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Atenção: este Prog mesmo. O descritos PE O material grama de Ed Os créditos nas Referên C ERÍC deste módu ducação Con do conteúd ncias Bibliogr Curs CIAS MÓD lo está dispo ntinuada. É do aqui con ráficas. so de CRIM DULO onível apena proibida qua tido são da e MINA O II as como parâ alquer forma ados aos se AIS âmetro de e a de comerci eus respectiv studos para ialização do vos autores 68 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores MÓDULO II TIPOS DE IDENTIFICAÇÃO A primeira divisão da identificação humana é a de ordem jurídica, dividindo-a em civil e criminal. A identificação civil é aquela que caracteriza um cidadão e ocorre a partir do momento do registro de seu nascimento no cartório, onde é expedida a certidão de nascimento, posteriormente ocorre à obtenção do registro civil (R.G.) e as identidades funcionais de profissionais liberais, expedidas pelos respectivos conselhos de classe, como por exemplo, a carteira do cirurgião-dentista, do médico, do advogado, etc. Já a identificação criminal é utilizada para identificar pessoas vivas ou mortas, quando não há possibilidade de identificá-las pela identificação civil, como, por exemplo, pelo R.G (Espíndula, 2007). A identificação é o processo pelo qual se determina a identidade de uma pessoa (Silva, 1997) ou um conjunto de procedimentos diversos para individualizar uma pessoa ou objeto (Vanrell, 2003). Já a identidade é o conjunto de caracteres físicos, funcionais ou psíquicos, que individualizam determinada pessoa (Simas Alves, 1965, e Vanrell 2003) ainda acrescenta que “além da identificação física, inclui todos os elementos que possam individualizar uma pessoa, como: estado civil, filiação, idade, nacionalidade, condição social, profissão, etc.” Leitão e Silva (2003) acrescentam que “a finalidade da identificação é permitir, de modo rigoroso e exato, a fixação da personalidade jurídica do indivíduo para todos os atos de sua vida pública ou privada”, abrangendo de forma completa a definição da identificação. Este materia e im (200 class em o resis assim n al deve ser utiliza Um mé mutabilidad 01) e Vanr sificabilida 9 U outro indiv 9 IM 9 P stindo por t 9 P 9 C m como a Certidão de nascimen o ado apenas como étodo de id e segundo rell (2003) de: UNICIDADE íduo; MUTABILI PERENIDA toda a vida PRATICAB CLASSIFIC facilidade Cí t Reg Ge (R parâmetro de es dentificaçã o Simas A acrescent E: o conju DADE: As ADE: Os c a e até apó BILIDADE: CABILIDAD de compa Id ível gistro eral R.G) 69 tudo deste Progr ão é aceito Alves (196 tam além nto de car caracterís caracteres ós a morte Procedime DE: import ração pos dentific Carteri profissio l ou funcion rama. Os créditos ao preenc 65) e atua desses, a racteres pe sticas não devem se ; ento pratic tante para t-mortem. ação a ona al Cr s deste conteúdo s cher os req almente, S perenidad essoais nã mudam co e manter a ável no dia a o arquiv Crim riminoso são dados aos seu quisitos de Silva (1997 de, pratica ão pode se om o tempo ao longo d a-a-dia per amento d minal Vítim us respectivos au unicidade 7), França abilidade e er repetido o; do tempo, ricial; os dados, ma utores e a e o 70 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Segundo Simas Alves (1965) a identificação é dividida em: 1. Identificação Judiciária ou Policial: são métodos utilizados para reconhecimentos técnicos, caracterizando o indivíduo. E segundo Leitão e Silva, são divididos em: a. Identificação civil: estipula a personalidade jurídica da pessoa; b. Identificação criminal: visa colher informações sobre antecedentes ou ações criminais; 2. Identificação Médico-legal: exige conhecimentos médico-legais para chegar à identidade. Os conhecimentos em odontologia legal também fazem parte dessa divisão. Segundo Espíndula (2007), a identificação criminal pode ser dividida em dois grupos principais: → Identificação conclusiva: modalidade que sozinha identifica alguma pessoa. → Identificação não-conclusiva ou excludente de hipóteses: não são conclusivas, mas auxiliam na identificação de uma pessoa. Obviamente, não se pode esquecer que mesmo com essa divisão de modalidades de perícias na identificação humana, são poucas as vezes que se utiliza somente um método de identificação e pode acontecer também de uma técnica classificada como conclusiva não permitir dados suficientes para a identificação. Isso pode ocorrer na identificação de uma impressão digital, onde a mesma não se encontra inteira e sim parcial. Este materia do c o reg da le no r mort Id al deve ser utiliza Breve A Lei o crime e da gistro mais ei de talião eino da B te era larg dentific Im Imp Imp Ar Des Imp Ex ado apenas como Histórico ou Pena d pena — a s antigo de o foram en abilônia Q gamente ap cação c mpressão d pressão pa pressão pl rcada dent senho do p pressões la Íris do olh xame de D parâmetro de es o da identi (C de Talião, d apropriada e um métod ncontrados Quanto às plicada, se onclusi igital almar antar tária palato abiais ho DNA 71 tudo deste Progr ficação cr ódigo de Ha descrita ac mente cha do de puni s no Código leis crimin eja na fogu iva rama. Os créditos riminal “O murabi, 1730 cima, cons amada reta ção de crim o de Hamu ais, vigora ueira, na f Id nã Tipagem s Ma Id im s deste conteúdo s Olho por ol 0 A.C. apud siste na rig aliação, se minosos. O urabi (Figu ava a "lex forca, seja dentific ão conc sanguínea arcas de ta dentificação Tamanho d mpressão a Outra são dados aos seu lho, dente Cultura Bras gorosa rec endo prova Os primeiro ura1), em talionis": a a por afoga cação clusiva ABO e fat atuagem o visual do pé auricular s us respectivos au por dente” sileira, 2008) iprocidade avelmente, os indícios 1730 a.C., a pena de amento ou or Rh utores ” ) e s e u 72 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores empalação. A mutilação era infligida de acordo com a natureza da ofensa. Com isso, muitas das marcas realizadas em crimonosos, consequentes dessa punição, eram passíveis de serem identificadas visualmente. A noção de "uma vida por uma vida" atingia aos filhos dos causadores de danos aos filhos dos ofendidos. As penalidades infligidas sob o Código de Hamurabi ficavam entre os brutais excessos das punições corporais das leis mesopotâmicas assírias e das mais suaves, dos hititas. A codificação propunha-se a implantação da justiça na terra,a destruição do mal, a prevenção da opressão do fraco pelo forte, a propiciar o bem-estar do povo e iluminar o mundo. Essa legislação estendeu-se pela Assíria, pela Judeia e pela Grécia (Código de Hamurabi, 1730 A.C. apud Cultura Brasileira, 2008) Com isso, um dos registros mais antigos de identificação criminal era utilizado na Velha Mesopotâmia, com processos extremamente brutais e bárbaros como mutilações, marcas, tatuagens, que não só castigavam como estigmatizavam as pessoas. Amputavam orelhas, mãos, braços para criminosos adversos e arrancavam a língua do blasfemador e do caluniador (Simas Alves, 1965). Outros tipos de métodos brutais eram realizados por barras e instrumentos de ferros aquecidos em brasa para marcar corpos de criminosos, para facilitar a identificação dos mesmos (Leitão e Silva, 2003). 