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Principais alimentos concentrados fornecidos aos ruminantes ZOO 613ZOO 613 Professor Jalison Lopes Zootecnista-DSc Alimentos concentrados <18% de fibra bruta (FB) e podem ser divididos em: - Concentrados energéticos: < 20% de PB Grãos de cereais, raízes e tubérculos, óleos vegetais, coprodutos da agroindústria - Concentrados protéicos: > 20% de PB Farelos de oleaginosas, coprodutos do milho, resíduo de cervejaria e uréia Alimentos concentrados � Ingredientes de� teor energético �� densidade (volume pequeno por unidade de peso) � Não estimulam a ruminação (não usar de forma exclusiva).� Não estimulam a ruminação (não usar de forma exclusiva). � Complementam dietas volumosas para atender exigências. � Inclusão���� custo de alimentação. � Porém lucratividade do sistema também poderá ser aumentada. Principais concentrados energéticos • Milho • Sorgo • Milheto • Farelo de trigo • Farelo de arroz• Farelo de arroz • Polpa cítrica • Melaço • Raspa de mandioca • Casca de soja Milho � Principal componente energético da ração (fonte de amido). � Normalmente usado na forma de fubá ou quirera (milho passado em peneira grossa) � Pobre em Ca e médio teor de P � Deficiente em lisina, metionina e tripofano� Deficiente em lisina, metionina e tripofano � Formado por 4 principais estruturas físicas: endosperma, gérmen, pericarpo (casca) e ponta. � Sem restrição de utilização em dietas balanceadas. Milho Estrutura do grão de milho Fonte: Paes (2006) Milho Classificação do endosperma Baseada na distribuição dos grânulos de amido e da matriz de proteína pode ser: Vítreo (ou córneo): Apresenta matriz protéica densa, com corpos protéicos estruturados, que circundam os grânulos de amido não permitindo espaços entre estas (Paes, 2006) estruturas. Farináceo (ou opaco): Grânulos de amido são arredondados e estão dispersos, não havendo matriz protéica circundando esta estrutura. Milho Classificação do endosperma Vítreo (grão duro) Farináceo (grão dentado) Milho Estrutura do grão de milho Diferença ultraestrutural mais importante entre os endospermas vítreo e farináceo: “ � [ ] de matriz protéica no endosperma farináceo, confere melhor acessibilidade às enzimas e maior digestibilidade (Hoseney et al., 1974)” Farináceo Duro % endosperma vítreo 3,0 67,2 Taxa de fermentação (%/h) 7,7 1,8 Degradabilidade ruminal 62,1 46,3 Digestibilidade intestinal 90,8 83,6 Digestibilidade total 96,3 91,7 Taylor e Allen (2005). Sorgo � Têm sido utilizado com sucesso na alimentação de ruminantes em substituição ao milho (pode substituir 100% do milho na dieta) � Utilização depende da oferta e do preço. � Principal componente do grão de sorgo é o amido (62,91%). � Apresenta menos energia e mais PB que o milho. � Assim como no milho quanto maior a % de endosperma farináceo no grão maior é a sua digestibilidade. Endosperma Farináceo Endosperma vítreo Pericarpo (6%) Sorgo Fração % do grão % PB % amido % óleo (%) proporção do grão na matéria seca Endosperma 75 62,88 92,60 6,31 Gérmen 17 31,31 4,90 86,89 Pericarpo 8 5,81 2,50 6,70 Gérmen (10%) Testa Fonte: Chandrashekar e Mazhar (1999) Sorgo Processamento do grão �Moagem fina tem particular importância para o sorgo: �Menor tamanho do grão dificulta quebra durante a mastigação (prejudica degradação ruminal). �Consequência: presença de grãos de sorgo inteiros nas fezes de bovinos.