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Parasitologia-1-03

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	V e t e r i n a r i a n D o c s
www.veterinariandocs.com.br
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Parasitologia
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CLASSE NEMATODA
ORDEM Enoplida: esôfago cilíndrico, macho com ou sem espículo, parasitos de mamíferos e aves.
SUPERFAMÍLIA Dioctophymoidea: nematódeos de grandes dimensões, avermelhados, boca circundada por uma anel cuticular, 1 espículo e ovo com casca espessa. Extremidade anterior simples e mais afilada que a posterior.
FAMÍLIA Dioctophymatidae: 
ESPÉCIE:
1-Dioctophyma renale: sinônimos (Ascaris renalis, Ascaris visceralis, Strongylus gigas, Eustrongylus gigas). Boca pequena desprovida de lábios, porém circundada por papilas, ovos são elípticos, castanhos e com casca espessa.
	Macho: possui bolsa copuladora campanuliforme e desprovida de raios. Espículo único e longo. Medem de 14cm à 45cm.
	Fêmea: apresentam extremidade caudal obtusa, anus terminal e vulva na extremidade anterior do corpo. Medem de 20cm à 100cm.
	HD: cães, raramente outros animais.
*No Brasil foi descrito no quati, furão, lontra, preguiça e no lobo gurá.
	Localização: rim, cavidade pleural e cavidade abdominal.
	Diagnóstico: sinais clínicos, pesquisa de ovos na urina, radiografia e ultrassonografia.
SUPERFAMÍLIA Trichuroidea: boca simples (lábios pequenos ou ausentes), possui a parte anterior afilada, coloração esbranquiçada, parasito de intestino grosso de vertebrados, 
FAMÍLIA Trichuridae: boca rudimentar, tamanho pequeno à médio, esôfago formado por uma coluna de células secretoras (esticócitos – conjunto: esticossomo), sem musculatura, machos têm apenas 1 espículo e é envolvido por uma bainha dando um aspecto de prepúcio. As fêmeas são ovíparas, os ovos são bioperculados (forma de barril e com 3 cascas).
GÊNERO Trichuris
ESPÉCIE Trichuris sp.: tamanho pequeno à médio (3 à 5cm), extremidade anterior simples e mais afilada que a posterior, são em forma de chicote, machos menores que fêmeas
	HD: -T. suis: suínos
		-T. vulpis: cães
		-T. discolor: bovino e bubalino
		-T. ovis: ovino
		-T. trichura: humano e macaco
		-T. campânula: gatos
	Localização: ceco	
	Ciclo evolutivo: 
Os ovos saem nas fezes e no meio ambiente passam a ovos larvados (L1). O ovo é ingerido diretamente pelo hospedeiro definitivo e a L1 é liberada no intestino delgado e penetra na mucosa cecal e só sai quando adulto ou pode penetrar nas vilosidades do intestino delgado e ir a L4 e na luz ir à adulto, e esse se instala no ceco.
*OBS: não há L5
FAMÍLIA Capillariidae:
GÊNERO Capillaria
ESPÉCIE Capillaria sp.: tamanho pequeno, extremidade anterior mais afilada que a posterior (neste caso, bem visível), fêmeas são ovípras, ovos bioperculados (formato de bandeja), machos com um espículo ou sem, asa caudal presente ou ausente.
	HD e local: -C. plica: carnívoros / rim e bexiga HI: minhoca
			-C. bovis: bovnos / intestino delgado
			-C. hepática:carnívoros, roedores e humanos / fígado
			-C. annulata: galinha e peru / inglúvio
			-C. dujardini: pombos e galinhas / intestino delgado *diagnóstico pode ser feito por raspagem de mucosas.
	Ciclo evolutivo: 
Os ovos saem nas fezes morulados e no ambiente se tornam larvados(L1). Os ovos são ingeridos pelo hospedeiro definitivo em alimentos contaminados e a L1 é liberada no tubo digestivo e penetra na mucosa fazendo as mudas para L2, L3, L4 e adulto e vai ao órgão alvo ou fica no intestino delgado.
*OBS: C. hepática: os ovos não saem nas fezes, pois eles ficam retidos no fígado e a contaminação se dá através do carnivorismo ou da morte do animal.
