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Parasitologia-1-01

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	V e t e r i n a r i a n D o c s
www.veterinariandocs.com.br
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Parasitologia
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Introdução
Parasitismo: a palavra ‘parasito’, de origem grega, significa ‘um ser que se alimenta de outro’. Parasitismo é a associação essencialmente unilateral, íntima, lenta, direta e estreita, entre duas espécies bem determinadas: o hospedeiro e o parasito. O hospedeiro é indispensável ao parasito que vive à suas custas. A associação é de natureza nutritiva. O parasito retira do hospedeiro o material que necessita para sua sobrevivência. O parasitismo pode ser externo, como o exercido pelos piolhos, pulgas, carrapatos etc., e interno, como o exercido pelos helmintos e protozoários.
Origem: admite-se que os ectoparasitos devem ter tido sua evolução anterior a dos endoparasitos, pois é mais fácil aceitar a adaptação dos seres de vida livre em ectoparasitos do que em endoparasitos. Supõe-se, ainda, que os parasitos do tubo digestivo, eram de vida livre e, por terem sido ingeridos acidental ou intencionalmente por outra espécie, foram capazes de substituir no novo habitat e adaptar-se a ele. A atrofia ou o desaparecimento de certos órgãos que o parasito não precisa mais, por não lhes serem necessários para a preparação de alimentos, a fim de assimilá-los ou para ir em busca, constituem também um forte argumento para comprovar a origem do parasitismo.
Conceitos empregados em parasitologia:
Modalidades de Parasitismo:
1-Em relação ao número de hospedeiros:
Monoxeno: é o parasito que necessita de apenas um hospedeiro para completar o seu ciclo de vida. Pode ser parasito tanto na fase larval como na fase adulta. Ex.: Berne, Ascaris e outros
Heteroxeno: é o parasito que necessita de mais de um hospedeiro para completar o seu ciclo de vida. O parasito utiliza um hospedeiro para sua fase larval e outro para sua fase adulta. Ex.: Fasciola hepática
Autoxeno: é o parasito que no mesmo hospedeiro desenvolve sua fase larval e adulta. As larvas ocupam uma localização e os adultos outra. Ex.: trichinella spiralis
2-Em relação ao tempo de permanência no hospedeiro:
Periódico: é o parasito que em apenas uma determinada fase de sua vida é parasito: Ex.: Pulga (adulto)
Temporário: é o parasito que procura o hospedeiro apenas para se alimentar.
Temporário intermitente: é o parasito que abandona o hospedeiro após se alimentar. Ex.: mosquitos, Triatoma infestans
Temporário remitente: é o parasito que permanece no hospedeiro após se alimentar. Ex.: pulgas, piolhos
Permanente: é o parasito que permanece no hospedeiro durante todas as fases de sua vida. Ex.: Babesia, cestódeos, trematódeos e nematódeos.
3-Em relação à especificidade parasitária:
Estenoxeno: é o parasito que apresenta uma especificidade parasitária restrita a uma determinada espécie de hospedeiro. 	Ex.: Taenia saginata
Eurixeno: é o parasito que apresenta uma especificidade parasitária ampla, parasitando hospedeiros pertencentes a grupos zoológicos distintos. Ex.: Toxoplasma gondii
Oligoxeno: é o parasito que apresenta especificidade limitada, parasitando animais de famílias ou gêneros próximos. Ex.: Echinococcus granulosus​​​
4- Em relação a maior ou menor exigência ao parasitismo:
Acidental: é aquele que sendo saprófilo ou saprozóico acidentalmente entra em contato com o hospedeiro no qual não evoluiu. Ex.: larvas saprozóicas de moscas
Facultativo: é aquele que, normalmente de vida livre, ao entrar em contato com um hospedeiro, nele evoluiu, desempenhando papel de parasito. Ex.: larvas necrófagas (alimentam-se de animais em putrefação) 
Obrigatório: é aquele que pelo menos em uma fase de sua vida necessita de um hospedeiro para completar seu ciclo vital. Ex.: berne
5- Em relação à nutrição:
Estenotrófico: é o parasito que exige um único tipo de alimento para sua nutrição. Ex.: piolhos (nutrem-se de sangue).
