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UNOPAR VIRTUAL 
Serviço Social 
Disciplina: Acumulação capitalista e desigualdade social 
Prof.ª: Rosane Ap. Belieiro Malvezzi 
Aula: 02 – Acumulação Capitalista e Desigualdade Social 
Semestre: 1º 
 
Aula Atividade 
 
Objetivo: 
Identificar e analisar algumas questões dos fenômenos da desigualdade 
social nas diversas regiões do Brasil. 
 
Orientações: 
1. Observe a charge abaixo, a qual se refere a uma situação recorrente na 
realidade brasileira. 
 
FONTE: Disponível em: <http://carolinebernardo.blogspot.com.br/2010/06/mafalda-em-o-dedo-
indicador.html> 
 
2. Disponibilizei dois textos para leitura e, a partir deles, respondam aos seguintes 
questionamentos: 
o Como você, aluno, analisa os principais conceitos dos indicadores 
sociais? 
o Como está a porcentagem de pobreza na sua região? 
 
 
 
UNOPAR VIRTUAL 
Serviço Social 
o Quais os fenômenos gerados pela desigualdade mais graves, na 
opinião do grupo, e qual é o mais sentido na sua região? 
 
Caro Aluno: 
Peça para o tutor de sala enviar suas dúvidas pelo Chat Atividade para que 
a professora possa esclarecê-las. 
 
 
Tenham um ótimo trabalho! 
 Prof.ª Rosane Ap. Belieiro Malvezzi 
 
 
 
Texto 1 
 
POBREZA E INDICADORES SOCIAIS 
 
Rosane Ap. Belieiro Malvezzi 
 
 
Introdução 
O capitalismo é um modo de produção em que o trabalhador para 
sobreviver tem como garantia a venda da sua força de trabalho. Esse modo de 
produção tem como objetivo a acumulação de renda e essa renda fica 
concentrada nas mãos de poucos e para o trabalhador nem sempre é garantia de 
acesso a bens, serviços e postos de trabalhos que lhe assegure renda para o 
atendimento as necessidades. 
Para termos uma compreensão de quanto o capitalismo interfere na vida 
das pessoas é só pensarmos em tantos postos de trabalhos que foram fechados 
em virtude de avanços tecnológicos que favoreçam o próprio sistema. A 
informatização da rede bancária, toda a tecnologia ultramoderna nas indústrias 
 
 
 
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Serviço Social 
gerando um exército de reserva e a acumulação de capital sendo concentrada nas 
mãos de poucos. 
Outro ponto importante nesse estudo é que para compreendermos a 
questão da pobreza e das desigualdades sociais precisamos verificá-la à luz de 
um estudo que indique e meça a sua existência e nesse sentido faz necessário o 
reconhecimento dos indicadores sociais, que nada mais são do que elementos 
básicos que auxiliam a construção de políticas públicas. 
 
INDICADORES SOCIAIS DE POBREZA 
O que são indicadores sociais? 
Os Indicadores Sociais são insumos básicos e indispensáveis em todas as 
fases do processo de formação e implementação das políticas publicas 
Segundo Januzzi (2006, p.15): 
 
Prestam a subsidiar as atividades de planejamentos públicos e 
formulação de políticas sociais nas diferentes esferas de governo, 
possibilitando o monitoramento das condições de vida e bem-estar da 
população por parte do poder público e sociedade civil e permitem 
aprofundamento da investigação acadêmica sobre a mudança social e 
sobre os determinantes dos diferentes fenômenos sociais. 
 
Os indicadores sociais proporcionariam subsídios para implantações de 
políticas sociais em países desenvolvidos e subdesenvolvidos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Serviço Social 
Qual a importância dos Indicadores Sociais? 
• Subsidiam as atividades de 
planejamento público. 
• Possibilitam o monitoramento 
das condições de vida e bem-
estar da população por parte do 
poder público e sociedade civil. 
• Permitem aprofundamento da 
investigação acadêmica. 
• Orientam as suas ações do 
governo. 
• Proporcionam níveis crescentes 
de bem-estar social. 
• Redistribuem melhor as riquezas 
geradas. 
• Visam superar as iniquidades do 
desenvolvimento econômico 
acelerado. 
 
