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O ponto de ebulição de uma substância é definido como a temperatura em que a pressão de vapor de um liquido é igual a pressão externa exercida sobre uma superfície, sendo conhecido como ponto de ebulição normal a temperatura em que a pressão de vapor do líquido é igual a pressão atmosférica que equivale a 1 atm (760mmHg). Isso diz que o ponto de ebulição é a temperatura na qual uma substância pura, ou uma mistura azeotrópica líquida, passa do estado líquido para o estado gasoso, ou seja, é uma pequena faixa de temperatura em que o vapor e líquido coexistem harmonicamente. A temperatura de ebulição mantém-se aproximadamente constante enquanto dura a mudança de estado, se a substância for pura. As misturas, pelo contrário, não têm um ponto de ebulição fixo (depende da composição da mistura) e, durante a ebulição, a temperatura não se mantém constante. O estudo de variação da temperatura durante a ebulição é, por isso, um indicativo do seu grau de pureza. A determinação do ponto de ebulição também se efetua recorrendo a um banho de aquecimento e procedendo ao seu aquecimento gradual. Quando se aquece um líquido a sua temperatura aumenta progressivamente até atingir o ponto de ebulição. Durante a ebulição a energia fornecida através do aquecimento é utilizada na vaporização do líquido e por isso a temperatura não aumentará. A temperatura irá se manter constante até que todo o líquido tenha evaporado. A determinação do ponto de ebulição será facilitada se for possível efetuar um registro automático da variação de temperatura à medida que se faz o aquecimento. Este relatório traz detalhadamente os materiais, as técnicas, os resultados e as conclusões obtidas a partir da análise da amostra número 3. O objetivo que tínhamos ao receber esta amostra era descobrir com qual substância estava presente na mesma a partir do ponto de ebulição observado no experimento realizado. A técnica de determinação do ponto de ebulição foi utilizada para se ter como base para a identificação da substância em comparação com as outras substâncias analisadas por outros alunos. Material Microtubo; Capilar; Borracha; Termômetro; Suporte; Garra; Mufa; Tubo de Thiele; Bico de Busen; Pipeta. Método 1 - Com a garra que está presa ao suporte, prendemos o tubo de Thiele com óleo. 2 - Fechamos as extremidades dos capilares com a chama do bico de Busen. 3 - Adicionamos a amostra ao microtubo com o auxilio da pipeta. 4 - O capilar foi colocado (com a extremidade selada para cima) no microtubo e por capilaridade a amostra sobe até um determinado nível do capilar. 5 - Prendemos o microtubo ao termômetro com uma borracha. O fundo do microtubo foi colocado no mesmo nível do bulbo do termômetro. 6 - Prendemos o termômetro em uma segunda garra com o auxílio de um barbante. 7 - Colocamos o termômetro com o microtubo preso dentro do tubo de Thiele com óleo. Tomando cuidado para não deixo a borracha imersa no óleo, para que ela não derreta com o aquecimento do óleo. 8 - Aquecemos o óleo do tubo de Thiele com o auxílio do bico de Busen até observar a saída da primeira bolha e depois da saída de uma faixa de bolhas rápida e continua. 9 - Anotamos os dois pontos criando assim uma faixa de ponto de ebulição. Onde o ponto em que a faixa de bolhas começa a ser continua será o nosso ponto de ebulição. 10 - Repetimos o experimento quatro vezes para maior precisão. Obs: Em nosso experimento utilizamos a opção "a" da figura 1. Resultados e Discussões Realizamos o experimento descrito acima a fim de descobrir a substância presente na amostra 3. O experimento foi realizado 4 vezes, sendo obtidos os seguintes resultados: Temperatura 1* (ºC) Temperatura 2** (ºC) Teste 1 81 83 Teste 2 80 82 Teste 3 80,5 81,5 Teste 4 80,7 81,3 *Temperatura quando a primeira bolha foi avistada. ** Temperatura quando a faixa continua e rápida de bolhas foi avistada. A partir dos dados obtidos pela observação do ponto de ebulição da amostra 3, analisamos as faixas de temperatura obtidas no teste 3 e no teste 4. Pois ambos possuem uma variação menor ou igual a 1ºC entre a temperatura 1 e a temperatura 2, sendo que o teste 4 está inserido na faixa de temperatura do teste 3, e está pequena variação nos fornece uma maior precisão e segurança na identificação da substância presente na amostra 3. Com o auxilio de uma lista de possíveis substâncias, fornecida em laboratório, concluímos que a possível substância presente na amostra 3 é o metil-vinil-cetona, também conhecido como butenona, meltileno cetona ou MVK. Possui ponto de ebulição tabelado em 81.4ºC e fórmula molecular C4H6O. FIGURA 2: Metil-vinil-cetona Conclusões Concluímos a partir dos resultados dos experimentos, que para a obtenção do ponto de ebulição da amostra, o fornecimento de calor deve ser lento e controlado, a fim de obter-se a medida mais precisa possível. Pois se o aquecimento for muito rápido o líquido todo evapora e devido a isso, não seria possível observar o ponto de ebulição. Se o aquecimento for muito devagar o líquido entrará todo no capilar e, assim como no caso anterior, não conseguiremos observar o ponto de ebulição. Após todo o experimento e a análise dos dados obtidos concluímos que a substância contida na amostra 3 é, provavelmente, o metil-vinil-cetona. Dizemos provavelmente uma vez que sempre existe a possibilidade de erro humano e de má calibração dos materiais utilizados. Referência FIGURA 1: (19/04/2015). Scientific Eletronic Library Online. http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-40422014000500023&script=sci_arttext FIGURA 2: (20/04/2015). Wikipedia. http://pt.wikipedia.org/wiki/Metil_vinil_cetona PAVIA, D.L; LAMPMAN, G.M; KRIZ, G.S; ENGEL, R.G. Química orgânica experimental: Técnicas de escala pequena. Segunda edição. Bookman. p. 614
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