Euritrófico: é o parasito que se nutre das mais diversas substâncias que encontra no organismo hospedeiro
6- Em relação à localização:
Ectoparasito: é o que se localiza na superfície externa do hospedeiro, como pele, pêlo e cavidades naturais. Ex.: pulgas, piolhos, carrapatos
Endoparasito: é o que se localiza nos sistemas circulatório, respiratório, digestivo, urinário, genital, nervoso e musculatura. Ex.: Babesia, Ascaris
Hiperparasito: é o que se localiza em outro parasito. Ex.: ciscos com larvas de cestódeos em cestódeos parasitos de peixe
Parasito auxiliar: é o utilizado para destruir espécies patogênicas. 
7-Em relação ao habitat:
Normal: é o parasito que só consegue completar seu ciclo vital quando a evolução é em seu hospedeiro adequado.
Errático: é o parasito que, vivendo no seu hospedeiro normal, não atinge o órgão adequado, localizando-se em outra região. Ex.: Ascaris suum
Extraviado: é o parasito habitual de um determinado hospedeiro que se implanta em outro. Ex.: Ancylostoma braziliense (habita intestino de cães e gatos, mas em humanos, pode habitar apenas a pele – bicho geográfico)
8- Em relação às gerações:
Monogênico: é o parasito que não apresenta alternância de gerações. Ex.: Ascaris suum (ascaridíase em porcos).
Heterogênico: é o parasito que apresenta alternância de gerações. Ex.: Taenia, Fasciola 
*Reservatório natural: é o hospedeiro adaptado ao parasito e responsável pela sua disseminação a espécies. Ex.: Hydrochoerus cabipara é o reservatório do Trypanossoma evansi.
*Portador: é o indivíduo infectado que não apresenta sinais, mas que pode transmitir a doença a outro hospedeiro.
Ação dos parasitos:
	
1-Ação mecânica: é a que, sem lesar diretamente o órgão, se manifesta por obstrução, compressão e traumatismo.
Obstrutiva: é a que se manifesta pela presença do parasito obstruindo vasos e órgãos ocos, dificultando seu funcionamento.
Compressiva: é a que se manifesta quando o aumento do volume de um órgão comprime outros órgãos.
Traumática: é a lesão de tecido que os parasitos causam ao se fixarem e ao se alimentarem no hospedeiro.
Destrutiva: é a ocasionada por contato demorado do parasito com os tecidos hospedeiros. Ex.: larvas de Ancylostoma
Pungitiva: é a provocada pela picada de artrópodes hematófagos.
2-Ação tóxica: é a que ocorre em conseqüência da introdução no hospedeiro de secreções e excreções produzidas pelo parasito ou de substâncias que constituem seu corpo.
	2.1-	Exotoxina: é a substância que o parasito produz durante sua vida.
	2.2-	Endotoxina: é a substância que o parasito libera ao morrer.
3-Ação espoliadora: é a ocasionada pelos parasitos ao absorverem as substâncias nutritivas do organismo do hospedeiro.
Períodos parasitológicos:
Período Pré-Patente (PPP): é a fase que decorre desde a entrada do parasito no hospedeiro até a manifestação dos seus ovos, cistos ou outras formas do seu ciclo evolutivo, evidenciados por processos laboratoriais específicos.
Período Patente (PP): é o decurso de tempo durante o qual os parasitos podem ser facilmente demonstrados, por técnicas diversas. O período patente termina quando os ovos, cistos ou outra formas do seu ciclo biológico não podem mais ser revelados.
Período Subpatente (PSP): é aquele em que não é possível revelar a presença do parasito através de seus ovos, cistos ou outro estado do seu ciclo evolutivo. A este período segue-se novamente um novo período patente.
REINO FILO > CLASSE > ORDEM > FAMÍLIA > TRIBO > GÊNERO > ESPÉCIE
HELMINTOLOGIA – Platyhelminthes (Endoparasitos)
	Os vermes mais inferiores são os Platelmintos. Seu corpo é delgado e deprimido. Este filo compreende três classes:
		-Turbelaria: vida livre. Seu habitat é a água doce, salgada ou terra úmida. Corpo não segmentado, tegumento ciliado e tubo digestivo incompleto.
		-Trematoda: parasitos internos ou externos. Corpo não segmentado e tubo digestivo incompleto.
		-Cestoda: parasitos intestinais dos vertebrados. Corpo segmentado e tubo digestivo ausente.
