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Fundamentos em Contabilidade

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ciências contÁbeis
DRIÉLY RODRIGUES SOARES
FUNDAMENTOS EM CONTABILIDADE
Primavera do Leste - MT
2015
DRIÉLY RODRIGUES SOARES
 FUNDAMENTOS EM CONTABILIDADE
Trabalho apresentado ao Curso Ciências Contabéis da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para as disciplinas Contabilidade Geral; Fundamentos da Administração; Economia; Homem, Cultura e Sociedade.
Prof. Alcides José da Costa Filho; Suzi Bueno de Almeida; Clevia Israel Faria Franca; Maria Eliza Correa Pacheco.
Primavera do Leste - MT
2015
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO........................................................................................................5
CAPÍTULO I: Fundamentos em contabilidade...........................................................6
1. Alterações da nova Lei...........................................................................................9
1.1.Criação da “Demonstração dos Fluxos de Caixa” substituindo a Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos......................................................................9
1.1.2 Criação da “Demonstração do Valor Adicionado”; obrigatória somente para as companhias abertas.......................................................................................................................10
1.1.3 Criação do subgrupo “INTANGÍVEL” no Permanente, desdobrado do subgrupo Imobilizado.................................................................................................................10
1.1.4 Classificação, no Imobilizado, dos bens corpóreos “decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens...........................................................................................................................11
1.1.5 Extinção da possibilidade de reavaliação dos bens do Ativo Imobilizado e, consequentemente, eliminação das Reservas de Reavaliação...............................................................................................................11
1.1.6 O uso do subgrupo Diferido fica restrito ao registro das despesas pré-operacionais e aos gastos de reestruturação............................................................12
1.1.7 Eliminação da conta “Lucros ou Prejuízos Acumulados” mantendo somente a conta “Prejuízos Acumulados....................................................................................12
1.1.8 Criação, no Patrimônio Líquido, do subgrupo “Ajustes de Avaliação Patrimonial”, englobando...........................................................................................12
1.1.9 Reservas de Capital..........................................................................................13
Reserva de Lucros a Realizar.........................................................................13
1.1.11 Avaliação a preço de mercado........................................................................14 
CAPITULO II: Contabilidade Ciênticifica ou Contemporânea –
De 1840 ate os dias atuais.........................................................................................15
2. Evolução do pensamento enconômico..................................................................15
CAPITULO III: Brasil na Globalização.......................................................................17
3. Economia brasileira e a globalização.....................................................................17
3.1 Cultura brasileira e globalização..........................................................................18
CAPITULO IV: “sociedade dos produtores” Vs. “sociedade de consumidores” Segundo Bauman.......................................................................................................19
4. A identidade como um valor de mercado...............................................................19
4.1 Relações na sociedade de consumidores: mercadoria descartável....................21
4.2 consumidores falhos: as baixas colaterais da sociedade de consumidores......22
CONCLUSÃO.........................................................................................................25
REFERÊNCIAS......................................................................................................26
ANÁLISE DAS MUDANÇAS NA CONTABILIDADE BRASILEIRA
 Driély Rodrigues Soares ¹
 Alcides José da Costa Filho ²
 Suzi Bueno de Almeida
 Clevia Israel Faria Franca
 Maria Eliza Correa Pacheco
Resumo
O estudo tem como objetivo melhor esclarecer as mudanças principais introduzidas
pela nova lei, bom como seu alcance e importância e, também sobre a necessidade futura de regulação e ajustes. Assim, vamos utilizar uma plataforma teórica sobre a nova contabilidade brasileira desenvolvida por alguns autores, a fim de entender um pouco da evolução da contabilidade no Brasil, até chegarmos às transformações advindas da lei. Como objetivo específico, vamos buscar os autores que buscaram o estudo deste tema novo e muito importante. A metodologia utilizada na pesquisa configura-se como de pesquisa bibliográfica desenvolvida através de leituras de livros da área, por meio de fontes primárias - documental baseada na coleta de dados restrita a documentos oficiais emitidos pelos organismos regulamentadores da profissão contábil, e por fonte secundária, livros, artigos publicados em revistas científicas, trabalhos não originais e que basicamente citam, revisam e interpretam
trabalhos originais, como artigos de revisão bibliográfica e artigos de divulgação. Buscou-se os conceitos e principais características da estrutura conceitual de contabilidade no novo cenário contábil e as mudanças da Legislação Societária e o Ambiente Internacional de Negócios.
�
 
 Introdução
Com o intuito de esclarecer um pouco melhor as mudanças que vem ocorrendo na contabilidade brasileira nos últimos anos, além de destacarmos a lei 11.638 e suas mudanças significativas, vamos buscar um pouco o histórico da contabilidade nacional e alguns pontos importantes que fazem parte destas transformações. Faremos uma pequena revisão do histórico da harmonização contábil e os principais organismos que fazem parte deste movimento. Com estas considerações iniciais, daremos início ao estudo da lei propriamente dita e de suas alterações.
Com a nova lei, o país visa a adoção de padrões contábeis iguais aos outros países, estendendo essa uniformidade para as empresas. Portanto, precisamos ter a consciência que o país precisa estar dotado de uma regulação contábil que favoreça a comparabilidade entre demonstrações financeiras, a fim de que possa haver a alocação dos recursos das empresas dentro de um padrão mundial.
Neste sentido, o objetivo deste artigo será realizar um estudo bibliográfico a respeito de um tema atual e bastante discutido entre os profissionais e acadêmicos da área contábil: As mudanças Contábeis advindas da lei 11.638/2007 e suas consequências. Visto que nesta nova lei foram contempladas as mais recentes conquistas normativas em matéria contábil de países mais desenvolvidos, incorporando isto a realidade jurídica e econômica de nosso país, além de serem aperfeiçoadas inúmeras disposições contempladas na lei anterior.
O objetivo deste artigo é o de melhor esclarecer as mudanças principais introduzidaspela nova lei, bem como seu alcance e importância e, também sobre a necessidade futura de regulação e ajustes. Além disso, este trabalho visa entender um pouco da evolução da contabilidade no Brasil, até chegarmos as transformações advindas da nova lei.
__________________
¹ Aluno do curso de Ciências Contábeis da Universidade Norte do Paraná– UNOPAR. 
² Professores orientadores das disciplinas de Contabilidade Geral; Fundamentos da Administração; Economia; Homem, Cultura e Sociedade
�
 
