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INTERPRETAÇÃO DE EXAMES BIOQUÍMICOS

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INTERPRETAÇÃO DE EXAMES BIOQUÍMICOS
FUNÇÃO RENAL
	Relação Uréia/Creatinina
	Uréia Alta
	Uréia Baixa
	Uréia Normal
	Creatinina Normal
	Excesso protéico
Desidratação
	Fome
Desnutrição
	Normal
	Creatinina Alta
	Insuficiência Renal
	Hipercatabolismo
	Insuficiência Renal em desnutrido
Fonte: Curso: “Da admissão à alta metabólica” ministrado pelo professor Antônio Cláudio Goulart Duarte (CATNEPÃO 2008 – Fortaleza)
ELETRÓLITOS
	EXAMES
	INTERPRETAÇÃO
	CONDUTA NUTRICIONAL
	Hipocalemia (K < 3,5 mEq/L)
	Pode resultar em arritmias cardíacas, redução da peristalse, distensão abdominal e íleo paralítico.
	Reduzir ou suspender TNE. Restringir dieta com fibra dietética. Não se corrige com TNE.
	Hiponatremia leve (125-135 mEq/L)
	Pode dar cefaléia, náuseas, vômitos, cãibras, fraqueza muscular, alterações no sensório, confusão mental, incontinência urinária e fecal.
	Avançar com cuidado na TNE, para não precipitar essas intercorrências.
	Hiponatremia grave (< 125 mEq/L)
	Pode dar poliúria, bradicardia, hipo ou hipertensão, hipo ou hipertermia, pupilas dilatadas, convulsão, PCR, Irpa e coma.
	Pode incidir na resposta inflamatória nutricional.
	Hipernatremia
	Pode ser devido ao uso de diuréticos, DM descompensado, doenças febris, desidratação ou uso de soluções hipertônicas. Em idosos com Na > 160 mEq/L pode ocorrer sede intensa, hipovolemia, fraqueza muscular, desorientação, HSA coma, lesão cerebral irreversível e morte.
	Deve-se aumentar a ingestão de água livre. Não se reduz o sódio da TNE e sim do soro.
	Hipocalcemia
	Pode incorrer em hipotensão arterial, bradicardia, parada cardíaca, espasmos musculares, tetania, ansiedade, depressão e psicose.
	Pode incidir na resposta inflamatória nutricional.
	Hipercalcemia
	Pode resultar em náuseas, anorexia, poliúria, vômitos, constipação, desidratação, letargia e coma.
	Deve-se suspender a TNE até o controle médico do quadro.
	Hipomagnesemia
	Pode ser decorrente de DPC, etilismo crônico, fístulas digestivas, sepse ou administração inadequada de muita glicose e insulina. Pode dar fraqueza e cãibras musculares, vômitos e íleo paralítico.
	Avançar com cuidado na TNE, para não precipitar essas intercorrências.
Fonte: Adaptado do livro: DUARTE, A. C. G. Avaliação Nutricional: aspectos clínicos e laboratoriais. São Paulo: Ateneu, 2007.
INDICADORES DE HIPERALIMENTAÇÃO
	PARÂMETROS
	INTERPRETAÇÃO NUTRICIONAL
CONDUTA NUTRICIONAL
	Trigliceridemia < 300 mg/dL
	Se > 300 mg/dL (sem jejum) significa que a dieta está com excesso de calorias ou o paciente não está conseguindo aproveitar os nutrientes, devido à resistência periférica a insulina elevada. Paciente agravou.
	GGT (Gama Glutamil Transferase)
	Enzima de metabolização hepática de alimentos, medicamento e álcool. Regula toxicidade hepática por alimento, medicamento ou álcool. Indicador sensível de colestase. Pode ser decorrente de excesso calórico, protéico ou lipídico. Reduzir VCT e teor protéico. Usar fórmulas menos lipídicas e mais TCM. É um marcador precoce de excesso nutricional.
	Amilase
	Se elevada, significa que a caloria está elevada. Reduzir volume, pois o pâncreas está limitando a digestão e absorção dos nutrientes.