�Consequência: presença de grãos de sorgo inteiros nas fezes de bovinos. Sorgo Limitações do grão de sorgo �Maior limitação: presença de compostos fenólicos ligados a proteína chamados taninos. � Protege o grão de ataque de pássaros �� digestibilidade e palatabilidade � Concentração depende da variedade: alta, média e baixa Milheto �8% a menos de energia quando comparado com o milho �PB e EE > milho e o sorgo �Não apresenta taninos que interferem na digestibilidade �Pode substituir 100% do milho e sorgo nas dietas de bovinos.�Pode substituir 100% do milho e sorgo nas dietas de bovinos. Endosperma Farináceo Endosperma córneo Pericarpo Milheto Gérmen Grão pequeno (1/3 do sorgo) Fração % do grão % PB % amido % óleo (%) proporção do grão na matéria seca Endosperma 75 62,88 92,60 6,31 Gérmen 17 31,31 4,90 86,89 Pericarpo 8 5,81 2,50 6,70 Farelo de trigo �Subproduto do processo de confecção da farinha de trigo �Basicamente composto pelo tegumento (casca) que envolve o grão �Menor energia e maior PB e FDN que milho grão �Apresenta � PDR �Rico em tiamina, niacina,riboflavina, potássio, fósforo e ferro e � Ca �Apresenta efeito laxativo �Também pode substituir parte do volumoso da dieta (� FDN) Farelo de trigo � Farelo de trigo comercial = farelo de trigo + farelinho de trigo. � Farelo de trigo = pericarpo, partículas finas de gérmen e das demais camadas internas dos grãos. � Farelinho = obtido da polidura do grão, composto de finas partículas do gérmen e do farelo. Endosperma pericarpo casca Farelo de trigo Gérmen Farelo e farelinho de trigo = Farelo de trigo comercial Triguilho: trigo quebrados com baixa qualidade, sementes chochas, outras sementes contaminantes Farelo de trigo Fatores anti-nutricionais: �Polissacarídeos não amídicos (arabinoxilanas e as β-glicanas). �� viscosidade da dieta. �Pode � digestão e absorção de nutrientes ( carece de + estudos para ruminantes). Farelo de trigo Inclusão nas dietas � Níveis de inclusão nas dietas ainda não estão claramente definidos. �De maneira geral, o farelo de trigo pode constituir até 45% do concentrado ou 25% da dieta, sem afetar a produção e a composição do leite. Farelo de arroz Farelo de arroz integral (FAI) � Coproduto do beneficiamento do arroz, obtido após a descascagem do grão, composto pelo pericarpo, tegumento, camada de aleurona e gérmen. �� teor de óleo pode limitar sua utilização devido aos riscos de rancificação oxidativa (dificulta estocagem). � Pode ser usado como fonte de gordura nas dietas de vacas em lactação. Farelo de arroz desengordurado (FAD) � Coproduto obtido a partir da extração do óleo do farelo de arroz integral. �Maior facilidade de estocagem que FAI. �Maior teor de PB que FAI. Farelo de arroz � FAI e FAD apresentam � PNDR � Rico em lisina, tiamina, riboflavina, niacina, α-tocoferol e P, � Ca � Grandes variações na composição química (fazer análise laboratorial) �Quirera de arroz = grãos sem casca e quebrados Farelo: 8,5 a 15% do grão Pericarpo, Tegumento, Aleurona, Gérmen Farelo de arroz Inclusão nas dietas � Farelo arroz integral (30% do concentrado) � Farelo arroz desengordurado (40% do concentrado) �Quirera de arroz (30% do concentrado)�Quirera de arroz (30% do concentrado) �Teor de lipídios na MS não deverá passar de 7%. � Atentar para a relação Ca:P Polpa cítrica � Consiste principalmente de polpa, casca e semente de laranja. � Alimento concentrado energético, � Porém é um produto intermediário entre volumosos e concentrados (� FDN e FDA) � 85-90% do valor energético do milho e � PB �� amido, porém � teor de carboidratos solúveis (cerca de 25% da MS) e pectina.