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RESUMO GEOGRAFIA ECONÔMICA

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GEOGRAFIA ECONÔMICA
RESUMO
Teoria dos lugares centrais
Você já ouviu falar nessa teoria? Foi um princípio criado por Walter Christaller – geógrafo do qual falaremos na aula de hoje –, para explicar a forma como os diferentes lugares se distribuem no espaço.
Nesta aula devemos considerar dois contextos importantes na análise que envolve as possíveis origens e desenvolvimento da Geografia Econômica. O primeiro deles está situado no âmbito epistemológico desta disciplina, e trata da contribuição de Geógrafos como Friedrich Ratzel e Paul Vidal de La Blache, além do desdobramento das propostas lablachianas e da contribuição dos teóricos de localização das atividades econômicas.
Sistema de cidades
Walter Christaller foi o primeiro geógrafo entre os teóricos de localização das atividades econômicas. Em suas obras tivemos a proposição da teoria dos lugares centrais e, diferentemente de outros teóricos, como Johann von Thünen e Alfred Weber, Christaller estava preocupado com a localização das atividades econômicas no espaço geográfico considerando essa “localização” como parte de um sistema amplo: o sistema de cidades. A influência de teóricos como Christaller ainda marca a produção de autores mais contemporâneos dentro e fora da Geografia.
É importante que você procure identificar como essa influência é exercida e de que maneiras Geógrafos e Economistas se apropriam desses conhecimentos. Que contextos e lugares eles analisam e aplicam à luz da teoria Christalleriana?
Esta teoria apresenta os lugares centrais como capazes de acumular uma ampla oferta de funções, produtos e serviços, constituindo, dessa forma, uma hierarquia dentro do sistema de cidades.
Quanto mais próximo dos grandes centros, maior será a quantidade de produtos e serviços que um indivíduo poderá acessar. Contudo, quanto mais longe dos grandes centros, menor será a oferta de produtos e serviços.
Modelo christalleriano
Para tratarmos de teorias de localização das atividades econômicas, é importante entendermos a relevância que têm e em que contexto esses princípios se aplicam. Hoje, iremos analisar a teoria de localização industrial e considerar o tema da “localização” em um contexto no qual as empresas multinacionais iniciavam suas operações ao redor do mundo. Estamos falando de um período situado entre o final do século XIX e início do século XX, quando as multinacionais aumentaram sua participação na economia mundial e intensificaram a corrida pela conquista de novos mercados consumidores.
Assim, a teoria de localização industrial procura discutir a localização ótima para a instalação de indústrias específicas em determinadas localidades, considerando alguns fatores de localização industrial.
Teoria de localização industrial
Esta teoria, de Alfred Weber, discute alguns fatores que determinam a localização e concentraçãodas indústrias em determinadas localidades. À sua época, a teoria considerou apenas a influência dos custos de transporte e da proximidade em relação à fonte de matérias-primas e mercados consumidores. Hoje, diversos fatores de localização industrial precisam ser considerados na localização de uma indústria em um determinado ponto (ex: incentivos fiscais; doação de terrenos, etc.).
Contudo, apesar de suas limitações, a teoria de localização industrial revela ser bastante útil para explicar alguns dos fatores que continuam a influenciar as decisões econômicas no que se refere à instalação das indústrias no espaço geográfico.
Para ampliar seus conhecimentos em relação a esses assuntos, não deixe de pesquisar sobre a teoria de localização industrial e procure descobrir quais são os atuais fatores de localização industrial a serem considerados na localização e implantação de indústrias (ex: multinacionais) ao redor do mundo.
Geografia crítica e geografia marxista
A perspectiva marxista exerceu influência na obra de geógrafos, principalmente após a década de 1970, período pós-geografia pragmática ou quantitativa. Você irá perceber que, na perspectiva marxista, o espaço geográfico é concebido como um produto histórico e social das relações que se estabelecem entre o homem (atividades humanas) e o ambiente (espaço).
É possível entendermos, também, que o marxismo faz uso de um discurso essencialmente político, com foco nos conflitos, nas contradições, desigualdades e problemas sociais, urbanos e ambientais diante do capitalismo.
Conceitos do capitalismo
Após a década de 1970, houve um novo movimento de renovação da geografia. Esse movimento trouxe as ideias marxistas para dentro da Geografia e, gradativamente, minimizou a influência da Geografia Pragmática no trabalho dos geógrafos. O movimento de renovação da Geografia foi percebido tanto por geógrafos brasileiros, quanto por geógrafos estrangeiros. Nesse sentido, é interessante notar a influência de autores como Milton Santos e David Harvey, geógrafos comumente lembrados e citados quando analisamos a perspectiva marxista. Ambos deixaram sua marca na história do pensamento geográfico.
É importante pesquisar sobre a contribuição de cada um desses autores, especialmente a obra do geógrafo brasileiro Milton Santos, sobretudo no que se refere à crítica da teoria dos lugares centrais, elaborada por Walter Christaller.
Já no que se refere à obra de David Harvey, procure conhecer a contribuição e a trajetória percorrida por ele dentro da Geografia. Você irá perceber que ele nem sempre defendeu a bandeira do marxismo.