	Lipase
	Se elevada, reduzir a caloria e a gordura. Se a amilase e a lipase estiverem elevadas, reduzir volume, caloria e trocar a fonte de AGL por TCM, pois o pâncreas está limitando a digestão e absorção dos nutrientes. Ou troca dieta ou suspende.
	Fosfatase alcalina
	Indica esteatose hepática. Pode ser decorrente de excesso calórico ou de excesso de carboidrato ou déficit de proteína. Rever calorias, carboidratos e proteína na dieta. Pode refletir problemas ósseos também.
	ALT/TGP
	Reflete inflamação hepática por excesso de álcool e/ou gordura. Rever VCT, relação kcal/g de N2 e percentual lipídico da dieta. Quando elevado, provavelmente há algum excesso calórico ou lipídico ou há déficit protéico. Aumentar teor de proteína na dieta.
	AST/TGO
	Reflete destruição hepática com comprometimento da mitocôndria do hepatócito. Quando alterado, provavelmente há excesso de proteína e/ou lipídio na dieta. Trocar o tipo de lipídio. Se TGP e TGO estiverem elevados, priorizar quem estiver mais alterado.
	Fosfato
	Hipofosfatemia indica síndrome de realimentação, principalmente quando associado a desordens hidreletrolíticas de K+ e Mg2+. Avaliar sintomatologia: insuficiência cardíaca, desidratação ou sobrecarga hídrica, hipotensão ou insuficiência renal. Reduzir volume, VCT e carboidratos. Progredir mais lentamente e com mais cautela. Todo paciente desnutrido apresenta risco de síndrome de realimentação, bem como aqueles em jejum prolongado, alcoolistas e sob hidratação venosa prolongada.
Fonte: Adaptado do livro: DUARTE, A. C. G. Avaliação Nutricional: aspectos clínicos e laboratoriais. São Paulo: Ateneu, 2007
ÁCIDO ÚRICO
Sinonímia: Uricemia, urato, uricosúria
Material: Soro, líquido sinovial e urina de 24h.
Preparo do paciente: Jejum obrigatório de 8 horas para dosagem no soro. Para dosagem de urina, colher urina 24 horas, alcalinizada (bicarbonato de sódio 5g/L urina). Não refrigerar.
Método: Colorimétrico – enzimático automatizado
Valor de referência:
Soro: Homens – 3,4 a 7,0 mg/dL
Mulheres – 2,4 a 5,7 mg/dL
Urina 24 horas: 250 a 750 mg/24h
Urina (outras): à critério médico
Líquido sinovial: semelhante ao soro
Principais Aplicações Clínicas: Teste útil no diagnóstico das hiperuricemias, como as encontradas na gota, na calculose e na nefropatia úrica, em neoplasias, leucemias, linfomas, mielomas e policitemia. Constitui fator de risco nas dislipidemias, obesidade, diabetes, hipertensão e ingestão de álcool. Aumentado: na insuficiência renal, gota, anorexia, leucemias, doença infecciosa aguda, câncer metastático, eclampsia severa, choque, cetose diabética, acidose metabólica, intoxicação por chumbo, estresse, alcoolismo, exercício vigoroso, policitemia, psoríase , hiperuricemia assintomática. Diminuído: com uso de drogas antigota (alopurinol, probenecida), doença de Wilson, câncer.
ALBUMINA
Sinonímia: Albuminemia
Material: Soro, líquido pleural e ascítico.
Preparo do paciente: Jejum de 4 horas.
Método: Colorimétrico automatizado
Valor de referência:
Adultos: 3,5 a 4,8 g/dL
Crianças: 0 a 5 dias (<2,5 kg) 2,0 – 3,6g/dL
0 a 5 dias (>2,5 kg) 3,6 – 3,6g/dL
1 a 3 anos 3,4 – 4,2g/dL
4 a 6 anos 3,5 – 5,2g/dL
7 a 9 anos 3,7 – 5,6g/dL
10 a 19 anos 3,7 – 5,6g/dL
Nos líquidos corporais os valores de referência são correlacionados com o soro.
