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V e t e r i n a r i a n D o c s www.veterinariandocs.com.br 1 www.veterinariandocs.com.br Histologia Embriologia Zigoto: Célula única, formada pela fusão do ovócito com o espermatozóide. Depois sofrerá sucessivas divisões mitóticas, originando 2 células filhas, os blastômeros. Os blastômeros ficam envolvidos pela zona pelúcida. Quando os blastômeros somam 16 células, há uma compactação mais evidente, formando a Mórula. A mórula alcança o útero. Há a formação de uma cavidade, o blastocele. O blastocisto formado terá 2 regiões: -Trofoblasto: camada de células achatadas e é a região da blástula que dá origem à placenta. -Embrioblasto: conjunto de células que faz saliência com o interior da cavidade. Há a implantação do blastocisto, que não tem mais zona pelúcida. Trofoblasto invade o endométrio. Haverá no trofoblasto: -Citotrofoblasto: parede do blastocisto -Sinciciotrofoblasto: células que tem contato direto com o endométrio. O embrioblasto terá 2 porções: -Epiblasto: surgirá a cavidade amniótica 2 www.veterinariandocs.com.br -Hipoblasto: originará uma camada de células chamadas de membrana de Heuser, que revestirá a cavidade interna do blastocisto, que se chamará cavidade vitelina primitiva. Entre a cavidade e o citotrofoblasto surge uma camada de material acelular, o retículo extra-embrionário. Haverá células que revestirão o retículo extra-embrionário que formarão cavidades preenchidas por fluído formará a cavidade coriônica. Gastrulação: A gastrulação é o processo de formação de dois dos três folhetos embrionários (ectoderme e endoderme, respectivamente, a mesoderme é formada num processo denominado neurulação). A proliferação das células na superfície do epiblasto, e essas células formarão a linha primitiva. As células do epiblasto se invaginam no sulco primitivo e tem origem o mesoderma intra-embrionário (3º folheto). Formação da placa precordal e do processo notocordal. Processo notocordal: forma temporariamente o canal neuroentérico entre a cavidade amniótica e a cavidade vitelínica, transformando-se em placa notocordal que se dobra e forma a notocorda. Placa neural: a formação da placa neural é o 1º passo para a neurulação. A placa neural é diferenciação do epiblasto, 1ª SNC. A placa neural dobra-se e forma o sulco neural. À medida que se desenvolve, é rodeada por cristas neurais. No final deste processo irá originar-se o tubo neural. Tubo neural: após formação pela placa neural, o tubo migra para uma região mais profunda, o canal medular. As células da crista neural formarão SNP e autônomo. Somitos: são corpos cubóides formados pela divisão da mesoderma paraxial que foi formada pela mesoderma lateral. É um conjunto de massa mesodêrmica disposta de forma regular ao longo dos dois lados do tubo neural do embrião. 3 tipos: -Esclerótomo: formará cartilagem e osso -Miótomo: formará músculos -Dermátomo: formará a derme Saco vitelínico: anexo embrionário. Armazena reservas nutritivas. Nos mamíferos, essa função não é muito relevante, pois a placenta é responsável pela nutrição, sendo o saco vitelínico o produtor de hemácias. Alantóide: Alantóide é uma estrutura ligada à parte posterior do intestino do embrião que armazena excretas e permite trocas gasosas com o meio externo. Origina-se de uma saliência do intestino primitivo. Os vasos sanguíneos do alantóide auxiliam na formação da placenta. Formação de vasos umbilicais também. 3 www.veterinariandocs.com.br Ligamento umbilical mediano: alantóide atrofiado. Segmentação: inicia-se quando o zigoto que é uma única célula se começa a dividir em várias células, para formar o embrião. Estas células-filhas são, de início, iguais, mas em pouco tempo elas começam a diferenciar-se, para formar os vários tecidos e órgãos do novo indivíduo. Organogênese: ocorrem divisões e especializações celulares. Os três folhetos embrionários dão origem a órgãos e estruturas do corpo do embrião, além dos anexos embrionários. Ectoderma: origina a epiderme e seus anexos, três mucosas corpóreas (oral, anal e nasal), o esmalte dos dentes, o sistema nervoso (através do tubo neural), a retina, o cristalino, a córnea, a hipófise, entre outros; Mesoderma: forma o esqueleto axial, a derme (tecido conjuntivo) e o tecido muscular. Os rins, gônadas e ureteres. Origina também os músculos liso e cardíaco, além de três serosas: pleura, pericárdio e peritônio. Endoderma: é o folheto do qual surgem o os alvéolos pulmonares e as seguintes glândulas: fígado, tireóide, paratireóide; também é básica à formação do