 
 
 
INDICADORES DE POBREZA COMO INSUFICIÊNCIA DE RENDA 
 
O quadro abaixo mostra o desenvolvimento histórico do estudo dos 
indicadores sociais no Brasil: 
 
 
 
 
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Serviço Social 
 
• 1960 – inicia a temática nas 
Universidades; 
• 1970 – ocorre um grande e 
acelerado crescimento 
econômico e populacional, 
entretanto aumenta também a 
concentração de renda 
desigual. Crescimento 
econômico não significa 
necessariamente igualdade 
social; 
• 1980 – a partir da crise e da 
estagnação econômica surge a 
necessidade de instrumento de 
pesquisa da situação da 
pobreza, indigência e exclusão 
social; 
• 1990 – Mapa da Fome sinaliza 
as dimensões de prioridades 
centrais da política social em 
nível federal em relação a fome 
no país. 
 
PARA SABER MAIS 
Referência de indicadores de pobreza no Brasil, acesse os sites: 
IPEA: <http://www.ipea.gov.br/portal/> 
IETS: <http://www.iets.org.br/> 
IBGE: <http://www.ibge.gov.br/home/> 
BNDES: <ttp://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/bndes/bndes_pt> 
 
 
 
 
 
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Serviço Social 
Alguns conceitos são importantes para a compreensão dos indicadores 
sociais, de acordo com Januzzi (2006, p.101): 
 
Indigência e pobreza retratam situações de carência 
de rendimentos suficiente para compra, 
respectivamente, de uma cesta básica de alimentos e 
cesta básica de produtos e serviços imprescindíveis à 
reprodução social. 
Famílias indigentes são aquelas que não dispõem de 
rendimentos suficientes sequer para alimentar de 
forma minimamente adequada seus membros 
Linha de indigência: custo de uma cesta de 
alimentos que perfaz os requisitos de consumo 
individual ao longo do mês. 
Linha de pobreza; custo de cesta de alimento de 
linha de indigência + custos de transporte coletivo, 
remédios, materiais escolares, aluguel, outros. 
Cesta básica; 30 a 50 itens – cerca de 2.300 calorias 
ao dia por pessoa no Brasil. 
Outras despesas: transporte, remédios, material 
escolar, vestuários, outros... 
 
 
 
Fonte: Instituto de Pesquisa Econômica Social Aplicada (2010, p. 4). 
 
 
 
 
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Para Saber Mais 
Para maiores informações sobre estes indicadores, acesse o site: 
<http://danielcapello.wordpress.com/tag/pobreza/> 
 
A POBREZA NO BRASIL, QUAL É A SUA DIMENSÃO? 
 
É por intermédio das Pesquisas Nacionais por Amostras de Domicílios 
(PNADs do IBGE) que ao longo dos últimos 20 anos podemos verificar a evolução 
da pobreza e da indulgência no Brasil. 
Existe uma dinâmica para a compreensão da persistência do fenômeno da 
pobreza e muitas explicações foram sendo construídas ao longo do tempo. Alguns 
estudos apontam que a pobreza tem origem na subsistência biológica, Codes 
(2008) informa que as primeiras teorias definiam a pobreza no critério da renda 
necessária para a sobrevivência exclusivamente do indivíduo. Alguns outros 
autores como Matheus, citado por Schuartzman (2004), destacava que a pobreza 
tinha como causa principal a grande velocidade com que a população crescia em 
detrimento à pouca produção de alimentos. 
 Dessas explicações podemos levar a uma compreensão um pouco mais 
profunda. O homem possui necessidades físicas, materiais, sociais, psicológicas e 
outras. A pobreza sendo explicada somente sob a ótica da falta ou ausência de 
suprimentos o seu conceito fica um tanto limitada e superficial, pois o homem 
também tem outras necessidades que não só a alimentação. Desta forma, outros 
estudos começaram a considerar diferentes parâmetros importantes na explicação 
sobre a pobreza, passando assim a estabelecer que existam mais necessidades a 
serem supridas, como vestir-se, ter boa saúde, educação de qualidade, habitaçãodigna. 
Na verdade, não há como estabelecer um conceito definido de forma 
universal e única da pobreza, o certo é que a pobreza refere-se a situações de 
carência em que os indivíduos não conseguem manter um padrão mínimo de vida 
condizente com as referências socialmente estabelecidas em um dado momento 
histórico. 
 
