada, a semi-integrada possui apenas a dase de Refino Primário e do Forno panela, pois parte direto do ferro-gusa, oriundo de outra siderúrgica. Obtenção de Estanho (Sn) Matéria prima: SnO2 O processo de produção é idêntico ao do Aço (Auto-Forno). Os processos usados no refino são: Pirometalúrgicos Eletrometalúrgicos O estanho formado é 98% puro e para ficar ainda mais puro é feito o eletro-refino. Este deixa o estanho 99% puro. Obtenção de Zinco (Zn) Matéria prima: ZnS Etapas: Ustulação Oxidante Oxidação do Sulfeto de Zinco , em meio aquoso. Gera ZnO + SO2 Lixiviação O material obtido na Ustulação é lixiviado com H2SO4, produzido com o SO2 liberado. Precipitação Seletiva Precipita Zn2+ Eletrólise Formando Zinco metálico A rota de produção do zinco consiste em um exemplo de processo em que os três tipos de rotas de metalurgia extrativa se encontram presentes: Pirometalúrgica Ustulação oxidante Hidrometalúrgica Lixiviação e precipitações seletivas Eletrometalúrgica formação do zinco metálico via eletrólise Obtenção de Titânio (Ti) Matéria prima: TiO2 Etapas: Ustulação Cloretante Cloração redutora, formando gases de TiCl4 e CO, na presença de Coque Condensação Seletiva Processo físico que tem como função separar os gases. Eletrólise: Utiliza o magnésio como redutor. Este é colocado na solução de TiCl4 líquida, que após a mistura forma o MgCl2 + Ti (puro).
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