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Trabalho de Anatomia

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Universidade Federal do Piauí
Curso Superior em Medicina Veterinária
Lucas Brenno Rodrigues Silva
Tegumento Comum
Universidade Federal do Piauí
Lucas Brenno Rodrigues Silva
Tegumento Comum
Trabalho apresentado para o curso de Medicina Veterinária, Nivel Superior, da Universidade Federal do Piauí.
Orientador: Professor Antonio Neto
Bom Jesus, 2014.
Tegumento Comum
O tegumento comum é constituído por um manto contínuo que envolve todo o corpo, protegendo e adaptando ao meio ambiente. Esse envoltório somente é interrompido ao nível dos orifícios naturais como as narinas, a boca, os olhos, a orelha, o ânus, a vagina e o pênis onde se prolonga pela respectiva mucosa. Sob o ponto de vista anatômico o tegumento comum é formado por dois planos, o mais superficial denominado cútis ou pele e o mais profundo tecido subcutâneo. O tegumento comum é formado pela pele ou cútis que é constituída por duas membranas, na camada mais externa possui a epiderme e na camada mais interna a derme e dentro de suas varias funções tem como uma das principais de regulamentar a temperatura corporal; e ela é ligada as partes de baixo pelo tecido subcutâneo; apresenta os coxins plantares; possuem também a úngula que é subdividida em parede, sola e cunha da úngula; as glândulas da pele que são de dois tipos principais as glândulas sudoríferas e as glândulas sebáceas; a glândulas mamaria presente em animais fêmeas; os vasos e nervos que esta presente em todos os animais e ainda há modificações como pêlos; chifres que esta presente nos ruminantes exceto nas raças mochas e pode ser usado como armas e as penas presente apenas nas aves, coberta com pelos, lã ou por penas no caso das aves.
A pele possui varias funções dentre elas se destacam a regulação da temperatura corporal, através do fluxo sanguíneo e do suor; Proteção, funcionado como barreira física. E também excreta água e sais minerais, por meio da transpiração. E funciona ainda no sistema imunológico, pois células epidérmicas são importantes para a imunidade. A pele possui espessura variada dependendo da espécie, da parte do corpo, da idade, do sexo e do meio ambiente em que vive o animal. Possui de modo geral uma característica de alta elasticidade e resistência, na grande maioria das regiões a pele é Dentre os animais domestico os bovinos possuem a maior espessura da pele, pois varia de 3 à 7 m dependendo da parte do corpo. Nos eqüinos ela pode variar de 1 a 5 m. Já nos ovinos dependendo da raça e da parte do corpo ela pode variar de 0,5 a 3 m. Como já foi dito anteriormente a pele é formada por duas membranas que se unem se aderem intimamente e que são a epiderme que se localiza mais externamente e pela derme que se localiza mais internamente a pele. A epiderme é formada pelo tecido celular pavimentoso estratificado. A camada mais periférica da epiderme é constituída por células mais resistentes, queratinizadas, as quais se acham em constante descamação, sendo substituídas pelas subjacentes, do que decorre constante renovação. A epiderme é mais espessa ao nível do plano palmar e do plano plantar e mais delgada nas pálpebras. A melanina é o principal pigmento epidérmico, controlado pelo hormônio melanócit - estimulante. A derme é constituída por uma camada de tecido conjuntivo denso. É na derme que encontramos a raiz dos pelos e a maioria das glândulas anexas e a ainda é suprida de vasos e nervos. E contem ainda as glândulas cutâneas.
O tecido subcutâneo é encontrado profundamente à derme, formado por tecido conectivo possuindo fibras elásticas e gordura. Permite o deslizamento da pele sobre os planos subjacentes, oferece proteção e constitui-se em verdadeiro sistema de armazenamento de gordura. Em alguns locais o tecido subcutâneo é praticamente inexistente, como nas pálpebras, pavilhão da orelha, prepúcio, escroto, e pequenos lábios vaginais, e a pele estar intimamente aderida às estruturas subjacente. Já em outros locais ele é bem abundante e nesta situação a pele pode ser levantada abundantemente. Os pelos são filamentos flexíveis formados por células queratinizadas que se implantam na derme. E é dividido numa parte externa denominada haste e numa raiz que está contida no folículo piloso, no fundo do qual encontramos uma dilatação chamada bulbo do pelo. Como anexos do pelo temos as glândulas sebáceas e os músculos eretores dos pelos. Nos eqüinos alem de apresentarem pelos comuns eles também possuem pelos bastante grosseiro e longo em certas regiões como nas crinas e na calda exceto na face ventral. E em bovinos os pelos são bastantes variáveis em relação a cor e o tamanho dependendo da raça o de individuo, eles também não possuem crina e os pelos longos da cauda ocorrem apenas nas extremidades da cauda onde é formada a vassoura ou cirro da cauda. Já em ovinos ao invés de pelos eles possuem lã que é semelhante aos pelos em estrutura, mas ela é mais fina e mais crespa. Mas em uma parte da face e dos membros esta coberta por pelos pequenos e rígidos. Os pelos longos podem ocorrer no meio das lãs.
	
	
	
	
-Figura 1: Estrutura da pele dos mamíferos.
- Figura 2: Exemplo de pele canina.
Os coxins plantares é uma cobertura epidérmica glabra, densamente cornificada sobre os quais os animais caminham. Nos cães e gatos a única parte que entra em contato direto com o solo é os coxins digitais e os metacárpicos. Uma outra estrutura presente nos coxins plantares é o bulbo presentes nos ruminantes e suínos, e a ranilha presentes nos eqüinos. Os bulbos nos ruminantes são duros, já nos suínos eles são mais moles a partir da sola.
 