�� amido, porém � teor de carboidratos solúveis (cerca de 25% da MS) e pectina. � � Ca e � P (atenção com relação Ca:P na dieta). �� degradabilidade ruminal da fração fibrosa, (� lignina na FDA). � Bom sincronismo com uréia (rápida degradabilidade ruminal). Polpa cítrica Fatores anti-nutricionais: �Em locais onde a UR é > 14% o crescimento de fungos é favorecido (podendo ocorrer a produção de micotoxinas) � Também pode ocorrer combustãodo material �PC deve ser armazenada em locais cobertos, ventilados e secos (manter qualidade até o fornecimento aos animais). �Na ausências destas condições o armazenamento deve ser ≤ 2 meses. Polpa cítrica Inclusão nas dietas � Para bovinos de leite adultos: • Inclusão de 20 a 30% da MS da dieta ou até 4 kg/animal/dia. � Bezerros: � Bezerros: • < 60 dias: 10% MS • > 60 dias: 30% MS dieta Melaço �Coproduto da produção de açúcar �Principal utilização é como palatabilizante em rações e aglomerante para produção de rações peletizadas. �Rico em açúcares (sacarose), Ca, Mg, K, niacina e ácido pantotênico. �Apresentar rápida fermentação ruminal.�Apresentar rápida fermentação ruminal. Inclusão nas dietas: � 20% concentrado de vacas � 5% concentrado de bezerros Raspa de mandioca � Alimento concentrado caracterizado pelo � conteúdo energético (equivalente a 90% da energia do milho). �� PB, P e EE � Amido da mandioca (80% dos CHO´s presentes na raíz) �Maior capacidade de expansão= Fermentação elevada e rápida �↓ [ ] amilose �Inexistência de pericarpo ,Endosperma córneo e periférico e Matriz protéica �> digestibilidade que milho e sorgo � Bom sincronismo com fontes de NNP (uréia) Farelo e Raspa de mandioca �Principal limitação de uso: presença de glicosídeos cianogênicos que por hidrólise produzem HCN (tóxico). �Níveis de glicosídeos cianogênicos e/ou HCN presentes na raiz, define a diferença entre as variedades de maior toxicidade (bravas), e variedades menos tóxicas, Fatores anti-nutricionais: entre as variedades de maior toxicidade (bravas), e variedades menos tóxicas, (mansas). �Mandioca brava = valor de HCN>50mg/kg de raízes frescas �Com exposição ao sol (desidratação), ocorre hidrólise dos glicosídeos cianogênicos e o HCN evapora (eliminação do princípio tóxico). Farelo e Raspa de mandioca Preparo da raspa: �Colheita das raízes é efetuada próximo aos 18 meses pós-plantio. �Raízes recém-colhidas devem ser lavadas, trituradas em pedaços de 5cm de comprimento por 1cm de largura. �Esparramar em terreiros de cimento ou sobre lona plástica para exposição ao sol. Revirar as raspas a intervalos de 2 horas (uniformizar secagem) �Término do processo de secagem (14,0% de umidade no material): atingido quando um pedaço de raspa, ao ser riscado no piso cimentado, deixa marca como se fosse um giz escolar . Farelo e Raspa de mandioca Preparo da raspa: Farelo e Raspa de mandioca Preparo da raspa: �Raspa pode ser moída para produzir o farelo de mandioca. �Condições adequadas de armazenado (ambiente seco e arejado) VN é conservado por até 2 anos.conservado por até 2 anos. �Armazenamento com umidade >18% associado a temperaturas > 25ºC: pode ocorrer crescimento de fungos e produção de micotoxinas. Inclusão nas dietas: 60 a 80% da matéria seca do concentrado. Casca de soja • Coproduto da indústrias de processamento da soja (envoltório do grão, “pericarpo”) • É