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* * * * SALÁRIO – ASPECTOS GERAIS Aula 30 * * * * Conceito de salário “ Salário é o conjunto de percepções econômicas devidas pelo empregador ao empregado não só contraprestação do trabalho, mas, também, pelos períodos em que estiver à disposição daquele aguardando ordens, pelos descansos remunerados, pelas interrupções do contrato de trabalho ou por força de lei.” (Amauri) * * * * Remuneração x salário Os artigos 457 a 467 da CLT fixam delineamentos dos componentes dos salário, regras de proteção e para o seu pagamento. A legislação ora utiliza o termo remuneração ora utiliza o termo salário, mas não podemos afirmar que ambos são sinônimos. * * * * continuação O salário são valores recebidos diretamente pelo empregado do empregador em razão do contrato de trabalho. A remuneração são todos os valores recebidos pelo empregado em razão do contrato de trabalho. Ex. Gorjetas, constituem remuneração. * * * * continuação A remuneração consiste no somatório de valores auferidos pelo empregado em razão do contrato de trabalho. Ex. Salário base + horas extras + adicional de insalubridade + gratificações. O salário é um componente da remuneração. * * * * Diferenças entre salário e outras figuras Salário ≠ indenização Indenização – verbas quitadas ao empregado para ressarcir despesas ou situações específicas. Ex. Diárias e ajudas de custos (art. 457 § 2 º da CLT). Diárias – valores destinados à cobertura de gastos feitos pelo empregado em razão da atividade por ele exercida. * * * * continuação As diárias correspondem ao ressarcimento de despesas habituais. As ajudas de custos – correspondem ao ressarcimento de despesas eventuais feitas pelo empregado em razão do contrato de trabalho. Ex. Viagem de negócios. * * * * continuação Tanto as diárias quanto as ajudas de custo que não superem 50% do salário do empregado não possuem natureza salarial e são consideradas indenizações. EXCETO QUANDO HOUVER FRAUDE (art. 9º da CLT). * * * * continuação Quando afirmamos que uma verba possui natureza indenizatória queremos dizer que não serão feitos recolhimentos de encargos sociais (inss, imposto de renda e FGTS).Ex. Dano moral. Quando uma verba recebida pelo empregado tem natureza salarial haverá tais recolhimentos. Ex. Horas extras. * * * * Salário ≠ Benefícios Previdenciários Os benefícios previdenciários são regulamentados pela Lei 8213/91 em seu artigo 18. São benefícios previdenciários:aposentadorias por invalidez, por idade, por tempo de contribuição, especial, auxilio-doença, salário-família, salário-maternidade e auxilio-acidente. * * * * continuação Os benefícios previdenciários são pagos pelo INSS. Os salários são pagos pelo empregador. Salário-família e Salário-maternidade embora contenham o termo salário em suas denominações, são verbas previdenciárias. * * * * Salário ≠ Complementação previdenciária. Complementação previdenciária corresponde ao valor pago pelo empregador diretamente ao empregado para cobrir a diferença entre o benefício previdenciário e o salário efetivamente recebido. Ex. O empregado recebe auxilio doença de R$ 540,00 e seu salário corresponde a R$ 1500,00 o empregador paga R$ 960,00 de complementação previdenciária. (não possuem natureza salarial e são previstas em normas coletivas). * * * * Salário ≠ recolhimentos parafiscais Recolhimentos parafiscais são valores quitados pelo empregador ao Poder Público. Ex. Salário educação (Lei 9766/98) Possuem natureza tributária e não constituem salário (art. 3º Lei 9766/98). * * * * Salário ≠ direitos intelectuais. Direitos intelectuais – duas ordens 1º) Direitos do autor; 2º) Direitos de propriedade industrial; Toda a questão sobre direitos intelectuais do trabalhador gira em torno do contrato de trabalho entre ele e o empregador. * * * * continuação Se o empregado foi contratado para criar obra intelectual (ex.um livro) então o direito autoral será da empresa que o contratou. Se a obra criada não está ligada à atividade exercida na empresa, o direito autoral será do empregado. Quanto a extensão do direito autoral a base legal consta da Lei 9610/98 e a interpretação dos direitos autorais será restritiva (art.4 da referida Lei). * * * * continuação Quanto a propriedade industrial (Lei 9279/96) a regra é a mesma, ou seja, se o empregado foi contratado para criar determinada obra, a invenção será do empregador. Se a obra criada não está vinculada ao contrato de trabalho, o direito de propriedade é do empregado. Por fim, se desvinculada do empregado mas utilizando material do empregador a obra será de ambos. * * * * Participação nos lucros Com o advento do artigo 7º, XI da Constituição Federal a participação nos lucros deixou de possuir natureza salarial. Atualmente a matéria é regulada pela Lei 10.101/2000. Consiste em se estipular um valor a ser quitado ao trabalhador como instrumento de integração entre o capital e o trabalho e como incentivo à produtividade (art. 1º da referida Lei). * * * * continuação A Lei 10.101/2000 criou a possibilidade da participação nos lucros ou resultados. Ela será realizada pela a empresa e seus empregados com representação de um membro do sindicato de empregados da categoria ou por meio de acordo ou convenção coletiva. * * * * continuação Para parte da doutrina a participação nos lucros ou resultados é obrigação e para outra parte da doutrina ela é facultativa. A periodicidade do pagamento deve ser semestral (se houver pagamento abaixo dessa periodicidade haverá a transformação da verba em salarial). * * * * * * * * *
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