*OBS2: C.annulata: pode ocorrer hospedeiros paratênicos (anelídeos).
 Diagnóstico: Para diagnóstico usa-se as técnicas de Willis e Hoffman.
SUPERFAMÍLIA Trichinelloidea: parasitos com a extremidade anterior mais grossa que a posterior, macho sem espículo, viviparidade ou oviviparidade.
FAMÍLIA Trichinellidae: nematódeos pequenos, boca simples, fêmeas vivíparas
GÊNERO Trichinella
ESPÉCIE Trichinella spirallis: parasito não registrado no Brasil. Parasito de pequenas dimensões (1 à 4mm), fêmeas vivíparas, causam zoonoses, boca é simples, esôfago muscular no inicio e formado por esticossomo no final, fêmeas maiores que os machos.
	HD: todos mamíferos, aves e répteis.
	Localização: ID
Ciclo evolutivo: Se a carne infectada do porco for consumida crua ou mal cozida, as larvas serão libertadas no estômago, pela digestão, invadirão a mucosa duodenal (onde terá lugar a 4ª muda) e 2 a 3 dias depois completam sua maturação sexual. A produção de larvas tem início 4 a 7 dias depois. Somente os vertebrados de sangue quente podem ser infectados (hábitos carnívoros ou onívoros). A imunidade aumenta com a idade e nas reinfecções (mecanismos complexos).
As fêmeas eliminam de 350 a 1.500 larvas de primeiro estágio, durante 2 a 16 semanas. Parte das larvas são eliminadas com as fezes, enquanto a maioria invade a circulação sanguínea ou linfática sendo disseminada pelo organismo. Evolução se dá na musculatura esquelética. No interior das fibras sofrem três mudas e crescem de 0,1 mm à 1 mm (1 mês). E se enrolam e são isoladas por uma cápsula fibrosa segregada pelo hospedeiro. Nos tecidos humanos, podem permanecer vivas 5 a 10 anos, sem evolução. 
	Diagnóstico: biópsia muscular (triquinoscópio) e teste de ELISA
ORDEM Spirurida: boca com ou sem lábios, esôfago muscular-glandular, fêmea com vulva em posição variável, macho com cauda geralmente enrolada, com asas caudais, papilas pedunculadas e sésseis.
SUPERFAMÍLIA Spiruroidea: ovos elipsóides de casca fina, parasitos de trato digestório, respiratório e ciclo heteróxeno.
FAMÍLIA Spirocercidae
GÊNERO Spirocerca
ESPÉCIE 
1-Spirocerca lupi: tamanho pequeno à médio, boca bilabiada, *cápsula bucal hexagonal, esôfago claviforme (2 porções: muscular e glandular), fêmeas põem ovos larvados e com casca fina (ovos elípticos), machos possuem asa caudal e um espículo 5x maior que o outro, e ocorre a presença do gubernáculo.
	HD: cães
	HI: coleópteros e coprófagos
	Localização: esôfago, estômago e aorta
	Ciclo evolutivo: 
Os ovos saem nas fezes e os hospedeiros intermediários ingerem esses ovos contendo a L1, que no tubo digestivo do  hospedeiro intermediário vai a L3 e o cão se contamina ao ingerir esses coleópteros ou ao ingerir hospedeiros paratênicos (aves). A L3 penetra no tubo digestivo do cão e vai à aorta cranial onde muda para L4 e perfuram as artérias, ganhando os tecidos do esôfago e estômago e aí ocorrer as mudas L5 e adultos. Há formação de tumores onde os parasitos ficam dentro e só quando há fístulas é que ocorre continuidade do ciclo e os ovos saem nas fezes.
Diagnóstico: sinais clínicos, teste coproparasitológicos por método de sedimentação, radiografia e endoscopia.
2- Arcarops strongylina: é desprovido de espinhos e acúleos, parasito pequeno e fino (10 à 22mm), machos com cauda em espiral e espículos desiguais, presença de 2 lábios trilobados, 
	HD: suínos
	Hospedeiro paratênico: besouro coprófagos
	Localização: parede gástrica (úlcera gástrica).