CAPITULO I :
FUNDAMENTOS EM CONTABILIDADE
Referencial Teórico
Nesta seção vamos abordar as principais alterações advindas da nova lei junto a 
contabilidade brasileira. A harmonização pretende tornar obrigatória a adoção de padrões contábeis iguais em todos os países, estendendo esta uniformidade para as empresas. Assim, em atendimento as necessidades da sociedade brasileira, foi publicada a Lei 11.638 de 28 de dezembro de 2007, introduzindo mudanças significativas no contexto da Contabilidade Empresarial. Na referida legislação, ocorrem alterações e revogação de dispositivos da Lei no 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e da Lei no 6.385, de 7 de dezembro de 1976, e estende às sociedades de grande porte disposições relativas à elaboração e divulgação de demonstrações 
financeiras.
1 LEI 6.404/1976 E SUAS ALTERAÇÕES SEGUNDO A LEI 11.638/2007
A globalização não é só um processo socioeconômico politico e cultural, ela busca diminuir barreiras entre países, não sendo diferente no mundo da Contabilidade. O mundo globalizado atingiu ate mesmo a contabilidade de modo internacional gerando necessidade de um padrão contábil e a adoção do mesmo em grande maioria dos países.
A lei 6.404 foi criada no ano de 1976, para normatizar os princípios contábeis no Brasil e disciplinar as companhias abertas. Esta sofreu grande influência norte-americana, havendo também importantes contribuições brasileiras como: correção monetária e reserva de lucros a realizar. Contribui de grande maneira, como �
 
podemos citar: separação entre a Contabilidade comercial e fiscal, aperfeiçoamento da classificação das contas no balanço e do mecanismo de correção monetária, implantação da reavaliação a valor de mercado e do método de equivalência patrimonial e origem da reserva de lucros. Posteriormente, esta Lei abrangeu-se a todas as empresas, por meio do Decreto – Lei no 1.598. Para alguns estudiosos como Schimidt apud Doupnik (1996), a Lei das S.A. marcou uma nova fase na Contabilidade Nacional. Em atendimento as necessidades da sociedade brasileira, foi publicada a Lei 11.638 de 28 de dezembro de 2007, introduzindo mudanças significativas no contexto da Contabilidade Empresarial. Na referida legislação, ocorrem alterações e revogação de dispositivos da Lei no 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e da Lei no 6.385, de 7 de dezembro de 1976, e estende às sociedades de grande porte disposições relativas à elaboração e divulgação de demonstrações financeiras.
Com a nova Lei a legislação impunha harmonizações com normas internacionais de contabilidade aprovando deliberações pela CPC. A lei veio com objetivo de trazer companhias brasileiras com a contabilidade internacional acarretando o banimento de varias regras contábeis. Dentre elas abaixo as principais mudanças ocorrida entre a lei 6.404 de 15 de dezembro de 1976 a 11.638 de 28 de dezembro de 2007:
	 Lei 6.404, de dezembro de 1976
	 Lei 11.638, de dezembro de 2007
	Publicação das Demonstrações das origens e aplicações de Recursos – Doar.
	Publicação das demonstrações dos fluxos de Caixas - DFC.
	Não havia exigência da publicação da demonstração do Valor Adicionado – DVA para as companhias abertas.
	Obrigatoriedade da publicação da Demonstração do Valor adicionados - DVA para as companhias abertas
	Os aumentos de valores nos saldos 
de ativos serão registrados com Reserva de Reavaliação, no 
 
Patrimônio Liquido.
	As aumentos ou diminuições de valores nos saldos de ativos e passivos decorrentes de avaliações e preço de mercado serão registrados na conta de Ajuste
 de Avaliação de Patrimonial, no Patrimônio Liquido.
	O ativo permanente é divido em: investimentos, ativo imobilizado e ativo diferido.
	Ativo permanente passa a ser dividido em: investimentos, imobilizado, intangível em diferido.
	Nas operações de incorporação, fusão ou cisão, os saldos vertidos poderão ser registrados pelos valores contábeis.
	Os saldos serão vertidos a valor de mercados nos casos de: fusões, cisões ou incorporações.
	O Patrimônio Líquido: capital social reserva de capital, reservas de reavaliação, reservas de lucros ou prejuízos acumulados.
	O Patrimônio Líquido: capital social, reservas de capital, ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados.
	As companhias abertas são obrigadas a publicas as suas demonstrações contábeis devidamente auditadas. As companhias fechadas são obrigadas a publicar suas demonstrações contábeis.
	As companhias abertas e a sociedade de grande porte de capital fechado são obrigadas a apresentar demonstrações contábeis segundo os mesmos padrões da Lei das S.A.s e auditadas por auditores independentes. 
	 A escrituração contábil será efetuada de acordo com os princípios de contabilidade geralmente aceitos, podendo registrar nos livros comerciais ou em livros auxiliares os ajustes decorrentes da legislação tributária.
	