Principais Aplicações Clínicas: Exame útil na avaliação do estado nutricional, da capacidade de síntese hepática e da perda renal de proteínas. Nos líquidos cavitários, ajuda a estabelecer o diagnóstico diferencial entre transudatos e exudatos. Aumentada: na desidratação. Diminuída: em edema, doença hepática, má absorção, diarréia, queimadura, eclampsia, IRC, desnutrição, estresse, hiperhidratação, câncer, gestação, envelhecimento, síndrome nefrótica.
BILIRRUBINAS TOTAL E FRAÇÕES
Sinonímia: Bilirrubina direta (conjugada), indireta e total. BD, BI, BT.
Material: Soro.
Preparo do paciente: Jejum não obrigatório.
Método: Jendrassik/Grof - automatizado
Valor de referência:
Adulto:
Bilirrubina Total: 0,2 a 1,0 mg/dL
Bilirrubina Direta: 0,05 a 0,3 mg/dL
Bilirrubina Indireta: até 0,7 mg/dL
Recém-nascido:
Bilirrubina Total (mg/dL) 0 a 1dia 1 a 2 dias 3 a 5 dias
Recém-nascido prematuro 8,0 12,0 14,0
Recém-nascido a termo 6,0 10,0 8,0
Principais Aplicações Clínicas: Avaliação de hepatopatias e de quadros hemolíticos, em particular na avaliação do recém-nascido.
As causas mais comuns de aumento da Bilirrubina Direta são as doenças hepato-celulares e da árvore biliar.Aumentada: no dano hepatocelular, obstrução biliar, toxicidade por droga, hemólise, jejum prolongado, icterícia fisiológica neonatal, hipotireoidismo.
O aumento da Bilirrubina Indireta indica: (1) aumento da produção Hemólise (DHRN), (2) diminuição do transporte (anticorpos e medicamentos),(3) defeito da captação (deficiência ou bloqueio das lingadinas) e (4) defeito da conjugação (doença de Gilbert, entre outras).
CÁLCIO TOTAL
Sinonímia: Calcemia, calciúria, Ca.
Material: Soro, urina 24 horas.
Preparo do paciente: Jejum obrigatório de 4 horas. Urina 24h, uso facultativo de HCl 50% - 20mL/L urina. Não refrigerar. Dieta à critério médico.
Método: Methylthymol Blue (MTB) – automatizado.
Valor de referência:
Sangue: 8,5 a 10,4 g/dL
Urina 24 horas:
Sem dieta: até 280 mg/24h
Com dieta: 60 a 180 mg/24h
Urina (outras): à critério médico.
Principais Aplicações Clínicas: Diagnósticos e segmento de distúrbios o metabolismo de cálcio e fósforo, especialmente na avaliação de pacientes com cálculo renal.
O cálcio sérico é mantido dentro dos limites fisiológicos pela ação combinada do paratormônio e vitamina D através de seus efeitos sobre os ossos, intestino e rins.
Na maioria das vezes a hipercalcemia indica a presença de hiperparatireoidismo ou de doenças malignas. A hipercalcemia está associada ao uso de drogas como os tiazidicos, vitaminas A e D, antiácidos alcalinos e carbonato de lítio. A imobilização (fraturas), doença de Paget e doenças granulomatosas (Sarcoidose) são causas de hipocalcemia.
As causas mais comuns de hipocalcemia são:
Hipoparatireoidismo idiopático ou cirúrgico,
Pseudo hipoparatireoidismo,
Insuficiência renal,
Desordens do metabolismo da vitamina D,
Deficiência de magnésio,
Drogas,
Tetania neonatal,
Pancreatite aguda,
Transfusões sangüíneas múltiplas.
CLORETOS
Sinonímia: Cloro, cloremia, Cl.
Material: Soro, urina de 24h ou amostra única, suor, líquor.
Preparo do paciente: Sangue, jejum não obrigatório.
Método: Colorimétrico automatizado
Valor de referência:
Sangue: 97 a 106 mEqL
Líquor: 118 a 132 mEq/L
Suor:
5 semanas a 1 ano 7,4 a 17,2 mEq/L
1 a 10 anos 7,2 a 23,4 mEq/L
10 a 16 anos 10,7 a 29,1 mEq/L
Acima 16 anos 12,0 a 47,4 mEq/L
Urina: 170 a 254 mEq/24h
Principais Aplicações Clínicas: Exame útil na avaliação do equilíbrio hidroeletrolítico e ácido-básico.