 
 
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Serviço Social 
Vamos utilizar aqui um dado relevante na questão do estudo da pobreza, 
pois para estuda-la devemos sim compreendê-la por intermédio de um parâmetro 
que a mensure e nesse caso vamos adotar a linha da pobreza. Na nossa 
sociedade são consideradas pobres todas as pessoas que sobrevivem abaixo 
dessa linha. 
A pobreza está aos olhos vistos e não dá para desconsiderá-la. 
Constatamos famílias sobrevivendo com renda familiar per capita abaixo da linha 
da pobreza e com mais um agravante, famílias distantes da própria linha da 
pobreza, e essas são consideradas indigentes. Isso significa que uma boa parte 
da população brasileira vive com renda inferior à linha da indigência e outra 
grande fatia com renda inferior à linha da pobreza. Segundo dados do CENSO de 
2010, 16 milhões de brasileiros vivem em situação de extrema pobreza (ou com 
até R$ 70,00 por mês) sendo que 4,2 milhões são brancos e 11,5 milhões são 
negros ou pardos. 
Existe um órgão do Ministério do Planejamento e Gestão Social, o IPEA 
(Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), que desenvolveu um documento que 
tem como objetivo monitorar as condições de vida no Brasil, esse documento 
chama-se Radar Social e está disponível no site do ministério. Nessa publicação 
estão dados que revelam o que todo mundo já sabe, que o Brasil é um país 
extremamente paradoxal e com uma distribuição de renda desigual. 
De acordo com dados do IPEA (2010), a relação de pobreza com a renda 
aponta que a pobreza absoluta refere-se a rendimento médio domiciliar per capita 
de até meio salário mínimo mensal e introduz a concepção de pobreza extrema, 
sendo rendimento médio domiciliar per capita de até um quarto do salário mínimo 
mensal. 
Segundo o Radar Social (2006), o Brasil: 
 
 
 
 
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Serviço Social 
 
FONTE: Disponível em: 
<http://vozdoacre.com/portal/economia/desigualdad
e-social-mantem-o-brasil-em-85%C2%BA-no-indice-
de-desenvolvimento-humano/> Acesso em: 12 fev. 
2014 
 
É um dos países mais desiguais do mundo, 
ocupando o penúltimo lugar dentre os demais 
países. Apenas 1% da população é composta 
de brasileiros ricos (aproximadamente 1,7 
milhões de pessoas), ou seja, são 1% que se 
apropria da mesma soma de rendimentos 
familiares distribuída entre os outros 50% 
(aproximadamente 86,5 milhões de 
brasileiros), o restante da população se 
subdivide entre 31,7% (equivalente a 
aproximadamente 53,9 milhões de brasileiros) 
de pobres e 12,9% (21,9 milhões de 
brasileiros) de extremamente pobres e 
indigentes que sobrevivem com uma renda 
familiar per capita inferior a ¼ do salário 
mínimo, com grande concentração desta 
população nas zonas urbanas das grandes 
cidades. 
 
Em relação a pesquisas com grupos socialmente excluídos observamos 
uma situação ainda mais importante e preocupante: 
 
Do patamar de pobres e indigentes que tentam 
sobreviver 44,1% é composta pela população negra 
em relação a 20,5% de brancos, 61% são mulheres 
que estão em ocupação precária em relação a 54% de 
homens nas mesmas condições, neste caso as 
mulheres negras representam 41%. Em relação ao 
desemprego a mulher negra apresenta uma 
desvantagem, com 13,6% em relação aos 10% das 
mulheres brancas agudiza brutalmente em relação à 
mulher jovem e negra alcançando patamares de 25% 
esta diferença (RADAR SOCIAL, 2006). 
 
Podemos deduzir que a pobreza no Brasil tem uma cara: é mulher, jovem 
negra e urbana. 
 Através desses dados observa-se que a luta pela sobrevivência tem sido a 
principal ou mesmo a única ocupação e preocupação de uma grande parte da 
população brasileira. Sendo pressionada a compensar a queda do poder 
aquisitivo, tem poucas alternativas e cria mecanismos de reforço de renda, se por 
um lado impede de descer a níveis abaixo da linha da pobreza, por outro lado, 
prejudica o potencial produtivo, fortalecendo as desigualdades. 
 
