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003 2019 A INCLUSÃO DE EDUCANDOS COM NECESSIDADES ESPECIAIS AUDITIVAS NO ENSINO REGULAR

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A INCLUSÃO DE EDUCANDOS COM NECESSIDADES ESPECIAIS AUDITIVAS NO ENSINO REGULAR 
1 RU: – turma: 
2
RESUMO
O presente artigo buscou uma maior compreensão a cerca do tema “A Inclusão de educandos com necessidades especiais auditivas no Ensino Regular”, tema este que surgiu da necessidade em obter maiores conhecimentos em relação a inclusão no Ensino Regular de educandos com necessidades especiais auditiva, pois sabe-se que é um tema, que vem provocando inúmeras perguntas a educadores e demais profissionais envolvidos na educação. O Objetivo Geral foi:Compreender por meio da literatura as possibilidades e as práticas educativas ofertadas aos educandos com necessidades especiais auditivas do Ensino Regular nas escolas. Levando-se em conta a Inclusão Escolar faz-se necessária adaptações Curriculares é necessária para que o atendimento, ao educando com necessidades educacionais especiais auditiva, seja de qualidade e de acordo com suas especificidades a partir das linguagens e códigos de sinais e combinar a leitura do mundo com a leitura da palavra. Sendo assim, a Educação tem por base a necessidade do engajamento de seus sujeitos na concretização dos compromissos assumidos através da pedagogia do diálogo entre a escola, o educando e a comunidade. A metodologia utilizada neste estudo foi de cunho bibliográfico o qual buscou-se suporte em autores que discorrem do tema em estudo bem como artigos disponíveis em sites como auxílio para a conclusão desse. Após leituras e reflexões pode-se dizer que a educação inclusiva atenta à diversidade inerente à espécie humana, busca perceber e atender as necessidades educativas especiais de todos os sujeitos-alunos, em salas de aulas comuns, em um sistema regular de ensino, de forma a promover a aprendizagem e o desenvolvimento pessoal de todos. Prática pedagógica coletiva, multifacetada, dinâmica e flexível requer mudanças significativas na estrutura e no funcionamento das escolas, na formação humana dos professores e nas relações família-escola.
PALAVRAS-CHAVE: Inclusão Escolar; Necessidade Especial Auditiva; educandos e Aprendizagem.
________________________
1Aluna do Curso de Pedagogia do Centro Universitário Internacional UNINTER. Relatório apresentado como Trabalho de Conclusão de Curso. 2016.
2Professor (a) Orientador no Centro Universitário Internacional UNINTER.
1INTRODUÇÃO
O presente artigo tem por objetivo compreender por meio da literatura as possibilidades e as práticas educativas ofertadas aos educandos com necessidades especiais auditivas do Ensino Regular nas escolas, pois nota-se que, as instituições de ensino buscam seus fins próprios enem sempre conseguem desenvolver num todo, as práticas pedagógicas e também há o novo paradigma e o processo da inclusão se encaixa no foco de seusinteresses imediatos. Contudo, percebe-se que a orientação inclusiva contribui paramelhorar a escola para todos. Partindo desses questionamentos o estudo visa saber: como os educadores trabalham a inclusão do educando surdo e o que os mesmos entendem por inclusão.
Estudos demonstram que essa maneira de atender a Educação Inclusiva em especial educandos com necessidades especiais auditivas exigem profunda revisão das práticas educacionais e mudanças na forma como os recursos são distribuídos e disponibilizados para estes fins.
Justifica-se o referido estudo pela necessidade de conhecer a realidade da Educação ofertada aos educandos com necessidades educacionais auditivas que freqüentam a classe de Ensino Regular nas Escolas. Sendo assim, realizou-se pesquisa bibliográfica buscando auxílio em autores e sites que abordam o tema em estudo por ter conhecimento sobre as necessidades e as dificuldades encontradas para trabalhar com os educandos que apresentam essa necessidade, que estratégias são utilizadas e que benefícios a inclusão desses educandos a eles aos demais colegas e também aos educadores, oportunizando a eles obter conhecimentos de como acontece a Educação Inclusiva do educando com necessidades especiais auditivas nas classes do Ensino regular.