Devera ocorrer segregação entre escrituração mercantil e tributária. 
	A CVN expedirá normas contábeis de acordo com os princípios de contabilidade geralmente aceitos.
	A CVN expedirá normas contábeis em consonância com as Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS).
	
As sociedades controladas devem ser avaliadas pelo método da equivalência patrimonial.
	As sociedades controladas, sociedades que fazem partes do mesmo grupo que esteja sob influência e controle comum, devem ser avaliadas pelo método de equivalência patrimonial;
 
A seguir, vamos abordar melhor explicada, algumas destas mudanças de disposições de natureza contábil que esta nova lei nos trouxe.
 
 1.1 ALTERAÇÕES DA NOVA LEI
Harmonização das normas
 
Segundo o nosso dicionário, harmonizar significa: Pôr em harmonia, Conciliar. Sendo assim, observamos que segundo a lei, “As normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários... deverão ser elaboradas em consonância com os padrões internacionais de contabilidade adotados nos principais mercados de valores mobiliários.” (art. 177, § 5°).
1.1.2 CRIAÇÃO DA “DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA” SUBSTITUINDO A DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS. (art. 176, IV) 
Segundo Braga, Almeida (2008), seguindo uma tendência internacional e, também, em função das necessidades dos usuários, principalmente por parte dos analistas de mercado e investidores institucionais, a Lei 11.638/07 contempla a substituição da Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (DOAR) pela Demonstração do Fluxo de Caixa(DFC). 
Não houve definição quanto ao modelo a ser adotado. Apenas se determina que as lterações devem ser segregadas em: operações; financiamentos; e investimentos. Para Reis, Marion e Iudicíbus (2009), embora a DOAR seja considerada mais completa, pela quantidade de informações que oferece aos usuários, alguns de seus conceitos – como, por exemplo, a variação do ativo circulante líquido – não é facilmente assimilada pela maioria dos interessados. Já os Fluxos de Caixa – demonstração muito difundida internacionalmente – é bem mais simples e intuitiva. É importante ressaltar que “A companhia fechada, com patrimônio líquido, na data do balanço, inferior a R$ 2.000.000 não será obrigada a elaborar e publicar a “Demonstração dos Fluxosde Caixa”. (art. 176, § 6°). 
1.1.3 CRIAÇÃO DA “DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO”; OBRIGATÓRIA SOMENTE PARA AS COMPANHIAS ABERTAS. (art. 176, V)
A DVA surgiu na Europa, por influência de Inglaterra, França e Alemanha, e tem sido cada vez mais exigida em nível internacional. Ela mostra o quanto de riqueza uma empresa produziu, ou melhor, quanto ela adicionou de valor, e como esta riqueza foi distribuída e quanto ficou na empresa. Para Reis, Marion e Iudicíbus(2009), ao adotar a DVA o Brasil se coloca ao lado de países de primeiro mundo que, inclusive, atendem recomendação da ONU. 
Em termos macroeconômicos a somatória dos valores adicionados por todas as unidades produtivas representa o PIB do país e a totalização dos valores agregados possibilita o cálculo do montante e da composição da Renda Nacional e da Renda Nacional Per Capita. A DVA é tão importante, que alguns países só aceitam a instalação e manutenção de uma empresa transnacional se ela demonstrar qual será o valor adicionado que irá produzir. 
1.1.4 CRIAÇÃO DO SUBGRUPO “INTANGÍVEL” NO PERMANENTE, DESDOBRADO DO SUBGRUPO IMOBILIZADO. (art. 179, VI) 
Segundo Braga, Almeida (2008), a lei 11.638/07 estabeleceu o grupo de contas de Intangíveis, classificado entre o imobilizado e o diferido, que tem por finalidade contemplar direitos que tenham como objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia. 
Dessa maneira, ficam definitivamente separados (e totalizados individualizadamente) os bens materiais (Imobilizado) e os bens imateriais (Intangível). 
1.1.5 CLASSIFICAÇÃO, NO IMOBILIZADO, DOS BENS CORPÓREOS “DECORRENTES DE OPERAÇÕES QUE TRANSFIRAM À COMPANHIA OS BENEFÍCIOS, RISCOS E CONTROLE DESSES BENS” (art. 179, IV)
A nova lei modifica a definição do imobilizado, passando a excluir dele os bens não corpóreos (marcas, patentes, concessões), e passando a incluir bens que não sejam de propriedade da empresa. Assim, segundo Reis, Marion e Iudicíbus(2009), os bens adquiridos através de arrendamento mercantil financeiro passam a ser registrados no Imobilizado, com contrapartida da dívida no Passivo Exigível. Assim, passará a haver uma harmonização de critérios entre as empresas que compram seu ativo fixo por meio de financiamentos e aquelas que se valem do arrendamento mercantil financeiro, possibilitando comparações entre os resultados da análise de suas situações econômico-financeiras. 
1.1.6 EXTINÇÃO DA POSSIBILIDADE DE REAVALIAÇÃO DOS BENS DO ATIVO IMOBILIZADO E, CONSEQUENTEMENTE, ELIMINÇÃO DAS RESERVAS DE REAVALIAÇÃO. 
Desaparece a opção da reavaliação espontânea de bens que antes existia. Assim, não se pode mais efetuar reavaliações do imobilizado tangível, sendo que mesmo as empresas que a isso estavam obrigadas a fazer, estão impedidas de aplicá-la daqui para frente. Para Reis, Marion e Iudicíbus (2009), a justificativa é a de que, em muitos países, a reavaliação de bens não é um procedimento contábil aceitável, pois contraria o princípio contábil do “custo como base de valor” ou do “registro pelo valor original”. Além disso, nota-se que a “reavaliação” têm sido usada para propósitos não adequados, tais como, compensação de prejuízo, elevação artificial do capital próprio – causando distorções na apuração de vários índices econômico-financeiros e dificuldades na comparação com empresas que não se valiam desses artifícios. 