1-CLASSE CESTODA: achatados, aspecto de fita,vulgarmente conhecidos como ‘solitária’, tem o corpo segmentado, cutícula lisa, tubo digestivo ausente, possuem órgãos de adesão (ventosas, acúleos, situados na extremidade anterior), são hermafroditas (monóicos), são parasitas de intestino delgado, heteróxeno (necessitam de mais de um hospedeiro para completar seu ciclo evolutivo).
	Face ventral: é considerada aquela a qual se abre o útero.
	Corpo: dividido em 3 partes – escólex, colo e estróbilo.
	1-Escólex: porção mais anterior, destinada à adesão e fixação. No escólex existe: ventosas, botrídios, pseudobrotídios, rostelo e acúleos.
	2-Colo: é a parte mais fina não segmentada que liga o escólex ao estróbilo. 
	3-Estróbilo: cadeia de segmentos denominados proglótides, variam em número, tamanho e forma. Quando mais perto do colo mais nova é a proglótide, e quanto mais longe, mais velha.
*Deslocamento das proglótides: anapólise
*Não deslocamento das proglótides: hiperapólise
	Tegumento: formado por muitos poros que fazem a nutrição, apresentam microtríquias (microvilosidades) que facilitam a absorção.
-Aparelho digestório: ausente, nutrição por difusão/osmose
-Aparelho respiratório e circulatório: ausentes
-Aparelho excretor: chamado de osmorregulador, contém numerosas células flamas.
-Sistema nervoso: formado por gânglios, situados no escólex.
-Aparelho genital masculino: testículos, pode estar envolvido pela ‘bolsa do cirro’. O ducto deferente termina no ‘átrio’, local onde abre-se a vagina também.
	*Nos Cyclophyllidea, o átrio genital é lateral.
	*Nos Pseudocyclophyllidea o átrio é ventral.
-Aparelho genital feminino: ovário duplo ou único. Possuem glândulas vitelogênicas que produzem vitelo.
	*Útero: nos Pseudocyclophyllidea possuem um poro para que os ovos sejam expelidos, poro = tocóstomo.
		 Cyclophyllidea não possuem o poro (tocóstomo).
-Localização: parasitos de intestino delgado, não são digeridos por sucos digestivos onde vivem. Na forma larval pode parasitar órgãos (musculatura, fígado, pulmão, cérebro).
-Nutrição: por difusão/osmose por não terem tubo digestivo.
	
	SISTEMÁTICA:
1-Cyclophyllidea: cestódeos com 4 ventosas;
2-Pseudocyclophyllidea: cestódeos com 2 pseudobotrídeos;
3-Tetraphyllidea: cestódeos com 4 botrídeos, parasitam peixes, anfíbios e répteis;
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
1-ORDEM: Pseudocyclophyllidae: cestódeos com 2 pseudobotrídios, poro genital ventral e ovo operculado.
	Ciclo evolutivo: os ovos quando expulsos e em contato com a água faz se formar o embrião que é ciliado e móvel (coracídio). Quando ingerido pelo 1º hospedeiro intermediário, a larva se chama ‘pró-cercóide’ que passa para o 2º hospedeiro intermediário e quando ingerido pelo hospedeiro definitivo vai originar o helminto adulto.		 
FAMÍLIA: 
1-Diphyllobothriidae: possui duas pseudobotrídias bem nítidas. Proglotização bem visível. Ovário único. Orifícios genitais ventrais e medianos. Parasitam aves e répteis.
	GÊNERO:
	1-Diphyllobothium latum: estróbilo formado por proglótides. 7 à 15m de comprimento quando adulto. 
		-Hospedeiro: -Definitivo: homem, canino, felino e suíno.
			 -Intermediário: microcrustáceos, peixes
		-Diagnóstico: método de sedimentação
		-Profilaxia: excretas de humanos não devem ser lançados em rios e lagos. Inspeção sanitária do pescado, não consumir carne crua de peixe.
	2-Spirometra mansonoides: principal característica é a forma do útero. 25 cm de comprimento quando adulto.
		-Hospedeiro: -Definitivo: carnívoros (principalmente felinos)
			 -Intermediário: microcrustáceos, anfíbios
		-Diagnóstico: método de sedimentação
		-Profilaxia: educação sanitária, evitar comer carne crua de rã e evitar a ingestão de água parada.
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
2-ORDEM: Cyclophyllidae: cestódeos com escólex com 4 ventosas. Poros genitais laterais e ovo não operculado.