 
 
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Serviço Social 
 Tais artifícios ou mecanismos vão desde a ampliação da jornada de 
trabalho, maior número de pessoas nas famílias trabalhando, inclusive crianças e 
adolescentes, morando nas ruas, prostituição e furtos que funcionam apenas 
como mecanismos de correção da queda do salário ao invés de significar aumento 
da renda de fato. Tais artifícios tornam-se danosos na medida em que acelera o 
desgaste da força de trabalho, dada a excessiva exploração, e também a 
utilização precoce crianças e adolescentes prejudicando assim a sua condição 
futura. Muitos prejuízos decorrentes da proliferação dessas estratégias, inclusive 
as condutas antissociais consideradas pela sociedade. 
 
FONTE: Germinal (2008) 
 
Mulheres e crianças operárias 
recebiam salários inferiores àqueles 
pagos a homens adultos. Nesta 
fotografia, vemos crianças trabalhando 
numa fábrica de Ferramentas na 
França de 1880. 
 
 
 
FONTE: Peaceupnorth (2007) 
Reprodução de trabalho infantil numa mina de 
carvão no Reino Unido na época da Revolução 
Industrial. 
 
FONTE: Disponível em: 
<http://pt.wikipedia.org/wiki/Era_vitoriana#Trabalho_infan
til> Acesso em: 14 fev. 2014 . 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Serviço Social 
 
FONTE: Casal Junior (2008) 
Nos dias de hoje, ainda nos deparamos 
com crianças trabalhando em lixões pelo 
Brasil afora. 
 
 
FONTE: Disponível em: 
<http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:CriancaLixao2
0080220MarcelloCasalJrAgenciaBrasil.jpg> Acesso 
em: 14 fev. 2014. 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
CODES, A.L.M. A Trajetória do pensamento científico sobre pobreza: em 
direção a uma visão complexa. IPEA: Texto para Discussão n.1332, 2008. 
Disponível em: <http://www.ipea.gov.br>. Acesso em: 13 fev. 2014. 
 
IAMAMOTO, Marilda V. O Serviço Social na cena Contemporânea. In: 
CFSS/ABEPSS. Direitos Sociais e Competências Profissionais. Brasília, 
2009. p.15 a 50. 
 
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Perfil dos 
Municípios Brasileiros - Assistência Social 2009. Disponível em: 
<http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/economia/perfilmunic/assistencia_social2
009/munic_as2009.pdf>. Acesso em: 14 fev. 2014. 
 
INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA. Dimensão, evolução e 
projeção da pobreza por região e por estado no Brasil. Comunicados do IPEA. 
n. 58, 2010. Disponível em: 
<http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/100713_comunicado58.pdf>. 
Acesso em: 14 fev. 2014. 
 
INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA. Pobreza, desigualdade e 
políticas públicas. Comunicados da presidência n.38, 2010. Disponível em: 
<http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/comunicado/100112_comunic
adoipea38.pdf> Acesso em: 14 fev. 2014. 
 
 
 
 
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Serviço Social 
JANNUZZI, Paulo de Martinho. Indicadores Sociais no Brasil: conceitos, fontes 
de dados e aplicações. 3 ed. Campinas: Editora Alínea, 2004. 
 
PESQUISA NACIONAL POR AMOSTRA DE DOMICÍLIOS (1983- 90). Rio de 
Janeiro: IBGE. 
 
SCHWARTZMAN, Simon. As causas da pobreza. Rio de Janeiro: Fundação 
Getúlio Vargas, 2004. 
 
 
 
Texto 2 
 
FENÔMENOS GERADOS PELA DESIGUALDADE
 
 
A desigualdade social acarreta, em seu curso, outros fenômenos 
igualmente preocupantes numa sociedade, e que são anomalias sociais, trazendo 
malefícios à população. 
Percebe-se, através de pesquisas, estudos e levantamentos feitos por 
órgãos competentes, que os países onde a desigualdade social é elevada, 
também registramíndices igualmente elevados de outros fatores negativos, tais 
como: violência e criminalidade, desemprego, desigualdade racial, guerras, 
educação precária, falta de acesso a serviços públicos de qualidade, 
diferenciação de tratamento entre ricos e pobres, entre outros. 
 Abaixo, a contextualização de alguns desses fenômenos em relação à 
desigualdade social: 
 
