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Percepção

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Percepção 
Percepção
Já lhe disseram alguma vez que você não consegue ver o que está bem debaixo do seu nariz? E que você” não consegue ver a floresta em função das árvores”?. Você já escutou sua música favorita repetidas vezes e tentando decifrar a letra? Em cada uma dessas situações lançamos mão do complexo construto da percepção.
 
Percepção: é o conjunto de processos pelos quais , organizamos e entendemos as sensações que recebemos dos estímulos ambientais ( Epstein e Rogers, 1995; Goodale, 2000a, 2000b; kosslyn e Osherson, 1995; Pomerantz, 2003).
Percepção
É através da percepção que temos acesso ao mundo físico.
Órgãos dos sentidos: pele (tato), olhos (visão), ouvido (audição), nariz (olfato), boca (paladar
 
A percepção visual é a modalidade de um sistema específico, nesse caso a visão:
Através dessas figuras percebemos que as vezes não conseguimos ver o que de fato existe, mas as vezes percebemos coisas que não existem:
Percepção Visual
Exemplos:
Um bebê usa sua habilidade de análise visual para reconhecer rostos e objetos que estão ao seu redor.
Uma criança em idade pré-escolar usa a percepção visual para desenvolver a compreensão das formas, dos símbolos abstratos e suas relações.
Uma criança em idade escolar usa essas habilidades para decifrar palavras, resolver quebra-cabeças e compreender conceitos matemáticos.
Percepção Visual
Cadê o topo da escada?
Concluindo assim que a existência de ilusões perceptuais sugere que aquilo que sentimos( em nossos órgãos sensoriais) não é necessariamente o que percebemos (em nossas mentes).
Da Sensação à Percepção
Se uma árvore cai na floresta e não há ninguém por perto para ouvir, ela faz algum som?
 
A percepção acontece à medida que objetos do ambiente comunicam estrutura do meio informacional que, ao final, chegam a nossos receptores sensoriais , levando à identificação interna de objetos.
Percepção Visual
Constâncias perceptuais: O sistema perceptual lida com a variabilidade, realizando uma análise bastante impressionante dos objetos no campo perceptual. 
 
Constância de Tamanho.
 É a percepção de que um objeto mantém o mesmo tamanho, apesar das mudanças no tamanho do estímulo proximal.
Constância de forma:
É a percepção de que um objeto mantém a mesma forma apesar das mudanças na forma do estímulo proximal:
 Percepção de profundidade
 A medida que nos movimentamos no ambiente estamos sempre olhando em volta nos orientamos visualmente no espaço em 3D, ao olharmos para frente a distância olhamos na terceira dimensão de profundidade.
Abordagens a percepção de
objeto e forma
 Abordagens centradas no observador versus centradas no objeto
Representação centrada no observador - o indivíduo armazena
a forma como o objeto lhe parece.
Representação centrada no objeto -o indivíduo armazena uma
representação do objeto
Abordagens a percepção de
objeto e forma
A semelhança fundamental entre essas duas posições e que ambas podem explicar como representamos um dado objeto e suas partes.
Abordagens a percepção de
objeto e forma
Uma possibilidade de conciliação dessas duas abordagens da representação mental sugere que as pessoas possam usar muitos tipos de representação. De acordo com essa abordagem o reconhecimento de objetos acontece em continuo (Burgund e Marsolek, 2000; Tarr, 200M Tarr e Bulthoff, 1995).
A abordagem da Gestalt
A escola de psicologia mais funcional da Gestalt surgiu muito como reação contra o enfoque extremo do estruturalismo.
O objetivo dos gestaitistas era tratar mais diretamente dos processos globais e holisticos envolvidos na percepção da estrutura no ambiente.
A abordagem da Gestalt
Psicólogos iconoclastas, como KurtK offka (1886-1941), Wolfgang Kohler (1887-1968) e M a x Wertheimer (1880-1943) fundaram uma abordagem nova.
A abordagem da Gestalt
O enfoque da Gestalt a percepção da Forma. - soma de suas partes.
Segundo a lei da Gestalt de Pragnanz (concisão) tendemos a perceber uma dada configuração visual de maneira que apenas organize os elementos distintos em uma forma coerente e estável.
A abordagem da Gestalt
Os princípios de percepção da forma da Gestalt são muito simples. Ainda assim, caracterizam grande parte de nossa organização perceptual ( Palmer, 1992)
Os princípios da Gestalt oferecem conhecimentos descritivos valiosos sobre a percepção da forma e de padrões; porem, não apresentam explicações sobre esses fenômenos. Visando a entender como e por que percebemos formas e padrões, e preciso examinar teorias explicativas da percepção.
 