	
1-FAMÍLIA: Teniidae: escólex com rostelo, proglótides jovens mais largas do que longas, proglótides grávidas mais largas do que longas.
		Fase larval: cisticerco, hidátide.
GÊNERO:
1-Taenia solium: 2 a 3 metros de comprimento quando adulto.
	-Hospedeiro: -Definitivo: homem
		 -Intermediário: suínos, raramente caninos e felinos.
	-Ciclo evolutivo: as proglótides são liberadas em cadeia com as fezes do homem. Contaminando o solo e água, então, são ingeridos por suínos. O suco gástrico não destrói os ovos, os ovos eclodem e ocorre a adesão das larvas à parede do intestino, passando assim para a corrente sanguínea, e então fixam-se à órgãos, preferencialmente cérebro (cisticerco). O cisticerco depois de desenvolvido é chamado de ‘pipoca’. O homem ingerindo a carne mal cozida/assada com o cisticerco, este se fixa ao intestino do homem.
	-Diagnóstico: proglótides nas fezes (tamisação), método de sedimentação e inspeção da carne.
	-Profilaxia: educação sanitária, tratamento do indivíduo parasitado e inspeção sanitária.
2-Taenia saginata: mede de 3 a 8m de comprimento quando adulto
	-Hospedeiro: -Definitivo: homem
		 -Intermediário: bovino, raramente ovinos.
	-Ciclo evolutivo: parecido com o da T. solium mas as proglótides podem sair sem o ato da defecação. 
	-Diagnóstico: proglótides nas fezes e método de sedimentação;
	-Profilaxia: semelhante ao da T. solium.
3-Taenia ovis: mede de 45cm à 110cm de comprimento quando adulto.
	-Hospedeiro: -Definitivo: caninos
		 -Intermediário: ovino e caprinos.
	-Diagnóstico: exame parasitológico e inspeção das carcaças abatidas e ovinos.
	-Profilaxia: exame de fezes em cães, tratamento dos cães com anti-helminticos e não alimentar cães com vísceras cruas de ovinos e caprinos.
4-Hydatigera: Hydatigera taeniaformis: estróbilo constituído de proglótides muito curtas na região anterior. Mede de 15cm à 60cm de comprimento quando adulto.
	-Hospedeiro: -Definitivo: gato e cão
		 -Intermediário: rato e morcegos
	-Ciclo evolutivo: a defecação de algum gato contaminado serve de alimento para ratos e morcegos, e esta alimentação dá origem à um cisticero (fígado) nesses animais. O gato alimentando-se de ratos ou morcegos que foram infectados dará origem à tênia.
	-Diagnóstico: método de sedimentação e proglótides nas fezes.
	-Profilaxia: combate à ratos e morcegos e anti-helmínticos para gatos.
5-Multiceps: 
ESPÉCIE:Multiceps multiceps: mede de 40cm à 1m de comprimento quando adulto.
	-Hospedeiro: -Definitivo: caninos
		 -Intermediário: ovinos, bovinos e eqüinos.
	-Ciclo evolutivo: o cão defeca em pastagens, herbívoros alimentam-se desta pastagem contaminada. O ovo é ingerido e eclode no intestino delgado e caí na corrente sanguínea. No encéfalo se torna uma ‘larva cenuro’ e forma-se uma vesícula em volta desta. O cão ao se alimentar de encéfalos de herbívoros mortos, se infestará com a larva que se alojará no intestino.
	-Diagnóstico: método de sedimentação.
	-Profilaxia: anti-helmínticos aos cães e evitar que os cães se alimentem de encéfalos de animais mortos.
6-Echinococcus: teniidae de pequenas dimensões, não tendo mais do que 4/5 proglótides. Possui poros genitais alternados. Testículos laterais e anteriores aos órgãos femininos.
ESPÉCIE: Echinococcus granulosus: medem de 3mm a 6mm de comprimento quando adultos. Contém 3/4 proglótides no estróbilo. Possui ovário em forma de ferradura.
	-Hospedeiro: -Definitivo: caninos e felinos
		 -Intermediário: ovinos, bovinos, suínos, etc.
	-Localização: forma adula se localiza no intestino delgado. E na forma jovem (hidátide) no fígado e pulmões.
	-Ciclo evolutivo: as proglótides grávidas são eliminadas junto com as fezes do cão contaminado assim eliminando ovos no solo. Os hospedeiros intemediários (ovinos, bovinos, suínos) secontaminam pela alimentação e a eclosão ocorre no intestino delgado destes animais.