revestimento interno dos tratos digestório e respiratório. *Glândula adrenal: o córtex tem origem mesodérmica e a medula deriva da crista neural (o nome dado a um grupo de células embrionárias, derivadas do revestimento do tubo neural) -Animais Amniótas: são todos os animais cujos embriões são rodeados por uma membrana aminiótica. Os amniotas são definidos por terem um desenvolvimento embrionário que inclui a formação de várias membranas: o âmnion, o córion e aalantóide. E também desenvolvem-se diretamente em uma forma tipicamente terrestre, com membros e um epitélio espesso e estratificado. -Fase embrionária: é o conceito de quando se está em sua fase de diferenciação orgânica, da segunda à sétima semana depois da fecundação. Origina-se do embrioblasto, estrutura multicelular que, em conjunto com o trofoblasto e a blastocele, constitui o blastocisto recém-implantado no endométrio. *O período embrionário termina na 8ª semana depois da fecundação, quando o concepto passa a ser denominado de feto. 4 www.veterinariandocs.com.br -Fase fetal: estágio de desenvolvimento intra-uterino que tem início após oito semanas de vida embrionária (sendo conhecido antes como embrião) e vai até o fim da gestação. Placentologia Funções: nutrição, respiração, proteção, remoção dos resíduos e também é um órgão endócrino, produzindo: gonadotrofina coriônicas, adrenocorticotrofinas coriônicas, progesterona e relaxina. Animais: -Protérios: não formam placenta, são ovíparos Ex.: ornitorrinco -Metatérios: placenta vitelínea transitória, não formam placenta verdadeira. Ex.: canguru -Eutérios: mamíferos placentários verdadeiros. As membranas (córion, âmnion, saco vitelíneo e alantóide) junto com o endométrio contribuem para a formação da placenta. Classificação das placentas De acordo com: -Distribuição do contato -Membranas extra-embrionárias participantes -Grau de implantação -Configuração da conexão coriônica -Combinação de tecidos maternos e fetais -Distribuição das vilosidades coriônicas 01-Quanto à distribuição das vilosidades coriônicas: 01.1-Placenta difusa: as vilosidades coriônicas estão distribuídas sobre toda a superfície desta membrana. Todo o córion está unido ao endométrio. Ex.: égua e porca 5 www.veterinariandocs.com.br 01.2-Placenta cotiledonária ou múltipla: as vilosidades estão agrupadas formando cotilédones. Os cotilédones se unem as carúnculas do endométrio e formam o placentoma. Ex.: vaca e ovelha 01.3-Placenta zonária: as vilosidades se agrupam numa região média do córion. Ex.: cadela e gata 01.4-Placenta discoidal: agrupamento das vilosidades em uma ou duas regiões em forma de disco Ex.: roedores e primatas 02-Quanto à contribuição das membranas extra-embrionárias: 02.1-Placenta coriônica: durante a nidação o trofoblasto invade a mucosa uterina atuando comoo ponto de inserção avascular. Nutre o embrião até que a placenta seja formada. 02.2-Placenta coriovitelínica: 2 tipos: -avascular -vascular *O endoderma diferenciado do saco vitelíneo e córion se fundem. Ex.: metatério 02.3-Placenta corioalantoidiana: placenta definitiva ou verdadeira. Formada pela fusão do mesoderma alatoidiano e do mesoderma coriônico. 03-Quanto ao grau de implantação: 03.1-Decídua: erosão tecidual imensa. Os tecidos maternos são eliminados durante o parto, Ex.: cadela, gata e mulher 03.2-Não decídua: os tecidos maternos sofrem quantidade mínima de erosão durante a formação. Os tecidos maternos não são eliminados durante o parto. Ex.: vaca e ovelha 04-Quanto à contribuição materna e fetal: 6 www.veterinariandocs.com.br 04.1-Placenta epitéliocorial: endotélio uterino, tecido conjuntivo uterino, epitélio coriônico, tecido conjuntivo corioalantoideo, endotélio alantoidiano, todos estão presentes. -O epitélio coriônico e o uterino estão em contato. -Esta configuração é não decídua. Ex.: porca, égua, vaca e ovelha. 04.2-Placenta sindesmocorial: o epitélio coriônico esta em contato direto com o tecido conjuntivo uterino, sendo que o epitélio uterino sofreu erosão. -Configuração chamada não decídua. Ex.: vacas em condições patológicas. 04.3-Placenta endotéliocorial: contato íntimo entre o epitélio coriônico e capilares uterinos. Ex.: égua e cadela 04.4-Placenta hemocorial: constitui-se de endotélio vascular embrionário ou fetal, conjuntivo da vilosidade e trofoblasto. O epitélio coriônico em contato direto com o sangue materno. Ex.: primatas e roedores. 04.5-Placenta endotélio-endotelial: este tipo de placentação é típico da ovelha. O endotélio está separado do endotélio materno por uma camada fina de células trofoblásticas. 