	Ciclo evolutivo: coleópteros ingerem o ovo que se transforma (L1(L2(L3) que assim é ingerido pelo HD.
3-Phisocephalus sexalatus: apresentam corpo afilado na extremidade anterior, presença de papilas cervicais assimétricas (diferencial para Arcarops strongylina), parasitos pequenos (6 à 22mm)
	HD: suínos, raramente bovinos e eqüinos.
	HI: coleóptero coprófagos
	Hospedeiros paratênicos: anfíbios, répteis e aves
Localização: mucosa estomacal, raramente ID.
FAMÍLIA Gongylonematidae: lábios pequenos, cavidade bucal pequena e sem dentes, extremidade anterior contém dilatações (verrugas) dispostas longitudinalmente, parasito do trato digestório de mamíferos e aves.
ESPÉCIE Gongylonema spp.: extremidade anterior com placas cuticulares, macho com espículos desiguais (um deles longo e delgado o outro curto e rígido), asas caudais assimétricas, gubernáculo presente, fêmea com cauda cônica, com vulva próxima aoanus e vagina longa.
4-Gongylonema pulchrum: parasitam o epitélio esofagiano de ruminantes, suínos e eqüinos.
	HD: suínos, eqüinos e r uminantes
	HI: coleópteros coprófagos
	Ciclo evolutivo: HI se infesta pela ingestão de ovos, em seu trato gastrointestinal se transforma em L1 que chega à cavidade geral (abdominal) transformando-se em L3, o HD se infecta alimentando-se do HI.
5-Gongylonema ingluvicola: parasitam a mucosa do papo das aves.
	HD: aves
	HI: coleópteros
SUPERFAMÍLIA Physalopteroidea: muito raros
FAMÍLIA Physalopteridae: orifício oral com lábios laterais, 1 ou mais dentes, cutícula anterior forma um anel perioral (característica da família), macho com asas caudais amplas, fêmea com vulva na porção mediana do corpo, parasitos do trato digestório de anfíbios, répteis, aves e mamíferos.
GÊNERO Physaloptera
ESPÉCIE 
6-Physaloptera praeputialis: apresentam prepúcio na extremidade posterior (ambos os sexos), espículos desiguais.
	HD: carnívoros
	HI: ortóperos e coleópteros
	Localização: estômago
	Ciclo evolutivo: ovos nas fezes de carnívoros, ingestão dos ovos pelo HI, há a evolução de L1 até L3, o HD ingere o HI e se infecta.
SUPERFAMÍLIA Thelazioidea: boca arredondada ou hexagonal sem lábios e circundada por papilas, com ou sem dentes.
FAMÍLIA Thelaziidae: cápsula bucal pequena, com presença ou ausência de dentes, cauda cônica em ambos os sexos, macho com cauda encurvada e asas caudais ausentes, papilas sésseis presentes, espículos desiguais. Fêmea com vulva posterior ou anterior.
GÊNERO Oxyspirura
ESPÉCIE
7-Oxyspirura mansoni: asas cuticulares ao longo do corpo presentes ou ausentes, extremidade posterior de ambos os sexos é cônica, macho com espículos ligeiramente desiguais, possui gubernáculo, parasito pequeno (2cm) 
	HD: aves
	HI: baratas
	Localização: saco conjuntival ou seios nasais.
8-Thelazia californiensis: 
	HD: carnívoros
	HI: moscas
9-Thelazia lacrymalis:
	HD: eqüinos e bovinos
	HI: moscas
10-Thelazia anolabiata:
	HD: aves
FAMÍLIA Tetrameridae: lábios desenvolvidos ou não, dimorfismo sexual acentuado, macho filiforme com corpo espiralado ou cilíndrico, fêmea com corpo espiralado ou globoso com as extremidades mais delgadas que as outras partes do corpo, parasitos de gl. gástricas de aves.
ESPÉCIE
11-Tetrameres confusa: presença de lábios pouco desenvolvidos, macho esbranquiçado filariforme com espinhos ao longo das linhas medianas e laterais (4 à 5mm), fêmea de cor avermelhada (3 à 5mm), ovos com casca fina e embrionados na postura, parasitam pró-ventriculo de pombos, galinhas e perus.