*Não ocorre a eclosão destes ovos em intestino de carnívoros por causa da composição da bile.
	O embrião então atravessa a parede do intestino e chega à circulação sanguínea. O embrião fixa-se à um órgão e modifica-se para originar a ‘hidátide’ (forma larval) 
	-Diagnóstico: presença de proglótides nas fezes (tamisação) e o método de sedimentação.
	-Profilaxia: educação sanitária, anti-helmínticos, evitar que cães comam vísceras de animais como ovinos, suínos, etc. Inspeção sanitária de matadouros.
2-FAMÍLIA: Hymenolepedidae: escólex com rostelo, poros genitais unilaterais, parasitos de mamíferos e aves, larva cisticercóide em insetos.
	GÊNERO:
	1-Hymenolepis carioca: escólex periforme. Colo longo. Proglótides mais largas do que longas. Orifícios genitais unilaterais. 3 testículos por proglótide. Medem de 3 a 8cm de comprimento.
		-Hospedeiro: - Definitivo: galináceos
			 -Intermediário: insetos
		-Ciclo evolutivo: proglótides grávidas são expelidas com fezes pelo galináceo contaminado. Insetos se alimentam das fezes (ovos) e nestes animais há a formação da larva cisticercóide. Então galináceos ingerem esses insetos contaminados e se infectam. 	
		-Diagnóstico: método de sedimentação.
		-Profilaxia: tratamento de galináceos com anti-helmínticos
	2- Hymenolepis cantaniana: igual à H. carioca.
3-FAMÍLIA: Davaineidae: ciclofilídeos com escólex provido de rostelo com coroa. Aparelho genital simples ou duplo. Útero persistente ou temporário (transformando-se em cápsulas ovíferas). Parasitos do intestino delgado de aves. Larva cisticercóide em insetos e moluscos.
	GÊNERO:
	1-Davainea: estróbilo com reduzido número de proglótides. Orifícios genitais unilaterais ou alternados. Útero transformando-se em cápsula ovígea. Larva cisticercóide em moluscos.
	ESPÉCIE: 
Davainea proglottina: escólex com acúleos em forma de ‘T’. Colo curto. Estróbilo de 3/9 proglótides. Testículos pouco numerosos, dispostos na região posterior da proglótide. Mede de 0,5 à 4mm de comrpimento.
		-Hospedeiro: -Definitivo: galináceos
			 -Intermediário: diversos moluscos gastrópodes
		-Ciclo evolutivo: proglótides grávidas são liberadas ao meio pelas fezes. Moluscos se alimentam das fezes (ovos) e assim originam larvas cisticercóides. E então estes moluscos podem servir de alimento para galináceos que se contaminam com a larva.
		-Diagnóstico: proglótides nas fezes e método de sedimentação.
		-Profilaxia: anti-helmínticos às aves
	2- Raillietina: contém muitas proglótides. Testículos numerosos. Parasitam mamíferos e aves, larva cisticercóides em insetos.
	
ESPÉCIES:
1-Raillietina tetragona: o escólex é tetrágono. Colo é curto. Estróbilo com mais de 15 proglótides, as primeiras são curtas e trapezoidais e as do terço final são mais longas que largas. Poros genitais unilaterais. Mede de 1cm à 25cm de comprimento.
		-Hospedeiro: -Definitivo: galináceos
			 -Intermediário: insetos em geral
		-Ciclo evolutivo: galináceos se infectam ao ingerirem os hospedeiros intermediários com cisticercóides. Insetos se contaminam pela ingestão de cápsulas ovígeas (contendo 6 a 12 ovos), eliminado junto com a fezes de galináceos.
		-Diagnóstico: identificação de cápsulas ovígeas pelo método de sedimentação.
	2-Raillietina cesticillus: colo não visível. Poros genitais situados no terço anterior. Contém de 18 a 30 testículos por proglótides. O útero se transforma em cápsula ovígea e cada cápsula contém só um ovo. Mede de 4cm à 13cm de comprimento.
		-Hospedeiro: -Definitivo: galináceos
			 -Intermediário: insetos
		-Ciclo evolutivo: mesmo que o anterior.
		-Diagnóstico: método de sedimentação.
		-Profilaxia: anti-helmínticos para aves.