73 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Figura 1: Fotografia do Código Hamurabi que está escrito em 46 colunas de 2,5 metros de altura. Com o passar dos séculos e os adventos tecnológicos, outros tipos de processos para a identificação judicial foram utilizadas. O assinalamento sucinto de estatura, sexo, cor de pele, idade, cor dos olhos, cabelos e outras características é utilizado até hoje, principalmente em documentos de identificação (Leitão e Silva, 2003) e quando se procuram pessoas desaparecidas (Figura 2) ou suspeitas de crimes (Figura 3). 74 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Figura 2: Consulta de dados cadastrais vinculados ao Cadastro Nacional de Pessoas Desaparecidas. 75 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Figura 3: Descrição do crime, retrato falado e descrições físicas de suspeito procurado atualmente pelo FBI. 76 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores As fotografias são realizadas até hoje para a identificação individual em documentos e são primordiais no reconhecimento de pessoas, no entanto, existe a dificuldade de classificação em razão as alterações de traços fisionômicos e presença de sósias e operações plásticas. O retrato falado também é utilizado para identificação de criminosos, sendo mais próximos da realidade quando ditados e revelados por pessoas detalhistas e que guardam facilmente uma fisionomia (França, 2001; Leitão e Silva, 2003). O Sistema Antropométrico de Bertillon foi o 1° método científico de identificação e foi introduzido em 1882 em Paris e será mais bem estudado no capítulo de noções de antropologia. Existem diversos métodos que foram desenvolvidos para a identificação humana, no entanto, somente o método datiloscópico de Vucetich merece um estudo mais detalhado nesse curso. Atualmente, além dos métodos científicos de identificação, ocorre o reconhecimento dos familiares e amigos por meio de visualização do cadáver íntegro e/ou por pertences particulares como alianças de casamento, roupas, pertences íntimos, entre outros. As tatuagens também fazem parte do elenco de observações realizadas para o reconhecimento do corpo (Figura 4). 77 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Figura 4: Visualização parcial de tatuagem em cadáver do sexo feminino em putrefação. EXAME PERICIAL EM LOCAL DE CRIME Figura 5: Esqueletos encontrados em uma vala na Etiópia. “Local do crime é a área física onde ocorreu um fato – não esclarecido até então - que apresente características e/ou configurações de um delito.” Espíndula (2007) 78 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores As ações realizadas no local suspeito de ter ocorrido algum crime podem ser primordiais para a resolução ou não de um caso. Dessa maneira, é de suma importância que o perito tenha conhecimentos acerca da constatação e da preservação da cena do crime para posterior perícia do local. A investigação da cena do crime é o início do sucesso do uso de evidência física pelo laboratório forense e o investigador criminal. Mais do que tudo, a cena do crime deve ser apropriadamente gerenciada e investigada da melhor maneira possível. A alta qualidade de uma investigação da cena do crime é um processo simples, mas metódico. Não é rígido, mas segue um conjunto de princípios e procedimentos que asseguram que todas as “Local de crime constitui um livro extremamente frágil e delicado, cujas páginas por terem a consistência de poeira, desfazem-se, não raro, ao simples toque de mãos imprudentes, inábeis ou negligentes, perdendo-se desse modo para sempre, os dados preciosos que ocultavam à espera da argúcia dos peritos.” Rabelo (1995) Definições Crime: “Segundo o conceito formal, violação culpável da lei penal; delito” (Aurélio, 2001) Evidência: “Caráter de objeto de conhecimento que não comporta nenhuma dúvida quanto à sua verdade ou falsidade.” (Aurélio, 2001) Evidência: “é o vestígio, que após as devidas análises, tem constatado técnica e cientificamente, a sua relação com o crime” (Espíndula, 2006). Vestígio:” Sinal que homem ou animal deixa com os pés no lugar por onde passa; rastro, rasto, pegada, pista” (Aurélio, 2001) Vestígio “é todo objeto ou material bruto constatado e/ou recolhido em um local de crime para 79 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores evidências físicas sejam encontradas e investigadas para que a justiça seja alcançada. Toda a cena de crime é única e, com experiência, o investigador da cena do crime será capaz de utilizar sua lógica e técnicas sistemáticas para obter conclusões com sucesso. O único fator consistente em cenas do crime é a sua inconsistência. Devido a sua diversidade, elas são classificadas de diversas maneiras, segundo Miller (2005): (1) Segundo a localização; (a) Primária: origem da primeira atividade relacionada ao crime; (b) Secundária: outros locais relacionados ao crime. (2) Segundo o tamanho: (a) Cena do crime macroscópica: todos os elementos que são visualizados na cena do crime, sem auxílio de equipamentos específicos. Ex: o corpo, o esqueleto, o carro, o ambiente, etc.; (b) Microscópica: evidências físicas microscópicas encontradas na cena macroscópica. Por exemplo: resíduos de pólvora, traços de pelos e fibras, impressões digitais, etc. (3) Segundo o tipo de crime. Ex: homicídio, roubo, agressão sexual, etc.; (4) Segundo a condição: organizada ou desorganizada. A cena do crime normalmente é classificada utilizando um conjunto de definições citadas anteriormente. O objetivo de qualquer investigação da cena do crime é reconhecer, preservar, coletar, interpretar e reconstruir toda a evidência física relevante da cena do crime. Um laboratório forense examina o vestígio para providenciar ao investigador informações para que possa solucionar o caso. A integração da investigação da cena do crimecom o exame do vestígio encontrado na mesma forma a base da investigação científica da cena do crime. A seguir, será descrito alguns tipos de informações obtidas do exame do vestígio em investigações criminais, segundo Miller (2005): (1) Informações do corpo de delito: as evidências físicas, o padrão da evidência e os exames laboratoriais auxiliam na investigação. 80 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores (2) Informações sobre o modus operandi: criminosos utilizam de métodos personalizados e próprios para a execução dos diversos tipos de crime. (3) Ligação de pessoas, cena do crime e objetos: ligar suspeitos às vítimas é a mais importante e comum ligação estabelecida por uma evidência física em investigações criminais. Figura 6: Esquema dos procedimentos realizados para a individualização de algum vestígio. 