A problemática abordada nesse estudo foi: A Educação de educandos com necessidades especiais auditivas é um tema bastante desafiador, pesquisas realizadas no Brasil e no exterior indicam que um número significativo de sujeitos privados de audição que passaram por vários anos de escolarização apresentam competência para aspecto acadêmico muito aquém do desempenho de alunos ouvintes, apesar de suas capacidades cognitivas iniciais serem semelhantes. Uma evidente inadequação do sistema de ensino é denunciada por estes dados, revelando a urgência de medidas que favoreçam o desenvolvimento pleno dessas pessoas.
A metodologia que deu suporte a referida pesquisa foi a pesquisa bibliográfica, para tanto buscou-se auxílio em autores e sites que discorrem do tema em estudo comoBrasil. Declaração de Salamanca, 1995, Carvalho, 1997. Gomes, 2006. Luria, 1986. Maciel, 2000.Mantoan, 2005. Medeiros, 2010. Reily 2003. Santos, 2006. Sacks, 1998. Sánchez, 2004. Sassaki, 2005. Santarosa, 2000. Santana, 2007. Soares, 2003. Skilar, 1997. De acordo com leituras e reflexões foi possível o desenvolvimento deste artigo, sendo assim possível, compreender que a Educação tem por base a necessidade do engajamento de seus sujeitos na concretização dos compromissos assumidos através da pedagogia do diálogo entre a escola, o educando e a comunidade. Percebe-se que a maioria dos educadores desconhece a filosofia da inclusão, que defende uma educação eficaz para todos, apoiada no princípio de que as instituições, enquanto comunidades educativas devem satisfazer as necessidades de todos os educandos independentes de qual seja sua necessidade especial, sua cor, sua raça e sua religião.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 REFLEXÕES SOBRE A INCLUSÃO DE EDUCANDOS QUE POSSUEM/OU COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS
Considerando-se a retomada mundial das discussões e providências para garantir o direito de todos, sem exceção, ao acesso e usufruto dos bens e serviços educacionais e sociais disponíveis, aos educandos particularmente daqueles com necessidades educacionais especiais aos quais se assegura o direito à igualdade de condições para o acesso e a permanência na escola, sem qualquer tipo de discriminação. Estudos demonstram que essa maneira de atender a Educação Inclusiva em especial educandos com necessidades especiais auditivas exigem profunda revisão das práticas educacionais e mudanças na forma como os recursos são distribuídos e disponibilizados para estes fins.
Na atualidade vivencia-se um momento em que mundialmente se fala na inclusão escolar de educandos com necessidades educacionais especiais, na rede regular de ensino.
Sabe-se que a legislação é explícita, quanto à obrigatoriedade em acolher e matricular todos os alunos, independente de suas necessidades ou diferenças (SASSAKI, 2005). Por outro lado, é importante ressaltar que não é suficiente apenas esse acolhimento, mas que o aluno com necessidades educacionais especiais tenha condições efetivas de aprendizagem e desenvolvimento de suas potencialidades.
Considera-se que os fundamentos teórico-metodológicos da Educação Inclusiva, baseiam-se numa concepção de educação de qualidade para todos e no respeito à diversidade dos educandos, é imprescindível uma participação mais qualificada dos educadores para o avanço desta importante reforma educacional, para o atendimento das necessidades educativas de todos os alunos, com ou sem necessidades especiais. Infelizmente, o despreparo dos professores figura entre os obstáculos mais citados para a educação inclusiva. 