- Figura 2 – Exemplo de Coxim canino.
A úngula também popularmente chamado de casco,é definida como uma cobertura córnea da extremidade distal do dígito e servem primeiramente para proteger os tecidos subjacentes, e podem ser usadas para outros propósitos como para arranhar, escavar ou como arma. Nos carnívoros e nas aves a úngula é denominada garra, e é usada para prender suas presas e servir de apoio. Nos eqüinos os cascos são mais complexos, reduz a concussão no impacto da pata. A úngula é dividida em parede, sola e cunha da úngula. Os cascos dos ruminantes e dos suínos a principio se assemelham aos do eqüino. Mas elas diferem em muitos aspectos como a parede que é nítida curvada, o coxim é relativamente grande e guarnece toda a porção caudal do casco, a sola entre o bulbo e a parede é pequena, e todas as laminas interdigitais são menos desenvolvidas.
 - Figura 3: Exemplo de úngula eqüina.
 	Os chifres (cornos) são apêndice ósseo presente na cabeça dos ruminantes, exceto em animais machos. E na maioria dos casos se apresentam de forma pontiaguda. Os chifres se localizam em volta dos processos do osso frontal. Eles ocorrem uma grande variância em relação a seu tamanho e as suas formas. A derme se encontra firmemente aderido ao processo córneo e da sustentação a inúmeras papilas curtas. Em ovinos quando ocorrem, pois a grande maioria das raças ovinas é mocha, os chifres são mais ou menos nas cores que variam do vermelho ao violeta, e apresentam distintamente em formas de anéis. Os chifres são permanentes, não-ramificados, podem ser curvados, crescem continuamente e ocorrem em ambos os sexos e em alguns animais os chifres são usados para sua defesa.
 - Figura 4: Exemplo de um chifre bovino.
As glândulas da pele são divididas em glândulas sudoríparas e glândula sebácea. As glândulas sudoríparas se encontram espalhadas em todo o corpo, mas nos carnívoros e nos suínos elas apresentam certo espaçamento. As glândulas sudoríparas apócrinas em grande parte do corpo ela eliminam um suor albuminoso. Já as glândulas écrinas secretam um suor mais aquoso diretamente nas regiões que não possuem pelos (regiões glabras). Os eqüinos possuem uma transpiração abundante. E em algumas raças de bovinos também ocorre a transpiração visível ao longo do pescoço. Enquanto cães e gatos transpiram bem menos do queas outras espécies domesticas. As glândulas sebáceas lubrificam e impermeabilizam a pele e a pelagem com uma secreção oleosa popularmente chamada de sebo produzida pela mesma. Estas glândulas servem para disseminar o suor, retadar o crescimento bacteriano e em algumas espécies funcionam como marcador de território, que é reconhecido por membros da mesma espécie. Dentro das glândulas sebáceas possui vários outros tipos de glândulas como as glândulas circum-orais, glândulas do corno, glândulas da bolsa infra-orbitária, glândulas do carpo, glândulas da bolsa interdigital, glândula da bolsa inguinal, glândulas prepuciais, glândulas da cauda, glândulas circum-anais e glândulas dos sacos anais.
As glândulas mamárias são glândulas sudoríparas muito modificadas e muito extensas, e sua secreção nutre o filhote. Estas glândulas se desenvolvem como botões epiteliais que crescem no mesênquima subjacente, a partir de espaçamentos ectodérmicos laminares, conhecido como crista mamariam. Estas cristas podem se estender desde a axila até a virilha como é o caso dos carnívoros e dos suínos, ou sobre à virilha no caso dos ruminantes e os eqüinos. Vasos e nervos, saindo da subcútis as artérias se comunicam livremente, na parte mais profunda do cório as artérias formam uma rede bastante ramificada e outra é formada sob a papila. Já as veias formam duas redes ramificadas uma sobre a papila e outra na junção do cório e subcútis. E os vasos linfáticos da origem as redes ramificadas subpapilar e subcutâneas. Nos nervos ocorre uma enorme variância em numero em diferentes partes da pele. As fibras terminais tanto terminam livres na epiderme e em certas partes do cório como formam corpos pequenos invisíveis a olho nu, de diversos tipos.
.- Figura 5: Esquema de da glândula mamária bovina ( Ubre ).
As penas são uma particularidade das aves. Elas são estruturas epidérmicas altamente especializas, elas possuem uma forte estrutura mesmo sendo bem leves em relação ao seu tamanho. As penas podem ser penas de contorno e as penugens. As penas de contorno são as visíveis externamente e as responsáveis em modificar o contorno do corpo, as asas e a cauda. Já as penugens criam um eficiente espaço de ar morto, que serve pra isolar o corpo. A coloração e o formato das penas de certas espécies servem para identificação do sexo.
 - Figura 5: Penugem de uma galinácea.
Conclusão
O tegumento comum é um importante para todas as espécies pois do modo que uma ave não consegue viver normalmente sem suas penas qual quer outro tipo de animal não conseguiria viver sem a pele. E no caso da glândula mamaria ela é de súbita importância para a alimentação dos mamíferos na fase inicial da vida, pois sem ela a sobrevivência do mesmo é praticamente impossível. Alias todos os tegumentos mencionados acima são de súbita importância para todos os animais.
Referencias Bibliográficas
SISSON, Septimus. Anatomia dos animais domésticos – Getty. 5. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1986.

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