81 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Resumidamente, a cena do crime deverá seguir alguns passos, como descreve didaticamente Siegel (2005): Figura 7: Esquema representativo dos passos que ocorrem na investigação da cena do crime, segundo Siegel (2005). A Agência Federal de Investigação dos Estados Unidos (EUA), mais conhecida como FBI (Federal Bureau of Investigation), em 2000 elaborou um guia para a investigação da cena do crime (TWGCSI – Grupo de trabalho técnico da investigação da cena do crime, 2000). Esse manual visa à padronização das práticas adotadas para a investigação da cena do crime dos policiais e peritos americanos, tornando-se referência em investigação da cena do crime. Eles elaboraram esse 82 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores manual dividindo em cinco sessões distintas: chegada à cena do crime, documentação preliminar e avaliação da cena, processando a cena, finalizando a investigação da cena do crime. 1) Chegada à cena do crime: Um dos cuidados mais importantes da perícia criminal são a manutenção das evidências físicas e a preservação da cena do crime, que deve ser realizada imediatamente após a constatação da cena do crime, e é realizado normalmente pela polícia local (Figura 8); a) Anotar o local, a localização, data, tipo de ocorrência, casas, veículos, eventos ocorridos e elementos envolvidos; b) Não permitir que pessoas, veículos ou objetos saem da cena do crime, identificando possíveis vítimas e suspeitos; c) Aproximar-se da cena cuidadosamente e verificar a possibilidade de outros crimes ao redor; d) Realizar observações iniciais (olhar, ouvir e cheirar) o ambiente e anotá-los; e) Observar a possibilidade de perigo de explosão e contaminação por materiais perigosos ou tóxicos, para chamar policiais especializados para analisar a cena do crime; f) Não permitir que pessoas, veículos ou animais se aproximam da cena do crime, evitando contaminações e perigos como explosões; g) Após controlar situações de perigo e isolar a área, a próxima atenção é chamar socorro médico para dar a atenção médica necessária aos feridos, minimizando ao máximo a contaminação da cena do crime. h) Anotar todas as etapas dos cuidados médicos, desde sua hora de chegada até os cuidados prestados; FG Cadeia de custódia é tanto o procedimento quanto a documentação de tudo que é realizado para cada vestígio encontrado na cena do crime. Podemos ter o processo de cadeia de custódia e a documentação da cadeia de custódia. (Fonte: Siegel, 2001). ED 83 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores i) Assegurar que evidências como roupas, objetos e manchas encontradas no corpo sejam preservadas pela equipe médica; j) Documentar todos os comentários e testemunhos de pessoas envolvidas ou presentes no local do crime ou ao seu redor; Figura 8: Esquema de isolamento da cena do crime. k) Um oficial da polícia deve sempre que possível acompanhar a vítima para o hospital para garantir a preservação das evidências ou mesmo documentar comentários feitos pelo paciente; l) Lacrar a cena do crime com faixas e adesivos (Figura 8); m) Controlar o fluxo de pessoas, inclusive peritos e outros policiais; n) Se possível, efetuar mensurações, e se puder fotografias com escalas, para preservar as evidências como pegadas, marcas de pneu no chão, etc., 84 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores presentes na cena do crime se houver a possibilidade de chover, ou nevar ou derreter (se for gelo); Figura 9: Isolamento da cena do crime com faixas específicas e marcadores de vestígios. o) Não permitir que qualquer pessoa fume, masque chiclete, use o telefone ou banheiro, coma ou beba qualquer coisa, mexa nos vidros e janelas, mude os móveis de lugar, etc., ou seja, não permitir que alguém mexa em qualquer objeto presente na cena do crime ou ao seu redor; p) Toda documentação e anotações feitas pelo policial devem ser entregue ao investigador de polícia para posterior estudo e análise. 2) Documentação preliminar e avaliação da cena: a) O investigador de polícia deverá documentar todas as informações recolhidas pelo policial, organizá-las e identificá-las com os dados da região do crime (delegacia, responsável, cidade, estado, etc.); 85 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores b) Continuar toda a manutenção da cena do crime descrita anteriormente, documentado todas as pessoas que estiver participando da investigação; c) Definir estratégias para a análise fotográfica (Figura 10) e recuperação dos vestígios encontrados na cena do crime. Figura 10: Bertillion desenvolveu um sistema de câmera e tripé alto para a tomada fotográfica de cenas do crime no início do século XX. 3) Processando a cena: a) O investigador deverá avaliar e posteriormente solicitar a presença de peritos criminais de acordo com a especialidade envolvida; b) O controle da contaminação deve ser extremamente rígido, evitando-se a contaminação dos profissionais, das vítimas, da cena do crime, dos objetos, etc.; 86 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores c) Utilizar equipamentos de proteção individual (EPI) como luvas (obrigatório), gorros e protetores de sapato (se necessário); d) Todo material utilizado para coleta das evidências devem estar devidamente limpos ou até esterilizado se for para coleta de material biológico e devem ser corretamente acondicionados, que será descrito no final desse módulo com maiores detalhes; e) Toda evidência deve ser corretamente documentada, com localização, identificação e condições que se encontravam, fotografada com escalas de referência e/ou filmadas antes de ser removida da cena do crime (vide próximo capítulo); f) Analisar e verificar a metodologia utilizada para a coleta da evidência. Por exemplo, cada método requer equipamentos e materiais diferenciados para asua realização, por exemplo, para se fazer análise de impressões digitais não se utiliza o mesmo equipamento para análise de marcas de mordidas, e assim por diante; g) Documentar qualquer intercorrência ou dificuldade ocorrida durante a coleta do material; h) Preservar adequadamente o material coletado com a finalidade de minimizar sua degradação: refrigerado, congelado, local seco, local úmido, etc.; i) Encaminhar para os respectivos laboratórios periciais. 4) Finalizando a investigação da cena do crime: a) Determinar quais evidências foram coletadas; b) Discutir com toda equipe envolvida sobre a cena do crime, intercorrências e evidências. A análise da cena do crime deverá ser realizada segundo padrões específicos de procura, como descreve Miller (2006) (Quadro 1), sendo que a metodologia mais recomendada varia de caso para caso, devendo o perito estudar e consequentemente escolher a forma mais adequada para a sua realização. 