	HD: aves
	HI: ortóperos
SUPERFAMÍLIA Filarioidea: corpo longo e cilíndrico, boca sem lábios ou bilabiada, esôfago muscular-glandular, macho com asas e papilas caudais, presença de espículos desiguais, fêmea com vulva próxima ao esôfago, ciclo heteroxênico, parasitos de vasos sanguíneos, músculos de mamíferos, com hospedeiros intermediários (mosquito, carrapato e pulgas).
FAMÍLIA Onchocercidae: boca simples, anel quitinoso, placas cuticulares cefálicas, machos com espículos em geral desiguais, fêmea com vulva próximo ao anel nervoso.
GÊNERO Dirofilaria:
ESPÉCIE
12-Dirofilaria immitis: parasito filiforme, extremidade anterior arredondada, boca pequena circular e com 6 papilas, macho com a extremidade posterior afilada e espiralada, asa caudal estreita (11 à 20cm), fêmea com extremidade obtusa (25 à 30cm).
	HD: carnívoros
	HI: mosquitos
	Localização: cavidade direita do coração e artéria pulmonar
	Ciclo evolutivo: 
As fêmeas fazem a postura das microfilárias na circulação e a L1 vai à circulação periférica, onde o mosquito ingere essa larva ao fazer o repasto sanguíneo e no estômago do mosquito a larva penetra, depois de 24horas, na mucosa estomacal e vão aos túbulos de Malpighi. Depois de 5 dias ocorre a muda para L2 e depois de mais 10 dias, para L3. Essa vai à cabeça do mosquito e se instala no aparelho bucal, aproveitando o repasto sanguíneo para infectar o cão. As larvas vão então ao tecido subcutâneo, sofrem mudas para L4 e L5 e depois migra pela a circulação periférica para o coração, onde fica o adulto (no ventrículo direito ou na artéria pulmonar).
OBS: É possível infecção transplacentária e cães machos são mais susceptíveis porque o estrógeno confere certa proteção às fêmeas. 
13-Dipetalonema reconditerium: cutícula lisa ou finamente estriada, extremidade anterior arredondada ou com saliências laterais, boca com 8 papilas dispostas em circulo. Macho com extremidade posterior espiralada, asa caudal rudimentar ou ausente (9 à 17mm). Fêmeas vivíparas (20 à 32mm). Possuem grande movimentação.
	HD: cães
	HI: pulgas e carrapatos
	Localização: tecido subcutâneo perirrenal
	Ciclo evolutivo:
	A pulga ao se alimentar de um animal parasitado com microfilárias contamina-se. Essas microfilárias atingem a hemocele das pulgas e passam a L1, L2 e L3. As L3 alojam-se nas peças bucais do artrópode . Quando a pulga pica o cão para sugar sangue há a inoculação das L3 que migram para o tecido subcutâneo onde passam a L4 e L5 (adultos : macho e fêmea). Após a cópula há a liberação de microfilárias na circulação.
* A diferenciação entre essas espécies é importante, uma vez que a infecção por D. immitis em cães, pode resultar em doença e morte, enquanto que a infecção por D. reconditum é transitória e sem conseqüências patológicas. Além disso, no caso de D. immitis, há riscos de transmissão ao homem, tendo como resultado a dirofilariose pulmonar humana, sendo considerada portanto uma zoonose.
* A diferenciação se dá através da morfologia, Dirofilaria a larva é reta com movimentação mais lentae a Dipetalonema a larva é curva com movimentação mais rápida – Técnica de KNOTT (esfregaço e coloração de larvas).
14- Onchocerca cervicalis: filarídeos delgados e esbranquiçados, cutícula estriada reforçada por espessamento em espiral ao longo do corpo (raro em macho). Boca simples, desprovida de lábios e papilas. Macho com extremidade posterior espiral sem asa caudal e espículos desiguais (6 à 7mm). Fêmeas vivíparas, vulva anterior (35 à 50mm).