Vale ressaltar que, “Os saldos existentes nas Reservas de Reavaliação deverão ser mantidos até sua efetiva realização ou estornados até o final de 2008”. (art. 6°). 
 1.1.7 O USO DO SUBGRUPO DIFERIDO FICA RESTRITO AO REGISTRO DAS DESPESAS PRÉ-OPERACIONAIS E AOS GASTOS DE REESTRUTURAÇÃO. (art. 179, V) 
A Lei 11.638 tinha modificado o conceito de diferido, porém a MP n° 449/08 acabou desaparecendo com ele das normas contábeis, com alguns detalhes importantes: as despesas pré-operacionais que ficavam no ativo diferido, deverão desaparecer; as despesas de treinamento, que se contabilizava no diferido, têm que ir para o resultado do período; os ágios também mudam de lugar, indo para o ativo intangível ou para investimentos, dependendo do caso; algumas empresas consideravam no diferido as benfeitorias em propriedades de terceiros, agora devem estar no imobilizado; gastos com software e programas, também precisam ser reanalisados, ficando no próprio imobilizado ou no intangível. 
1.1.8 ELIMINAÇÃO DA CONTA “LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS” MANTENDO SOMENTE A CONTA “PREJUÍZOS ACUMULADOS” (art. 178, § 2°, d)
Não pode mais permanecer, nos balanços, saldo na conta de Lucros Acumulados. Todo o lucro do exercício deverá ser destinado. E as parcelas do resultado a serem retidas precisarão ser contabilizadas nas reservas próprias. Segundo Reis, Marion e Iudicíbus (2009), evidentemente, uma conta transitória deverá ser utilizada para registrar as destinações do lucro e as eventuais reversões das reservas de lucros. Essa conta transitória deverá aparecer na Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido, com saldo inicial e final igual a zero. 
1.1.9 CRIAÇÃO, NO PATRIMONIO LIQUIDO, DO SUBGRUPO “AJUSTES DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL”, ENGLOBANDO, (art. 182, § 3°) 
 É criada a conta de Ajustes de Avaliação Patrimonial que tem como grande objetivo registrar valores que, já pertencentes ao patrimônio líquido, não transitaram ainda pela conta do resultado do exercício, mas o farão no futuro. 
Segundo Reis, Marion e Iudicíbus (2009), enquanto não computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuído a elementos do ativo e do passivo, em decorrência de suaavaliação a preço de mercado. 
 Há algumas observações importantes que devem ser levadas em consideração neste item: O valor de mercado é atribuído a cada um dos elementos do Ativo e do Passivo, sendo a 
diferença entre o valor de aquisição e o valor líquido apurado registrada como um Ajuste de Avaliação Patrimonial; A avaliação a preço de mercado dos instrumentos financeiros e dos direitos e títulos de crédito destinados a ou disponíveis para negociação faz com que o valor do Patrimônio, na data do balanço, se torne bem mais realista; Considerando que os ajustes podem ser tanto positivos como negativos, concluímos que o saldo da conta Ajustes de Avaliação Patrimonial pode apresentar saldo credor (aumentando o patrimônio líquido) ou devedor (reduzindo o patrimônio líquido); e os ganhos ou perdas registrados na conta Ajustes de Avaliação Patrimonial serão transferidos para o resultado do exercício na época em que ocorrer a realização dos valores correspondentes. 
1.1.10 RESERVAS DE CAPITAL
Nas Reservas de Capital passaram a ser considerados apenas os ganhos relacionados com o Capital Social da empresa. Assim, deixam de ser incluídos nesse subgrupo: as Doações e Subvenções para Investimento, quando não realizadas – seriam classificadas como Resultados de Exercícios Futuros não fora o veto às modificações ao artigo 181; e quando realizadas – serão consideradas receitas e irão para a DRE, e poderão ser destinadas para formação da Reserva de Incentivos Fiscais; os Prêmios na Emissão de Debêntures - serão considerados receitas e irão para a DRE. 
1.1.11 RESERVA DE LUCROS A REALIZAR
Segundo Braga, Almeida (2008), a reserva de lucros a realizar é uma reserva de lucros que a companhia tem a opção de constituir, com a finalidade de acomodar a parcela do dividendo obrigatório não realizada. Portanto, para Reis, Marion e Iudicíbus (2009) a inclusão, no cálculo da parcela realizada do lucro líquido do exercício, do resultado não realizado da contabilização de ativo e passivo pelo valor de mercado. (art. 197, § 2°, II). 
1.1.12 AVALIAÇÃO A PREÇO DE MERCADO
A lei 11.638 prevê duas hipóteses para a avaliação a preço de mercado: No Art.183 serão avaliadas pelo valor de mercado as aplicações em instrumentos financeiros, inclusive derivativos, e em direitos e títulos de crédito classificadosno Ativo Circulante, quando se tratar de aplicações destinadas à negociação ou disponíveis para venda; No Art . 226, § 3o, nas operações de transformação, incorporação, fusão ou cisão, realizadas entre partes independentes e vinculadas à efetiva transferência de controle, os ativos e passivos da sociedade a ser incorporada ou decorrente de fusão ou cisão serão contabilizados pelo seu valor de mercado.
 Verificamos que uma transferência de controle, as demonstrações da empresa adquirida deve ter seus ativos e passivos ajustados ao valor justo de mercado previamente a tal incorporação ou fusão. Assim, os novos valores, ajustados ao mercado, é que são usionados ou incorporados à adquirente do controle.
 