87 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Quadro 1: Tipos de procura em cena do crime, segundo seu padrão geométrico e suas descrições: Tipo de procura Padrão geométrico Descrição Método de ligação Baseado na teoria de ligação, mais comum e produtiva; um tipo de evidência liga a outra; experimental, lógica e sistemática; utilizadas em cenas grandes e pequenas, em cenas internas e externas. Método linear Funciona melhor em grandes cenas em ambientes externos; requer um coordenador de busca, na qual, geralmente voluntários com instruções preliminares auxiliam na sua realização. Método em grade Modificação do método linear, com duas vertentes; efetivo, mas consome muito tempo. Método em zona Utilizado melhor em cenas com definição de zonas ou áreas eletivas em casas ou construções; times são designados para áreas menores para procura; combinada com outros métodos. Método em roda ou raio Utilizada em situações especiais; limitada aplicação; melhor se utilizada em espaços pequenos e circulares. Método em espiral Pode ser de dentro para fora ou de fora para dentro. Utilizada em cenas do crime sem barreiras físicas; requer uma habilidade de traçar um padrão regular com diâmetros fixos; aplicação limitada. 88 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores TIPOS DE VESTÍGIOS NOS LOCAIS DO CRIME Uma das práticas mais comuns é coletar tudo que possibilita ser utilizado como evidência. No entanto, se todos os objetos da cena são coletados e submetidos a um laboratório forense para análise, além de sobrecarregar as instituições que as realiza, a maioria dos objetos não trará valor probatório. Essa é uma prática que não é somente uma perda de tempo e de recursos, mas sim causa problemas legais e de investigação. Agora, se uma evidência crítica para a investigação é omitida ou negligenciada ou preservada inapropriadamente, mesmo com o uso de recursos extremamente modernos, não haverá possibilidade de salvar a investigação. Assim, um sistema deve ser desenvolvido para que o vestígio relevante seja reconhecido e localizado, enquanto o material supérfluo é excluído (Lee et al, 2001). O objetivo da procura na cena do crime é localizar todos os vestígios potencialmente relevantes e significativos que podem ser utilizados para ligar ou exonerar um suspeito ou testemunha de um crime. A experiência e o treinamento irão auxiliar um investigador ou preito criminal em determinar as evidências mais encontradas, mas a experiência também revelará que não há dois casos iguais. Um conceito conhecido como a teoria da ligação de quatro caminhos explica as inter- relações entre uma cena do crime, uma vítima, um suspeito e a evidência física (Figura 11). Entendendo-se essa conexão, irá proporcionar orientação para determinar onde as evidências podem estar localizadas. Na teoria, se existirem associações entre dois ou mais desses componentes, como cena, vítima, suspeito e evidência física, o caso poderá ser resolvido. Quanto mais associações, maior é a probabilidade de sucesso na resolução do caso. (Lee et al, 2001). Este materia crime visua arga frequ nece enco forne al deve ser utiliza Figura 1 e, segundo L Tipos d 1. Im a. I alizadas se b. I c. I amassa, em d. I uentam n essariamen e. I ontradas n ecer dados ado apenas como 11: Associaç Lee et al (200 de evidênc mpressões mpressões em auxílio mpressões mpressões m plásticos mpressões normalmen nte estão e mpressões a pele, na s do suspe parâmetro de es ções entre a v 01). cias físicas s digitais e s latentes de um pro s visíveis: v s em plá s amolecid s de elimi nte o loc envolvidos s na pe íris da víti eito. 89 tudo deste Progr vítima, o sus s, segundo outras; s: aquelas oduto color visualizada ásticos ou os, etc.; nação: aq cal antes ; ele human ima. Apesa rama. Os créditos speito e as ev o Lee et al s que nã rante ou lu a sem técn em três quelas pert s do crim na: impre ar de ser c s deste conteúdo s vidências em (2001): ão são po z específic nicas espe s dimensõ tencentes me acont essões d coletada co são dados aos seu m uma cena ossíveis d ca; cíficas; ões: Exem aos indiv tecer e igitais po om dificuld us respectivos au de um de serem mplos: em íduos que que não odem ser dade, pode utores m m e o r e 90 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 2. Evidências impressas: a. Impressões: em papel, em livros, na parede, etc.; b. Entalhes em relevo em papéis: ocorre quando uma pessoa escreve em uma folha que está em cima de outras, marcando-as em relevo. c. Padrões conhecidos para comparação: exclusão ou inclusão de escritas, documentos, livros impressos para comparar com outros impressos encontrados na cena do crime. 3. Evidências de fibras e cabelos/pelos: a. Evidências de cabelos e pelos: fios de cabelos ou pelos, tanto da vítima como do suspeito, podem ser encontrados na cena do crime. Pelos de animais de estimação, como cães e gatos, também são utilizados para comparação, pois o criminoso, ao possuir esses animais, pode deixar na cena do crime material suficiente para uma análise comparativa do perfil genético do animal; b. Evidências de fibras: as fibras encontradas podem estar associadas aos tecidos das roupas que os criminosos utilizavam no momento do crime ou mesmo associados ao local ou ambiente que vive. 4. Outras evidências: a. Evidências de vidros; b. Evidências de pinturas; c. Evidências de solo. 5. Armas de fogo e ferramentas: utilizadas ou não em agressões corporais ou ao patrimônio: a. Evidência de arma de fogo; b. Ferramentas; c. Resíduo de disparo por arma de fogo: encontrado na mão do autor do disparo; 91 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 6. Evidência biológica - sangue, fluidoscorporais e tecidos: pode permitir a análise do perfil genético do suspeito, da vítima e de outras pessoas que frequentaram o local; a. Sangue: além do perfil genético, pode-se estudar o padrão de manchas de sangue encontradas na cena de um crime para, por exemplo, levantar as possibilidades de direcionamento de disparos por arma de fogo; b. Líquido seminal: presente ou não em casos de estupros ou atentado violento ao pudor; c. Saliva, urina, suor: a saliva pode ser encontrada em casos de marca de mordida e outros tipos de agressões que o criminoso utiliza a boca e os lábios como instrumentos. Possui, por mililitros, maior quantidade de células passíveis de serem utilizadas para análise do perfil genético do que a urina e o suor; d. Dentes: em alguns casos de agressão, os dentes podem avulsionar ou quebrar ou serem extraídos da boca da vítima ou do suspeito. Os dentes podem fornecer dados como tipos de restaurações ou mesmo o DNA, em alguns casos. 7. Fluidos inflamáveis ou combustíveis: a. Amostras líquidas inflamáveis: que podem ter sido utilizadas para o início do incêndio, ou mesmo, pela sua presença no local do crime, causado incêndios no local espontaneamente; b. Amostras combustíveis: que podem ter sido utilizadas para o início do incêndio pelas suas propriedades de alimentar o fogo previamente colocado. 8. Material explosivo: encontrado na cena do crime por coincidência ou utilizado para causar danos. 