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DIREITO DO TRABALHO I - AULA 35

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Anselmo Domingos da Paz Junior
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Férias –conceito e requisitos legais 
Aula 35
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Conceito e Base legal
Consiste no lapso temporal concedido ao trabalhador para descanso a ser concedido após a prestação de serviços por 12 meses ao mesmo empregador. 
BASE LEGAL – ARTIGO 7º, inciso XVII da CF + artigos 129 a 149 da CLT´+ Convenção 132 da OIT (promulgada pelo Dec. 3197/99)
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Requisitos para concessão das férias
Para concessão das férias será necessário:
1º) Prestação de serviços ao mesmo empregador por um lapso temporal mínimo de 12 meses denominado PERÍODO AQUISITIVO.(art. 130 CLT).
2º) O empregado que faltar injustificadamente terá uma redução no número de dias de férias (art. 130, incisos I a IV da CLT). 
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Continuação
Mais de 33 dias de faltas injustificadas haverá a perda do direito ao gozo das férias e os que estão contratados em regime de tempo parcial que possuírem mais de 7 faltas terão o tempo de férias reduzidos pela metade.
Para empregados em regime de trabalho em tempo parcial a regra das férias é aquela contida no artigo 130 – A da CLT 
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Das faltas justificadas
Em razão das férias constituírem exemplo de interrupção do contrato de trabalho devemos observar que FALTAS JUSTIFICADAS não impedem o direito ao gozo das férias. 
A lei estipula que são hipóteses justificadas de faltas aquelas dispostas no artigo 131 da CLT. 
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continuação
Empregado que retorna do serviço militar terá o tempo anterior contado para fins de período aquisitivo de férias desde que retorne ao serviço em 90 dias da baixa do serviço militar (art. 132 da CLT).
 
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Da Perda do Direito de Férias 
O artigo 133 da CLT determina as hipóteses de perda do direito ao gozo das férias anuais. 
Resumidamente são as seguintes hipóteses:
A) Faltas injustificadas por mais de 32 dias (advém do art. 130 da CLT);
B) Sair do emprego e não for readmitido nos próximos 60 dias.
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continuação 
C) Permanecer em licença remunerada do emprego por mais de 30 dias;
D) Deixar de trabalhar recebendo os salários por mais de 30 dias em razão de paralisação parcial ou total dos serviços da empresa. (a empresa deve comunicar o fato para o Ministério do Trabalho em 15 dias). 
E) Receber da Previdência Social benefício acidentário ou auxilio-doença por mais de 06 (seis) meses mesmo que de forma descontinuada. 
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continuação
Nas hipóteses do artigo 133 da CLT ao retornar ao serviço o empregado passa a ter nova contagem de prazo para adquirir o direito às férias (ou seja, terá que cumprir novo período aquisitivo de 12 meses). 
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Período Concessivo das férias.
Entende-se por período concessivo das férias o lapso temporal de 12 meses subseqüentes ao período aquisitivo onde o empregador deverá conceder ao empregado o descanso previsto em lei. 
Ou seja, após completar 12 meses de serviço o empregador deverá conceder as férias nos 12 meses subseqüentes sob pena de pagamento dobrado ao trabalhador. 
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continuação
Base legal do período concessivo – artigo 134 da CLT. 
O fracionamento das férias constitui exceção, ou seja, as férias devem ser concedida de uma única vez ao trabalhador na forma da lei. 
O art. 134 § 1º da CLT somente admite o fracionamento em dois períodos e nenhum deles pode ser menor que 10 dias.
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continuação
Por força do artigo 134 § 2º da CLT não se admite fracionamento de férias dos empregados menores de 18 anos e maiores de 50 anos. 
Nestes casos as férias serão concedidas em período único sem fracionamentos. 
Se houver fracionamento o empregado pode pedir o direito de novo gozo de férias ou pagamento dobrado (caso tenha sido dispensado posteriormente). 
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Época de concessão das férias
O artigo 136 da CLT determina que a concessão das férias será aquela que atenda aos interesses do EMPREGADOR. (porque é ele quem assume o risco do negócio e dos meios de produção da empresa). 
Exceções – art. 136 §§ 1ºe 2º da CLT. (membros da mesma família que trabalham na mesma empresa e menores de 18 anos em idade escolar.).
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Efeitos da não concessão das férias na época própria
Se o empregador não conceder as férias no prazo legal terá que pagar EM DOBRO o valor das férias.
Tal determinação consta do artigo 137 da CLT.
Neste caso o empregado pode requerer que o Juiz fixe o período de férias com multa diária de 5% do salário até o cumprimento. 
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Dos efeitos da Súmula 450 do TST
FÉRIAS. GOZO NA ÉPOCA PRÓPRIA. PAGAMENTO FORA DO PRAZO. DOBRA DEVIDA. ARTS. 137 E 145 DA CLT.  (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 386 da SBDI-1) – Res. 194/2014, DEJT divulgado em 21, 22 e 23.05.2014  É devido o pagamento em dobro da remuneração de férias, incluído o terço constitucional, com base no art. 137 da CLT, quando, ainda que gozadas na época própria, o empregador tenha descumprido o prazo previsto no art. 145 do mesmo diploma legal.
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Restrição de direito ao trabalhador
O art. 138 da CLT determina que o empregado durante o gozo das férias não pode trabalhar para outro empregador SALVO SE HOUVER CONTRATO DISTINTO DE TRABALHO. 