 
 Princípios de percepção visual da Gestalt
Os princípios da Gestalt de proximidade, semelhança, continuidade, fechamento e simetria ajudam nossa percepção das formas. 
Figura-Fundo
Quando percebemos um campo visual, alguns objetos (figuras) parecem destacar-se, e outros aspectos do campo recuam no fundo.
Proximidade
Quando percebemos uma variedade de objetos, tendemos a ver os que estão próximos como um grupo. 
Semelhança
Tendemos a agrupar objetos com base em sua semelhança
Continuidade
Tendemos a perceber formas que fluem de forma regular ou contínua em lugar das interrompidas ou descontínuas. 
Fechamento
Tendemos a fechar ou completar objetos que, na realidade, não são completos.
Simetria
Tendemos a perceber os objetos como se formassem imagens de espelho em torno de seu centro. 
Princípios de percepção visual da Gestalt
As pessoas tendem a usar princípios da Gestalt mesmo quando confrontam estímulos novos. Palmer (1977) mostrou a participantes formas geométricas novas que serviam como alvos. A seguir, mostrou-lhes fragmentos de formas. Os participantes tinham que dizer se cada fragmento era parte de uma forma geométrica nova . Em suma, parece que usamos os princípios da Gestalt em nossa percepção cotidiana, sejam ou não conhecidas as figuras as quais os aplicamos.
Sistemas de reconhecimento de padrões
Como reconhecemos padrões? Por exemplo, como reconhecemos rostos? Uma proposta e que os seres humanos tem dois sistemas para reconhecer padrões (Farah, 1992,1995; Farah etal., 1998).
 
