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Direitos Humanos - Aula 03 - O Utilitarismo

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O Utilitarismo
JUSTIÇA
Michael J. Sandel
naufrágio
A moral é uma questão de avaliar vidas quantitativamente e pesar custos e benefícios?
Certos deveres morais e direitos humanos são tão fundamentais que estão acima de cálculos desta natureza?
Se certos direitos são fundamentais – naturais, sagrados, inalienáveis ou categóricos – como podemos identificá-los?
Jeremy Bentham
O mais elevado objetivo da moral é maximizar a felicidade, assegurando a hegemonia do prazer sobre a dor
Utilidade: qualquer coisa que produza prazer ou utilidade e que evite a dor e o sofrimento
Somos governados pelos sentimentos de prazer e dor
Todo argumento moral deve inspirar-se na idéia de maximizar a felicidade
Arrebatando mendigos
Para os sensíveis a visão de um mendigo produz sentimento de dor; para os insensíveis, causa repugnância
Encontrar mendigos reduz a felicidade do público em geral
A soma do sofrimento do público é maior do que a infelicidade que os mendigos levados para o abrigo possam sentir
Objeção 1: direitos individuais
Para o utilitarista, os indivíduos tem importância, mas apenas enquanto as preferências de cada um forem consideradas em conjunto com as de todos os demais
Cristãos aos leões: êxtase coletivo dos expectadores
Argumento utilitarista contrário: torna os romanos menos civilizados; dissemina o medo entre cristãos; tais efeitos podem causar mais dor que prazer
Não falta algo moralmente importante a este raciocínio?
A tortura é justificável?
Bomba-relógio: os números fazem uma diferença moral?
Se um determinado número de vidas estiver em risco, devemos abandonar nossos escrúpulos sobre dignidade e direitos humanos?
Torturar a filha do suspeito que não sabe das atividades do pai seria moralmente aceitável?
Violar os direito de uma criança inocente, pela felicidade de uma população?
Objeção 2: moeda comum
Moeda comum: preferências tem o mesmo peso
É possível traduzir os bens morais em uma única moeda?
Análise de custo e benefício: racionalidade e rigor para as decisões complexas da sociedade, transformando custos e benefícios em moeda
Transformar em moeda valores de natureza distinta? 
Câncer de Pulmão
Philip Morris: pesquisa demonstra efeitos positivos do tabagismo – morte prematura leva governos a poupar com tratamentos de saúde, pensões e abrigo para idosos
Análise utilitarista incluiria o valor da vida humana
Mas como quantificar o valor de uma vida humana?
Ford Pinto -1970
Defeito de projeto causa explosão do tanque de combustível
Custo de consertar os tanques seria superior ao valor da vida das vítimas, estimado à época em 200 mil dólares por vida e 67 mil dólares por queimadura
Este valor foi calculado pelo governo
Não incluiu a perda de futura felicidade da vítima
Desconto para idosos
EPA atribuiu valores diferenciados para a vida humana com base na idade: 3,7 milhões por vida salva em consequência do ar mais puro, com exceção aos maiores de 70 anos, com vida estimada em 2,3 milhões
Ganho financeiro , por acidente fatal, de dirigir mais rápido 10Km/h equivaleria a 1,54 milhões de dólares, o preço de uma vida humana
Custo do sofrimento
Extração de um dente $ 4.500
Amputação dedo do pé $ 57.000
Comer uma minhoca	 $ 100.000
Estrangular um gato	 $ 10.000
Viver isolado Kansas	 $ 300.000
Pesquisa década de 1930 – Edward Thorndike
John Stuart Mill
On Liberty: 1859
“No que diz respeito a si mesmo, ao próprio corpo e à própria mente, o indivíduo é soberano”
“Eu vejo a utilidade como a instância final de todas as questões éticas; mas deve ser uma utilidade no sentido mais amplo, baseada nos interesses permanentes do homem como um ser em evolução”
Utilidade no longo prazo
Com o tempo o respeito à liberdade individual levará à máxima felicidade humana
Submeter a opinião da maioria a uma vigorosa contestação de ideias evitará que ela se transforme em dogma ou preconceito
Direitos individuais são moralmente necessários?
Violação de direitos individuais X bem-estar geral
	Individualidade
As faculdades humanas de percepção, julgamento, sentimento discriminativo, atividade mental e até mesmo a preferência moral só são exercitadas quando se faz uma escolha. Aquele que só faz alguma coisa porque é o costume não faz escolha alguma. Ele não é capaz de discernir nem de desejar o que é melhor. As capacidades mentais e morais, assim como as musculares só se aperfeiçoam se forem estimuladas (…) Quem abdica de tomar as prórpias decisões não necessita de outra faculdade, apenas da capacidade de imitar, como os macacos. Aquele que decide por si emprega todas as suas faculdades 
Utilitarismo - 1861
“alguns tipos de prazer são mais desejáveis e mais valiosos do que outros”
“Entre dois prazeres, se houver um que obtenha a preferência de todos ou de quase todos que tenham experimentado ambos, independentemente de qualquer sentimento de obrigação moral para tal preferência, esse será o prazer mais desejável”
Comédia ou Platão?
Shakespeare X Simpsons
Maior preferência aos Simpsons, mas Shakesperare proporciona prazer mais elevado
Amor pela liberdade e independência pessoal
É melhor ser Sócrates insatisfeito do que um tolo satisfeito
Expressão de fé nas faculdades humanas mais elevadas
Questão 3
Como resolver o dilema da máxima felicidade para o maior número de pessoas, que propiciaria o maior bem-estar à sociedade, em face do direito das minorias?

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