4-FAMÍLIA: Dilepididae: escólex com rostelo. Colo longo. Aparelho genital simples ou duplo. Poro genitais laterais. Útero com forma variável. Testículos numerosos. Larva cisticercóide em invertebrados.
	GÊNERO:
1-Dipylidium: escólex com rostelo com coroa de acúleos com aspecto de espinho de roseira. Órgãos reprodutores duplos. Poros genitais bilaterais. Testículos numerosos. Útero se transforma em cápsula ovígea. Parasitam carnívoros e larvas cisticercóides em insetos.
ESPÉCIE:
Dipylidium caninum: colo extensível. Cerca de 300 testículos por proglótide. As cápsulas ovígeas contêm 30 ovos. Mede de 20 a 60cm de comprimento.
	-Hospedeiro: -Definitivo: caninos e felinos
		 -Intermediário: insetos
	-Ciclo reprodutivo: Proglótides grávidas são eliminadas espontaneamente ou com fezes, liberando as cápsulas ovígeas contendo ovos. Insetos se alimentam destas fezes com ovos. Estes ovos se transformam em cisticerco no inseto e o animal (hosp. Definitivo) ingere o inseto e se contamina.
	-Diagnóstico: proglótides ao redor do ânus. Cápsulas ovígeas pelo método de sedimentação.
	-Profilaxia: anti-helmínticos para cães. Combate à pulgas e piolhos. Educação sanitária do homem.
5-FAMÍLIA: Anoplocephalidae: escólex sem rostelo e acúleos. Ventosas espessas. Proglótides mais largas que longas por todo o estróbilo. Poros genitais uni ou bilaterais. Ovos da maioria das espécies com aparelho ‘piriforme’. Larva cisticercóide em artrópodes.
	GÊNERO:
	1-Anoplocephala: proglótides aumentam rapidamente de largura à medida que se afastam do escólex. Poros genitais unilaterais. Testículos números. Ovos com aparelho piriforme bem desenvolvido. Parasito de eqüinos.
	ESPÉCIE:
	1-Anoplocephala perfoliata: proglótides espessas e somente aderidas à parte central. Mede de 3 a 8 cm de comprimento.
		-Hospedeiro: - Definitivo: eqüinos
			 -Intermediário: ácaros de vida livre
		-Diagnóstico: método de flutuação
	2-Anoplocephala magna: mede até 30 cm de comprimento.
		-Hospedeiro: -Definitivo: eqüinos
			 -Intermediário: ácaros de vida livre
		-Diagnóstico: método de flutuação
	GÊNERO:
	2-Paranoplocephala: poros genitais unilaterais ou alterados. Testículos numerosos. Ovos com aparelho piriforme.
	ESPÉCIE:
	1-Paranoplocephala mamillana: escólex tetrágono. Proglótides mais largas a partir do escólex, até um ponto máximo. Poros genitais unilaterais. Mede de 1 a 5cm de comprimento.
		-Hospedeiro: -Definitivo: eqüinos
			 -Intermediário: ácaros de vida livre
		-Diagnóstico: método de flutuação.
	GÊNERO:
	3-Moniezia: poros genitais bilaterais. Glândulas interproglotidianas por toda a largura da proglótide. Testículos numerosos. Ovos com aparelho piriforme. Parasitos de ruminantes.
	ESPÉCIES:
	1-Moniezia expansa: escólex com ventosas com aberturas em forma de fendas. Glândulas interproglotidianas por todo a largura da proglótide. Mede de 1 a 5m de comprimento.
		-Hospedeiro: -Definitivo: ovinos, caprinos e bovinos
			 -Intermediário: ácaros de vida livre
		-Diagnóstico: método de flutuação
	2-Moniezia bedeni: escólex com ventosas com aberturas em forma circulares. Glândulas interproglotidianas em curta fileira. Mede de 0,5 a 4m de comprimento.
		-Hospedeiro: -Definitivo: bovinos e ovinos
			 -Intermediário: ácaros de vida livre
		-Diagnóstico: método de flutuação
		
		-Ciclo evolutivo: (para as espécies anteriores): estas espécies eliminam suas proglótides maduras em cadeias ou isoladas juntamente com as fezes de seu hospedeiro. Contaminando o solo (capim). Quando o ovo for ingerido por um ácaro ou inseto, o embrião é liberado e dá origem à larva cisticercóide.