 
O primeiro sistema e especializado no reconhecimento de partes de objetos e na montagem dessas partes em todos distintos. Exemplo: partes do objeto como - caule, folhas, raiz, flores e frutos.
Sistemas de reconhecimento de padrões
O segundo sistema e especializado no reconhecimento de configurações maiores e não e equipado adequadamente para analisar partes do objeto ou sua construção, mas e sobremaneira bem equipado para reconhecer configurações. Exemplo: Se você ver uma flor no jardim e admira sua beleza e sua forma específica
Sistemas de reconhecimento de padrões
O segundo sistema, muitas vezes, e o mais importante para o reconhecimento de rosto.
Assim, ao olhar para um amigo que costuma ver dia a dia, ira reconhece-lo usando o sistema configuracional.
Sistemas de reconhecimento de padrões
Todavia, o primeiro sistema também pode ser usado no reconhecimento de rostos. Suponha que você veja alguém cujo rosto lhe parece vagamente conhecido, mas não tenha certeza de que é. Nesse caso, conseguiu fazer o reconhecimento facial apenas depois de ter analisado o rosto por meio de suas características.
Teorias sobre percepção:
percepção direta:
Como reconhecemos um A e um H?
Como se faz a ligação daquilo que se percebe e daquilo que está armazenado na mente?
THE CAT
Para Gibson (1979), o contexto sensorial (outros estímulos do ambiente) são informações necessárias para mediar as experiências sensoriais e perceptivas
Teorias sobre percepção:
percepção direta:
Nesse sentido não há a necessidade de processos complexos de pensamento.
O homem é biologicamente regulado para reagir aos estímulos perceptuais.
Ex.: o que fazemos ao atravessar uma rua?
Bebês têm noção de profundidade desde muito pequenos.
Teoria do padrão (ou gabarito) 
As pessoas possuem armazenado na mente um conjunto enorme de padrões que
funcionam como referência para reconhecer estímulos do ambiente.
 ◦ Impressões digitais 
 ◦ Código de barras 
 ◦ Computadores modernos que jogam xadrez 
 Problema: a quantidade de informação armazenada seria gigantesca! 
Teoria do padrão (ou gabarito) 
Protótipo é uma “média” de uma classe de objetos ou padrões relacionados que integra todos os traços característicos (e mais frequentemente observados) daquela classe.
Formamos protótipos: casa, árvore, etc. mesmo sem nunca ter entrado em contato com um exemplar do protótipo (extra-terrestre) 
Teoria das características
O indivíduo tenta estabelecer correspondência entre as características de um padrão e aquelas armazenadas na memória, ao invés de associar um padrão inteiro a um gabarito ou protótipo.
Os geons se organizam de diferentes maneiras e formam uma série de características ou padrões.
Os geons permitem o reconhecimento rápido, automático e simples de vários estímulos.
Bottom-up e Top-down 
 Percepção ascendente ou bottom-up – é acionada pelo estímulo que depois é processado. 
→Teoria do padrão 
→Teoria dos protótipos 
→Teoria das características
→Teoria da descrição estrutural 
Teoria da descrição estrutural
 Existem certas estruturas, chamadas geons (Biederman, 1990), que representam formas geométricas simples elementares, como tijolos, cilindros, cones, etc. 
 Os geons se organizam de diferentes maneiras e formam uma série de características ou padrões.
  Os geons permitem o reconhecimento rápido, automático e simples de vários estímulos.
Abordagens descendentes (topdown)
 Um pensamento superior cumpre um papel importante na percepção. 
 A percepção sempre será mediada por conhecimentos ou representações já existentes. 
 A percepção é algo construído (Immanuel Kant)
  As teorias bottom-up não explicam completamente a influência do contexto na percepção. 
 A inteligência é parte do processamento perceptual do ser humano. A percepção é influenciada por expectativas e outras cognições do indivíduo.
Abordagens complementares
 Os resultados de pesquisa parecem indicar que uma visão complementar topdown e bottom-up faz mais sentido na compreensão da percepção. 
 O mais provável é que se use uma combinação de informações de receptores sensoriais e o conhecimento anterior para entender aquilo que se percebe.
 Tipos de Percepção 
Percepção Auditiva
Também considerada uma das percepções mais desenvolvida nos seres humanos. É a percepção de sons pelos ouvidos e uma aplicação particularmente importante da percepção auditiva é a música. 
Percepção Auditiva
A percepção auditiva envolve a recepção e a interpretação de estímulos sonoros através da audição. Nesta percepção identificam-se algumas habilidades como a detecção do som, sensação sonora, discriminação, localização, reconhecimento, compreensão, atenção e a memória. 
Percepção Auditiva
Percepção Auditiva
Diferente dos nervos ópticos, a audição não suporta estímulos desagradáveis, ou seja, caso o ouvido for exposto a intervalos dissonantes tem-se a impressão de que esta errado, que não é belo ou em casos extremos uma peça dissonante pode causar irritabilidade ao ouvinte.
Sensações Auditiva
As características fundamentais são: a sonoridade, a tonalidade, e o timbre.
A sonoridade é a sensação de intensidade: Permite-nos afirmar se o som é mais forte ou mais fraco.
A tonalidade é a sensação ligada á frequência: Permite-nos saber se o som é mais agudo ou mais grave.
Sensações Auditiva 
O timbre é a característica que nos permite diferenciar das mesma intensidades e tonalidades. A voz de cada pessoa tem um timbre próprio, o mesmo sucede com vários instrumentos musicais cada um tem seu timbre próprio.
Atividades para estimular a área:
As atividades que envolvem a percepção auditiva agem, além do estímulo auditivo em si, no desenvolvimento de diversos aspectos cognitivos, tais como criatividade, memória, linguagem, e tantos mais que o terapeuta possa explorar, dependendo do objetivo previsto.
Atividades para estimular a área:
Muitas atividades podem ser utilizadas não somente com crianças, mas também com idosos, especialmente no estímulo da memória.