É o principal ânion extracelular. Juntamente com o sódio, representa a maioria dos constituintes osmoticamente ativos do plasma. Desta forma, está envolvido na manutenção da pressão osmótica e balanço hidroeletrolítico. A maior parte do cloro ingerido é absorvida e o excesso excretado na urina.
COLESTEROL TOTAL E FRAÇÕES
Sinonímia: Colesterolemia, colesterol total e frações.
Material: Soro.
Preparo do paciente: Jejum obrigatório de 12 horas. Recomenda-se não fazer uso de bebidas alcoólicas pelo menos 48h antes do exame.
Método: CHOD/PAD - automatizado
Valor de referência:
Colesterol total:
Ideal: menor que 200 mg/dL
Intermediário:200 a 240 mg/dL
Elevado: maior que 240 mg/dL
Colesterol LDL:
Ideal: menor que 130 mg/dL
Intermediário:130 a 159 mg/dL
Elevado: maior que 160 mg/dL
Colesterol VLDL: até 40 mg/dL
Colesterol HDL:
Homem:
Ideal: mair que 55 mg/dL
Intermediário:35 a 55 mg/dL
Diminuído: menor que 35 mg/dL
Mulher:
Ideal: mair que 65 mg/dL
Intermediário:45 a 65 mg/dL
Diminuído: menor que 45 mg/dL
Principais Aplicações Clínicas: Avaliação de risco de doença coronariana associando-se a maior risco de aterosclerose, quando elevado.
O grande dilema da arteriosclerose é que ela é um processo silente. Está ativa em todos os indivíduos e permanece sem qualquer manifestação por décadas e, subitamente se manifesta através de dor torácica, infarto agudo do miocárdio ou morte súbita. Estudos demonstraram uma correlação positiva entre os níveis do colesterol, mais precisamente do LDL e o risco de doença coronariana isquêmica (DCI). Ao mesmo tempo foi fato evidenciado que os níveis de HDL, são inversamente proporcionais ao risco de DCI.
Os valores aumentados de colesterol são encontrados na nefrose, hipotireoidismo, doenças colestáticas do fígado e nas hiperlipoproteinemias dos tipos IIa, IIb e III.
Nos níveis diminuídos são encontrados no hipertireoidismo, doenças consumptivas e desnutrição crônica.
O nível de colesterol sérico, juntamente com a hipertensão e o fumo, constituem fatores de risco de arteriosclerose e DCI.
A fração HDL é tida como “protetora” do desenvolvimento da aterosclerose. Isso se deve ao fato da HDL estar envolvida no chamado transporte reverso do colesterol para ser metabolizado no fígado (sítio de maior excreção do colesterol). Valores de HDL são dependentes de sexo e idade, sendo que tendem a crescer temporariamente após infarto agudo do miocárdio.
Em doenças da tireóide, seus valores não devem ser usados como estimativa de risco de arteriosclerose visto que o hipotireoidismo aumenta e o hipertireoidismo diminui seu nível. Valores de HDL são aproximadamente 1/5 do colesterol total.
Fatores que contribuem para o decréscimo do HDL: hipoalfalipoproteinemia, fumo, obesidade, hipertrigliceridemia, sedentarismo, esteróides, androgênios, progestágenos, anabólicos, tiazídicos, bloqueadores beta adrenérgicos, neomicina, antihipertensivo.
CREATININA
Sinonímia: Creatinemia, creatinúria.
Material: Soro.
Urina: -amostra recente.
-de 24h (usar HCl 50% 20 mL/L urina, ou refrigerar)
Preparo do paciente: Jejum obrigatório de 4 horas.
Método: Cinético Jaffé automatizado.
Valor de referência:
Sangue:
Homem: 0,7 a 1,2 g/dL
Mulher: 0,5 a 0,9 mg/dL
Urina de 24h (com correção de peso):
Homem: 14 a 26 mg/kg/24h
Mulher: 11 a 20 mg/kg/24h
Urina amostra recente: à critério médico
Principais Aplicações Clínicas: Exame utilizado para a avaliação da função renal. Sofre menos influência da dieta que a uréia. O método da química seca pode eventualmente sofrer interferência “in vitro” de algumas drogas, dentre elas a dipirona (reduzindo) e a lidocaína elevando falsamente a concentração de creatinina.