	GÊNERO:
	4-Thrypanosoma: anaplocephalidae com a margem posterior com proglótides franjadas.Órgãos reprodutores duplos. Poros genitais bilaterais. Testículos numerosos (situados entre os ovários). Ovos com aparelho piriforme. Parasitos de ruminantes e larvas cisticercóides em insetos. Possuem órgãos parauterinos.
	ESPÉCIE:
	1-Thrypanosoma actinioides: escólex esférico, com 4 ventosas. Estróbilo formadopor proglótides mais largas que longas. Órgãos sexuais duplos. Poros genitais bilaterais. Ovos desprovidos de aparelho piriforme. Mede de 35cm à 80cm de comprimento.
		-Hospedeiro: -Definitivo: ruminantes
			 -Intermediário: insetos
		-Diagnóstico: método de flutuação
		-Ciclo evolutivo: esta espécies elimina suas proglótides maduras. Mas os ovos permanecem nos órgãos parauterinos. Para eliminação dos ovos as proglótides ficam na conformação de ‘meia-lua’ fazendo com que se expulse os ovos.
	
		-Proxilaxia: (para espécies de Anoplocephala, Paranoplocephala, Moniezia e Thrypanosoma): tratar os animais com anti-helminticos, evitar o pastoreio de animais portadores de anoplocefalídeos e desviar animais de campos úmidos e sombrios que favorecem o contágio.
2-CLASSE TREMATODA: aspecto de folha, corpo não segmentado, cutícula nua ou espinhosa, tubo digestivo incompleto, ventosas como órgãos de adesão, hermafroditas (monóicos – com exceção do gênero Schistosoma que é dióico), monoxeno ou heteroxeno. Dividido em 3 ordens, mas só é estudada uma.
	ORDEM:
	1-Digenea: heteróxeno. O parasito adulto parasita vários órgãos do hospedeiro de todas as classes de vertebrados e a larva (miracídio).
	-Tegumento: cutícula lisa, mas algumas espécies podem apresentar escamas com minúsculos espinhos quitinosos.
	-Ventosas: órgãos de adesão. Geralmente em número de 2 com força de taça. A ventosa que circunda o orifício oral é chamada de ‘ventosa oral’ e a outra em situação ventral é chamada de ‘ventosa ventral – acetábulo’.
	-Tubo digestivo: é incompleto, em funo de saco.
	-Sistema excretor: numerosas células flama.
	-Sistema nervoso: gânglios e nervos.
	-Sistema reprodutor: geralmente 2 testículos os quais tem ductos deferentes que terminam no órgão copulador (cirro – podendo ou não apresentar a bolsa). Um único ovário.
	FAMÍLIA:
	1-Fasciolidae: trematódeo foliáceo, cutícula espinhosa, 2 ventosas, poro genital anterior ao acetábulo, ovários e testículos ramificados, glândulas vitelínicas laterais, heteróxeno. Parasitam os canais biliares e intestino de mamíferos. Larvas em moluscos gastrópodes.
	GÊNERO:
	1-Fasciola: extremidade anterior com uma saliência cônica (cone encefálico). Cutícula espinhosa. Útero com circunvoluções de aspecto rosáceo. Ovos grandes. Parasitam herbívoros.
	ESPÉCIE:
	1-Fasciola hepática: cor castanha, região anterior mais larga e a posterior mais estreita. Tegumento revestido por espinhos. Ventosa circular. Ovos opeculados. Mede de 2 à 3cm de comprimento.
		-Hospedeiro: -Definitivo: ruminantes, eqüinos, suínos.
			 -Intermediário: moluscos
		-Localização: canais biliares
		-Nutrição: sangue do tecido hepático
		-Ciclo evolutivo: Ovos saem das fascíolas adultas pelo canal do colédoco e para seu desenvolvimento necessitam de um meio líquido. Necessita de temperatura e ambiente adequados para que o miracídio saia do ovo. O miracídio é atraído por substâncias químicas produzidas pro moluscos. Então penetram pelas partes moles do molusco e após 2 semana se transforma em ‘esporocisto’. Estes esporocistos darão origem as ‘rédias’ (cada esporocisto dá origem à 8-40 rédias). E as rédias darão origem às cercárias’ (1 rediá dá origem à 20 cercárias). As cercarias caem na água e nadam ativamente, um tempo depois perdem a cauda e tornam-se esféricas ao se fixarem à alguma planta aquática, e assim através de glândulas cistogênicas segrega em torno de si um cisto, chamado-se agora metacercária’ tornando-se infectante. O animal se alimenta de vegetação a beira rio, lago, e é contaminado. Então há 2 etapas (a ativação e liberação da fasciola). A ativação ocorre no rúmen, com a temperatura ideal e CO2 também. A liberação do cisto ocorre no duodeno. As fasciolas se alimentam da parede do intestino, perfurando-a, e depois de 4 dias chegam ao tecido hepático.