	HD: eqüinos
	HI: namatóceros
	Localização: ligamento cervical
SUBFAMÍLIA Setariinae
GÊNERO Setaria
ESPÉCIE:
15- Setaria cervi: filarídeos com anel cuticular perioral, presença de várias papilas cefálicas, cutícula estriada transversal, asa cervical ausente. Macho com a extremidade posterior em espiral, sem asa caudal, espículos alados desiguais (40 à 60mm). Fêmea com a extremidade posterior afilada e leve espiral (60 à 120mm).
	HD: bovinos
	HI: culicídeos
	Localização: cavidade peritonial
16- Setaria equina: 
	HD: eqüinos
	HI: culicídeos
	Localização: cavidade peritonial
Ciclo evolutivo geral Setaria: 
As fêmeas fazem a postura das microfilárias na circulação e a L1 vai à circulação periférica, onde o mosquito ingere essa larva ao fazer o repasto sanguíneo . No estômago do mosquito a larva penetra depois de 24 hs na mucosa estomacal e vão aos túbulos de Malpighi. Depois de 5 dias ocorre a muda para L2 e depois de mais 10 dias, para L3. Essa vai à cabeça do mosquito e se instala no aparelho bucal, aproveitando o repasto sanguíneo para infectar o animal. As larvas vão então ao tecido subcutâneo e da pele até a cavidade peritonial o ciclo é desconhecido.
SUPERFAMÍLIA Acuarioidea: nematóides pequenos, lábios desenvolvidos, cavidade bucal estreita, longa e cilíndrica, extremidade com cutícula ornamentada. Macho com asas caudais desenvolvidas, presença de papilas pré-cloacais, espículos iguais ou desiguais.
FAMÍLIA Acuariidae: macho com asas caudais e papilas pedunculadas pré e pós-cloacais. Fêmea com vulva na extremidade posterior, hospedeiros definitivos são as aves e os hospedeiros intermediários são os artrópodes.
GÊNERO Dispharynx
ESPÉCIE 
17-Dispharynx spp.: caracteriza-se pela presença de cordões recorrentes, não anastomosados, pequena papila cervical, machos com espículos desiguaiscom 5 pares de papilas pós-cloacais. 
	HD: aves	
	HI: artrópodes
ORDEM Strongylida: macho com bolsa copuladora que se movimenta para auxiliar o movimento da cópula, ovos de casca dupla e fina com várias células no interior (morulado), fêmeas com aparelho reprodutor bem desenvolvido, podem apresentar coroa radiada.
SUPERFAMÍLIA Trichostrongyloidea: 
FAMÍLIA Trichostrongylidae: nematódeos delgados e pequenos, cápsula bucal pequena ou ausente, macho com bolsa copuladora bem desenvolvida, espículos curto e grosso, ciclo monoxeno.
GÊNERO Trichostrongylus: pequenos e delgados, sem cápsula bucal, poro excretor situado em uma fenda visível na região anterior, sem papilas cervicais, hematófagos.
ESPÉCIE
5-Trichostrongylus axei: muito pequeno (2 à 8mm), extremidade anterior afilada e sem cápsula bucal, macho com bolsa copuladora bem desenvolvida com espículos desiguais, presença de gubernáculo.
	HD: ruminantes e eqüinos
	Localização: estômago
6-Trichostrongylus colubriformis: muito pequeno, extremidade anterior afilada e sem cápsula bucal, bolsa copuladora com espículos iguais, presença de gubernáculo.
	HD: ruminantes
	Localização: intestino delgado 
GÊNERO Heamonchus: maior que os outros da família (10 à 30mm), cápsula bucal pequena com pequeno dente (lanceta), possui 2 papilas cervicais
ESPÉCIE
7-Haemonchus contortus: extremidade anterior afilada e com pequena cápsula bucal, presença de 2 papilas cervicais espiniformes, machos com espículos e gubernáculo.
	HD: ruminantes
	Localização: abomaso
8-Haemonchus similis: semelhante ao H. contortus, mas com bolsa copuladora em forma de taça (arqueado).
	HD: ruminantes
	Localização: abomaso
GÊNERO Cooperia: possuem dilatações cuticulares cefálicas, não apresentam gubernáculo.