Creatinina plasmática:
A constância na formação e excreção da ceatinina faz dela um marcador muito útil de função renal, principalmente da filtração glomerular, em virtude da sua relativa independência de fatores como dieta, grau de hidratação e metabolismo protéico. A determinação da creatinina plasmática é um teste de função renal mais seguro do que a uréia. Nas doenças renais a creatinina se eleva mais vagarosamente do que a uréia, e se reduz mais vagarosamente com a hemodiálise. Fatores extra renais como insuficiência cardíaca congestiva, choque, obstrução mecânica do trato urinário, provocam elevação da creatinina plasmática.
Creatinina urinária:
É útil na avaliação de adequação da coleta de urina 24h, no uso de índices de várias substâncias em relação a excreção de creatinina, tida como relativamente constante. Em pacientes renais agudos a relação creatinina urinária /sérica pode ser usada como índice de diagnóstico (em geral, é menor que 10 na necrose tubular aguda). Creatinina urinária aumenta com dietas hiperprotéicas.
ERITROGRAMA
Sinonímia: Série vermelha, hemácias, hematócrito, hemoglobina, VCM, HCM, CHCM.
Material: Sangue total com EDTA.
Preparo do paciente: Jejum não necessário.
Método: Automatizado, Skater Laser.
Valor de referência:
Idade Hemácia Hemoglobina Hematócrito VCM HCM CHCM
(x106) (g/dL) (%) (fl) (pg) (%)
1 dia 4,6-6,0 17-22,5 50-65 93-100 33-37 31-35
1 mês 4,3-5,5 13,5-18 41-50 90-100 29-33 30-34
3/6m 3,8-5,3 12-15 35-45 82-95 27-31 31-35
7/11m 3,9-5,0 11-15 35-45 82-95 27-31 31-35
1 ano 3,6-5,0 10,5-15 33-42 80-92 27-31 28-32
2/9a 3,8-5,0 11-15,5 35-44 82-95 28-32 30-34
10/15a 3,9-5,0 11-15,5 37-45 82-96 28-32 30-34
Mulher 3,9-5,3 12-15 37-46 82-96 28-32 31-35
Homem 4,5-5,9 14-18 39-54 93-98 28-32 31-35
Principais Aplicações Clínicas: Diagnóstico diferencial e segmento das anemias e poliglobulinemias.
FERRITINA
Material: Soro.
Preparo do paciente: Jejum de 8 horas.
Método: Quimioluminescência automatizada
Valor de referência:
Homens: 18 a 370 ng/mL
Mulheres: 9 a 120 mg/mL
Principais Aplicações Clínicas: Indicado no diagnóstico diferencial de anemia. Seu nível reflete estoques celulares de ferro. Eleva-se, inespecificamente, nos processos inflamatórios. Usado ainda no diagnóstico e segmentoterapêutico de pacientes com hemocromatose.
FERRO
Sinonímia: Ferro total, ferro sérico.
Material: Soro.
Preparo do paciente: Jejum mínimo de 8h (obrigatório), máximo de 12h. para controle terarapêutico, é aconselhável colher a amostra sempre no mesmo horário, preferencialmente na parte da manhã.
Método: Colorimétrico com Ferrozine - automatizado
Valor de referência:
Homens: de 59 a 158 mcg/dL
Mulheres: de 37 a 145 mcg/dL
Recém nascido: de 90 a 240 mcg/dL
Criança: de 35 a 90 mcg/dL
Principais Aplicações Clínicas: O ferro é essencial para a maioria dos organismos vivos, pois participa de numerosos processos vitais, desde os processos oxidativos celulares ao transporte de oxigênio para os tecidos. A homeostasia de ferro é regulada principalmente pela absorção e não pela excreção.
O ferro é transportado no sangue por uma proteína chamada transferrina e armazenado no tecido, ligado a uma proteína chamada ferritina.