05-Quanto à diferença entre espécies: 05.1-Suínos: placenta não-decídua, pregueada difusa e epitélio corial. 05.2-Eqüino: placenta não-decídua, vilosa difusa e epitélio corial. 05.3-Ruminantes: placenta não-difusa, cotilédonária vilosa e epitélio corial 05.4-Carnívoros: placenta decídua, zonária labiríntica e endotélio corial. 05.5-Humanos: placenta decídua, discoidal vilosa e hemocorial. 7 www.veterinariandocs.com.br Sistema circulatório Funções: transporte de substâncias dissolvidas, -Forças que atuam nos vasos: Compressão radial/distensão, extensão longitudinal, cisalhamento, dilatações ou rupturas. -Vasos Sanguíneos: Camadas: íntima, média e adventícia -Íntima: endotélio, membrana basal, tecido fibrocartilaginoso -Média: músculo liso, tecido elástico -Adventícia: colágeno e musculatura lisa. -Estrutura dos vasos sanguíneos: -Endotélio: endotélio ancorado na membrana basal, junções de adesão, vesículas pinocíticas, proteínas de transporte, pressão sanguínea, tensão de oxigênio, fluxo sanguíneo, secreção de substâncias (PGI2, NO, PAF e tromboplastina), citocinas e histaminas. Outras funções: -Ativação: conversão da angiotensina I em angiotensina II. -Inativação: conversão de bradicinina, serotonina, noradrenalina, trombina e outra moléculas ativas em compostos inertes. -Artérias: -Grande calibre: elástica -Médio calibre: musculares -Pequeno calibre: arteríolas 1-Artérias elásticas: aorta e os grandes ramos, grande quantidade de material elástico, sístole (distende), diástole (retração), camada média desenvolvida. Camadas: 8 www.veterinariandocs.com.br -Íntima: células endoteliais (ep. Pavimentoso simples), sub- endotelial (tecido conjuntivo, material elástico e colágeno), membrana elástica interna (tecido conjuntivo, material elástico e colágeno mais celular, fenestrado). -Média: mais espessa das 3 camadas. Lâminas de material elástico intercalado com células de músculo liso, fibra colagenosa e substância fundamental. -Adventícia: formada por tecido conjuntivo (fibra colagenosa e material elástico, vasos sanguíneos (vasa vasorum)) nutrição da parede das aterias 2-Artérias musculares: diminui o número de material elástico (membranas elásticas mais visíveis), aumenta o número de musculatura lisa. Diferenças Elástica Muscular Mais material elástico Mais fibra muscular lisa Túnica média mais espessa MEI mais evidente Mais de 1cm -Artérias de pequeno calibre e arteríolas: Adventícia estreita e sem membrana elástica externa, a diferença é o número de células de musculatura lisa na camada média e a MEI. Arteríolas de pequeno calibre – 8 camadas e sempre tem MEI. Arteríolas – de 2 a 5 camadas e podem não tem MEI. Adventícia insignificante Muito responsivas a vasoconstricção -Capilares: única camada de células endoteliais, membrana basal e pericitos ou células adventícias (células mesenquimatosas que envolvem as células endoteliais) -Capilares fenestrados: orifícios na parede, encontrados no intestino e rim. -Capilares sinusóides: trajeto sinuoso, parede formada por um revestimento não contínuo de células endoteliais, abundante quantidade de poros, encontrado principalmente no fígado e órgãos hematopoéticos (medula óssea e baço) 9 www.veterinariandocs.com.br -Vasos sinusóides: são mais amplos que os capilares, encontrados no fígado, baço e medula óssea. -Vênulas: túnica média quase inexistente ou inexistente. Semelhantes aos capilares, mas com mais pericitos. Vênulas pós-capilares Vênulas coletoras Vênulas musculares -Veias: parede mais fina que as artérias. Túnica intima: parecida com das artérias, bem desenvolvida. Túnica média: formada por pequenos feixes de musculatura lisa com fibra colágenas, extremamente reduzida. Túnica adventícia: de natureza colágena, bem desenvolvida. Camada mais evidente -Veias de médio calibre: adventícia desenvolvida – musculatura lisa com colágeno. -Veias de grande calibre: camada íntima com mais colágeno e fibras elásticas. Túnica média reduzida e adventícia evidente com musculatura lisa. Possui ‘Vasa vasorum’. -fibra adernégicas simpáticas: vasoconstricção -invervação simpática colinérgica: vasodilatação -inervação aferente: sinusóides carotídeos, arco aórtico, artéria pulmonar e grandes veias. -Sistema portal: sistema venoso que conecta os capilares sem depender do coração. Sistema de vasos pelos quais o sangue, após percorrer uma rede capilar, é transportado através de um segundo grupo de capilares antes de retornar à circulação sistêmica. Pertence principalmente ao sistema porta hepático. -Sistema circulatório linfático: apresentam 3 camadas (íntima, média e adventícia) e grande número de válvulas no seu interior e também apresentam ‘vasa vasorum’, e são revestido por endotélio. Colhem o líquido tecidual e devolvem ao sangue. O líquido circula somente numa direção, ao contrário do sangue. Os capilares mais finos vão se fundindo formando os vasos linfáticos maiores, que terminam em 2 troncos, o ducto torácico e o ducto linfático direto. -Equilíbrio de starling: A solução à equação é o fluxo de água desde os capilares ao interstício. Se é positiva, o fluxo tenderá a deixar o capilar (filtração). Se é negativo, o fluxo tenderá a entrar no capilar (absorção). Esta equação tem um 10 www.veterinariandocs.com.br importante número de implicações fisiológicas, especialmente quando os processos patológicos alteram de forma considerável uma ou mais destas variáveis. -Coração: -Estrutura: 3 túnicas -Túnica interna: endocárdio (endotélio, camadas subendotelial, estrato subendocárdico e fibras de Purkinje). -Túnicamédia: miocárdio (hormônio natriurético atrial – relacionado com a diminuição da pressão arterial) -Túnica externa: pericárdio E o coração tem um porção central fibrosa que lhe serve de apoio: esqueleto fibroso do coração. Contém válvulas cardíacas e sistema gerador e condutor de estímulo cardíaco. -Epicárdio: membrana serosa, 2 porções: visceral e parietal Coberto externamente por um epitélio pavimentoso simples (mesotélio) Camadas subepicárdica: é constituída por tecido conjuntivo frouxo e contém vasos, nervos e gânglios nervosos. -Esqueleto fibroso: TC denso. Os principais componentes são: -septos membranosos -trígonos fribrosos -anéis fibrosos -Válvulas Sistema gerador de estímulos: constituído por 2 nodos que estão no átrio: sinoatrial e atrioventricular. Existe também o feixe atrioventricular que se origina do nodo atrioventricular e dirige-se aos ventrículos, se bifurcando-se. O feixe atrioventricular distalmente se chamará Fibras de Purkinje. No coração não tem terminações nervosas (placas nervosas) mas contém as terminações livres do sistema nervoso autônomo (simpático e parassimpático) são abundantes. Embriologia: o coração e os vasos têm origem mesenquimal. Anomalias: 11 www.veterinariandocs.com.br -Agenesia cardíaca: observa-se em gêmeos monozigóticos – um é normal o outro não. -Ectopia cardíaca: coração fora da cavidade torácica -tetralogia de fallot: o ducto arterial persiste na vida adulta. Hipertrofia do ventrículo direito e comunicação interatrial. Sistema Digestório -Cavidade oral: epitélio de revestimento e área de transição, palato mole e palato duro -Língua: fibras em 3 planos, -Papilas linguais: são elevações da mucosa, que assume formas e funções diferentes) na porção superior, aspecto áspero. -Papilas filiformes: cônicas e alongadas, são as mais freqüentes, cobrem toda a superfície superior da língua e não contém corpúsculos degustativos. -Papilas fungiformes: tem a base estreita e uma parte apical mais dilatada, assumindo uma forma de cogumelo. São pouco freqüentes, estão entremeadas com as papilas filiformes e podem apresentar corpúsculos degustativos. Papilas circunvaladas: tem a forma achatada e são circunvaladas por um profundo sulco, dispõem-se em forma de V, formando o V lingual. Apresentam na sua parede lateral um grande número de corpúsculos degustativos. No sulco destas papilas desembocam glândulas salivares linguais serosas. Tonsilas linguais e nódulos linfáticos. -Faringe: estrutura comum entre os 2 aparelhos (digestório e respitatório) 2 tipos epiteliais, tonsila faríngea, glândulas mucosas na lâmina própria. -Dente e periodonto: Formados pelas coroas e raízes (alvéolos) -Porção não-calcificada: polpa -Porção calcificada: esmalte e dentina -Cavidade pulpar: compartimento de tecido conjuntivo vascularizado e inervado localizado no centro do dente envolvido pela dentina 12 www.veterinariandocs.com.br -Forame apical -Ligamento ou membrana periodental: é um sistema que liga o dente ao osso alveolar, formado principalmente pelas fibras de Sharpey e com funções formadora, nutricional, física e sensorial. Constituída por tecido conjuntivo: fibras colágenas, fibras elásticas (escassas), além de vasos sanguíneos -Dentina: tecido conjuntivo avascular, mineralizado, especializado que forma o corpo do dente, A dentina é recoberta pelo esmalte na sua porção coronária e pelo cemento na porção radicular. É constituída por hidroxiapatita, colágeno e glicoproteínas, contém odontoblastos, sensível a estímulos diversos. -Esmalte: o tecido mais mineralizado do corpo. É o componente dos dentes que é