Violência e criminalidade 
 
A violência é um tipo de comportamento que, como consequência, 
causa dano a uma pessoa ou grupo de pessoas, ou objeto, e viola a 
integridade física ou psicológica do indivíduo. É a força física ou psicológica 
 
 
 
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empregada de maneira excessiva e danosa a outrem. E a criminalidade é, para o Direito uma 
conduta atípica, passível de culpa, a qual viola um código de leis ou constituição praticada por 
seres humanos, e vulgarmente tida como um ato que transgride o princípio da moralidade. 
Violência e criminalidade são fenômenos que costumam precederem-se entre si e que, na 
maioria dos casos, pode ser explicado como consequência da desigualdade social. 
Pessoas sem acesso a uma boa educação, até mesmo por parte dos pais, e que sofrem 
omissão do estado, não tendo condições básicas de subsistência, acabam se influenciando, ora 
por tendência natural da psique humana, ou por influência do meio social onde vivem, a praticar 
atos delituosos e violentos, como forma, em suas próprias concepções de adquirir meios 
financeiros, ou mesmo de luta contra a desigualdade imposta. 
Como resultado, observam-se, em países e regiões que sofrem com a desigualdade 
social, altos índices de homicídios e delitos praticados pelos indivíduos em geral, mais carentes 
de recursos e tendenciosos a atos desse tipo. 
Vale ressaltar que esses fenômenos não ocorrem como regra da consequência de 
desigualdades sociais, haja vista que a maioria da população que é afetada pela desigualdade, 
não recorre a meios violentos ou ilícitos para driblar essa realidade, sendo esses fenômenos 
explicados, nesses casos, por traços de personalidades individuais. 
 
Desemprego 
 
É a média da população que, com a sua força de trabalho, não está devidamente alocada 
em um emprego. É um fenômeno com maior índice, observado principalmente em países 
emergentes, cuja economia não cresce em proporção ao crescimento demográfico da 
população, que, por sua vez, não encontra meios de alocação no mercado de trabalho, por 
consequência de outros fenômenos como a educação precária, e mecanização da maioria dos 
meios de produção. 
Observa-se o desemprego como outra consequência da desigualdade social, uma vez que 
quem detém a renda numa sociedade, tem acesso a uma melhor capacitação profissional e 
educacional, que subsidia a empregabilidade de um cidadão. 
 
 
 
 
 
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Serviço Social 
Fome 
 
É o nome dado à sensação fisiológica, sentida pelo corpo, de ingerir alimentos para 
manter suas funções necessárias para a vida, quando esse corpo se encontra privado de 
alimentos. A fome é uma anomalia social e fisiológica, que traz também, em suas causas, a 
desigualdade social e suas consequências. 
Como causas sociais da fome, temos, entre outras: a guerra, conflitos civis, falta de 
acesso aos meios de produção e terras para cultivo de alimentos, invasões, má concentração de 
renda, dívida externa dos países que impedem o crescimento econômico, refletindo em falta de 
alimento para a população etc. Numa sociedade com desigualdade social latente, a fome é um 
problema que atinge a população de forma drástica. 
 
Guerras e conflitos civis 
 
São conflitos que envolvem interesses, gerando disputa 
normalmente violenta entre dois ou mais grupos distintos de 
indivíduos, que se organizam na busca pela conquista desses 
objetivos. Normalmente, as guerras podem ser entre nações, ou 
grupos de uma mesma nação com intenções divergentes, ao ponto 
de gerar um conflito, sendo chamada de guerra civil ou conflito civil. 
Observa-se que, em muitas das sociedades onde há uma 
desigualdade social elevada, existe algum tipo de guerra ou conflito 
civil em curso ou constantemente surgindo. 
Os conflitos sociais costumam ser originados a partir de 
protestos em favor de melhores condições sociais. E as guerras 
sempre são um meio de países que já tem concentração alta de recursos, tentar expandir-se, 
conquistando, através da imposição e da força, países mais fracos econômica, militar e 
socialmente. Implicitamente, envolve a desigualdade social como causa. 
 
