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DIREITO DO TRABALHO I - AULA 30

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SALÁRIO – ASPECTOS GERAIS
Aula 30
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Conceito de salário 
“ Salário é o conjunto de percepções econômicas devidas pelo empregador ao empregado não só contraprestação do trabalho, mas, também, pelos períodos em que estiver à disposição daquele aguardando ordens, pelos descansos remunerados, pelas interrupções do contrato de trabalho ou por força de lei.” (Amauri) 
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Remuneração x salário
Os artigos 457 a 467 da CLT fixam delineamentos dos componentes dos salário, regras de proteção e para o seu pagamento.
A legislação ora utiliza o termo remuneração ora utiliza o termo salário, mas não podemos afirmar que ambos são sinônimos.
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continuação
O salário são valores recebidos diretamente pelo empregado do empregador em razão do contrato de trabalho.
A remuneração são todos os valores recebidos pelo empregado em razão do contrato de trabalho. Ex. Gorjetas, constituem remuneração.
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continuação
A remuneração consiste no somatório de valores auferidos pelo empregado em razão do contrato de trabalho. Ex. Salário base + horas extras + adicional de insalubridade + gratificações.
O salário é um componente da remuneração.
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Diferenças entre salário e outras figuras
Salário ≠ indenização
Indenização – verbas quitadas ao empregado para ressarcir despesas ou situações específicas.
Ex. Diárias e ajudas de custos (art. 457 § 2 º da CLT). 
Diárias – valores destinados à cobertura de gastos feitos pelo empregado em razão da atividade por ele exercida.
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continuação
As diárias correspondem ao ressarcimento de despesas habituais.
As ajudas de custos – correspondem ao ressarcimento de despesas eventuais feitas pelo empregado em razão do contrato de trabalho. Ex. Viagem de negócios.
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continuação
Tanto as diárias quanto as ajudas de custo que não superem 50% do salário do empregado não possuem natureza salarial e são consideradas indenizações.
EXCETO QUANDO HOUVER FRAUDE (art. 9º da CLT).
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continuação
Quando afirmamos que uma verba possui natureza indenizatória queremos dizer que não serão feitos recolhimentos de encargos sociais (inss, imposto de renda e FGTS).Ex. Dano moral.
Quando uma verba recebida pelo empregado tem natureza salarial haverá tais recolhimentos. Ex. Horas extras.
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Salário ≠ Benefícios Previdenciários 
Os benefícios previdenciários são regulamentados pela Lei 8213/91 em seu artigo 18.
São benefícios previdenciários:aposentadorias por invalidez, por idade, por tempo de contribuição, especial, auxilio-doença, salário-família, salário-maternidade e auxilio-acidente.
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continuação
Os benefícios previdenciários são pagos pelo INSS.
Os salários são pagos pelo empregador.
Salário-família e Salário-maternidade embora contenham o termo salário em suas denominações, são verbas previdenciárias. 
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Salário ≠ Complementação previdenciária.
Complementação previdenciária corresponde ao valor pago pelo empregador diretamente ao empregado para cobrir a diferença entre o benefício previdenciário e o salário efetivamente recebido. Ex. O empregado recebe auxilio doença de R$ 540,00 e seu salário corresponde a R$ 1500,00 o empregador paga R$ 960,00 de complementação previdenciária. (não possuem natureza salarial e são previstas em normas coletivas).
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Salário ≠ recolhimentos parafiscais
Recolhimentos parafiscais são valores quitados pelo empregador ao Poder Público. Ex. Salário educação (Lei 9766/98)
Possuem natureza tributária e não constituem salário (art. 3º Lei 9766/98).
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Salário ≠ direitos intelectuais.
Direitos intelectuais – duas ordens
1º) Direitos do autor;
2º) Direitos de propriedade industrial;
Toda a questão sobre direitos intelectuais do trabalhador gira em torno do contrato de trabalho entre ele e o empregador.
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continuação
Se o empregado foi contratado para criar obra intelectual (ex.um livro) então o direito autoral será da empresa que o contratou.
Se a obra criada não está ligada à atividade exercida na empresa, o direito autoral será do empregado.
Quanto a extensão do direito autoral a base legal consta da Lei 9610/98 e a interpretação dos direitos autorais será restritiva (art.4 da referida Lei).
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continuação
Quanto a propriedade industrial (Lei 9279/96) a regra é a mesma, ou seja, se o empregado foi contratado para criar determinada obra, a invenção será do empregador.
Se a obra criada não está vinculada ao contrato de trabalho, o direito de propriedade é do empregado.
Por fim, se desvinculada do empregado mas utilizando material do empregador a obra será de ambos.
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Participação nos lucros 
Com o advento do artigo 7º, XI da Constituição Federal a participação nos lucros deixou de possuir natureza salarial.
Atualmente a matéria é regulada pela Lei 10.101/2000.
Consiste em se estipular um valor a ser quitado ao trabalhador como instrumento de integração entre o capital e o trabalho e como incentivo à produtividade (art. 1º da referida Lei).
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continuação
A Lei 10.101/2000 criou a possibilidade da participação nos lucros ou resultados.
Ela será realizada pela a empresa e seus empregados com representação de um membro do sindicato de empregados da categoria ou por meio de acordo ou convenção coletiva. 
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continuação
Para parte da doutrina a participação nos lucros ou resultados é obrigação e para outra parte da doutrina ela é facultativa.
A periodicidade do pagamento deve ser semestral (se houver pagamento abaixo dessa periodicidade haverá a transformação da verba em salarial).
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