Transformações no espaço geográfico paranaense
Agora é hora de examinarmos o amplo contexto das transformações ocorridas no espaço geográfico paranaense durante as últimas décadas. Você irá compreender que essas transformações estão intimamente relacionadas à utilização de matérias-primas da indústria madeireira, e que a substituição da madeira proveniente da Araucária (que é protegida por lei) pela madeira de pinus ou eucalipto, por exemplo, tem transformado a paisagem nas mesorregiões geográficas paranaenses e estimulado o estreitamento de relações envolvendo empresas, trabalhadores, cidades, etc.
Além disso, com a análise do circuito espacial da madeira nas mesorregiões geográficas paranaenses, você também irá compreender por que as diferentes partes do circuito estão funcionalmente disjuntas e, ao mesmo tempo, conectadas no espaço geográfico.
 Circuitos espaciais de produção
De forma sucinta, as mesorregiões geográficas brasileiras são divisões do território brasileiro em diversas unidades de área. No Brasil, essas divisões foram estabelecidas pelo IBGE, em 1990. Leia atentamente o artigo a seguir e pesquise sobre como está dividido o seu Estado ou Unidade da Federação (UF) de acordo com a divisão do Brasil em mesorregiões geográficas.
No contexto da globalização, para analisarmos o território com base na evolução das atividades econômicas é necessário compreendermos os processos que ocorrem naquela região, quais são os agentes e como se dá a influência desses fatores na estrutura espacial.
Globalização
Esta quinta aula analisa a perspectiva do Upgrading industrial considerando o amplo contexto da globalização econômica. Este é um contexto importante a ser analisado, sobretudo para pensarmos no papel desempenhado pelos Estados Nacionais, blocos econômicos, empresas multinacionais, etc. na atualidade.
Não por acaso, geógrafos de prestígio nacional (ex: Milton Santos) e internacional (ex: Peter Dicken) acenaram sobre a importância de (nós geógrafos) discutirmos esse assunto, especialmente dentro de contextos nacionais/regionais particulares. Nesse sentido, a análise aqui desenvolvida faz uso de conceitos como território, fixos e fluxos e analisa, em particular, o desempenho das indústrias nacionais dos países do MERCOSUL no processo de globalização da produção e comércio de produtos automotivos.
Upgrading industrial
Tema 02 – Upgrading industrial
Este tema tem sido compreendido, conceitualizado e aplicado de diversas maneiras e suas abordagens analíticas e metodológicas podem variar de acordo com a área de conhecimento consideradaem discussão e a capacidade dos pesquisadores de sistematizar Upgrading industrial.
Vamos conhecer os conceitos que utilizaremos nesta aula? São eles:
Globalização
Território
Fixos e fluxos
Redes de produção/cadeias globais de valor
Upgrading e upgrading industrial
A geografia política
Tema 01 – A geografia política
Nesta aula estamos considerando o contexto da formação de uma das principais disciplinas da Geografia Humana: a Geografia Política. Certos de que essa disciplina contribuiu também para a formação do que hoje chamamos de Geopolítica, passaremos a analisar o contexto da Alemanha do final do século XIX. Uma Alemanha que se unificava e reunia condições para pensar o “espaço” de forma organizada e sistemática, que acabou resultando na institucionalização da Geografia.
Para compreendermos esse contexto, porém, precisamos conhecer um pouco mais sobre a noção de poder, território, nação, etc. Todos esses elementos, em conjunto com o papel do Estado-Nação, dão robustez àquilo que poderíamos considerar como a essência que constitui o campo de conhecimento da Geografia Política e da Geopolítica.
Conceitos fundamentais de geopolítica
Relacionar os conhecimentos da Geografia Econômica e da Geografia Política e Geopolítica, e utilizá-los para compreender a realidade que nos é apresentada na atualidade não é uma tarefa trivial. Ambas as temáticas nos permitem desenvolver competências distintas, mas que podem nos auxiliar na compreensão de eventos e transformações que possuem implicações que não são apenas locais, mas também regionais e globais.
Nesse sentido, procure expandir seus conhecimentos sobre esses assuntos e para iniciarmos, pesquise: o que a anexação da região ucraniana da Crimeia por parte dos russos tem a ver com o aumento do preço da carne no Brasil?
Para entender melhor o contexto dos temas que serão estudados, é preciso que você tenha claro alguns conceitos fundamentais, então vamos a eles! Confira cada um a seguir.
A Geografia Política é um ramo do conhecimento que pertence à Geografia Humana. Já a Geopolítica é um ramo multidisciplinar e sua principal utilização é na ciência política com temas tratados acerca do controle estratégico dos territórios.
Segundo Haesbaert (2009), território é a dimensão política de território. E para Costa (1988), pode ser o “espaço delimitado e organizado pela sociedade para a vivência, a produção e a dominação.”
“Heartland” ou área pivô dá a ideia de mundo controlado/organizado, se há conflitos nessa área existirá um desequilíbrio no mundo, o país que a controla, controlará o mundo, segundo Mackinder (1904) mentor desta teoria.

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