9. Documentos questionados 10. Drogas: Substâncias controladas pelo governo: podem ser classificadas como sintéticas ou naturais: 92 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores a. Drogas sintéticas: fabricadas com componentes sintéticos, artificiais, produzidos em laboratório. b. Drogas naturais: encontradas na natureza em plantas, animais e em alguns minerais. 11. Evidência de marca de mordida: fornece dados para a análise dos dentes do agressor, mediante a realização de exames comparativos dos dentes e das arcadas com o suspeito. 12. Evidência entomológica a. Descrição da localidade: cada localidade possui a fauna específica, inclusive insetos que decompõe o cadáver em processos que ocorrem logo após a sua morte. b. Coleta de insetos como evidência: auxiliam no estudo do tempo de morte e podem auxiliar na análise do DNA da vítima, se for encontrado somente os insetos na cena do crime. Chisun e Turvey (2006) classificam e descrevem brilhantemente os tipos de evidências encontradas na cena do crime, de acordo com o tipo de informação que fornece para a reconstrução da cena de um crime: • Evidência sequencial; • Evidência direcional; • Evidência de localização ou de posição; • Evidência de ação; • Evidência de contato; • Evidência de propriedade; • Evidência associativa; • Evidência limitante; • Evidência de preposição; • Evidência temporal; • Evidência psicológica. 93 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Todas essas evidências serão explicadas mais detalhadamente a seguir: 1) Evidência sequencial: auxilia no estabelecimento de “quando” o evento ocorreu ou na “ordem” que o mesmo ocorreu. Exemplos: a) Uma impressão de calçado perto da de uma roda demonstra que uma pessoa estava presente subsequentemente à passagem do veículo. b) Sangue encontrado abaixo do vidro de uma janela quebrada em um homicídio estabelece que a janela foi quebrada depois que o sangue foi depositado. 2) Evidência direcional: mostra o que alguma coisa ou alguém está indo ou veio. Exemplos: a) Marcas de calçados podem auxiliar na direção da caminhada; b) A análise da trajetória do projétil pode estabelecer a origem e a direção do tiro de arma de fogo; c) Análise do padrão das manchas de sangue pode ser utilizada para determinar a direção do sangue; 3) Evidência de localização ou de posição: mostra “onde” algo aconteceu ou aonde algo vai e a sua orientação e relação a outros objetos ou pessoas. Exemplos: a) Uma impressão digital encontrada na parte interna da janela de um veículo pode indicar que uma pessoa esteve dentro do veículo, no entanto, se a impressão for encontrada na parte superior da janela pode significar que uma pessoa se apoiou no vidro para falar com o motorista. b) Manchas de sangue podem indicar onde a vítima foi agredida ou morta e onde o agressor estava e se encontrada em pé, sentado, agachado, etc. 4) Evidência de ação: tudo que define o que aconteceu durante a execução de um crime. Exemplos: a) Cápsulas de arma de fogo ou cartuchos de projéteis indicam que uma arma de fogo foi utilizada. 94 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores b) Uma janela quebrada pode indicar que foi o local de entrada do criminoso. 5) Evidência de contato: Algo que demonstra onde e como duas pessoas, dois objetos ou localidades estão associados um com o outro. Exemplos: a) Vestígios como pelos, cabelos, fibras, solo, vidros podem associar pessoas, objetos e localidades. b) Duas escovas de dente e duas toalhas de banho indicam que duas pessoas são residentes, em locais que se relata que somente uma pessoa reside a casa. 6) Evidência de propriedade: auxilia a responder “de quem” é a evidência. Exemplos: a) Assinaturas; b) Documentos de registro civil, de carro, etc.; c) Cartão de crédito; d) DNA; e) Impressões digitais; f) etc. 7) Evidência associativa: indica contato entre pessoas ou ambientes. Exemplos: a) Fibras encontradas no corpo que coincidem com aquelas do estofamento de um caminhão; b) Vegetação encontrada em um carro de um suspeito que é consistente a vegetação encontrada em uma cena do crime e na vítima. 8) Evidência limitante: define a natureza e a limitação de uma cena do crime. Ajuda a estabelecer a cena do crime secundária e se existe necessidade de expandir a busca por outras áreas. Exemplos: a) Pontos de entrada e saída de uma cena; 95 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores b) Paredes e portas de uma construção; c) Localização de uma cena do crime; d) Localização dos itens deixados na cena pelo criminoso. 9) Evidência de preposição: Tudo que a investigação pensa que ocorreu na cena do crime, mas não foi encontrado até o momento. Exemplos: a) A vítima foi encontrada sem a carteira, sem o anel de casamento, etc.; b) A vítima foi morta na residência, mas o projétil não foi encontrado. 10) Evidência temporal: expressa a passagem do tempo de um crime. Exemplos: a) O entomologista forense poderá analisar o tempo da morte por meio das larvas e insetos que podem acometer o cadáver após alguns dias da morte; b) O médico legista poderá analisar o tempo da morte por intermédio do exame tanatológico, que inclui a temperatura corporal, análise do conteúdo gástrico e outras características que serão descritas posteriormente. c) Um incêndio ocorre em uma residência e acomete um relógio na sala onde começou o incêndio, que parou no momento em que foi atingido, demonstrando o momento exato em que tal fato aconteceu. 11) Evidência psicológica: é qualquer ato que explique qual a satisfação pessoal ou motivação que fazcom que o criminoso realize algum ato. Exemplos: a) Um agressor, tortura a sua vítima, para satisfazer uma motivação sádica. b) Um agressor filma o seu ataque e a agressão para humilhar a vítima e reviver o evento depois para realizar suas fantasias. Fontes de vestígios que podem se tornar evidências Vestígios é um termo genérico para material pequeno, frequentemente microscópico que pode se tornar evidência, caso traga informações sobre o crime. 96 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Existem infinitos tipos de traços que podem auxiliar na investigação criminal. Quando um indivíduo entra em contato com uma pessoa ou localização, pequenas e aparentemente minúsculas mudanças ocorrem. Itens pequenos como fibras, cabelos, pelos e microscópicos fragmentos podem ser deixados pela pessoa ou levados por meio do contato com o meio ambiente ou com outro indivíduo. A importância desses traços é que eles podem ligar os suspeitos à vítima ou a localidades. É uma evidência física de contato e, através da microscopia, pode se tornar uma parte da investigação (Fisher, 2003). Fontes de vestígios, segundo Fisher (2003): 1. Roupas; a. Excelente fonte de vestígios; b. Substâncias macroscópicas e microscópicas podem ficar aderidas na roupa por eletricidade estática ou na sua fabricação; c. Devem ser coletadas do suspeito e da vítima, o mais rápido possível para que não sejam perdidas; d. Após a coleta dos vestígios, a roupa deverá ser embalada em sacos de papel para que a ação dos fungos seja minimizada. Os fungos crescem em ambientes úmidos e a utilização de sacos plásticos aumenta a chance de proliferá- los devido à falta de ar circulante. Se as roupas estiverem molhadas ou com sangue, o ideal é que se permita secá-las antes do seu armazenamento. 