normalmente visto (em situações normais) e é suportado pela dentina. Aproximadamente 96% do esmalte é composto de minerais, o restante é composto de água e materiais orgânicos. O mineral integrante primário da estrutura do esmalte é a hidroxiapatita e o cálcio. -Polpa: a polpa dentária é a estrutura interna do dente, ela é formada por tecido conjuntivo frouxo ricamente vascularizado e inervado, tem origem embriológica na papila dentária. Estrutura do tubo digestivo -Mucosa: epitélio de revestimento, lâmina própria, muscular da mucosa. -Submucosa: tecido conjuntivo denso, vasos, plexo de Meissner (controla sobretudo a secreção gastrintestinal e o fluxo sangüíneo local), glândulas e tecido linfóide. -Muscular: musculatura lisa e plexo de Auerbach (desempenham um importante papel na regulação e padronização da motilidade intestinal). -Serosa: tecido conjuntivo frouxo, mesotélio, vasos e tecido adiposo. Esôfago: transporte entre a boca e estômago. É revestido por epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado e/ou parcialmente queratinizado. -Glândulas mucosas: localizadas na submucosa. -Glândulas esofágicas cardíacas: localizadas na lâmina própria. -Muscular: na parte proximal as fibras musculares são na sua maioria estriadas esqueléticas, já na sua parte distal, na proximidade do estômago todas as fibras são musculares lisas. Estômago: 4 regiões: cárdia, corpo, fundo e piloro. Contém células mucosas prismáticas. Fossetas e glândulas gástricas. Lâmina própria de tecido conjuntivo frouxo com fibras musculares e células linfóides. 13 www.veterinariandocs.com.br -Células parietais ou oxínticas: situadas no colo, citoplasma eosinófilo, controle da secreção -Muscular: -externa: longitudinal -média: circular -interna: oblíqua -Serosa: delgada com mesotélio -Estômago poligásticos: 1-Rúmen: papila primária 2-Retículo: papila primária e secundária, musculatura lisa na ponta da papila (muscular da mucosa). 3-Abomaso: papilas grandes, musculatura lisa em toda a papila. 4-Omaso: igual estômago de monogástricos. -Intestino Delgado: 3 partes: duodeno, jejuno e íleo. Contém vilos ou vilosidades intestinais. -Túnica mucosa: epitélio cilíndrico simples com células caliciformes (produtoras de muco). Células de Peneth (células exócrinas cujos grânulos contém lisozima, uma enzima com atividade antibacteriana que colabora com a regulação da flora intestinal) e células enteroendócrinas (secretam hormônios polipeptídeos). -Lâmina própria: formada por tecido conjuntivo frouxo contendo as glândulas intestinais (Lieberkühn). -Túnica submucosa: nódulos linfáticos (placas de peyer) presentes apenas no íleo. Contém o plexo submucoso (Meissner) -Túnica muscular: circular interna. Contém o plexo Auerbach (controla os movimentos gastrintestinais). -Túnica serosa ou adventícia: peritôneo Diferenciação: O duodeno além de tecido conjuntivo frouxo e plexo de Meissner (controla a secreção gastrintestinal e o fluxo sangüíneo local), apresenta as glândulas duodenais (Brunner), enquanto o jejuno-íleo não possui glândulas nessa região. O íleo apresenta nódulos linfáticos, também chamados Placas de Peyer. 14 www.veterinariandocs.com.br -Intestino Grosso: secreta muco e absorve água, sem pregas e vilos, células intestinais longas e com muitas células caliciformes. -Sistema digestório das aves: Bico queratinizado, osso entoglossal. -Papo ou inglúvio: o esôfago apresenta uma dilatação em forma de saco designada pro papo. Os alimentos são aí armazenados temporariamente, permitindo uma diminuição da freqüência de refeições porque os alimentos permanecem no papo e só depois é que passam a um ritmo adequado para o pro-ventrículo. -Estômago químico ou pró-ventrículo: mucosa pregueada, glândulas mucosas e submucosas. O estômago glandular ou pró-ventriculodas aves funciona primordialmente na secreção. -Estômago muscular ou moela: é altamente especializado para a trituração naquelas espécies que ingerem alimentos duros, ou para misturar as secreções digestivas com o alimento. Secreção queratinóide. -Glândulas acessórias do tubo digestivo: glândulas salivares, pâncreas, fígado e vesícula biliar. 1-Glândulas Salivares: 3 regiões: parótida, submandibular e sublingual. Inicia o processo de digestão, umedece e lubrifica a cavidade oral. -Estrutura: compostas por adenômeros com células mioepiteliais. Porção secretora, ductos intercalares, estriados e excretores. Cápsula, septos interlobulares e lóbulos glandulares -Porção secretora: 1-Intercalares: epitélio simples cúbico 2-Estriados ou intralobulares: epitélio simples prismático 3-Excretores, extralobulares ou interlobulares: epitélio estratificado prismático -Glândula parótida: secreção somente serosa, amilase e tipo acinosa compostas 15 www.veterinariandocs.com.br -Glândulas submandibular e sublingual: secreção serosa e mucosa do tipo tubuloacinosa. -Saliva: proveniente das submandibulares (70%), das parótidas (25%) e das sublinguais (5%), a amilase salivar inicia a digestão de glicídios. 