CAPITULO II:
CONTABILIDADE CIENTÍFICA OU CONTEMPORÂNEA –
DÊ 1840 ATÉ OS DIAS ATUAIS.
 
Introdução
A publicação do livro de Francesco Villa em 1840, La contabilità applicata 
alle amministrazioni private e pubbliche marca uma nova era para a contabilidade. 
Segundo Melis, a contabilidade passa do período literário para se tronar científico. A gestão empresarial através do controle contábil torna-se relevante para o processo decisório nas empresas. A contabilidade a partir deste período serve como base gerencial nas empresas. 
 
A preocupação com os registros contábeis para auxiliar a administração e 
gestão das empresas marca este período. Na opinião de Antonio Tonzig, autor de livros desta época, a contabilidade e administração devem estar interadas uma a outra para melhor controle da entidade. 
 
É também neste período que surgem as principais escolas doutrinárias de 
contabilidade. Segundo Lopes de Sá (1995), as doutrinas contábeis são as 
formas de aparecer, evoluir, derivar ou extinguir as correntes do pensamento 
contábil. 
 
 Dentre as escolas doutrinárias que surgiram neste período estão: a escola 
administrativa, personalista, controlista, norte-americana, matemática, 
neocontista, alemã, italiana, patrimonialista e a escola brasileira universalismo, 
apresentada pelo Professor Doutor Francisco D’auria em 1949.
2 Evolução do pensamento enconomico
O pensamento econômico passou por diversas fases, que se diferenciam amplamente, com muitas discrepâncias e oposições. No entanto, a evolução deste pensamento pode ser dividida em dois grandes períodos: Fase Pré- Científica e Fase Científica Econômica.
A fase pré-científica é composta por três subperíodos. A Antigüidade Grega, que se caracteriza por um forte desenvolvimento nos estudos político- filosóficos. A Idade Média ou Pensamento Escolástico, repleta de doutrinas teológica- filosóficas e tentativas de moralização das atividades econômicas. E, o Mercantilismo, onde houve uma expansão dos mercados consumidores e, consequentemente, do comércio. Como iremos tratar de um pensamento econômico que nos influencia até hoje só trataremos da fase científica.
A fase científica pode ser dividida em Fisiocracia, Escola Clássica e Pensamento Marxista. Esta primeira pregava a existência de uma "ordem natural", onde o Estado não deveria intervir (laissez-faire, laissez-passer) nas relações econômicas. Os doutrinadores clássicos acreditavam que o Estado deveria intervir para equilibrar o mercado (oferta e demanda), através do ajuste de preços ("mão- invisível"). Já o marxismo criticava a "ordem natural" e a "harmonia de interesses" (defendida pelos clássicos), afirmando que tanto um como outro resultava na concentração de renda e na exploração do trabalho.
Apesar de fazer parte da fase científica, convém ressaltar que a Escola Neoclássica e o Keynesianismo, diferenciam-se dos outros períodos por elaborar princípios teóricos fundamentais e revolucionar o pensamento econômico, merecendo, portanto, destaque. É na Escola Neoclássica que o pensamento liberal se consolida e surge a teoria subjetiva do valor. Na Teoria Keynesiana, procura-se explicar as flutuações de mercado e o desemprego (suas causas, sua cura e seu funcionamento).
CAPITULO III:
O BRASIL NA GLOBALIZAÇÃO
Introdução
 
Por ser um país integrado a economia mundial capitalista e com conexões culturais com diversos países do mundo, o Brasil está participando atividade do mundo globalizado.
 
3. ECONOMIA BRASILEIRA E A GLOBALIZAÇÃO
 
O Brasil possui uma economia aberta ao mercado internacional, ou seja, nosso país vende e compra produtos de diversos tipos para diversas nações. Fazer parte da globalização econômica apresenta vantagens e desvantagens.
 
As vantagens é o acesso aos produtos internacionais, muitas vezes mais baratos ou melhores do que os fabricados no Brasil. Por outro lado, estes produtos, muitas vezes, entram no mercado brasileiro com preços muitos baixos, provocando uma competição injusta com os produtos nacionais e levando empresas à falência e gerando desemprego em nosso país. Isso vem ocorrendo atualmente com a grande quantidade de produtos chineses (brinquedos, calçados, tecidos, eletrônicos) que entram no Brasil com preços muito baixos.
 