2. Calçados: a. Sapatos e outros calçados podem ser fontes de vestígios, principalmente porque eles podem possuir poeira, terra, fragmentos, vegetação ou outros vestígios biológicos impregnados; b. Calçados devem ser embalados separadamente para evitar contaminação cruzada. Cuidados particulares devem ser tomados quando o calçado possui fragmentos de solo seco, pois podem determinar quais lugares o suspeito andou. 97 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 3. Vestígios no corpo: a. Podem ser encontrados por intermédio de um exame minucioso do corpo do suspeito ou da vítima; b. Partículas microscópicas de resíduo de disparo por arma de fogo; c. Pelos no corpo da vítima ou do suspeito, principalmente em caso de estupro; d. Materiais da cena do crime podem estar presentes na cabeça, na mão, nas unhas, nas orelhas, em casos de assalto, arrombamento e outros crimes. 4. Detecção de vestígios de metais: a. O teste de detecção de vestígios de metais (TMDT) é utilizado com resultados variáveis; b. A solução é borrifada nas mãos e observada por luz ultravioleta. A presença de áreas escuras indica a localização do metal. Metais diferentes resultam em cores diferentes; c. O problema desse teste é que diariamente nós manipulamos objetos metálicos e que o teste, ao ser realizado para a análise de contato com armas de fogo, nem sempre resulta em resultados satisfatórios. 5. Outros objetos como fonte de vestígios: a. Presentes na arma do crime; b. Presentes em ferramentas utilizadas para arrombamento; c. Presentes no veículo que sofreu um acidente; d. Presentes em objetos carregados pela vítima (bolsa, carteiras, etc.); e. Etc.: não infinitas as possibilidades de vestígios serem encontrados. 98 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores COLETA, ARMAZENAMENTO E TRANSPORTE DE VESTÍGIOS COLETADOS NA CENA DO CRIME Todos os países do mundo possuem leis que definem que os vestígios devem ser preservados na mesma condição em que foram encontrados na cena de um crime. Existem duas razões para que ocorra essa recomendação, segundo Siegel (2000): • Se a evidência não for totalmente coletada e preservada perderá o valor probatório para auxiliar na resolução de um crime. • A preservação da evidência demonstra na corte que a evidência é autêntica. A cadeia de custódia deverá ser bem definida e devidamente documentada (Figura 12) desde o momento da coleta, para que minimize contaminações e que os vestígios possam ser analisados e posteriormente incorporados como evidências de um crime. 99 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Figura 12: Diferentes tipos de etiquetas, cartões e fichas de documentação para vestígios encontrados na cena do crime, que devem ser utilizados para registrar a cadeia de custódia. Cada vestígio possui uma metodologia diferenciada para que a sua coleta seja realizada de forma eficiente e sem contaminantes. Atualmente, com a possibilidade de análise do perfil genético por meio de amostras biológicas, presente nos vestígios recomenda-se que a coleta seja realizada por meio de procedimentos 100 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores rigorosos. Com isso, levando em consideração que toda evidência poderá ser utilizada para análise de DNA, que é um dos métodos mais passíveis de interferência quando ocorre à contaminação, utilizam-se primariamente as regras que existem para a coleta de material biológico para todos os outros tipos de vestígios, como veremos a seguir. As amostras de material biológico devem ser minuciosamente colhidas, seja quando dispostas na cena do crime ou quando forem de indivíduos devidamente identificados. É importante que todas as pessoas que manipulam as amostras tenham conhecimentos específicos baseados na literatura especializada, e ainda possuem treinamento em boas práticas de manipulação em laboratórios forenses com rígida formação em controle de qualidade (INTERPOL, 2001). Amostras que não estiverem adequadamente identificadas e documentadas podem ser questionadas; aquelas, que não forem corretamente coletadas, são passíveis de não serem analisadas; outras, se não forem devidamente acondicionadas, pode sofrer contaminação e se, não forem criteriosamente preservadas, pode ocorrer decomposição e deterioração (FBI, 2003). O FBI (1999, 2001) e a INTERPOL (2001) elaboraram normas para os laboratórios forenses que participam da formação dos bancos de DNA internacional, englobando principalmente a metodologia de coleta de evidências biológicas para análise do DNA, assim como aspectos importantes para o treinamento de pessoal que serão descritas adiante. O material biológico presente na cena do crime pode aparentar invisível a olho nu, dessa maneira, pode-se utilizar reagente como o luminol que não interfere na análise do DNA para detecção de amostras com vestígios de sangue, sendo que reage com o ferro presente na hemoglobina, exibindo uma quimioluminescência (Figura 13) (GROSS et al, 1999). Outros kits de reagentes são utilizados: aqueles que contêm antígeno próstata-específica para sêmen (HOCHMEISTER et al, 1999) e para saliva, o teste de detecção de amilase por Phadebas®(WILLOTT & GRIFFITHIS, 1980), etc. 101 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Figura 13: Kit de luminol, luz de detecção Ultravioleta (UV) e óculos de proteção para luz UV. Outros cuidados devem ser tomados para a documentação das amostras coletadas na cena do crime: fotografar o local de remoção das evidências, realizar anotações da sua disposição e de características pertinentes (SÃO PAULO, 1999; INTERPOL, 2001 ; FBI, 2003; BONACORSO, 2005). Amostras de sangue podem ser coletadas dos indivíduos, encontradas em corpos, objetos e superfície. Qualquer que seja o material biológico a ser coletado, o manipulador deverá utilizar luvas ou pinças devidamente estéreis. A coleta de sangue em indivíduos hígidos deverá ser realizada em dois tubos de 5mL, contendo EDTA como anticoagulante, devidamente identificado e a seguir refrigerado (Figura 14) (BUTLER, 2005). 