Exemplo:
 Com objetos sonoros (chocalhos, latas com pedrinhas, sons onomatopaicos, ruído do ambiente, músicas), treinar e localizar, identificação, reprodução e execução dos diferentes sons.
Atividades para estimular a área:
Jogos de rimas.
- Treinamento de ritmo (através de marcha, palmas e dança, etc).
- Jogos de palavras que iniciam com o mesmo som.
- identificar e imitar sons e ruídos produzidos por animais e fenômenos da natureza.
- procurar a fonte de onde se origina determinado som.
- brincar de cobra cega.
- tocar instrumentos musicais.
Brincadeiras que estimulam a Percepção Auditiva
MORTO-VIVO
Percepção Táctil
Percepção tátil é a capacidade do ser humano perceber através da pele as características de objetos e sensações pela pele. 
Este tipo de percepção permite reconhecer a presença, forma, tamanho,textura, pressão, dor e temperatura dos objetos em contato com o corpo. Além disso, é extremamente importante para o ser humano ao permitir o adequado posicionamento do seu corpo como a proteção física do mesmo. 
Este tipo de percepção não é uniforme, dado que as mãos, a língua e os lábios apresentam uma maior sensibilidade, pelo que é mais acessível para os mesmos a identificação dos estímulos. 
Percepção Táctil
Também é importante na afetividade e é sentido pela pele do corpo todo, embora sua distribuição não seja uniforme. Os dedos da mão possuem uma discriminação muito maior do que as demais partes, assim como algumas áreas são mais sensíveis ao calor que outras. 
Percepção Táctil
Percepção tátil também pode desempenhar um papel fundamental na segurança do indivíduo.
Percepção tátil permite que as pessoas evitem uma ameaça como um objeto pontiagudo.
Entre os fatores presentes na percepção tátil estão:
Percepção de calor;
Coordenação motora fina;
A percepção da dor;
Percepção temporal.
Perceber através das mãos e dos pés que a natureza e os objetos possuem:
Diferentes texturas: liso, áspero, macio.
Diferentes consistências: duro, mole.
Diferentes umidades: molhado úmido e seco.
Diferentes temperaturas: quente, morno, frio.
Diferentes pesos: leve, pesado, moderado.
Percepção Tátil em pessoas cegas
O sistema sensorial mais importante que a pessoa cega possui, para conhecer o mundo, é o sistema háptico ou tato ativo. Muitas das peculiaridades do desenvolvimento cognitivo das pessoas cegas podem ser explicadas em relação às características da captação e processamento da informação
É necessário diferenciar entre tato passivo e tato ativo ou sistema háptico (Gibson, 1966). Enquanto no primeiro a informação tátil é recebida de forma não intencional ou passiva (como a sensação que a roupa ou o calor produz em nossa pele), no tato ativo, a informação é buscada de forma intencional pelo indivíduo que toca. 
Assim, pois, no tato ativo encontram-se envolvidos não somente os receptores da pele e os tecidos subjacentes (como ocorre no tato passivo), mas também a excitação correspondente aos receptores dos músculos e dos tendões, de maneira que o sistema perceptivo háptico capta a informação articulatória motora e de equilíbrio. 
Assim, Gibson destaca a importância da atividade no conhecimento do mundo mediante o tato, da mesma maneira que o movimento ou atividade perceptiva é necessária na percepção visual. Quando um cego está explorando com as mãos um objeto estranho, para reconhecê-lo, ocorre algo parecido a quando um vidente olha uma forma complexa e desconhecida para posteriormente desenhá-la. As mãos, como os olhos, embora de forma mais lenta e sucessiva, movem-se de forma intencional para buscar as peculiaridades da forma e poder, assim, obter uma imagem dela.
Percepção Olfativa
 O principal órgão do sentido do olfato é o nariz.
 Esse sentido está relacionado com
o paladar.
Percepção Olfativa
 A capacidade de perceber odores é fundamental para a sobrevivência de animais.
Percepção Gustativa 
 O Paladar é o sentido de sabores pela língua. 
Importante para alimentação. 
Embora seja um dos sentidos menos desenvolvidos nos humanos, o paladar é geralmente associado ao prazer e a sociedade contemporânea muitas vezes valoriza o paladar sobre os aspectos nutritivos dos alimentos. 
Percepção Gustativa
 A arte e a enologia são aplicações importantes da percepção gustativa. O principal fator desta modalidade de percepção é a discriminação de sabores.
Percepção Gustativa 
 Percepção de sabores pela língua;
 Sabores: Doce, Amargo, Azedo e Salgado;
 É importante para a alimentação e para a sobrevivência, evitando que ingerimos alimentos estragados.
Percepção Temporal
A percepção temporal não é exclusivamente identificada por nenhum órgão, resultando da identificação combinada por parte dos órgãos dos sentidos e das potencialidades do cérebro.
Percepção Temporal
Percepção das durações temporais, produção de ritmos, ordem temporal e simultaneidade. Este tipo de percepção é extraordinariamente importante na música, estar diretamente relacionado com a percepção auditiva.
Assim também é possível distinguir se um som procede especificamente de um objeto visto ou se esse objeto (ou o som) está aproximar-se ou afastar-se.  
Percepção Temporal
Essa percepção é desenvolvida com as próprias experiências e é adquirida com o passar das idades. 
Por este motivo, crianças pequenas não dominam esta percepção e por vezes, ficam confusas com questões do tempo (ontem, amanhã, daqui a dois dias, no próximo final de semana). Isso explica o porquê das crianças terem a sensação de que o tempo demora muito a passar.
Atividade que desenvolver a Percepção Temporal:
Bater palma
Controle temporal
Desenvolvimento: deslocar lançando a bolinha para cima e bater uma palma. Ir e voltar fazendo o mesmo trajeto, não pode deixar a bolinha cair no chão, passar a bolinha para o próximo da coluna e assim sucessivamente.

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