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AULA SUS nob

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Faculdade Independente do Nordeste
Departamento de Saúde
Curso de Fisioterapia
Disciplina: Políticas de Saúde
Profª MSc. Camila dos Santos Souza
Vitória da Conquista
2013
Aspectos conceituais do Sistema Único de Saúde. 
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Sistema Único de Saúde
Conjunto de ações e serviços de saúde prestados por órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais e da administração direta e indireta e fundações mantidas pelo poder público e de forma complementar pela iniciativa privada.
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Constituição Federal 1988 – art. 196 ao 200
O Capítulo da Saúde 
Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.
Art. 197. São de relevância públicas ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado.
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Constituição Federal 1988 – art. 196 ao 200
O Capítulo da Saúde 
Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes:
I - descentralização, com direção única em cada esfera de governo;
II - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais;
III - participação da comunidade.
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SUS, de caráter público, formado por uma rede regionalizada, hierarquizada e descentralizada, com direção única em cada esfera de governo, e sob controle da sociedade. Os serviços privados, conveniados e contratados, passam a ser complementares e subordinados às diretrizes do Sistema Único de Saúde.
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1990  Lei n.º 8 080 - de 19/9/1990, "Lei Orgânica da Saúde" REGULAMENTOU o Sistema Único de Saúde. 
Lei n.º 8 142 - de 28/12/1990, dispôs sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área de saúde.
LEI ORGÂNICA DA SAÚDE
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Lei Orgânica da Saúde: Lei 8.080 de 19 de setembro de 1990
Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. 
Art. 1º Esta lei regula, em todo o território nacional, as ações e serviços de saúde, executados isolada ou conjuntamente, em caráter permanente ou eventual, por pessoas naturais ou jurídicas de direito Público ou privado.
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Lei Orgânica da Saúde: Lei 8.080 de 19 de setembro de 1990
Direitos e Deveres
Art. 2º A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício.
§ 1º O dever do Estado de garantir a saúde consiste na formulação e execução de políticas econômicas e sociais que visem à redução de riscos de doenças e de outros agravos e no estabelecimento de condições que assegurem acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para a sua promoção, proteção e recuperação. 
§ 2º O dever do Estado não exclui o das pessoas, da família, das empresas e da sociedade. 
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Lei Orgânica da Saúde: Lei 8.080 de 19 de setembro de 1990
Conceito Ampliado de Saúde 
Art. 3º A saúde tem como fatores determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais; os níveis de saúde da população expressam a organização social e econômica do País.
Parágrafo único. Dizem respeito também à saúde as ações que, por força do disposto no artigo anterior, se destinam a garantir às pessoas e à coletividade condições de bem-estar físico, mental e social. 
Em consonância com o que preconiza a OMS. 
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Participação da Comunidade: (Lei orgânica da Saúde – Lei 8142/90)
Conselhos de Saúde
Nacional 
Estadual – Cons. De Secretários Estad. de Saúde – CONASS
Municipal – Cons. De Secretários Munic. de Saúde – CONASEMS
Distrito Federal – CONASS
Função Deliberativa 
Composição do conselho: usuários, governo, prof. da saúde, prestadores de serviços.
Conferência de Saúde 
Encontros de 4 em 4 anos 
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Resolutividade
Resolver os problemas de saúde, que levem o paciente a procurar os serviços de saúde em cada nível de assistência. Dentro do limite de sua complexidade e capacidade tecnológica.
Complementaridade do Setor Privado
Forma complementar.
Contratada ou conveniada
Prevalecendo o interesse público sobre o privado.
Preferência para os serviços não lucrativos: Hospitais Filantrópicos, Santas Casas
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Intersetoriedade
Define alguns fatores determinantes e condicionantes da Saúde, por exemplo:
Alimentação, moradia, o saneamento básico
Meio ambiente, trabalho, a renda, a educação.
Condições de bem-estar físico, mental e social.
Estas ações são executadas por outros setores do governo, com recursos próprios e são consideradas ações de intersetoriedade.
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Resumindo!!!
- Artigos 196 a 200 : Saúde = DIREITO
- Leis 8.080/90: Regulamenta os serviços de saúde
-Lei 8.142/90: Regulamenta a Participação da Comunidade no SUS e Transferências Financeiras
- NOBs : 01/91, 01/93, 01/96: MUNICIPALIZAÇÃO
- Normas Operacionais de Assistência à Saúde (NOAS):
 NOAS 01/2001 e 01/2002: REGIONALIZAÇÃO
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Editada pela da Resolução do INAMPS n° 258, de 7 de janeiro de 1991, e reeditada com alterações pela resolução do INAMPS n°273, de 17 de julho de 1991)
Objetivo:
Induzir e estimular mudanças;
Aprofundar e reorientar a implementação do SUS;
Definir novos objetivos estratégicos, prioridades, diretrizes e movimentos tático-operacionais;
Regular as relações entre gestores;
Normatizar o SUS
Norma Operacional Básica do SUS 01/91
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Destaque:
Equiparar prestadores públicos e privados, no financiamento  pagamento pela produção de serviços;
Centraliza a gestão do SUS no nível federal (INAMPS);
Estabelece o instrumento convencional como forma de transferência de recursos do INAMPS para os estados, Distrito Federal e Municípios.
Institui a Unidade de Cobertura Ambulatorial (UCA) destinada a reajustar os valores a serem repassados aos Estados, distrito Federal e Municípios.
Implementação do Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS (SIASUS).
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Editada pela portaria GM/MS n° 545, de 20 de maio de 1993)
 