102 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Figura 14: Amostras biológicas para análise do DNA forense. Recomenda-se que os objetos, superfícies ou corpos que possuem as amostras de sangue sejam recolhidos se possível; além de realizar esfregaços nas formas líquidas; ou se secas, umidificar a região com água estéril, seguida de esfregaço. Em ambos os casos, aconselha-se esperar secar os esfregaços – swabs – para posteriormente serem embalados em envelope de papel limpo, evitando que a umidade facilite o crescimento de bactérias e fungos. Amostras de sêmen, de 103 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores saliva e urina, ou de objetos que os contêm, podem ser utilizadas e seguem a mesma metodologia descrita anteriormente. Tecidos, dentes, ossos e fios de cabelos também podem servir de fonte de células para análise de DNA (FBI, 2003). A estocagem do material deve ser em refrigerador a 4°C ou em freezer a -20°C, no entanto, para longos períodos, estocar de -70 a -80°C (BUTLER, 2005). O armazenamento do material biológico úmido em sacos plásticos deve ser de no máximo duas horas, ou quando possível, permitir que seque antes do acondicionamento final. Cada tipo de amostra de material biológico (sangue, saliva, osso, dente, etc.) deve ter sua coleta e acondicionamento individualmente descrito (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo – SSP-SP, 1999; INTERPOL, 2001). A degradação do DNA de amostras biológicas, utilizadas em investigação criminal, pode ocorrer decorrente de um processo natural de exposição ao meio ambiente. Luz, umidade, temperaturas elevadas, bem como contaminações bacterianas ou fúngicas levam à degradação química do DNA humano (SCHNEIDER et al, 2004). A comissão de DNA da Internacional Society For Forensic Haemogenetics – ISFH – (1992) sugeriu algumas recomendações para a análise de DNA pela PCR, incluindo que essa contaminação pode ser evitada atendendo a certos cuidados durante todo o processo de análise de DNA, que vão desde a coleta e armazenamento do material biológico do qual será extraído o DNA, até o próprio local de preparação da PCR. As contaminações das amostras pelos investigadores e pessoas do laboratório podem resultar em uma incorreta interpretação do perfil genético. Dessa maneira, o desenvolvimento e cumprimento de normas de procedimentos, e treinamentos específicos para o exame de DNA tornaram-se imprescindíveis (INTERPOL, 2001). Visando o estabelecimento de normas para coleta e exame de materiais biológicos para identificação humana, a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP) baixou a Resolução SSP-194 em 2 de junho de 1999 (São Paulo, 1999): 104 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Considerando: a) A necessidade de normatizar os serviços os periciais relativos à coleta de materiais biológicos para exames de identificação humana, tanto nos locais de crime quanto na pessoa humana, viva ou morta; b) Que os procedimentos a serem seguidos pelos órgãos policiais e periciais oficiais devem estar em consonância com os ditames da legislação em vigor; c) Que é imprescindível a correta preservação das amostras para não haver contaminações ou outros prejuízos (p. 104). Continuando na mesma Resolução em seu anexo, cita os cuidados que devemos ter para a coleta, armazenamento e análise do material biológico para a extração de DNA. Os cuidados incluem utilização de luvas descartáveis, instrumentos de coleta, armazenamento e análise devem ser estéreis, a documentação completa do vestígio eleito para a coleta, incluindo-se fotografias da região, tipo de armazenamento entre outros, o armazenamento do material biológico úmido em sacos plásticos deve ser de no máximo duas horas, ou quando possível, permitir que seque antes do acondicionamento final. Cada tipo de amostra de material biológico (sangue, saliva, osso, dente, etc.) deve ter sua coleta e acondicionamento individualmente descrito. Existem diversos tipos de embalagens para coleta na cena do crime. Horswell (2001) descreve de forma detalhada e minuciosa os tipos de embalagens e formas de coletas dos vestígios: 1) Embalagens para cada tipo de vestígio: (a) As embalagens de papel são fabricadas em diferentes tipos de tamanhos e formatos, tais como envelopes (Figura 15), sacolas e sacos (Figura 16, 17), caixas (Figura 18) e outros. 105 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Figura 15: Envelopes para coleta de vestígios de diferentes formatos e tamanhos. 106 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Figura 16: Envelopes e sacos de papel para coleta de evidências e objetos encontrados na cena do crime como roupas, celulares, documentos, etc. 107 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Figura 17: Tipos de envelopes e sacos de materiais diferentes – papel e plástico - para a coleta e armazenamento dos vestígios encontrados na cena do crime. 108 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Figura 18: caixas utilizadas para a coleta de evidências. (a) Os envelopes e sacos de papel permitem que o vestígio respire, evitando a proliferação de fungos e bactérias. (b) Fragmentos pequenos devem ser armazenados em envelopes de papel pequenos e posteriormente acondicionados em envelopes ou sacos maiores para que não se perca durante o transporte. (c) Podem-se também utilizar papéis brancos ou tiras adesivas específicas para a coleta de traços de evidências, que devem ser acondicionados posteriormente em potes rígidos ou envelopes (vide no final do módulo, mais explicações). (d) Itens molhados ou com substâncias voláteis devem ser colocadas em sacolas de nylon ou latas novas e limpas (Figura 19). 109Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores (e) Materiais infestados com moscas, larvas, besouros e outros tipos de insetos devem ser dispostos em sacos plásticos selados e dispostos no freezer para que os insetos morram ou adicionar algumas gotas de metanoato de etilo no saco plástico com o conteúdo e selar. Após aproximadamente uma hora, os insetos estarão mortos. Insetos vivos também devem ser coletados em frascos com tampa para análise. Figura 19: Frascos e recipientes utilizados para a coleta de vestígios na cena do crime. 110 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 2) Formas de coleta (a) Com as mãos: Utilizar sempre luvas descartáveis e máscaras faciais; Utilizar pinças para auxiliar na coleta de materiais pequenos; Todos os itens que forem visíveis a olho nu podem ser coletados pelas mãos; Materiais como cabelos, fragmentos de pinturas grandes e de vidros e amostras da vegetação devem ser coletadas antes da aplicação de outras técnicas de coleta, como levantamento por fitas adesivas, varredura e a vácuo; Vantagem: posiciona o material no coletor e não requer outros instrumentos e artifícios para a realização da mesma. (b) Esfregaço com suabes (Figuras 20 a 23): Esfregaços com suabes secos são utilizados para a coleta de partículas minúsculas, que podem ser analisados posteriormente por microscopia; Esfregaços com suabes umedecidos com água destilada estéril são utilizados para a coleta de fluidos corporais. São utilizados preferencialmente os suabes com algodão e estéreis para a extração de DNA. 111 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Figura 20: Amostras de sangue sendo coletadas de um objeto perfurocortante – faca – frequentemente utilizada em agressões físicas e homicídios. 