2-Pâncreas: glândula acinosa composta, sem ducto estriado e o ducto intercalar penetra nos ácinos – células centroacinosas. -Grânulos de zimogênio: tripsinogênio, quimiotripisinogênio, lípase, amilase, ribonuclease, desoxirribonuclease, carboxipeptidade e elastase. -Secretina e Colecistoquinina: A secretina (produzida no duodeno) induz o pâncreas a liberar bicarbonato de sódio , para neutralizar a acidez do quimo. A colecistoquinina estimula a liberação da bile pela vesícula biliar e a liberação de enzimas pancreáticas. 3-Fígado: recebe moléculas absorvidas no intestino com exceção dos lipídeos, que entram na circulação linfática. -Funções: metabolização, excreção e detoxicação -Estrutura: lóbulos hepáticos com hepatócitos. Os hepatócitos estão dispostos nos lóbulos hepáticos formando como se fossem pequenos tijolos, e entre eles vasos chamados sinusóides hepáticos, e estes é circundado por uma bainha de fibras reticulares, os sinusóides contêm macrófagos, chamados de células de Kupffer, que vão desempenhar diversas funções. Fibras reticulares, cordões de hepatócitos. -Espaço de Disse: é o espaço que existe entre os capilares sinusóides e os hepatócitos, células do fígado, onde estão presentes as chamadas células de Kupfer, assim como as células de Ito; -Células de Ito: são células do fígado presentes no espaço de Disse e cuja principal função é o armazenamento de Vitamina A sob a forma de ésteres de retinol -Circulação sangüínea lobular: irrigação dupla, veia porta e artéria hepática. -Caminho: artéria hepática →Vasos interlobulares → Vasos sinusóides → Veia centrolobular → sublobular ou intercalar → Veia hepática → Cava caudal. -Hepatócito: em sua forma poliédrica, cerca de seis ou mais superfícies. Em contato com o espaço de Disse, capilar sinusóide, hapatócito ou canalículo bililífero. O hepatócito também é responsável pela conversão do glicogênio em glicose, por meio de um processo enzimático chamado gliconeogênese -Histofisiologia: 16 www.veterinariandocs.com.br -Síntese protéica: albumina, protrombina, fibrinogênio e lipoproteínas -Secreção de bile: ácidos biliares e bilirrubina, -Acúmulo de metabólitos: lipídeos, glicídeos e vitamina A -Função metabólica: gliconeogênese e ciclo da uréia -Detoxicação e neutralização: oxidação, metilação, acetilação e conjugação -Secreção biliar: -Caminho: Canalículo bilífero → dúctulo bilífero → ductos bilíferos → canal ou ducto hepático → ducto hepático comum → vesícula biliar → ducto colédoco (cístico + hepático). 4-Vesícula Biliar: armazenamento e concentração da bile -Túnica mucosa: formada por epitélio cilíndrico simples com microvilosidades e lâmina própria -Túnica submucosa: formada por tecido conjuntivo, vasos sanguíneos e glândulas exócrinas tubulo-acinosas mucosas (responsáveis pela secreção da maior parte do muco presente na bílis); -Túnica muscular: constituída por tecido muscular liso. -Túnica serosa: dificilmente vê-se. 17 www.veterinariandocs.com.br Pele e Anexos -Pele: pele fina ou pele espessa (depende da espessura da epiderme) 2 porções: -epiderme: origem ectodérmica -derme: origem mesodérmica Abaixo da derme encontra-se a Hipoderme (não faz parte da pele): serve de união com os órgãos adjacentes. É constituída de TC frouxo e pode conter muitas células adiposas (panículo adiposo). A derme possui projeções, as papilas dérmicas, que se encaixam em reentrâncias da epiderme. -Epiderme: epitélio estratificado pavimentoso queratinizado. Contém muitos queratinócitos e outra células como: -melanócitos: produzem melanina -células de Langerhans -células de Merkel -Camada Basal: células prismáticas ou cubóides, basófilas. Intensa atividade mitótica, é responsável junto com a camada espinhosa pela renovação celular. -Camada Espinhosa: células cubóides. A camada basal juntamente com a espinhosa formam o estrato de malpighi. -Camada granulosa: com apenas 3-5 fileiras de células poligonais, células com citoplasma carregado de grânulos de querato-hialina (basófilo) Camada responsável pela impermeabilidade da pele (grânulos lamelares). -Camada lúcida: mais evidente na pele espessa, células eosinófilas com citoplasma