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AULA 03 - Tecido Conjuntivo

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HISTOLOGIA 
AULA 03
TECIDO CONJUNTIVO
Características gerais
Amplamente distribuído pelo corpo
Funções: Preenchimento (conjuntivo propriamente dito), sustentação (cartilaginoso e ósseo), transporte (sangue) e defesa (tecido conjuntivo propriamente dito e sanguíneo).
Grande quantidade de substância (matriz) intercelular, onde as células ficam imersas. A matriz tem 2 partes principais, uma amorfa,constituída por água, sais minerais, polissacarídeos, glicídios e proteínas; e uma parte fibrosa (fibras protéicas).
As fibras são de três tipos básicos: colágenas, elásticas e reticulares, podendo estar presentes mais de um tipo de fibra no tecido conjuntivo, a predominância de uma delas, confere propriedades específicas ao tecido.
Fibras colágenas: Formadas basicamente pela proteína colágeno, são mais comuns do que as elásticas e as reticulares. São resistentes à tração. O colágeno é a proteína mais abundante do nosso corpo (30%). O colágeno é produzido por muitos tipos de células, entre elas: fibroblastos, osteoblastos, condroblastos e odontoblastos (dentina). Os principais aminoácidos são glicina (33,5%), prolina (12%) e hidroxiprolina (10%). Os aminoácidos característicos dessa fibra são a hidroxiprolina e hidroxilisina. Essas fibras são formadas por 1 molécula alongada denominada tropocolágeno, que mede 280 nm de comprimento por 1,5 nm de espessura. O tropocolágeno consiste de 3 cadeias polipeptídicas dispostas em hélice. O colágeno forma fibrilas que se unem formando as fibras e estas, formam fibras mais grossas.
Fibrose: Acúmulo excessivo de colágeno em órgãos, causando a esclerose sistêmica progressiva. Ocorre principalmente na pele, tubo digestório, músculos e rins, causando endurecimento e problemas funcionais.
Quelóide: Espessamento localizado na pele, devido a um depósito excessivo de colágeno que se forma em cicatrizes da pele, de difícil resolução, pois, geralmente reaparece após ser removido (ligado à fatores genéticos).
Escorbuto: Síntese diminuída de colágeno, por falta de vitamina C (atua na oxidase da prolina e da lisina), causa ulcerações das gengivas e hemorragias.
OBS: A pele absorve no máximo 5% do colágeno dos cremes, devido ao grande tamanho desta molécula.
		Fibras Colágenas
Fibras elásticas: Mais delgadas, podendo apresentar ramificações, formadas pela proteína elastina, apresenta boa elasticidade. Difere do colágeno por ser mais delgada (fina) e por não apresentar estriação longitudinal. Cedem facilmente às trações, voltando a sua forma inicial depois que cessem as forças deformantes. Tem espessura de 10 nm. O principal componente é a glicoproteína estrutural elastina. A elastina além de formar as fibras, é encontrada na parede da aorta (artéria) na forma de lâminas.
Síndrome de Marfan: Um gene localizado no cromossomo 15, inibe a formação da fibrilina (associada a elastina), provocando hiperextensibilidade das articulações, deslocamento do cristalino do globo ocular e dilatação da aorta. Nesses pacientes, os tecidos ricos em fibras elásticas, como as artérias, apresentam baixa resistência, provocando por exemplo, um enfraquecimento da parede da aorta, onde a pressão sanguínea é alta, podendo sofrer ruptura dessa importante artéria. Muitos pacientes desta síndrome morrem por hemorragia.
OBS: A pele absorve no máximo 3% de elastina dos cremes.
	
Fibras Elásticas
Fibras reticulares: São as mais finas, recebem esse nome porque se entrelaçam formando um retículo (rede). Ocorrem nos órgãos glandulares, e são formadas pela proteína reticulina, que é semelhante ao colágeno. Tem diâmetro de 0,5 à 2µm. É o arcabouço de sustentação dos órgãos hemocitopoiéticos (baço, linfonodos, medula óssea) das células musculares e das células de muitos órgãos epiteliais (fígado, rins e as glândulas endócrinas). O seu pequeno tamanho, cria um suporte adaptado às necessidades dos órgãos que sofrem modificações fisiológicas de forma e volume, como artérias, baço, fígado, útero e camada muscular do intestino.
Síndrome de Ehlers-Danlos: Frequentemente sofrem rupturas de artérias ou do intestino, órgãos muito ricos em fibras reticulares, em decorrência da pouca produção desta fibra.
Principais tipos de tecido conjuntivo dos vertebrados
Tecido conjuntivo frouxo
Tecido conjuntivo denso
Tecido adiposo
Tecido cartilaginoso
Tecido ósseo
Sangue e linfa
TECIDO CONJUNTIVO FROUXO
Características gerais
É o de maior distribuição;
Preenche espaços não ocupados por outros tecidos;
Apóia e nutre células epiteliais;
Envolve nervos, músculos e vasos sanguíneos e linfáticos;
Faz parte da estrutura de muitos órgãos;
Tem papel importante no isolamento de infecções localizadas e nos processos de cicatrização.