		-Diagnóstico: método de sedimentação, necropsia
		-Profilaxia: combater moluscos e destruir o parasito durante sua vida na água.
	FAMÍLIA:
Paramphistomatidae: trematódeos de corpo cônico, ovário posterior aos testículos. Glândulas vitelinas laterais bem desenvolvidas. Poro excretor dorsal terminal.
GÊNERO:
Paramphistomum: parasito de ruminantes. Corpo mais afilado. Ventosa oral sem divertículo.
ESPÉCIE:
Paramphistomum cervi: corpo cônico, mais largo posteriormente. Cor vermelha. Ovos ovóides operculados. Mede de 5 a 15mm de comprimento.
-Hospedeiro: -Definitivo: ruminantes		
	 -Intermediário: moluscos.
-Ciclo evolutivo: ovos são liberados para os exterior pelas fezes dos ruminantes contaminados. Devem chegar à água com temperatura de 15ºC à 25ºC eclodindo assim um miracídio que penetra nos gastrópodes. Posteriormente formando um esporocisto e depois uma rédia. As rédias originam cercarias que se fixam à plantas aquáticas dando origem às metacercárias.
-Diagnóstico: método de sedimentação e necropsia.
GÊNERO:
2-Balanorchis: corpo cônico e largo. Ventosa ventral pequena situada posteriormente a abertura grande. Parasito de bovinos.
ESPÉCIE:
1-Balanorchis anastrophus: orifício oral é circundado por 12 a 15 prolongamentos em forma de papilas. A glândulas vitelinas são laterais. Medem de 3 a 7mm de comprimento.
		-Hospedeiro: -Definitivo: bovinos e cervo
		-Intermediário: desconhecido
		-Localização: rúmen
FAMÍLIA:
3-Dicrocoeliidae: trematódeo de corpo deprimido, alongado e tarnslúcido. Ovário posterior aos testículos. Poro genital mediano situado entre as ventosas oral e ventral. Glândulas vitelinas laterais bem desenvolvidas. Circunvoluções uterinas ocupando toda a região posterior do ovário.
GÊNERO:
1-Eurytrema: corpo largo, cutícula escamosa. Ventosas grandes e proeminentes. Testículos situados um do lado do outro. Parasito de mamíferos e aves.
ESPÉCIE:
1-Eurytrema coelomaticum: cor vermelha e forma oval. Glândulas vitelina com número de 6 ou 8 em cada lado. Mede de 8 a 16mm de comprimento.
		-Hospedeiro: -Definitivo: ruminantes, raramente suínos
			 -Intermediário: moluscos e artrópodes.
		-Localização: canais pancreáticos
		-Ciclo evolutivo: molusco se infecta ingerindo ovos de Eurytrema eliminados por fezes. O miracídio, que só eclode no intestino do caracol, atravessa a parede intestinal e pela circulação chega ao pâncreas, onde evolui para o esporocisto. As cercarias se originam no interior dos esporocitos e saem do caracol. No meio ambiente elas se aglutinam. Artrópode ingerem essa ‘aglutinação de cercárias’ que evolui para metacércárias e se torna infectante.
		-Diagnóstico: método de sedimentação.
FILO ACANTHOCEPHALA: helmintos pseudocelomados, de corpo alongado, cilíndrico, recoberto por uma cutícula espessa. Extremidade anterior com tromba revestida por espinho ou acúleos que permitem a fixação.
	-Aparelho digestório, circulatório e respiratório: ausentes
	-Dióicos
	-Heteroxeno
	-Sistema nervoso: gânglios
	-Aparelho genital masculino: 2 testículos alongados, 2 canais deferentes que se unem para formar um único circundados por glândulas de cimento (contém substâncias que protegem a vulva após a cópula). 
	-Aparelho genital feminino: um ovário. 
Referência Bibliográfica:
FORTES, ELINOR. Parasitologia Veterinária. 2ªed. Porto Alegre, Sulina, 1993.
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