apresentando numerosos filamentos de queratina. Pode-se ver desmossomos entre as células também. -Camada córnea: células achatadas mortas e sem núcleo com citoplasma repleto de queratina 18 www.veterinariandocs.com.br -Queratinócitos: origem ectodérmica, seu principal produto é a queratina – filamento intermediário de proteína. -Melanócitos: tem origem na crista neural (origem embriológica), encontram-se na junção da derme com a epiderme ou entre os queratinócitos da camada basal e produz melanina. Não formam desmossomos com os queratinócitos, mas se prendem a membrana basal por meio de hemidesmossomos. A produção de melanina inicia-se nos melanossomos. Os grânulos de melanina são injetados nos granulócitos, localizam-se em posição supranuclear (em cima do núcleo), e assim oferecem máxima proteção ao DNA contra os efeitos prejudiciais da radiação solar. -Células de Langerhans: localizam-se entre os queratinócitos em toda a epiderme. São originárias de células precursoras da medula óssea. São capazes de captar antígenos, processá-los e apresenta-los aos linfócitos T, participando da estimulação destas células (reações imunitárias). As células de Langerhans deixam a epiderme e caem na circulação linfática, sendo chamados de células Dendríticas, expressando as moléculas de superfície celular MHC de classe I (proteína presente em todas as células liga-se a Célula T Citotóxica) e MHC de classe II (proteínas presente nos macrófagos e linfócitos B, liga-se a Célula T Helper). Células de Merkel: derivadas da crista neural (origem embriológica). Existem em maior quantidade na pele espessa, especialmente na ponta dos dedos. Localizam-se na parte profunda da epiderme, apoiadas na membrana basal. São células mecano- receptoras (sensibilidade táctil). -Queratina mole: caracteriza a maior parte da epiderme e as membranas mucosas, que são queratinizadas. Os grânulos de querato-hialina só estão presentes na queratina mole. -Queratina dura: tem alta quantidade de cisteína,metionina e numerosas ligações de dissulfeto. Isto proporciona grande resistência e estabilidade à substância. Na camada basal germinativa que a queratina é chamada de " queratina mole", se polimeriza no decorrer da maturação celular, quando as células chegam á camada córnea a queratina torna-se "queratina dura", as células neste ponto encontram-se mortas, e seu citoplasma preenchido por queratina. -Derme: é o TC onde se apóia a epiderme. 2 camadas: -camada papilar -camada reticular 19 www.veterinariandocs.com.br -Camadas papilar: delgada, TC frouxo, há fibras especiais de colágeno. -Camada reticular: mais espessa, TC denso, contém fibras elásticas, responsáveis pela elasticidade da pele, como na camada papilar. -São encontradas na derme: folículos pilosos, glândulas sebáceas, glândulas sudoríparas, nervos, vasos sanguíneos e linfáticos. Como aumenta a espessura da epiderme? -A proliferação das células da camada basal, aumenta progressivamente a espessura do revestimento da epiderme. Como surgem os pêlos, penas e glândulas? -A proliferação das células basais e invaginação para a derme e hipoderme subjacente. *A derme está separada da epiderme pela membrana basal. -Receptores sensoriais da pele: existem terminações nervosas livres, receptores encapsulados e não encapsulados. -Terminações nervosas livres: sensíveis ao toque, pressão, variações de temperatura, dor, coceira. -Receptores Não-encapsulados: -Corpúsculos de Ruffini -Receptores Encapsulados: -Corpúsculos de Vater-Paccini -Corpúsculo de Krause: sensíveis ao frio -Corpúsculos de Meissner: sensíveis ao tato Regiões especializadas da pele: -Coxins digitais: epitélio estratificado queratinizado, pele espessa, pigmentada e desprovida de pêlos. São eficientes amortecedores de choque, resistem a abrasão. A epiderme dos coxins é formada por todas as camadas. Glândulas sudoríparas (merócrinas) estão presentes na derme e hipoderme. -Escroto: é a pele mais fina do corpo. Há glândulas sudoríparas (apócrinas) e sebáceas. Os folículos pilosos não são abundantes, pêlos curtos. A musculatura lisa (músculo cremaster) está entremeada com fibras elásticas e colágenas na derme. Este é um eficiente mecanismo de regulação da temperatura escrotal, a produção de esperma depende da temperatura ideal. -Nariz: epitélio estratificado queratinizado, pele espessa, altamente pigmentada. 