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Obrigações - Aula 7 - Dação em Pagamento, Novação & Compensação

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Direito das Obrigações
Dação em pagamento, novação, compensação
Dação em pagamento
Devedor não consegue pagar R$ 300.000,00 que deve para o banco. Porém, tem uma casa de valor próximo a este. Sugere ao banco receber a casa no lugar do dinheiro.
Pergunta-se: a) o banco é obrigado a aceitar? b) caso aceite, o que acontece com a obrigação? c) caso aceite, quais as regras regem esse negócio jurídico entre as partes (com que tipo de negócio assemelhado – um contrato – o caso presente se parece?)?
Dação em pagamento
Meio de extinção das obrigações, com pagamento, consistente, na entrega, por mútuo acordo entre credor e devedor, de coisa diversa da originalmente devida, com a finalidade de terminar a obrigação primitiva.
Conhecida na doutrina como datio in solutum.
Dação em pagamento
Qual a relação da dação em pagamento com o princípio da impossibilidade do solvere aliud pro alio?
É fundamental o consentimento das partes para operar este fenômeno.
É negócio jurídico real? Há controvérsias.
Datio pro solvendo – dação de um crédito sem extinção da dívida, que fica na dependência com o pagamento do crédito dado.
Datio in soluto – a entrega da coisa tem eficácia liberatória da dívida anterior.
Art. 356. O credor pode consentir em receber prestação diversa da que lhe é devida.
Art. 357. Determinado o preço da coisa dada em pagamento, as relações entre as partes regular-se-ão pelas normas do contrato de compra e venda.
Art. 358. Se for título de crédito a coisa dada em pagamento, a transferência importará em cessão.
Art. 359. Se o credor for evicto da coisa recebida em pagamento, restabelecer-se-á a obrigação primitiva, ficando sem efeito a quitação dada, ressalvados os direitos de terceiros.
Novação
Meio de extinção de obrigações, sem pagamento, consistente em se contrair nova dívida com a finalidade de extinguir e substituir obrigação anterior.
Dívida A Dívida B (troca de dívida por dívida)
Resultado: dívida A se extingue, Dívida B subsiste.
Quais as vantagens para as partes de fazer a novação?
Quais os efeitos jurídicos da novação?
Qual a diferença entre novar uma dívida e re-ratificar uma dívida?
Novação exige o animus novandi!!
Admite-se a novação tácita, desde que de forma induvidosa.
Posso, após a novação, rediscutir a dívida originária, que com a novação se extinguiu?
Súmula 286: A renegociação de contrato bancário ou a confissão da dívida não impede a possibilidade de discussão sobre eventuais ilegalidades dos contratos anteriores.
In dubio contra a novação.
Novação objetiva (ou real) – troca do objeto
Novação subjetiva (ou pessoal) – troca das partes.
Novação mista – troca de objeto e partes.
Admite-se a novação sem anuência do devedor originário, fenômeno chamado expromissão. Se o devedor concorda, chama-se delegação.
Qual a dupla finalidade da novação?
Art. 360. Dá-se a novação:
I - quando o devedor contrai com o credor nova dívida para extinguir e substituir a anterior;
II - quando novo devedor sucede ao antigo, ficando este quite com o credor;
III - quando, em virtude de obrigação nova, outro credor é substituído ao antigo, ficando o devedor quite com este.
Art. 361. Não havendo ânimo de novar, expresso ou tácito mas inequívoco, a segunda obrigação confirma simplesmente a primeira.
Art. 362. A novação por substituição do devedor pode ser efetuada independentemente de consentimento deste.
Art. 363. Se o novo devedor for insolvente, não tem o credor, que o aceitou, ação regressiva contra o primeiro, salvo se este obteve por má-fé a substituição.
Art. 364. A novação extingue os acessórios e garantias da dívida, sempre que não houver estipulação em contrário. Não aproveitará, contudo, ao credor ressalvar o penhor, a hipoteca ou a anticrese, se os bens dados em garantia pertencerem a terceiro que não foi parte na novação.