Objetivo:
Formalizou os Princípios Aprovados na 9ª Conferência Nacional de saúde (realizada em 1992), que teve como tema central “a municipalização é o caminho” e desencadeou um amplo processo de municipalização da gestão com habilitação dos municípios nas condições de gestão criadas (incipientes, parcial e semiplena).
Norma Operacional Básica do SUS 01/93
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Destaque
Cria transferência regular e automática (fundo a fundo) do teto global da assistência para municípios em gestão semiplena;
AIH limitada e recurso de cobertura ambulatorial – RCA;
Habilita municípios como gestores;
Define o papel dos Estados de forma frágil, mas esses, ainda assim, passam a assumir o papel de gestor do sistema estadual de saúde;
São constituídas as Comissões Intergestores Bipartite (de âmbito estadual) e Tripartite (nacional) como importantes espaços de negociação, pactuação, articulação, integração entre gestores
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Editada em 5 de novembro de 1996 por meio da portaria GM/MS n° 2203).
 
Objetivo:
A NOB/SUS 01/96 promoveu um avanço no processo de descentralização, criando novas condições de gestão para os municípios pela saúde de seus cidadãos e redefinindo competências de Estados e Municípios as origens e o processo de implantação do SUS.
Norma Operacional Básica do SUS 01/96
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Destaque
Transfere aos municípios
habilitados como Plena da Atenção Básica, os recursos financeiros com base per capita, criando o PAB (Piso Assistencial Básico) repassado fundo a fundo de formar regular e automática;
Reorganiza a gestão dos procedimentos de média complexidade ambulatorial (Fração Ambulatorial Especializada - FAE);
Reorganiza a gestão dos procedimentos de Alta Complexidade/Custo (APAC);
Incorpora as ações de Vigilância Sanitária, criando o incentivo para as ações básicas de Vigilância Sanitária;
Incorpora as ações de Epidemiologia e Controle de doenças;
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Promove a reorganização do modelo de atenção, adotando-se como estratégia principal a ampliação de cobertura do Programa de saúde Da Família e Programa de Agentes Comunitários de Saúde, com a criação de Incentivo financeiro;
Define a elaboração da Programação Pactuada e Integrada (PPI);
Define as responsabilidades, prerrogativas e requisitos das Condições de Gestão Plena da Atenção Básica e Plena de sistema Municipal de Saúde para os municípios, e Avançada do Sistema Estadual e Plena de Sistema Estadual para os estados.
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Qual a finalidade da MUNICIPALIZAÇÃO ?
É a promoção da consolidação do pleno exercício da função de GESTOR da atenção à Saúde de seus munícipes, por parte do Poder Público MUNICIPAL e do DF, através da REDEFINIÇÃO das responsabilidades dos Estados, do DF e da União (cooperação técnica e financeira)
Obs: Os poderes públicos estadual e federal são o sempre co-responsáveis, na respectiva competência ou na ausência da função municipal (seg CF art. 23 inc. II)
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Como a NOB 01/96 reordena o MODELO DE ATENÇÃO À SAÚDE ?
Redefine o papel de cada esfera de governo reforçando o conceito de direção única
Redefine os instrumentos gerenciais fortalecendo a gestão dos municípios
Redefine os mecanismos e fluxos de financiamento: transferências de caráter global, fundo a fundo com base nas PPIs.
Redefine o vínculo de serviços com os usuários privilegiando os Núcleos Familiares e Comunitários  PSF/PACS
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Passa a se utilizar de programações com critérios epidemiológicos e desempenho com qualidade: que são avaliadas através de novos de mecanismos de acompanhamento , controle e avaliação .
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O que é a PPI ???
PPI = Programação Pactuada e Integrada: Entre gestores e Entre as instâncias de governo
A PPI é um importante instrumento(de gestão) negociado que traduz para todos os níveis de gestão, as responsabilidades, objetivos, metas, referências de atendimento entre os municípios, recursos e tetos orçamentários e financeiros.
A PPI traduz a garantia de acesso universal aos serviços de saúde, diretamente ou por referência a outros municípios sempre por intermédio da relação gestor-gestor.
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Fim!!!

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