De acordo com a Declaração de Salamanca Brasil (1995) é possível descrever sobre o movimento de inclusão o qual teve seu início na década de 80 e se consolida nos anos 90 em várias partes do mundo, inclusive no Brasil. Declarações e tratados mundiais passam a defender a inclusão em larga escala e as pessoas com necessidades especiais passam a serem vistos como cidadãos com direitos e deveres de participaçãona sociedade. De acordo com Brasil,
A proposta de inclusão surge com a chegada do século XX, momento em que essas pessoas com necessidades educativas especiais passam a ser considerados cidadãos com direitos e deveres, partindo dos variados documentos que surgem, sendo o primeiro deles em 1948, no qual se torna pública a Declaração Universal dos Direitos Humanos (BRASIL, 1995, p. 17).
Foi com base nesse documento, que as famílias das pessoas com necessidades especiais iniciam alguns debates e organizam-se realizando as primeiras críticas sobre a separação, que surge o movimento em prol da inclusão.
Em 1985, são lançados na Assembleia Geral das Nações Unidas o “Programa de Ação Mundial para as Pessoas Deficientes, recomendando: quando for pedagogicamente factível, o ensino da pessoa deve acontecer dentro do sistema escolar normal”(BRASIL, 1995, p. 28). 
Em 1989, aprovou-se a lei nº 7.853/89, em que no item da educação prevê a oferta obrigatória e gratuita da educação especial em estabelecimentos públicos de ensino e “no ano seguinte foi lançado o Estatuto da Criança e do Adolescente, que reitera dos direitos garantidos na constituição o atendimento especializado para as pessoas com necessidades especiais, preferencialmente na rede regular de ensino” (BRASIL, 1989). 
A Declaração de Salamanca é o suporte pedagógico utilizado atualmente, pois apresenta linhas de ação para garantir a igualdade de oportunidades e, assim, efetivar o processo inclusivo, que, por vez, está sendo confundido com integração. Para Maciel,
A inclusão é um movimento mundial na tentativa de que pessoas portadoras de deficiências ou de necessidades especiais (e de seus familiares) encontrem seus direitos e um lugar digno dentro da sociedade. Entretanto, a dificuldade inicia-se pelo próprio termo, pois ele já traz implícita a ideia de exclusão, pois só é possível incluir o que está excluído. Assim, a inclusão encontra-se respaldada na dialética inclusão/exclusão, como luta das minorias na defesa de seus direitos.(MACIEL, 2000, p. 55).
A questão da inclusão de pessoas portadoras de necessidades especiais em todos os recursos da sociedade ainda é muito incipiente(recente)no Brasil. Movimentos nacionais e internacionais têm buscado um consenso para formatar uma política de inclusão de pessoas portadoras de deficiência na escola regular. 
Assim, na Declaração de Salamanca, o conceito de inclusão se apresentou como um desafio para a educação, determinado que: Para promover uma Educação Inclusiva, o sistema educacional deve assumir que as “diferenças” “humanas são normais e que a aprendizagem deve se adaptar às necessidades das crianças ao invés de se adaptar a criança a assunções preconcebidas a respeito do ritmo e da natureza do processo de aprendizagem”, (BRASIL, 1994, p. 4). 
A Declaração de Salamanca (1994) defendeu a ideia de que todos os alunos devem aprender juntos e, aponta para a escolarização de crianças em escolas especiais, nos casos em que a educação regular não pode satisfazer às necessidades educativas ou sociais do aluno.
A inclusão causa uma mudança de perspectiva educacional, “pois não se limita a ajudar somente os alunos que apresentam dificuldades na escola, mas apoia a todos: professores, alunos, pessoal, administrativo, para que obtenham sucesso na corrente educativa geral” (MANTOAN, 2005, p. 145).
2.2.1 Conceito de Inclusão Social
O termo "inclusão social" tem sido bastante veiculado e discutido, em substituição ao conceito utilizado anteriormente, de “integração social", em muitos países, não apenas no Brasil. Porém, há várias acepções do termo, que introduz um novo paradigma em na sociedade e assinala outra etapa no processo de conquista dos direitos por parte das Pessoas com necessidades especiais auditivas e de simpatizantes desta causa. 