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continuação
Ex. Empregado que trabalha para as Casas Bahia não pode prestar serviços para a Renner (a menos que possua contratos distintos com ambas as empresas, o que não ocorre corriqueiramente). 
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Férias Coletivas 
Base legal – artigos 139 a 141 da CLT
Conceito – Consiste nas férias a serem concedidas e gozadas coletivamente a todos os trabalhadores da empresa, ou a determinados estabelecimentos ou mesmo em setores da empresa. 
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Requisitos formais
1º) O empregador precisa comunicar ao Ministério do Trabalho (através da Superintendência Regional do Trabalho) com antecedência de 15 dias, informando as datas de início e fim das férias, quais os estabelecimentos ou setores que serão abrangidos pelas férias coletivas.
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continuação
2º) No mesmo prazo de 15 dias caberá ao empregador comunicar o Sindicato de Empregados da Categoria a que pertence e afixar avisos nos locais de trabalho.
3º) O empregador deve anotar as férias coletivas em CTPS do empregado (empresas com mais de 300 empregados). 
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continuação
As férias coletivas poderão ser fracionadas em DOIS PERÍODOS, mas nenhum deles poderá ser menor que 10 dias (art. 139, parágrafo 1º da CLT).
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Da remuneração e do abono de férias
Base legal, artigos 142 a 145 da CLT. 
As férias seguem o princípio da remunerabilidade, ou seja, o empregado irá receber como férias o maior valor atualizado de seus vencimentos. Ex. Se o empregado recebeu R$ 1.500,00 no Mês de Dezembro e em fevereiro recebeu aumento de salário para R$ 2.000,00 se sair de férias em Março receberá sobre este valor. 
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continuação
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As regras sobre o valor da remuneração a ser paga ao trabalhador a título de férias consta do artigo 142 da C.L.T.
Regra geral – aplica-se o valor da remuneração do período de concessão das férias. 
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continuação
Aos comissionistas paga-se pela média dos últimos 12 meses (salvo se houver regra específica mais benéfica em norma coletiva). 
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O ABONO DE FÉRIAS
O abono de férias consiste na conversão de 1/3 das férias em dinheiro.
Base legal – artigo 143 da CLT.
No direito do trabalho NÃO SE ADMITE VENDA DAS FÉRIAS, o que se admite é a conversão de 1/3 das férias em abono. 
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continuação
O empregado para obter o benefício deve requisitá-lo até 15 dias antes do término do período aquisitivo (art.143,parágrafo 1º da CLT).
Dessa forma ele gozará 20 dias de férias e 10 dias serão convertidos em dinheiro. 
Nas férias coletivas haverá negociação com o sindicato.
Não há abono para os empregados em regime de tempo parcial. 
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ABONO DE FÉRIAS ≠ ACRÉSCIMO DE 1/3 CONSTITUCIONAL 
O Abono de férias não se confunde com o 1/3 constitucional. 
O abono de férias existia antes do acréscimo de 1/3 previsto no artigo 7º , inciso XVII da CF/88.
O abono é facultativo ao empregado o acréscimo de 1/3 é obrigatório e irrenunciável. 
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continuação
O abono de férias requerido pelo empregado no prazo legal deve ser concedido pelo empregador independentemente do pagamento de 1/3 de acréscimo de férias a que tem direito reconhecido constitucionalmente. 
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Dos efeitos do término do contrato de trabalho 
O término do contrato de trabalho tem o seguinte impacto sobre o direito de férias:
Se o empregado possui mais de um ano de empresa e ainda não gozou as férias ----- elas serão remuneradas integralmente com + 1/3 previsto em constituição.
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continuação
Se o empregado possui menos de um ano de trabalho na empresa ele receberá as férias proporcionais + 1/3 EXCETO SE PRATICOU UMA DAS HIPÓTESES PARA DISPENSA POR JUSTA CAUSA (ART. 482 DA CLT), pois neste caso não receberá férias proporcionais. 
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Cálculo das férias proporcionais. 
Na forma prevista no artigo 146, parágrafo único o empregado terá direito à porporcionalidade de 1/12 por mês de serviço ou fração ≥ a 14 dias trabalhados. 
Ex. Empregado trabalhou de 01.11.2012 a 13.01.2013 – ele terá 2/12 avos de férias proporcionais (os dias de janeiro após 01.01 não contam por ser fração menor que 14 dias.)
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continuação
Devemos observar que no cálculo das férias proporcionais quando a modalidade de dispensa por sem justa causa haverá a projeção de 1/12 do tempo de aviso para fins de cálculo. Ex. Se no exemplo anterior o empregado foi dispensado em 13.01.2013 sem justa causa, haverá a projeção do aviso até 13.02.2013.
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A prescrição das férias
Prescrição consiste na perda do direito de acionar alguém para exigir certo direito.
No caso a prescrição para fins de exigência das férias consta do artigo 149 da CLT e começa a contar do fim do período concessivo das férias. 
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continuação
A regra específica de prescrição de férias do artigo 149 da CLT deve ser interpretada de maneira conjunta com a regra do artigo 7º, XXIX da CF acerca da prescrição geral de créditos trabalhista que ocorre aos dois anos do término do contrato para postular os últimos cinco anos. 
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conclusão
Ex. Se o período concessivo das férias terminou em 01.12.2012 e o empregado foi dispensado em 01.01.2013 ele terá até 01.01.2015 para postular os últimos cinco anos de trabalho. 
Se ele se mantiver trabalhando ele tem até 01.12.2017 para postular o direito às férias. 
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