Outra questão importante no aspecto econômico é a integração do Brasil no mercado financeiro internacional. Investidores estrangeiros passam a investir no Brasil, principalmente através da Bolsa de Valores, trazendo capitais para o país. Porém, quando ocorre uma crise mundial, o Brasil é diretamente afetado, pois tem sua economia muito ligada ao mundo financeiro internacional. É muito comum, em momentos de crise econômica mundial, os investidores estrangeiros retirarem dinheiro do Brasil, provocando queda nos valores das ações e diminuição de capitais para investimentos.
 
Nesses aspectos o Brasil necessitaria implantar novas politicas para que com mudanças econômicas, o país esteja preparado caso ocorra algum imprevisto para não afetar a bolsa financeira nacional como adotar projetos e soluções para a modernidade e tecnologia que se avança rapidamente com o mundo globalizado, e não deixar assim o Brasil ficar para trás no ramo de organização econômica. 
3.1 CULTURA BRASILEIRA E GLOBALIZAÇÃO
 
No aspecto cultural os pontos são mais positivos do que negativos. Com a globalização, os brasileiros podem ter acesso ao que ocorre no mundo das artes, cinema, música, etc. Através da televisão, internet, rádio, cinema e intercâmbios culturais, podemos ficar conectados ao mundo cultural internacional. Conhecimentos científicos, artísticos e tecnológicos chegam ao Brasil e tornam nossa cultura mais dinâmica e completa.
 