ESPÉCIE
9-Cooperia pectinata: muito pequeno (4 à 12mm), extremidade anterior afilada, machos com bolsa copuladora bem desenvolvida com espículos, ausência de gubernáculo, têm formato de vírgula, hematófagos.
	HD: ruminantes
	Localização: intestino delgado
10-Cooperia punctata: muito pequeno (6 à 12mm), extremidade anterior afilada, machos com bolsa copuladora desenvolvida com espículos e com uma escavação, ausência de gubernáculo. 
	HD: ruminantes
	Localização: intestino delgado
GÊNERO Ostertagia
ESPÉCIE 
11-Ostertagia sp.: muito pequeno, extremidade anterior afilada, machos com bolsa copuladora bem desenvolvida com espículos, hematófagos, L4 invade a mucosa do abomaso.
	HD: ruminantes
	Localização: abomaso
GÊNERO Hyostrongylus
ESPÉCIE
12- Hyostrongylus rubidus: muito pequeno, extremidade anterior afilada, esôfago alongado, papilas cervicais, machos com bolsa copuladora bem desenvolvida com espículos iguais, possui gubernáculo em forma de agulha, papilas pré-bursais.
	HD: suínos
	Localização: estômago
	CICLO EVOLUTIVO GERAL DOS Trichostrongylideos:
Os ovos saem nas fezes e em 24 a 48 horas caem no meio ambiente com a L1 no seu interior e em condições favoráveis nas pastagens (temperatura e umidade) as larvas se desenvolvem. A L1 liberada no conteúdo fecal se alimenta de organismos em decomposição e a L2 e depois L3 são formadas em 7 dias. As chuvas dispersam a L3, que é a forma infectante e essa se localiza nas pastagens e o hospedeiro definitivo se contamina ao ingeri-las. No rúmen do animal as larvas perdem a bainha e se dirige ao local de ação (abomaso ou intestino delgado) e aí vai a L3, L4 , L5 e se tornam adultos, fixando-se neste local onde então é feita a postura.
OBS: As larvas migram verticalmente para a ponta do capim quando há umidade suficiente mas os raios ultra-violetas e a falta de umidade podem matar as larvas e por isso nas horas mais quentes elas descem para se proteger.
OBS: Haemonchus e Ostertagia possuem uma fase histiotrófica, que é quando a larva penetra no abomaso (glândulas gástricas) e nesse local ela muda e retorna para a luz fazendo a última muda (L4 - L5) e se tornando adulto.
SUBFAMÍLIA Nematodirinae
GÊNERO Nematodirus
ESPÉCIE
1-Nematodirus:
	HD: ruminantes
	Localização: intestino delgado
FAMÍLIA Charbetidae
SUBFAMÍLIA Oesophagostominae: cápsula bucal pequena, dilatações cuticulares, vesícula cefálica presente.
GÊNERO Oesophagostomum: pequenos, coroa franjeada, vesícula cefálica (ou colar cefálico), machos com 2 espículos de tamanho médio.
ESPÉCIE
1-Oesophagostomum columbianum: pequenos, asa cervical bem desenvolvida.
	HD: ovinos e caprinos
	Localização: intestino grosso
2-Oesophagostomum dentatum: pequenos, asa cervical pouco desenvolvida, apresentam papilas cervicais. 
	HD: suínos
	Localização: intestino grosso
	CICLO EVOLUTIVO DOS Oesophagostomum: O hospedeiro definitivo ingere a L3 e essa entra na mucosa de qualquer parte do intestino delgado ou grosso e ficam envoltos em nódulos evidentes, onde se dá a muda para L4 e essas emergem para a superfície da mucosa e migram para o cólon e se desenvolvem até adultos.
	
	CICLO DE VIDA LIVRE: (para grandes estrongilídeos, pequenos estrongilídeos e oesophagostominae). 
Os ovos são eliminados nas fezes e no meio ambiente, de acordo com condições de umidade e temperatura, irão se desenvolver. No solo o ovo se rompe e a L1 em locais de alta umidade (solo úmido e vegetação densa ) cresce e troca de cutícula indo então a L2, que cresce e ao fazer a muda para L3 essa retém sua cutícula e forma outra, possuindo assim uma cutícula dupla e mais rugosa, e ainda possui uma cauda que oferece uma maior motilidade. Essa L3 então contamina as pastagens e águas próximas.