um concentrado energético (80% do valor energético do milho). • Composição química varia com processamento • Mas também é classificada como produto intermediário entre concentrado e• Mas também é classificada como produto intermediário entre concentrado e volumoso já que: �Substitui grãos como fonte de energia �Substitui forragem como fonte de FDN • Quando substitui grão de cereais: � � amido da dieta e melhora ambiente ruminal • Apresenta FDN de���� digestibilidade (90%), devido a: � Fração fibrosa composta de � quantidade de celulose e hemicelulose e� lignina Casca de soja �� Ligação da lignina com hemicelulose �� Teor de pectina (fibra solúvel altamente digestível) “Energia líquida da CS é equivalente a do milho grão em dietas de ���� forragem” Casca de soja Níveis de inclusão nas dietas Limitações de inclusão da casca nas dietas : �� energia da dieta total quando este alimento substitui grãos de cereais no concentrado. �� capacidade de estimular a ruminação e salivação, quando substitui alimentos volumosos. � Ambos os parâmetros restringem o desenvolvimento de um potencial máximo de produção animal. � Para bovinos adultos, recomenda-se inclusão de 20 a 30% da MS total da dieta. Rodrigues et al. (2009) Valor nutritivo de concentrados energéticos Parâmetro (%MS) Milho Fubá Sorgo Milheto Farelo trigo Farelo Arroz Integral MS 87,87 88,11 89,01 88,7 89,01 PB 9,06 9,89 15,19 17,10 13,69 EE 4,18 2,98 4,58 3,52 16,60 FDN 14,41 14,75 20,93 42,74 25,13 FDA 4,23 6,11 7,65 12,88 12,96 HEM 9,00 8,64 13,28 39,39 15,38HEM 9,00 8,64 13,28 39,39 15,38 CEL 4,03 3,27 3,64 9,5 12,13 LIG 1,27 1,50 1,41 3,94 4,93 Amido 71,02 62,98 63,03 34,20 20,15 Pectina 0,41 - - - - NDT 85,75 78,80 77,42 71,54 70,0 Ca 0,03 0,02 0,05 0,18 0,11 P 0,25 0,28 0,23 0,96 1,77 Lisina 0,25 0,20 0,35 0,63 0,64 Metionina 0,17 0,15 0,27 0,22 0,25 * MS % da MN Fonte: CQBAL 3.0 Valor nutritivo de concentrados energéticos Parâmetro (%MS) Farelo Arroz Deseng Quirera de arroz Melaço Raspa mandioca Casca de soja Polpa Cítrica MS 89,02 88,94 95,72 87,75 90,58 89,2 PB 16,81 9,03 2,64 3,44 12,64 9,29 EE 2,67 1,74 0,35 0,6 2,33 2,36 FDN 29,57 4,16 0 16,52 66,92 26,03 FDA 14,37 - 0 8,39 48,98 20,9 HEM 15,2 - 0 11,96 17,57 6,05HEM 15,2 - 0 11,96 17,57 6,05 CEL - - 0 5,69 44,67 21,5 LIG 4,31 - 0 2,30 3,84 1,91 Amido 26,00 73,72 - 79,57 3,51 0,2 Pectina - - - - - 25,0 NDT 66,0 77,0 70,0 68.74 69,13 73,46 Ca 0,13 0,07 4,06 0,19 0,52 1,84 P 1,80 0,15 0,27 0,07 0,16 0,1 Lisina 0,66 0,28 - - 0,83 0,24 Metionina 0,31 0,19 - - 0,20 0,54 * MS % da MN Fonte: CQBAL 3.0 Principais concentrados protéicos • Farelo de soja • Grão de soja • Farelo de algodão • Caroço de algodão • Farelo de glúten de milho• Farelo de glúten de milho • Farelo de girassol • Farelo de amendoim • Resíduo úmido de cervejaria • Uréia Farelo de soja �Coproduto obtido após a extração do óleo do grão da soja �Base protéica da dieta animal �Excelente fonte de PB, lisina e energia, � Ca e metionina �Boa fonte de vit do complexo B, (exceto B12). �Fonte de PNDR �Excelente palatabilidade �Sem restrição de utilização em dietas balanceadas. Farelo de soja Tipos de farelo de soja: �48%PB- Sem cascas, ≤5% FB, 0,3% sílica �46%PB- Cascas ao natural, ≤6% FB, 0,5% sílica �44%PB- Adição cascas, ≤ 7% FB, 0,5% sílica�44%PB- Adição cascas, ≤ 7% FB, 0,5% sílica � No Brasil maior comercialização é do FS 46% PB � FS com teor de PB < 44% podem ser comercializados desde que devidamente