20 www.veterinariandocs.com.br -Carnívoro: sem glândulas sebáceas e sudoríparas. -Ruminantes: não possuem pêlos, mas possuem glândulas sudoríparas (merócrinas), umedecem a superfície. -Suíno: altamente queratinizado, contém muitas glândulas sudoríparas e pelos finos esparsos. -Eqüino: Os pelos finos e as glândulas sebáceas, são características da pele fina, em volta das narinas. -Canal externo da orelha: o canal é revestido pela pele. A derme deste canal se mescla com o pericôndrio e com o periósteo. Possui pequenos folículos pilosos, glândulas sudoríparas modificadas (apócrinas) chamadas glândulas ceruminosas. Pêlos: o folículo piloso se forma a partir de uma invaginação da epiderme. Crescem descontinuamente. Período: -Anágeno: período de crescimento do pêlo. -Catágeno: cessam as mitoses e a queratinização. -Folículo Piloso: apresenta uma dilatação terminal (bulbo piloso), contendo a papila dérmica. Recobrindo a papila dérmica estão as células que formam a raiz do pêlo. As células centrais da raiz do pêlo, produzem células grandes, que formam a medula do pêlo. Em seguida lateralmente aparecem células que dão origem ao córtex do pêlo. Células epiteliais mais periféricas dão origem a bainha interna e externa. A bainha interna desaparece na região onde desembocam as glândulas sebáceas. Entre o folículo piloso e a bainha de tecido conjuntivo que fica envolta, situa-se a membrana vítrea. Dispostos obliquamente e inseridos de um lado na bainha de TC, existem os músculos eretores dos pêlos. -Vitamina D3: aumenta a absorção de cálcio pelo trato gastrointestinal. A vitD3 não é uma substância ativa, primeiro tem que ser convertida através de sucessivas reações no fígado e nos rins. Derivados da vitamina D: vitamina D3 (colecalciferol) e D2. Síntese: a maior parte da vitamina D3 é formada na pele. O colecalciferol é transformado pela ação dos raios solares a partir da provitamina D3 (7-deidrocalciferol) encontrada na pele humana. A vitamina D3 é hidroxilada no fígado e rins a 25- hidroxicalciferol e subsequentemente à forma biologicamente ativa, o 1,25-di- hidroxicalciferol (calcitriol), que atua como um hormônio na regulação da absorção de cálcio no intestino e regulação dos níveis de cálcio em tecidos ósseos e renais. *A vitamina D é fundamental para a homeostase do cálcio no organismo. 21 www.veterinariandocs.com.br -Glândulas: -Tubulares: muito desenvolvidas nos eqüinos (apócrinas – geralmente abrem no colo do folículo, acima da gl. sebácea) e ausente nas aves. As glândulas apócrinas são predominantes nos animais domésticos. As glândulas merócrinas são restritas aos coxins de carnívoros e nasolabial de suínos e ruminantes. -Casco: o casco é a epiderme e seus anexos. A maior parte do casco é formada por material queratinizado arranjado de forma tubular, intertubular e laminar (queratina dura). As regiões histológicas do casco são: períoplo, coronária e sola (barra e ranílha) 1- Períoplo - Epiderme perióplica - chamado estrato téctótio ou externo – fino, branco brilhante, une o casco a epiderme típica. - Derme perióplica (TC frouxo, papilar, altamente vascularizada) 2- Coronária: – Epiderme Coronária - estrato médio- não tem estrato granuloso nem lúcido- (queratina tubular e intertubular). - Derme (TC denso); O Estrato laminar se funde ao estrato médio une a parede do casco, as estruturas dérmicas subjacentes. Estrato tectório ou externo: também chamada de epiderme perióplica, une a epiderme da pele com o casco. O cório perióplico, é de tecido conjuntivo típico, sustenta e nutre a epiderme perióplica. Epiderme coronária apoiada sobre o cório Epiderme coronária ou estrato médio: queratina tubular e intertubular. Cório coronária: nutre e sustenta a epiderme. 22 www.veterinariandocs.com.br Tegumento de aves Epiderme: é fina, frouxa e seca. Tem 4 estratos: -Camada basal -Camada espinhosa -Camada de transição (equivale ao estrato granuloso) -Camada córnea A derme e a epiderme não apresentam glândulas. Derme: se torna mais densa nas regiões profundas do cório, apoiando-se na hipoderme bastante extensa. Penas: As penas são de origem epidérmica, desenvolvendo se no interior de um folículo As partes principais da pena: Cálamo e o vexilo Glândula uropigiana: É a única glândula cutânea que ocorre nas aves, bem desenvolvida nas espécies aquáticas. É formada por numerosos adenômeros sebáceos que se abrem em um ducto comum. A papila contém fibras musculares lisas, que se dispõem em volta do ducto excretor. O ducto bilobado é saliente e é encapsulado e está situado sobre a última vértebra sacral. 23 www.veterinariandocs.com.br Referências Bibliográficas JUNQUEIRA & CARNEIRO, Histologia Básica, 10ª edição, Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004.
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