Por outro lado, a cultura brasileira sofre com essa influência musical e comportamental maciça, principalmente originária dos Estados Unidos. As músicas, os seriados e os filmes da indústria cultural norte-americana vão espalhando comportamentos e gostos que acabam diminuindo, principalmente entre os jovens, o interesse pela cultura brasileira.
CAPITULO IV: 
“SOCIEDADE DOS PRODUTORES” Vs. “SOCIEDADE DOS CONSUMIDORES” SEGUNDO BAUMAN
Introdução
Análise da sociedade de consumidores enquanto transformadora das pessoas em mercadoria, na visão de Zygmunt Bauman. Para tanto, o estudo será feito prioritariamente em seu livro Vida para consumo, no qual concentra sua análise da sociedade contemporânea como uma sociedade constituída essencialmente por consumidores. A partir dos encaminhamentos feitos pelo autor, trata-se de fazer uma reflexão sobre o processo de construção da identidade das pessoas na sociedade de consumidores, as quais passam a considerar a si mesmas como mercadorias, inclusive ao tentarem estabelecer relações afetivas com as outras pessoas-mercadorias. 
4. A identidade como um valor de mercado
O ser humano, na vida em sociedade, interage com os outros e o seu ambiente. Assim, é vital, para que ele sobreviva neste espaço, que seja reconhecido como parte integrante desse meio social. Como, então, se dá na modernidade líquida a aceitação e o reconhecimento de um indivíduo como membro integrante da sociedade? Para Bauman, asociedade de consumidores “representa o tipo de sociedade que promove, encoraja ou reforça a escolha de um estilo de vida e uma estratégia existencial consumistas, e rejeita todas as opções culturais alternativas”.
Por isso, não há espaço para quem não cumpre o seu papel social primordial, qual seja: ser um consumidor exemplar. Isto ocorre porque na sociedade contemporânea seus membros são avaliados por sua capacidade de consumir, sendo esta o termômetro que irá reconhecer- ou não- o seu valor no interior desta escala social. Assim, seu lugar estará “garantido” somente enquanto exerce sua competência de consumidor, que deve ser exercida sem pausas, de forma voraz e contínua. Se assim não o for, imediatamente a sociedade de consumidores exclui aqueles com defeito de fabricação, como, por exemplo, os que logo se satisfazem com o que consomem e que não precisam sair a todo instante em busca da novidade do momento. 
Para eliminar qualquer risco de que existam membros defeituosos, estabelece-se, na modernidade líquida, uma cultura consumista na qual o consumo não só é uma vocação como também um direito e um dever humano universal. Nele reside a felicidade, sendo, portanto, o bem maior desta sociedade, e é através dele que se constrói a identidade de seus membros. Para isso, a sociedade de consumidores cultiva em seus membros o hábito de consumir desde a infância, direcionando grande parte de seus esforços publicitários às crianças. Estas são bombardeadas de forma cruel, sem descanso, desde que começam a perceber o mundo à sua volta e que passam a apontar aquilo que querem, para que seus pais, muitas vezes orgulhosos e satisfeitos, realizem os mínimos desejos de sua prole. 
Assim, a máquina de consumo conseguirá produzir consumidores ávidos, habilitados e sem possibilidade de deserção. No entanto, com o passar do tempo, essa identificação com o ato de consumir sem limites acaba criando nas pessoas uma insatisfação permanente, pois as novidades não se esgotam: a todo instante surgem inovações tecnológicas, lança-se a moda do momento, o best-seller é lançado simultaneamente à sua versão cinematográfica, e todos precisam participar de tudo, ninguém pode ficar de fora, pois todos têm, paradoxalmente, obrigação de usufruir de seu direito à felicidade de consumir: sua identidade depende, agora, do exercício desse direito. 
Outro aspecto da sociedade de consumidores apontado por Bauman é o fato de que “não emergem vínculos duradouros” da atividade de consumo, já que esta tem como finalidade atender a anseios pretensamente individuais, além de exigir do consumidor muito tempo dedicado a escolher os produtos que serão comprados. E, sendo um ato de certa forma solitário, acaba por facilitar a diluição dos vínculos afetivos, passando estes a serem conduzidos e mediados pelo mercado. Ora, apesar dos ditames desta sociedade de consumidores, a construção genuína da identidade está condicionada a se estar com o outro, em uma relação de troca contínua. Nesse contexto, o eu, levado a se isolar dos outros membros pelo ato solitário de consumir, destituído de seu reflexo no Outro, sendo valorizado apenas pelo seu poder de consumo, acaba por se identificar com o próprio ato de consumir, assumindo para si as leis de valor do mercado consumidor, apresentando-se, então, para o olhar do outro da única maneira que conhece, como uma mercadoria que vale a pena ser adquirida. Nas palavras do autor:
Na sociedade de consumidores, ninguém pode se tornar sujeito sem primeiro virar mercadoria, e ninguém pode manter segura sua subjetividade sem reanimar, ressuscitar e recarregar de maneira perpétua as capacidades esperadas e exigidas de uma mercadoria vendável. A “subjetividade” do “sujeito”, e a maior parte daquilo que essa subjetividade possibilita ao sujeito atingir, concentra-se num esforço sem fim para ela própria se tornar, e permanecer, uma mercadoria vendável. A característica mais proeminente da sociedade de consumidores – ainda que cuidadosamente disfarçada e encoberta – é a transformação dos consumidores em mercadorias.
4.1 Relações na sociedade de consumidores: mercadoria descartável
Bauman defende que, nestes tempos “líquidos”, precisamos da ajuda de um companheiro leal, “até que a morte nos separe”, mais do que em qualquer outra época. O problema é que as relações afetivas na sociedade de consumidores seguem praticamente as mesmas regras das relações comerciais. Assim, sendo estas atualmente movidas pela velocidade com que uma mercadoria é lançada, consumida e logo descartada para que outras mais novas possam tomam o seu lugar nas prateleiras, decorre que qualquer coisa “até a morte” nos desanima e assusta: não se pode permitir que coisas ou pessoas sejam impedimentos ou nos obriguem a diminuir o ritmo de vida. Além do mais, pelo fato mesmo de os mercados de consumo se concentrarem “na desvalorização imediata de suas antigas ofertas, a fim de limpar a área da demanda pública para que novas ofertas a preencham”, a insatisfação com a identidade adquirida nessa cultura consumista é uma constante na vida de seus membros. Por isso, “mudar de identidade, descartar o passado e procurar novos começos, lutando para renascer” (Idem) acaba englobando as próprias relações afetivas. Novas relações significam novas identidades, reacendendo, de cada vez, a esperança de que a felicidade será alcançada, logo, “o objeto fracassado do amor, tal como todos os outros bens do mercado, precisa ser descartado e substituído”.
Em contrapartida, como efeito imediato do processo de construção da identidade na sociedade de consumidores, na qual primeiro se é uma mercadoria para depois se ser um sujeito, é que se deve promover da melhor maneira possível a própria pessoa, como um produto qualquer de um anúncio publicitário. E para isso, nada mais apropriado que os sites que promovem encontros online e as tão indispensáveis redes sociais, ferramentas que servem para intermediar os relacionamentos entre pessoas compatíveis, reduzindo ao máximo os riscos das surpresas desagradáveis que geralmente surgem quando nos dispomos a conhecer de perto as pessoas. Assim, protegidas por uma tela de computador, no refúgio de sua casa, as pessoas podem se apresentar, listando umas para as outras as suas qualidades, tentando se transformar em um produto desejável para que o Outro se decida a adquirir. E aqui vale uma ressalva: é só como “instrumento de autoconfirmação pessoal” que o Outro interessa a um membro da sociedade de consumidores. Sendo ao mesmo tempo mercadoria e consumidor, nesta posição pode-se descartar a qualquer momento o Outro-mercadoria, basta que, para isso, ele desagrade, que não mais satisfaça ao seu consumidor — afinal de contas, todos têm o seu direito de consumidor garantido por lei. É o Estado confirmando a identidade do cidadão: ele é, acima de tudo, um consumidor. Dessa forma, nas palavras do autor:
[...] Se o objeto de amor procurado deixa de marcar um ou vários pontos, o ‘comprador’ potencial do mesmo deve desistir da ‘aquisição’, assim como o faria no caso de todos os outros produtos em oferta. Se, no entanto, a falha for revelada após a ‘aquisição’, o objeto fracassado do amor, tal como os outros bens do mercado, precisa ser descartado e substituído. 
4.2 Consumidores falhos: as baixas colaterais da sociedade de consumidores
Para Bauman, um indício revelador de que utilizamos na sociedade de consumidores as mesmas regras das leis de mercado no que diz respeito ao descarte de mercadorias ultrapassadas ou que não satisfaçam ao consumidor é o sucesso de reality shows, como, por exemplo, o Big Brother. Para ele, a questão da “realidade”, tal como é mostrada nesses programas, é que não é preciso fazer algo para merecer a exclusão. As pessoas não são excluídas porque são más, mas porque outras demonstram ser mais espertas na arte de passar por cima dos outros. Todos os excluídos são avisados de que não têm capacidade de permanecer porque existe uma cota de exclusão que precisa ser preenchida. Na visão do filósofoda modernidade líquida, comportamo-nos exatamente como o tipo de sociedade apresentada nesses “reality shows” e é exatamente essa familiaridade que desperta o interesse em massa por esse tipo de programa. 
Por mais triste que pareça, esse olhar é, infelizmente, verificável ao nosso redor: não precisamos ir muito longe para detectarmos os desabilitados sociais. A massa dos que sofrem um verdadeiro complexo de inadequação — por sua incapacidade ou falta de habilidade no exercício de seu irrecusável direito de consumir — é gigantesca e cresce à velocidade da ação consumista, transformando-os em mercadoria indesejada. Sob esta condição, os incapacitados para o consumo precisam ser descartados, para não incomodar os verdadeiros membros desta sociedade, os consumidores por excelência, aqueles que sempre permanecem no jogo consumista. Os desabilitados, por sua vez, são automaticamente excluídos do jogo, constituindo uma subclasse que não consegue desempenhar seu dever social mais crucial: Consumir incansavelmente.
Bauman identifica esses consumidores falhos como baixas colaterais resultantes dessa competição acirrada na luta por se manter a identidade consumista. Nesse contexto:
[...] As pessoas classificadas como “subclasse” são condenadas à exclusão social e consideradas incapazes de se afiliarem a uma sociedade que exige que seus membros participem do jogo do consumismo segundo as regras estabelecidas, justamente porque são, tal como os ricos e abastados, abertos às seduções muito bem amparadas do consumismo- embora, de forma distinta dos abastados e dos ricos, não possam de fato se dar ao luxo de serem seduzidos. 
Pode-se dizer, então, acompanhando o raciocínio de Bauman, que uma das consequências mais graves dessas baixas colaterais é a criminalização da pobreza. Os pobres desta sociedade de consumidores não são vistos como um problema social que diga respeito a toda a sociedade, já que o Outro não é minha responsabilidade. Assim, a pobreza é vista como empecilho para o consumo, e os pobres, não mais podendo ser considerados membros ativos da sociedade, devem ser excluídos, descartados como lixo residual e mantidos à distância, invisíveis para a sociedade. Essa invisibilidade social é a morte da identidade do sujeito, pois se não sou visto, não sou desejado, e, não sendo objeto do desejo do Outro, como mercadoria falha, perco a identidade, não sou destaque na prateleira, consequentemente não me identifico como sujeito: é a morte da subjetividade.
Diante desse quadro, pode parecer que o filósofo polonês tem uma visão pessimista do mundo, porém ele faz questão de deixar claro que podemos, sim, acreditar que dias melhores virão, que outro mundo, alternativo e quem sabe melhor, seja possível. O filósofo do mundo líquido acredita que nós, seres humanos, sejamos capazes de tornar real essa possibilidade, que ainda podemos construir uma sociedade em que a felicidade e a liberdade da coletividade sejam vistas como condição fundamental para que subjetividades possam se identificar como humanos de forma legítima, sem desconsiderar o Outro.
Conclusão
Há inúmeras transformações no cenário mundial devido à globalização. Com isso, a contabilidade deve acompanhar estas transformações e incorporar avanços no seu cotidiano. O profissional contábil deve estar preparado para estas mudanças, e deve ter um conhecimento vasto e qualificado, diante das novas necessidades do mercado, que cada vez mais buscará profissionais qualificados e preparados para o exigente mercado contábil e suas novas diretrizes. 
Acreditamos que a nova lei está em sintonia com as normas internacionais, alçando nosso país na vanguarda da contabilidade moderna. Acredito que esta nova lei represente um marco contábil para o país, elevando-nos aos mais altos níveis da contabilidade internacional. Com certeza ela representa um avanço incalculável a nosso país.
O principal objetivo deste trabalho, que é de esclarecer as mudanças principais introduzidas pela nova lei, foi alcançado. Assim, esperamos ter contribuído de certa forma, para esclarecer um pouco as dúvidas em relação a nova lei e suas mudanças. Afinal, estas transformações tendem a valorizar e requisitar cada vez mais a profissão contábil.
Como a sociedade de consumidores estabelece padrões de consumo que determinam a identidade de cada indivíduo, sendo este identificado pelo que consome e pela sua capacidade de ser também consumido, aquele que não consegue assumir plenamente este papel torna-se invisível socialmente. Essa permanente ameaça de invisibilidade social instaura, como consequência, uma crise de identidade típica da contemporaneidade líquida. Tal crise de identidade — reflexo da dificuldade que se tem em dissociar o que são nossas vontades de fato das expectativas impostas pela sociedade de consumidores — é sintomática da fluidez da pós-modernidade, que transforma tudo, e todos, em mercadoria.
 
Referências
BRAGA, Hugo Rocha; ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Mudanças contábeis na lei societária. São Paulo: Atlas, 2008.
Princípios fundamentais e normas brasileiras de contabilidade. 2003.
WEFFORT, Elionor Farah Jreige. O Brasil e a harmonização contábil internacional. São Paulo: Atlas, 2005.
SCHMIDT, Paulo. História do pensamento contábil. São Paulo: Bookman, 2000.
BAUMAN, Zigmunt. Vida para Consumo. Zahar, 2008.
BOURDIEU, P. Meditações Pascalinas. Ed. Bertrand Brasil, 2001.
HABERMAS, J. Teoria do Agir Comunicativo. Martins Fontes, 2012.
BAUMAN, Zygmunt. Globalização: as conseqüências humanas. Trad. Marcus Penchel. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1999.
 
BAUMAN, Zygmunt. Vida para consumo. A transformação das pessoas em mercadorias. Trad. Carlos Alberto Medeiros. Rio de Janeiro: Zahar, 2008.

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