As fibras encontram-se frouxamente distribuídas na matriz extracelular. As fibras presentes são as elásticas, colágenas e reticulares sem predomínio de nenhuma.
Tecido Conjuntivo Frouxo
Células Fixas do Tecido Conjuntivo
Definição: São células residentes do tecido conjuntivo, desempenhando suas funções. São estáveis e de vida longa.
Células
Fibroblastos/Fibrócitos: Células alongadas com muitas ramificações, apresentam núcleo ovóide relativamente grande, citoplasma rico em RER. O fibroblasto em intensa atividade sintética, tem morfologia diferente do que já sintetizou muito. Sintetiza colágeno, elastina, proteoglicanas e glicoproteínas estruturais, Responsáveis pela formação das fibras e do polissacarídeo e proteínas da substâncias intercelular amorfa. Quando os fibroblastos não estão em atividade sintética são chamados de fibrócitos. Apresentam núcleo menor, fusiforme e mais escuro. Em processos de cicatrização, pode haver transformação de fibrócitos em fibroblastos, voltando a sintetizar fibras. A cicatrização em crianças é mais rápida, devido aos fibroblastos em maior quantidade, o que serve para auxiliar no crescimento e desenvolvimento, já no adulto a cicatrização é mais lenta, pois este apresenta fibrócitos, que deverão ser ativados e se tornarem fibroblastos. Os fibroblastos presentes no tecido conjuntivo do adulto, não se dividem com freqüência, entrando em mitose apenas quando ocorre uma solicitação, como, por exemplo, nas lesões do tecido conjuntivo.
Mastócitos: Relacionados a reações alérgicas, são células grandes, arredondadas ou ovóides, com núcleo esférico e central, citoplasma rico em grânulos que contém heparina (substância anticoagulante, liberada em reações alérgicas e inflamatórias, importante na dilatação e no aumento da permeabilidade dos vasos sanguíneos) e histamina (dilata e aumenta a permeabilidade dos vasos sanguíneos, causa contração dos bronquíolos, parada respiratória, dilatação dos capilares, reduz o volume sanguíneo gerando queda da pressão intravascular). A liberação dos mediadores químicos armazenados nos mastócitos promove as reações alérgicas denominadas reações de sensibilidade imediata, pois ocorre minutos após a penetração do antígeno em um indivíduo sensibilizado. Um exemplo deste tipo de reação, é o choque anafilático um dos mais dramáticos e pode ser fatal. Este ocorre em pessoas sensíveis à um determinado medicamento. Quando o indivíduo recebe a primeira vez este medicamento, forma-se o IgE (anticorpo), da segunda vez o medicamento reage com o IgE, provocando a liberação maciça dos grânulos de histamina, que provoca contração do músculo liso (principalmente dos bronquíolos), dilata os capilares sanguíneos e aumenta muito sua permeabilidade. Ocorre saída de líquido do sangue, com redução acentuada do volume sanguíneo e queda da pressão intravascular, o que prejudica a distribuição de oxigênio aos tecidos.
Adipócitos: Armazenamento de gordura (energia – reserva), são células arredondadas que armazenam gordura, o citoplasma é ocupado por esta substância de reserva. O núcleo encontra-se na periferia da célula. Estas células podem ocorrer isoladas ou em pequenos grupos nos tecidos conjuntivos frouxos ou, então, agrupadas em grande número, formando o tecidoadiposo.
Células Transitórias do Tecido Conjuntivo
Definição: São livres ou migratórias. Originam-se na medula óssea e circulam na corrente sanguínea. Recebem este nome, pois ao receberem o estímulo adequado migram para o tecido conjuntivo, onde desempenham suas funções específicas. Tem vida curta, sendo produzidas constantemente.
Células
Macrófagos: Com exceção das células de Kupfer, que é uma célula fixa presente no fígado, todos os outros são transitórias. São células grandes de formato irregular, núcleo em forma de rim, tem grande capacidade de fagocitose e pinocitose. Importantes no mecanismo de defesa, combatendo elementos estranhos. Correspondem a primeira linha de defesa do corpo, variando o nome de acordo com a região em que se encontram. Ex: regressão da parede uterina. São originados a partir dos monócitos, que são células do sangue originadas na medula óssea, que atravessam a parede das vênulas e capilares (diapedese), penetrando no tecido conjuntivo, onde adquirem o aspecto morfológico do macrófago. Portanto, o monócito e o macrófago são a mesma célula, em diferentes fases de maturação. Os macrófagos que não estão em atividade intensa, recebem o nome de histiócitos, tornando-se imóveis, com formato fusiforme ou estrelado e com núcleo ovóide.