112 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Figura 21: manipulação de material contendo amostras biológicas com luvas. Figura 22: Esfregaço bucal utilizado para a coleta de saliva e células descamadas da mucosa oral para a extração de DNA. 113 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Figura 23: Coletor estéril, apropriado para coleta de material biológico presente na cena do crime. (c) Levantamento com fitas adesivas (Figura 24): Método de coleta de traços de vestígios em uma variedade de superfícies como roupas, estofamentos ou tapeçarias; Adesivos transparentes são aplicados na superfície do objeto e posteriormente colocado em cima de um pedaço limpo de vidro ou plástico rígido e colocado em um saco de plástico com vedação. Mais comumente utilizado no laboratório de ciências forenses do que na cena. Alguns desses adesivos permitem que o vestígio seja removido na presença de água ou solvente, portanto, normalmente não é recomendado para amostras biológicas passíveis de extração de DNA, pois poderão interferir na mesma. 114 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Figura 24: Adesivos que são utilizados para a coleta de vestígios como partículas de pó e sujeira, fibras, cabelos e outros. O rolo na parte inferior é utilizado como adesivo e posteriormente ao mergulhá-lo em metanol ou água para a remoção dos vestígios que são recuperados por filtragem. (d) Varredura: O método é particularmente utilizado na coleta de material de diversas áreas, incluindo regiões inacessíveis ou que existem muitos materiais; É essencial que a escova esteja limpa e que sejam utilizadas somente em uma parte da cena do crime para evitar contaminação entrecruzada. 115 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores (e) A vácuo (Figura 25): Método utilizado para coletar materiais microscópicos por sucção com equipamentos especiais apropriados, com filtros limpos que podem ser de papel ou algodão; Deve ser utilizado com precaução, pois é difícil separar todos os vestígios no laboratório posteriormente. Figura 25: Aspirador de evidência portátil para coletar micropartículas com filtro hermeticamente lacrado contracontaminação. 116 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Quadro 2: Resumo dos principais itens utilizados para a coleta de vestígios e a sua utilização. Item Utilizado para a coleta de Bisturi Esfregaços de pinturas Fibras visíveis Vegetação Sangue seco Sondas Pinturas Fibras Resíduos Óleos Graxas Manipulação de partículas microscópicas Escova Partículas de traços de: Pintura Metais Vegetação Vidros Esfregaço por suabes Partículas pequenas que podem ser aderidas às fibras do suabe Escova de maquiagem Para varrer áreas restritas e localizadas Espátula Amostras de solo com ou sem amostras de sangue Misturas de componentes Pinça (metal) Traços de material como: Fibras Cabelos e pelos Vegetação Pinça (plástico) Itens que podem ser danificados com a utilização de pinças de metal. Normalmente são descartáveis. Utilizado para coletar amostras biológicas com um chumaço de algodão Algodão Coleta de sangue seco com o auxílio de água destilada estéril. Ímãs Partículas de ferro e aço. Armazenar o ímã em sacos plásticos. 117 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores FOTOGRAFIA DA CENA DO CRIME Outros cuidados devem ser tomados para a documentação das amostras coletadas na cena do crime: fotografar o local de remoção das evidências, realizar anotações da sua disposição e de características pertinentes (SÃO PAULO, 1999; INTERPOL, 2001; FBI, 2003; BONACORSO, 2005). Para isso é necessário a utilização de equipamentos e escalas comumente encontrados em lojas especializadas para fotografia forense (Figura 26, 27, 28 e 29). Figura 26: Sistema fotográfico foco fixo para tomadas com dimensões 1x1, utilizadas principalmente para fotografar evidências na cena do crime, contendo ou não impressões digitais. 118 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Figura 27: Conjunto de documentação fotográfica de cenas do crime com placares de indicação, numeração e apoios para tomadas fotográficas em ângulos de 90°. 119 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Figura 28: Diferentes escalas para fotografia de evidências. Figura 29: Diferentes objetos e evidências. 120 Estematerial deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Vanrell (2003) ainda acrescenta que no protocolo fotográfico padronizado, além da escala e de máquinas fotográficas, deverão constar: • Fotos coloridas; • Fotos em preto-e-branco. • Ambas tiradas com luz visível, bem como, poderá ser usado: o Iluminação ultravioleta: utilizam-se fontes de luzes em tubos especiais para a visualização de impressões latentes com pós-fluorescentes; o Iluminação infravermelha: utilizam-se fontes de luzes como lâmpadas incandescentes de tungstênio; • Repetição de tomadas e ângulos para que não haja a perda de qualquer dado porque o material é perecível ou as circunstâncias são passageiras, de modo que as fotografias sempre serão únicas e insubstituíveis. Com isso, todo perito deve ter conhecimentos intermediários em fotografia, principalmente quando as condições de visualização necessitam de técnicas específicas. James et al (2005) recomendam que alguns tipos de fotografias sejam realizadas na cena do crime, assim como os procedimentos a serem tomados para que elas sejam corretamente tomadas (Quadro 3). Quadro 3: Tipos de fotografias para serem realizadas na cena do crime e as normas de procedimentos para a sua realização, segundo James et al (2005): Tipo de fotografia Normas de procedimentos para fotografia Geral Exterior: orla adjacente, construções e outras estruturas maiores; rodovias ou caminhos que circundam a cena; sinais e marcas na rua; caixas de correio e números de endereços; tomar tomadas seriais quando possível; fotografar antes das 10 horas ou depois das 14 horas, se for possível. Interior: utilizar pontos de compasso ou corredores como guias; portas que abrem para dentro ou fora da estrutura; utilizar tripé com luz leve para aumentar a 121 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores profundidade do foco. Intermediária Seguir uma progressão da vista, passo a passo; utilizar várias lentes e trocar o foco da lente para arquivar a visão “focalizada” de vestígios individuais com a visão original da cena do crime; adicione flashes para detalhes adicionais. Tirada de perto – com close Utilize placas de documentação; separe o flash da câmera; utilize os efeitos de luz apropriadamente, evitando sombras; realize fotos com e sem escalas de referência. Em todos os casos Registre rapidamente; utilize câmeras que possuem grande profundidade de focos; não fotografe objetos e pessoas como membros da equipe, equipamentos, mãos e pés; mude o ângulo da visão; tome cuidado com áreas refletivas; quando na dúvida, fotografe. --------------FIM DO MÓDULO II----------
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