especificados e identificados de forma visível. Soja grão �� Concentração energética (� lipídios ) e� PB �Fonte de lipídeo de liberação lenta no rúmen e de PNDR �Tostagem� PNDR (ideal 145ºC por 30 minutos) �Rica em AG oleico, linoleico e linolênico �Grão deve ser fornecido preferencialmente inteiro ou quebrado para não prejudicar a fermentação ruminal. Soja grão Fatores anti-nutricionais: �Animais jovens não fornecer Soja Crua � Inibidores de tripsina (principal) � Alergênicos, bociogênicos, fatores de flatulência, etc.. � Animais adultos não há problemas Soja grão Níveis de inclusão nas dietas �2 a 3,5 kg/animal/dia ou 10-20% MS dieta �20 a 50% do concentrado (quebrado ou moído) �Limite de 5-7% EE na dieta (400g gordura/dia) �Não usar soja crua em animais jovens Farelo de algodão �Coproduto obtido a partir da prensagem do caroço de algodão (gerando a torta) e posterior moagem. �Qualidade é variável: 28% a 43% PB (depende do nível de inclusão de casca) �Fonte de PNDR � FB máxima permitida no FA pela legislação é de 25%(limitando assim, a inclusão de cascas)inclusãode cascas) �Perfil de aa inferior ao da proteína microbiana e ao do farelo de soja. Mecânica ou Solvente SEMENTE (Casca + amêndoa) Farelo de algodão Línter Gorda= 5%EE Magra= 2%EE Farelo de algodão Fatores anti-nutricionais: � Presença de Gossipol (composto fenólico tóxico) � Encontrado na forma "livre" e "ligada“ à proteínas � Na forma "ligada“ não é tóxico (não é absorvido no trato digestivo). � Forma "livre" pode ser tóxica:� Forma "livre" pode ser tóxica: � � capacidade de transporte de O2 do sangue, resultando em respiração mais curta e edema dos pulmões. � Causa problemas de infertilidade ♂ (má formação de SPTZ) � Altera ciclo estral e inibe desenvolvimento embrionário em ♀ � Ruminantes têm habilidade de tolerar o gossipol: (microrganismos do rúmen promovem ligações com o grupo ε-amino, impedindo absorção). Farelo de algodão Fatores anti-nutricionais: Item Caroço de algodão Farelo de algodão Extração mecânica Farelo de algodão Extração solvente Gossipol livre 0,68% 0,06% 0,14% Gossipol (total) 0,66% 1,09% 1,16% � Processamento para produzir FA: � gossipol livre Gossipol (total) 0,66% 1,09% 1,16% Níveis de segurança de gossipol livre na dieta total Categoria Farelo de algodão (ppm) Caroço de algodão (ppm) Pré-ruminantes 100-200 100-200 Novilhas 200 900 Vacas adultas 600 1200 Fonte: Adaptado de Rogers et al. (2002). Farelo de algodão �Vacas de leite: até 3Kg/animal/dia �Bezerros pré-ruminantes (< 4 meses): não fornecer �Animais jovens: até 30% da dieta Níveis de inclusão nas dietas �Animais jovens: até 30% da dieta �Touros: limite máximo de 30 mg de gossipol total por kg de peso vivo. Caroço de algodão �Coproduto obtido a partir da retirada da pluma do algodão para indústria têxtil. �� energia (óleo), PB e fibra de boa qualidade (línter é basicamente celulose) �Utilizado como fonte de energia, PB e fibra (característica de volumoso) �Liberação de óleo do CA no rúmen é lenta (não prejudica fermentação) �Liberação de óleo do CA no rúmen é lenta (não prejudica fermentação) �Boa opção condições de estresse térmico (� Incremento Calórico) 50 Caroço de algodão Caroço de algodão Efeitos observados na composição do leite ����� teor de gordura (0,2 a 0,3 unidades percentuais) �Fermentação da fibra do algodão produz acetato �Adição de CA permite � amido sem � energia da dieta ����� teor de proteína do leite � � nº