A deficiência de ferro é conseqüência de: (1) suprimento inadequado, (2) aumento de demanda, (3) perda sangüínea ou combinação destes. O suprimento inadequado é característico das crianças alimentadas com leite.
Menstruação abundante, hemorragias gastrointestinal, hemorróidas, carcinoma do cólon e parasitoses, são as causas mais comuns de deficiência de ferro sérico, por perda sangüínea no adulto.
Transfusões repetidas, hemocromatose idiopática, cirrose, talassemia e anemia, são as causas mais comuns do aumento do ferro sérico.
GLICOSE
Sinonímia: Glicemia, glicosúria, glicorraquia.
Material: Plasma fluoretado. Líquor, líquidos corporais (pleural, ascítico, sinovial), Urina.
Preparo do paciente: Jejum obrigatório de 12h, máximo de 14h. Urina 12 ou 24h (refrigerar).
Método: Enzimático automatizado
Valor de referência:
Plasma basal: 70 a 110 mg/dL
Líquor: 50 a 80 mg/dL
Urina: negativa
Líquidos ascítico, pleural e sinovial: geralmente acompanha os níveis plasmáticos.
Critérios para diagnóstico da diabetes mellitus
glicemia de jejum igual ou superior a 126 mg/dL
sintomas + glicemia aleatória igual ou superior a 200 mg/dL
glicemia 2h pós dextrosol igual ou superior a 200 mg/dL
Qualquer dos critérios acima deve ser confirmado por qualquer um dos 3 critérios acima da data subseqüente. Sempre que houver dúvida deve ser realizado o TOTG.
Principais Aplicações Clínicas: Diagnóstico das hiper e hipoglicemias. Para suspeita de diagnóstico de diabetes é necessário valor igual ou superior a 125 mg/dL na amostra de jejum. O diagnóstico de hipoglicemia se estabelce com valores abaixo de 50 mg/dL para adulto e de 40 mg/dL para o recém nascido.
Valores elevados de glicose ocorrem nos vários tipos de diabetes primárias, nos estados de intolerância à glicose e nas diabetes secundárias a várias doenças (hipertireoidismo, hiperpituitarismo e hiperadrenocorticismo, etc.). Quando a ocorrência de sintomas de hipoglicemia é relacionada a alimentação, duas formas de hipoglicemia podem ser definidas:
1 – hipoglicemia de jejum: (1) hiperinsulinismo endógeno (insulinoma e sulfonilurea), (2) hiperinsulinismo exógeno (factício), (3) tumores extrapancreáticos, (4) síndrome auto imune (formação espontânea de anticorpos para receptores da insulina), (5) insuficiência supra-renal e ou hipofisária, (6) doença hepática grave e (7) alcoolismo.
2 – hipoglicemia pós-prandial: (1) hipoglicemia alimentar, (2) hipoglicemia do diabético tipo II e do paciente com intolerância a glicose e (3) hipoglicemia funcional ou reativa.
HEMOGRAMA
Sinonímia: Eritrograma + leucograma + plaquetas
Material: Sangue total colhido em EDTA.
Preparo do paciente: Jejum não necessário.
Método: Automatizado, Skater Laser.