L1: apresenta um bulbo posterior
L3: o bulbo desaparece
SUPERFAMÍLIA Habronematoidea
FAMÍLIA Habronematidae
GÊNERO Habronema: boca bilabiada, pequenos, cápsula bucal bem desenvolvida, machos com cauda espiralada e papilas pedunculadas.
ESPÉCIE
1-Habronema micróstoma: pequenos, cápsula bem desenvolvida com 2 dentes.
	HD: eqüinos
	HI: moscas
	Localização: estômago
2-Draschia megastoma: pequenos, cápsula bucal bem desenvolvida sem dentes.
	HD: eqüinos
	HI: moscas
	Localização: estômago (nódulos).
	CICLO EVOLUTIVO DOS Habronema: É um ciclo indireto; usando como vetores a mosca doméstica (Musca domestica) e a mosca dos estábulos (Stomoxys
calcitrans).
As larvas (L-1) e ovos da habronema saem junto com as fezes dos equinos e as moscas colocam seus ovos sobre essas fezes.As larvas de moscas eclodem e ingerem as L-1 da Habronema. Os ovos saem nas fezes já com as L1 e são ingeridos pelos hospedeiros intermediários que são as larvas das moscas. Temos então o desenvolvimento concomitante da mosca e da larva. Cerca de 2 semanas mais tarde temos as L-3 nas moscas adultas. Essas moscas ao pousarem em feridas abertas na pele do eqüino depositam as larvas e temos a denominada habronemose cutânea. Por outro lado estas moscas podem colocar suas larvas na boca ou próximo à boca do animal, neste caso as larvas ou mesmo a própria mosca pode ser deglutida. No tubo digestivo do eqüino há a digestão da mosca e a L3 é liberada no estômago e penetra nas glândulas estomacais sofrendo a muda para L4 e depois voltam à luz , onde fazem a muda para L5 e atingem a maturidade.Após 2 meses temos o verme adulto no estômago ocasionando a habronemosegástrica.
Em casos de infestação acentuada podemos ter a habronemose pulmonar.Se o parasita for depositado na cavidade ocular teremos a habronemose conjuntival. Em relação a habronemose pulmonar os autores divergem: alguns acham que a infestação se dá via sangue ou linfa e outros acham que esta ocorre através de migração boca -traquéia -pulmão. 
Habronemose cutânea: Evolução errática que ocorre muito nos trópicos (principalmente no verão - por isso é chamada de ferida de verão) onde a mosca pousa em feridas na pele dos eqüinos e as L3 ficam migrando pela pele causando hipersensibilização e com a resposta do hospedeiro , a ocorrência de formação de tecido conjuntivo causando prurido. Tem aspecto tumoral podendo depreciar e até inutilizar oanimal.
	OBS.: Pode ocorrer ainda habronemose pulmonar e até ocular, mas são bem mais raras.
	Diagnóstico: Não é fácil, porque os ovos e larvas que se eliminam não são facilmente encontrados nas fezes. Pode se encontrar larvas em lavado gástrico com sonda.
	1-Habronemose gástrica: diagnóstico difícil, ovos e larvas raramente são encontrados. Usa-se:
Xenodiagnóstico: fezes do eqüino suspeito são colocadas junto com ovos de mosca. Após 1 semana quando as moscas estão adultas, as anestesiamos com éter e dissecamos no microscópio a procura do Habronema.
Lavagem gástrica com solução saliva
Necrópsia: achados de parasitos adultos, larvas e ovos.
Exame em água e éter: muito difícil
2-Habronemose cutânea: 
Clínico: granulomas não cicatrizantes
Raspado: encontram-se larvas
Biópsias da área de lesão
Profilaxia: 
-É importante o uso de esterqueiras para diminuição da população de moscas. 
-Evitar que o animal se machuque
-Cobrir feridas abertas 
-Controle dos vetores 
-Uso de repelentes em feridas abertas 
Referência Bibliográfica:
FORTES, ELINOR. Parasitologia Veterinária. 2ªed. Porto Alegre, Sulina, 1993.
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