Plasmócitos: Atua na produção de anticorpos, são células aproximadamente ovóides, citoplasma rico em RER, núcleo esférico não central. O núcleo têm a aparência de “roda de carroça” (cromatina). São os principais produtores de anticorpos, participando dos processos de defesa. Pouco numerosos no conjuntivo, exceto onde está sujeita à penetração de bactérias e proteínas estranhas, como a mucosa intestinal. Sintetizam e secretam anticorpos, que são proteínas específicas também denominadas imunoglobulinas, fabricadas em resposta à penetração de moléculas estranhas, que recebem o nome de antígeno.
Leucócitos: Glóbulos brancos do sangue que saem dos vasos sanguíneos por diapedese e penetram em outros tecidos conjuntivos, principalmente em áreas infectadas. Importantes no mecanismo de defesa. Os mais freqüentes no conjuntivo são os eosinófilos, que fagocitam e eliminam determinados elementos, como no caso de complexos de antígenos com anticorpos que aparecem em casos de alergia, como a asma brônquica; e os linfócitos que produzem anticorpos, destruindo elementos estranhos que penetram no organismo.
Movimento de água no tecido conjuntivo
	A água do tecido conjuntivo é proveniente do sangue, que passa através das paredes dos capilares para o espaço extracelular do tecido.
	O sangue traz para o conjuntivo diversos nutrientes de que as células precisam e leva para os órgãos de desintoxicação e eliminação (fígado, rins, etc) os produtores de refugo do metabolismo. Existem 2 forças que atuam na água dos capilares, uma é a pressão hidrostática do sangue (pressão arterial), que é conseqüência da contração cardíaca, que força a passagem da água para fora dos capilares, e a outra força, têm sentido contrário, é a pressão osmótica (coloidosmótica) do plasma sanguíneo, que atrai água para dentro dos capilares.
Região (Porção) Arterial		 Região Venosa		 Vasos linfáticos
________________________________________________________
4 H2O + Hemácias + Glóbulos brancos + 1 H2O +..................					 
Proteínas + Plaquetas
________________________________________________________
					Capilar						 1 H2O
	H2O + sais minerais + O2 e			H2O + CO2 + restos
	Algumas proteínas (pressão			metabólicos (osmose)
	Hidrostática)
	A água presente no tecido conjuntivo origina-se do sangue, atravessando as paredes dos capilares para o espaço extracelular do tecido conjuntivo. A parede dos capilares é impermeável às moléculas grandes, porém, deixa passar água, íons, moléculas pequenas e proteínas de peso molecular baixo.
	O sangue traz para o tecido conjuntivo os diversos nutrientes de que as células necessitam e leva para os órgãos de desintoxicação e eliminação (como o fígado e os rins) dos refugos do metabolismo.
	Na metade arterial do capilar a água sai, indo ao tecido, levando consigo nutrientes (pequenas moléculas) para a manutenção do tecido. Essa água atravessa o capilar graças a pressão (pressão arterial) exercida pelos batimentos cardíacos. A água, agora no tecido, tende a retornar aos capilares devido ao fenômeno da osmose, pois com a água só saíram moléculas pequenas, dentro dos capilares resta ainda uma grande quantidade de macromoléculas, que atraem a água para o capilar, forçando assim seu retorno por pressão osmótica, na região venosa do capilar. Esta água agora irá desembocar em veias.
	No entanto, a quantidade de água que volta aos capilares sanguíneos é menor do que a que saiu deles. A água que resta no tecido conjuntivo retorna ao sangue via vasos linfáticos. Os vasos linfáticos são estruturas de fundo cego, que drenam o excesso de água e o conduz, também para as veias.
EDEMA
	Quando há algum dano causado no sistema de movimentação de água no tecido conjuntivo, essa se acumula no local, não sendo drenada pelos capilares, então temos um acúmulo de liquido intersticial (entre os tecidos), fenômeno conhecido como edema. Os fatores que podem conduzir a um edema, são:
Obstrução dos vasos linfáticos como acontece nas infecções parasitárias (elefantíase);
Câncer;
Alergias;
Obstrução venosa causada pela dificuldade de retorno do sangue venoso pelas veias (insuficiência cardíaca);
Desnutrição ou deficiência protéica e 
Lesões mecânicas (traumáticas).
TECIDO CONJUNTIVO DENSO
Predominância de fibras colágenas
Predominância de fibroblastos (células)
Menos flexível que o frouxo, sendo mais resistente à trações
É classificado de acordo com a organização das fibras, em:
Não modelado, fibroso ou irregular: as fibras colágenas estão dispostas em feixes que não apresentam orientação determinada. Ocorrem sob a forma de lâminas. Ex: Derme, cápsulas que envolvem alguns órgãos (rins e fígado), o periósteo que envolve os ossos e o pericôndrio que envolve as cartilagens.
Modelado, tendinoso ou regular: as fibras colágenas dispostas em feixes paralelos e compactos, por isso, são resistentes à tensão. Ocorrem nos tendões, que são estruturas que ligam as extremidades dos músculos esqueléticos aos ossos e nas cordas tendíneas do coração.

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