Valor de referência:
Idade Global de Neutrófilo Eosinófilos Basófilos Linfócitos Monócitos
leucócitos segmentado /mm3 /mm3 (x103/mm3) /mm3
(x103) (x103)
Nascimento 9-34 17-22,5 50-65 93-100 33-37 31-35
1 a 7 dias
	Idade
	Global de
Leucócitos
(x103)
	Neutrófilo
Segmentado
(x103)
	Neutrófilos bastonetes
(x103)
	Eosinófilos
/mm3
	Basófilos
/mm3
	Linfócitos
(x103/mm3)
	Monócitos
/mm3
	Ao nascer
	9-34
	6-26
	Até 4,23
	20-850
	Até 600
	2-11
	400-1800
	1 a 7 dias
	9,4-34
	1,5-10
	Até 4,01
	20-850
	Até 600
	2-17
	400-1800
	8 a 14 dias
	5 -21
	1-9,5
	Até 2,2
	20-850
	Até 600
	2-17
	400-1800
	15 a 30 dias
	5 -20
	1-9
	Até 1,9
	20-850
	Até 600
	2,5-16,5
	50-1100
	2 - 5 m
	5-15
	1-8,5
	Até 1,34
	20-850
	Até 600
	4-13,5
	50-1100
	6 - 11m
	5-11
	1,5-8,5
	Até 0,91
	50-700
	Até 200
	4-10,5
	50-1100
	1 - 2 anos
	5-11
	1,5-8,5
	Até 0,89
	Até 650
	Até 200
	1,5-7
	Até 800
	3 - 5 anos
	5-11
	1,5-8,5
	Até 0,96
	Até 650
	Até 200
	1,5-7
	Até 800
	6 -11 anos
	4,5-11
	1,5-8,5
	Até 0,86
	Até 500
	Até 200
	1,5-6,5
	Até 800
	12-15 anos
	4-11
	1,8-8
	Até 0,73
	Até 500
	Até 200
	1,2-5,2
	Até 800
	> 16 anos
	3,8-10
	1,7-8
	Até 0,84
	50-500
	Até 100
	0,9-2,9
	300-900
RDW% (anisocitose): 11,5-15%
Plaquetas: 150 a 450 x 103/mm3
Principais Aplicações Clínicas: Exame útil na avaliação de anemias, infecções bacterianas e viróticas, inflamações, leucemias, processos tóxicos e alterações plaquetárias.
PROTEÍNA C REATIVA
Sinonímia: PCR.
Material: Soro.
Preparo do paciente: Jejum obrigatório de 6h.
Método: Turbidimetria, látex.
Valor de referência: inferior a 5 mg/dL
Principais Aplicações Clínicas: Proteína de fase aguda, elevando-se precocemente nos processos inflamatórios, infecciosos, infarto do miocárdio, neoplasias. É útil na monitoração terapêutica da artrite reumatóide e das vasculites sistêmicas.
PROTEÍNAS TOTAIS E FRAÇÕES
Sinonímia: Albumina e globulina, proteínas T e F.
Material: Sangue (soro). Líquido ascítico, pleural e sinovial.
Preparo do paciente: Jejum obrigatório de 4h.
Método: colorimétrico automatizado
Valor de referência:
Proteínas totais: 6,1 – 7,9g/dL
Albumina: 3,5 – 4,8g/dL
Globulinas: 0,8 – 2,8g/dL
Relação A/G: 1,2 – 2,2g/dL
Líquido sinovial: 1,2 – 2,5g/dL
Líquidos ascítico/pleural: 505 menor que o plasmático
Principais Aplicações Clínicas: O teste no sangue é útil na avaliação do estado nutricional e nas doenças com alterações de proteínas. Na urina é importante na caracterização de doenças renais, tanto glomerulares quanto tubulares. Ajuda no diagnóstico de derrames cavitários (pleural, ascítico, pericárdico), diferenciando transudato (proteína inferior a 3g/dL) e exudato (proteína superior a 3g/dL). No líquor visa a detecção de processos inflamatórios, dentre outros.
SÓDIO
Sinonímia: Na, natriúria e natriemia.
Material: Sangue (soro) sem hemólise. Urina 24h. Urina amostra recente.
Preparo do paciente: Sangue: jejum não obrigatório. Urina 24h: usar HCl 50% mL/L urina ou refrigerar.
Método: Sangue: eletrodo seletivo (ISE).
Urina 24h: fotometria de chama.
Valor de referência: inferior a 5 mg/dL
Principais Aplicações Clínicas:
Sangue:
Exame útil na avaliação do equilíbrio hidroeletrolítico. A hipernatremia ocorre na desifratação hipertônica, no diabetes insipidus, em comas hiperosmolares, entre outras situaçõs. A hiponatremia pode ocorrer na síndrome nefrótica, insuficiência cardíaca, desidratação hipotônica, secreção inapropriada de hormônio antidiurético e em nefropatias com perda de sódio.