de receptores de membranas celulares para insulina (hormônio que leva aas para GM) � � precursores de glicose e insulina sanguínea � Efeito na proteína do leite é menos consistente que na gordura do leite Caroço de algodão � Todo gossipol contido no caroço de algodão integral cru está na forma livre (0,47-0,63% gossipol livre na MS). �Capacidade de detoxificação: 24 g gossipol livre/ dia = 4 kg caroço/dia � Contaminação por fungos (Aspergillus flavus): produz aflatoxina Fatores anti-nutricionais: � Contaminação por fungos (Aspergillus flavus): produz aflatoxina (micotoxina) � Estocagem do CA : �< 10% de umidade, � Local inclinado, com piso cimentado, protegido da chuva � Se possível, com ventilação forçada Caroço de algodão Níveis de inclusão nas dietas �Vacas de leite: 10 a 20% de caroço de algodão na MS da dieta. �Pré-ruminantes e reprodutores: não fornecer � Bezerros desmamados e animais adultos: 0,33% e 0,50% do peso vivo por dia, respectivamente.respectivamente. �Esquema prático de uso do caroço de algodão para vacas leiteiras: � 0,5 kg na transição � 1,0 a 1,5kg no pós parto (primeiros 20 dias) � 2,5 a 3kg depois Farelo de glúten de milho Comercialmente há dois tipos de farelo de glúten conhecidos: �Farelo de glúten de milho 21 (Refinazil® ou Promil®) �Farelo de glúten de milho 60 (Glutenose® ou Protenose®) �FGM-21: parte fibrosa do grão de milho que fica após extração da maior parte �FGM-60: obtido após a separação do glúten e do amido. do amido, do glúten (proteína) e do gérmen (óleo). Farelo de glúten de milho MILHO LIMPEZA MACERAÇÃO 1ª MOAGEM GÉRMEN (ÓLEO) - CASCA - GLÚTEN (PROTEÍNA) - AMIDO Água de maceração concentrada contendo PB é misturada na casca (1:2) 2ª MOAGEM (1:2) CASCA GLÚTEN/ AMIDO SECAGEM REFINAZIL/PROMIL SECAGEM GLUTENOSE/PROTENOSE AMIDO Farelo de glúten de milho Farelo de glúten 21 (Refinazil® ou Promil®) �Utilizado tanto como fonte de energia (90% do valor energético do milho) como de PB ��FDN (pode substituir parte do volumoso) ��PDR e � P (cuidado relação Ca:P) ��Lignina (boa digestibilidade da fibra) ��Amido “Fornece energia necessária sem os efeitos negativos causados por concentrados ricos em amido rapidamente fermentável no rúmen”. Farelo de glúten de milho Farelo de glúten 21 (Refinazil® ou Promil®) Níveis de inclusão nas dietas �Bovinos adultos :15 a 30% da MS da dieta �Bovinos jovens: 20% da MS da dieta Farelo de glúten de milho Farelo de glúten 60 (Glutenose® ou Protenose®) � 92 – 95% valor energético milho �� Palatabilidade �� P (cuidado relação Ca:P dieta)�� P (cuidado relação Ca:P dieta) ��PNDR �� qualidade PB (Perfil aminoácido) � Atenção aos Níveis de PDR da dieta. Farelo de glúten de milho Farelo de glúten 60 (Glutenose® ou Protenose®) Níveis de inclusão nas dietas �Animais adultos: cerca de 3 a 6% da MS dieta total �Vacas < 20kg – Não econômico e desnecessário � Vacas > 30 kg –Substituição parcial (25%) do F. Soja �Novilhas: Permiti substituição do F. Soja, em associação uréia. Farelo de girassol �Torta e o farelo de girassol são subprodutos da extração do óleo. � VN Farelo girassol = 95% do VN do farelo de soja �� PB e � PDR �� qualidade e digestibilidade da PB (≥ 90%) �� qualidade e digestibilidade da PB (≥ 90%) � � Lisina e Isoleucina e � AA sulfurados �� Ca, P, vit complexo B e vit A � EE com � [ ] AG insaturados (� ω6) �Inclusão de casca (� fibra) �� VN Farelo de girassol Níveis de inclusão nas dietas � Farelo de girassol: até 20% da MS da dieta de vacas e novilhas e até 45% na dieta de bovinos em crescimento �Torta de girassol =1,5 kg/dia ou 20% concentrado (atenção ao nível EE) �Sementes de girassol: até 10% da MS da dieta ou 20 a 25% do concentrado (atenção ao nível EE). Farelo de amendoim �A torta e o farelo de amendoim são obtidos após a extração do óleo do amendoim. �PB Farelo de amendoim > PB farelo de soja �� PDR e �EE ��Lisina e metionina, � Ca � EE com � [ ] AG insaturados (� ω6 ) Farelo de amendoim Fatores anti-nutricionais: �Possível contaminação pelo fungo Aspergillus flavus, que produz a toxina aflatoxina. �Limite tolerado: 0,5 mg/kg do concentrado (ANFAR ).�Limite tolerado: 0,5 mg/kg do concentrado (ANFAR ). �Temperatura ideal para o crescimento destes fungos vai de 15 a 40ºC, e os níveis de umidade de 20 a 25%. Farelo de amendoim �Farelo de amendoim � Vacas leiteiras: 20 a 30% da MS do concentrado Níveis de inclusão nas dietas � Novilhas: 15% MS dieta �Torta de amendoim � Atenção com EE da dieta (≤ 7%) Grãos de cevada umedecidos Conversão do amido em dextrina e açúcares (malte) Resíduo de cervejaria Coproduto obtido no processo de fabricação da cerveja Conversão do amido em dextrina e açúcares (malte) Adição de milho, arroz ou aveia Cozimento Parte líquida (mosto) Parte sólida Resíduo úmidoResíduo úmido de cervejaria, de cervejaria, “cevada“cevada”” Fermentação �1000 L cerveja → 350 kg resíduo úmido de cervejaria �140 Kg de malte e 20kg leveduras �Comercializado sob três formas: Resíduo de cervejaria �Comercializado sob trêsformas: �Úmida (14% MS) – mais comum (↓ custo p/ indústria) �Prensada (30% MS) �Seca (83 – 92% MS) Resíduo de cervejaria � Boa Palatabilidade em bovinos � Composição química variável: � Processo utilizado pela fábrica � Origem cevada � Tipo e proporção de inclusão de outros cereais � � PNDR (≥ 50%) � Boa fonte de energia � Grande variação nos teores de Ca e Cu � Boa fone de P e vit (principalmente complexo B) Resíduo de cervejaria Limitações uso do RUC: �� teores de MS � ↑ R$ transporte Resíduo de cervejaria � Utilização econômica até 250 km das indústrias � Dificuldades armazenamento (crescimento de fungos e Leveduras) � Processo de secagem do RUC é caro Limitações uso do RUC: � Armazenado condições aeróbicas (10 DIAS) � Adição de sal comum Resíduo de cervejaria � Conservantes (Sulfato de potássio) � Ensilagem (ex. MDPS 2,5%, utilização após 15 dias) Perfil de aminoácidos essenciais (AAe) do resíduo de cervejaria (RC) e do farelo de soja (FSO) expressos como % do total de AAe Aminoácidos essenciais Alimentos RC FSO % do total de AAe Resíduo de cervejaria % do total de AAe Leucina 24,7 17 Lisina 12,1 13,7 Metionina 4,2 3,1 Valina 12,2 10,6 Histidina 5,9 5,7 Arginina 10,4 16,3 Fonte: Geron, 2006 > 50% PNDR Vacas Leiteiras: � 20 a 25% de RUC na MS da dieta ou Resíduo de cervejaria Níveis de inclusão nas dietas � 20 a 25% de RUC na MS da dieta ou � 15 kg de MN/animal/dia Novilhas: 20% MS dieta � RSC = até 35% MS da dieta Uréia � Composto orgânico cristalino, de cor branca, solúvel em água e álcool �Obtida pela síntese da amônia com o gás carbônico, sob � temperatura e pressão. �Fórmula química é CO(NH2)2. �Quimicamente é classificada como amida (NNP)�Quimicamente é classificada como amida (NNP) �Não é considerada proteína (não tem aa’s reunidos por ligações peptídicas) �Deficiente em todos os minerais �Não possui valor energético. �Uréia apresenta 45%N = 280%PB �Fonte barata de PB �Proteína 100% degradada no rúmen Uréia �Proteína 100% degradada no rúmen �Proporções adequadas de fornecimento de CHO´S de fermentação rápida e média maximizam a utilização da uréia. Uréia Metabolismo da uréia no ruminante. �Dietas com uréia devem ser suplementadas com mistura mineral de qualidade �Atenção especial deve ser dada ao enxofre (S) �S é utilizado para síntese microbiana de aa sulfurados (metionina, cisteína e cistina). �A relação ótima N:S para ruminantes é 10 a 15 :1. Uréia �A relação ótima N:S para ruminantes é 10 a 15 :1. �Fonte suplementar de S: � Sulfato de amônio �Proporção 9 partes de uréia: 1 parte de Sulfato de amônio � Sulfato de cálcio �Proporção 4 partes de uréia : 1 de sulfato de cálcio Uréia “O consumo de grandes quantidades de uréia, durante um período curto, pode ser fatal para animais não adaptados devido a elevada absorção de amônia de uma só vez”. Sintomas de intoxicação Toxicidade � Agitação. � Salivação em excesso. � Falta de coordenação. � Tremores musculares. �Micção e defecação freqüentes. � Respiração ofegante. � Empazinamento Uréia Tratamento: �Fornecimento, via oral, de 4 a 6 litros de solução de ácido acético ou de vinagre a 5%. Toxicidade �Dependendo da sintomatologia apresentada, este procedimento deve ser repetido seis horas após a primeira administração. � Fornecer de 20 a 30 litros de água fria, para dificultar a absorção, bem como diluir a amônia presente no rúmen. Uréia Níveis de inclusão nas dietas �NNP da uréia pode substituir até 33% do N total da ração � Qtde de uréia < 1,0% da MS da dieta total �Máximo de 40g de uréia/100kg de PV/animal/dia � Limitar em até 3% de uréia no concentrado quando este for oferecido separadamente do volumoso. Parâmetro (% MS) Farelo de soja Soja grão F. de algodão 38 Caroço de algodão RUC MS (% MN) 88,51 90,43 89,88 90,39 20,17 PB 48,72 38,61 38,88 23,12 28,84 EE 1,78 18,59 1,67 19,28 5,86 FDN 15,53 20,77 33,78 45,6 59,65 FDA 9,58 13,78 23,2 35,18 24,81 LIG 1,56 2,71 3,66 8,39 7,98 Valor nutritivo de concentrados protéicos Amido 5,77 3,80 6,51 - - Pectina 1,32 - - - - NDT 80,79 87,96 66,29 79,74 80,24 Ca 0,33 0,36 0,24 0,29 0,32 P 0,57 0,54 0,97 0,72 1,0 Lisina 2,81 2,20 1,80 0,86 3,4 Metionina 0,61 0,48 0,29 0,14 1,93 PDR** 64 75 57 65 50 PNDR** 36 25 43 35 50 Fonte: CQBAL 3.0% da PB Parâmetro (% MS) Farelo de glúten de milho 60 Farelo de glúten de milho 21 Farelo de girassol Farelo de amendoim MS (% MN) 90,67 89,16 91,25 89,75 PB 62,94 23,85 32,62 58,29 EE 3,21 3,03 2,10 0,32 FDN 6,58 40,46 43,56 13,87 FDA - 10,68 36,13 10,96 LIG 1,0 1,27 4,43 - Valor nutritivo de concentrados protéicos Amido 6,38 15,65 17,13 12,29 Pectina - - - - NDT 86,98 72,72 63,97 74,8 Ca 0,05 0,04 0,46 0,14 P 0,42 0,49 0,92 0,71 Lisina 1,1 0,49 1,22 1,33 Metionina 1,48 0,36 0,69 0,31 PDR 36 68 73 88 PNDR 64 32 23 12 % da PB Fonte: CQBAL 3.0 Farinha de origem animal • Proibida pelo ministério da agricultura!!! – Portaria Nº. 365, publicada em 04 de julho de 1996. – INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº. 8, de 25 de março de 2004. • Proibido a produção, comercialização e utilização de produtos destinados à alimentação de ruminantes que contenham em sua composição proteínas e gorduras de origem animal (cama de aviário, resíduos da criação de suínos, como também qualquer produto que contenha proteínas e gorduras de origem animal).
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