Art. 365. Operada a novação entre o credor e um dos devedores solidários, somente sobre os bens do que contrair a nova obrigação subsistem as preferências e garantias do crédito novado. Os outros devedores solidários ficam por esse fato exonerados.
Art. 366. Importa exoneração do fiador a novação feita sem seu consenso com o devedor principal.
Art. 367. Salvo as obrigações simplesmente anuláveis, não podem ser objeto de novação obrigações nulas ou extintas.
Compensação
Meio de extinção das obrigações, sem pagamento, quando, entre as mesmas pessoas, cada uma é credora e devedora uma da outra, de dívidas referentes a coisas fungíveis, da mesma espécie e qualidade, vencidas, exigíveis e líquidas, aniquilando-se as obrigações na medida da respectiva equivalência.
A (CREDOR) 10.000,00 R$ B (DEVEDOR)
A (DEVEDOR) 10.000,00R$ B (CREDOR)
O QUE NÃO ADMITE COMPARAÇÃO NÃO ADMITE COMPENSAÇÃO:
COISAS FUNGÍVEIS?
DÍVIDAS VENCIDAS?
DÍVIDAS EXIGÍVEIS?
DÍVIDAS LÍQUIDAS?
Tipos de compensação: legal, convencional, judicial
Na compensação legal, a extinção é automática, a partir do “encontro de contas”. 
Compensação convencional: como decorre da vontade das partes, pode (m) ser dispensado (S) algum (ou alguns) dos requisitos acima. 
Qual a forma da compensação convencional?
O que é “transação”?
A origem (causa) da dívida não é relevante para a compensação.
Exceções: art. 375 do Ccivil, exclusão convencional, e art. 373, exclusão legal.
Art. 368. Se duas pessoas forem ao mesmo tempo credor e devedor uma da outra, as duas obrigações extinguem-se, até onde se compensarem.
Art. 369. A compensação efetua-se entre dívidas líquidas, vencidas e de coisas fungíveis.
Art. 370. Embora sejam do mesmo gênero as coisas fungíveis, objeto das duas prestações, não se compensarão, verificando-se que diferem na qualidade, quando especificada no contrato.
Art. 371. O devedor somente pode compensar com o credor o que este lhe dever; mas o fiador pode compensar sua dívida com a de seu credor ao afiançado.
Art. 372. Os prazos de favor, embora consagrados pelo uso geral, não obstam a compensação.
Art. 373. A diferença de causa nas dívidas não impede a compensação, exceto:
I - se provier de esbulho, furto ou roubo;
II - se uma se originar de comodato, depósito ou alimentos;
III - se uma for de coisa não suscetível de penhora.
Art. 374. A matéria da compensação, no que concerne às dívidas fiscais e parafiscais, é regida pelo disposto neste capítulo. (Vide Medida Provisória nº 75, de 24.10.2002) (Revogado pela Lei nº 10.677, de 22.5.2003)
Art. 375. Não haverá compensação quando as partes, por mútuo acordo, a excluírem, ou no caso de renúncia prévia de uma delas.
Art. 376. Obrigando-se por terceiro uma pessoa, não pode compensar essa dívida com a que o credor dele lhe dever.
Art. 377. O devedor que, notificado, nada opõe à cessão que o credor faz a terceiros dos seus direitos, não pode opor ao cessionário a compensação, que antes da cessão teria podido opor ao cedente. Se, porém, a cessão lhe não tiver sido notificada, poderá opor ao cessionário compensação do crédito que antes tinha contra o cedente.
Art. 378. Quando as duas dívidas não são pagáveis no mesmo lugar, não se podem compensar sem dedução das despesas necessárias à operação.
Art. 379. Sendo a mesma pessoa obrigada por várias dívidas compensáveis, serão observadas, no compensá-las, as regras estabelecidas quanto à imputação do pagamento.
Art. 380. Não se admite a compensação em prejuízo de direito de terceiro. O devedor que se torne credor do seu credor, depois de penhorado o crédito deste, não pode opor ao exeqüente a compensação, de que contra o próprio credor disporia.

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