 
 
 
 
 
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Serviço Social 
Educação precária 
 
A educação é um fenômeno que engloba os processos de ensinar e aprender e que existe 
em qualquer que seja a sociedade humana, guardadas as formas, os métodos e as proporções 
que são aplicados esses processos. A educação, numa sociedade, promove a culturalização e a 
inserção do indivíduo no meio social, através do aprimoramento de suas capacidades 
intelectuais. 
Numa sociedade, quando a educação é afetada pela desigualdade social, reflete na 
qualidade com que se é aplicada a metodologia e as condições de espaço e estrutura física a 
determinadas camadas da população, gerando um déficit no aprendizado e na qualidade em que 
se é transmitido o conhecimento a quem aprende. 
Essa precariedade em sistemas educacionais pode ter explicação em diversos fenômenos 
gerados pela desigualdade social, como má gestão pública de recursos financeiros, falta de 
interesse da população em se buscar um ensino de qualidade, uma vez que, diante da pobreza, 
a sociedade atingida pela desigualdade vê-se em uma escolha entre sobreviver ou aprender, e o 
fenômeno da evasão escolar que cresce em escalas altíssimas. 
 
Pobreza 
 
A pobreza é entendida como a carência de recursos econômicos, sociais, financeiros e de 
energia para mudar o que é imposto. O fenômeno da pobreza talvez seja o que mais traduza a 
desigualdade social como um todo, visto que é a primeira consequência observada e identificada 
como divergência entre quem detém a maior parte da renda e quem não tem ou quase não 
possui renda. 
Nota-se, nos países que têm os mais altos índices de desigualdade social, a disparidade 
entre ricos e pobres, em que uma parcela mínima, normalmente até 10% da população, detém 
mais de 50 % de todos os recursos econômicos, financeiros e sociais de uma população. 
A parte mais preocupante da pobreza é a por falta de atitude de mudança, gerada por 
outro tipo de pobreza que é a financeira. A sociedade que sofre com o flagelo da pobreza, em 
geral, tende a se habituar sempre com o mínimo possível para a sobrevivência física. 
 
 
 
 
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Serviço Social 
Desigualdade racial 
 
A desigualdade racial, ou racismo, é a tendência de 
pensamento ou atitude humana, que dá grande importância a uma 
suposta existência de raças humanas diferentes e com diferenças 
em superioridade entre elas. 
A desigualdade racial tem seus índices aumentados com o 
fenômeno social de desigualdade, uma vez que uma disparidade 
na distribuição de recursos financeiros, em muitas sociedades, 
gera uma separação, ou uma segregação por grupos de pessoas 
com outros tons de pele, gênero ou etnia, orientação intelectual, 
religiosa, filosófica, sexual etc. 
O tipo mais comum de desigualdade encontrado é o que 
ocorre entre brancos e negros, mas também observamos muitos outros tipos de discriminação 
racial, como a que ocorreu no regime do ditador Adolf Hitler, que acreditava ser a raça ariana 
(pessoas brancas de uma determinada região europeia) aquela superior em relação às outras, 
uma vez por ele concebido o conceito de raças humanas. Dado esse fato, Hitler promoveu um 
verdadeiro extermínio a judeus e pessoas de outras raças, o conhecido Holocausto, quando, de 
uma vez só, em um curto períodode tempo, mais de 600 mil pessoas foram exterminadas. 
Observamos também, na história mundial, uma segregação racial que ocorreu na África 
do Sul, país de origem negra, colonizado por ingleses, que passaram a habitar ali, e cresceram 
em população. Gerou-se, então, um enorme conflito, principalmente no que diz respeito ao 
preconceito em si, uma vez que bairros, escolas e até sanitários públicos eram separados para 
pessoas negras e brancas. O fenômeno chamado Apartheid (separação), ocorreu entre 1948 e 
1994, cujos direitos da grande maioria negra da população eram cerceados pela minoria branca 
que governava. 
Por tendências humanas da própria natureza de caráter de muitos e agravada por fatores 
sociais, a desigualdade racial é um fato atualmente mais velado; porém, ainda evidente na 
sociedade contemporânea. 
A desigualdade social junto às suas consequências, funciona como um tipo de ciclo onde 
um fenômeno gera ou agrava o outro, fazendo assim com que sociedades sofram por omissão 
 
 
 
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do Estado ou de quem detém a maior parte dos recursos. 
 
FONTE: Disponível em: <http://desigualdade-
social.info/mos/view/Fen%C3%B4menos_gerados_pela_Desigualdade/> Acesso em: 28 mar. 2014.

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