Urina 24h:
O teste é útil na avaliação do equilíbrio hidro-salino. Importante no diagnóstico diferencial entre oligúria pré-renal (na urinária inferior a 10mEq/L) e renal (na urinária freqüentemente superior a 10 mEq/L). Sódio urinário elevado pode estar presente na insuficiência adrenal, acidose tubular renal, diureticoterapia. A quase totalidade do sódio recebido pelo organismo é, em condições normais, excretado pelos rins. Informação adicional pode ser obtida pela medida da fração de excreção do sódio (normal: 0,5 a 1%). Tal medida implica na determinação do sódio urinário e sérico e creatininas urinária e sérica.
TRANSAMINASE GLUTÂMICO OXALACÉTICA - TGO
Sinonímia: SGOT, GOT, AST, aspartato amino transferase
Material: Sangue (soro).
Preparo dopaciente: Jejum não obrigatório.
Método: Cinético em UV – automatizado.
Valor de referência
Homem: até 38U/L à 37ºC
Mulher: até 32U/L à 37ºC
Principais Aplicações Clínicas: Elevações das transaminases ocorrem na hepatite (viral e tóxica), na mononucleose, cirrose, colestase, metástase hepática, pancreatite, traumatismo extenso e no choque prolongado. Nas hepatopatias agudas geralmente o valor da TGP excede o TGO.
A TGO está quase sempre elevada após o infarto do miocárdio, fato incomum para a TGP. A TGO começa a elevar-se 6 a 12h após o infarto para alcançar o pico máximo entre 24 e 48h, nromalizando-se pelo 5º ou 6º dia.
TRANSAMINASE GLUTÂMICO PIRÚVICA - TGP
Sinonímia: SGPT, GPT, ALT, alanina amino transferase.
Material: Sangue (soro).
Preparo do paciente: Jejum não obrigatório.
Método: Cinético em UV – automatizado.
Valor de referência:
Homem: até 41U/L à 37ºC
Mulher: até 31U/L à 37ºC
Principais Aplicações Clínicas: idem TGO
TRANSFERRINA
Sinonímia: siderofilina, capacidade total de ligação do ferro.
Material: Sangue (soro).
Preparo do paciente: Jejum obrigatório de 4h. Colher sangue preferencialmente pela manhã.
Método: Nefelometria.
Valor de referência:
3 meses a 10 anos: 203 – 360mg/dL
Adultos: 200 – 400mg/dL
Grau de saturação: 20 – 55%
Principais Aplicações Clínicas: Determinação útil na investigação das anemias microcíticas e da hemocromatose. A transferrina está elevada na maioria das infecções crônicas, insuficiência renal crônica, doença hepática grave e síndrome nefrótica. Está diminuída nas infecções agudas de natureza infecciosa, inflamatória ou traumática.
URÉIA
Sinonímia: uremia.
Material: Sangue (soro). Urina 24h. Urina amostra recente.
Preparo do paciente: Sangue: jejum obrigatório de 4h.
Urina 24h: sem conservante – refrigerar.
Método: Enzimático em UV UREASI/GLDH automatizado
Valor de referência:
Sangue: 10 – 50mg/dL
Urina 24h: 20.000 – 35.000mg/24h
Clearence de uréia:
Com diurese superior a 2mL/min 75mL/min
Com diurese inferior a 2mL/min 54mL/min
Urina amostra recente e urina 6 ou 12h: a critério médico
Principais Aplicações Clínicas: Fisiologicamente a uréia se eleva devido a dieta hiperprotéica ou com a idade. Diminui com a gravidez normal e nos indivíduos submetidos a dieta com baixo valor protéico e alto teor glicídico. Elevações da uréia ocorrem por formação excessiva: dieta rica em proteínas, catabolismo elevado (febre, septicemia) e hemorragias internas. As elevações por defeito de excreção se devem a causas pré-renais (ICC), causas renais como nefrite, pielonefrite e insufuciência renal aguda. A uréia começa a se elevar no sangue quando a velocidade de filtração glomerular é menor a 10mL/min.
As causas pós-renais são obstruções no trato urinário (cálculos, carcinomas ou pólipos). Diminuições da uréia não tem expressão clínica e são encontradas na soro terapia com carboidratos, devido a problemas de diluição, redução do catabolismo protéico e aumento da diurese.

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