Para Sassaki, 
Inclusão (compreender, abranger) Social (sociedade ou relativo a ela). Inclusão Social nada mais é que trazer aquele que é excluído socialmente por algum motivo, para uma sociedade que participe de todos os aspectos e dimensões da vida - o econômico, o cultural, o político, o religioso e todos os demais, além do ambiental (SASSAKI, 2005, p. 34).
Portanto, a Inclusão social é uma ação que combate a exclusão social geralmente ligada a pessoas de classe social, nível educacional, portadoras de deficiência física, idosas ou minorias raciais entre outras que não têm acesso a várias oportunidades. Inclusão Social é oferecer aos mais necessitados oportunidades de participarem da distribuição de renda do País, dentro de um sistema que beneficie a todos e não somente uma camada da sociedade.
Ao longo da história, a sociedade tem sido permeada por diversas práticas sociais de atendimento às pessoas com necessidades especiais auditivas. De modo geral, essas práticas são perpassadas por uma trajetória de lutas e, conseqüentemente, de avanços e conquistas no sentido da construção da cidadania das pessoas com necessidades especiais auditivas. 
Nesse sentido, o desenvolvimento das pessoas com necessidades especiais auditivas, nos diversos espaços da vida social, deve ocorrer enquanto resultado da implementação e efetivação do processo de inclusão, principalmente no mercado de trabalho, pois assim, esse segmento terá a oportunidade de contribuir para a própria subsistência e de sua família.
2.1.2 Conceito de Necessidades Especiais
Pessoa com necessidades especiais é aquela que apresenta em caráter temporário ou permanente, significativas diferenças físicas, sensoriais ou intelectuais, decorrente de fatores inatos ou adquiridos, que acarretam dificuldades em sua interação com o meio social, necessitando por isso, de recursos especializados para desenvolver seu potencial e superar ou minimizar suas dificuldades. Para Fonseca,
As Pessoas com Necessidades Especiais (PNE) sofrem com a discriminação desde os tempos remotos. Pela importância dos fatos históricos relacionados ao tema, e da sua evolução em períodos históricos distintos, faz-se necessário um apanhado geral da Antiguidade até os dias atuais. (FONSECA, 1997, p. 67).
Para tanto, Fonseca (1997) expõe-se algumas interações sociais marcantes das PNE’s em suas respectivas sociedades. Na Antiguidade remota e entre os povos primitivos, o tratamento para com os deficientes, assumiu dois aspectos: alguns os matavam, porque os considerava um grande empecilho para a sobrevivência de um grupo e, outros cuidavam e sustentavam para que conseguissem obter a simpatia dos deuses, ou como gratidão pelos esforços dos que se mutilaram na guerra.
Apenas em 1981, a questão relacionada às PNE ganhou maior importância em nível internacional. “Neste mesmo ano, o Brasil promoveu um congresso que trouxe grandes reflexões e troca de experiências entre os vários países participantes” (CARNEIRO, 1998, p. 96). Neste momento, desencadearam-se algumas diretrizes e deveres dos Portadores de Necessidades Especiais, segundo Carneiro.
Percebe-se que a inclusão escolar de portadores de necessidades especiais ganhou novos enfoques após a Declaração de Salamanca em 1994.
No século XX, começa a chamada segregação (isolar, separar), mais pessoas tem acesso à escola, porém dificilmente se misturam com os alunos representantes da classe dominante. Na segunda metade do século surgem as “escolas especiais” (que atendem crianças “deficientes”) e mais tarde as classes especiais dentro das “escolas comuns”. (SALAMANCA, 1994).
De acordo com a Declaração de Salamanca (1994) a qual demonstra o surgimento de um desvio pedagógico, ou seja, a separação de dois sistemas educacionais, por um lado à educação comum e do outro a educação especial. Já na década de 70, aparece a integração (da qual cita-sea seção anterior). As escolas comuns aceitavam alguns alunos, antes rejeitados ou marginalizados, que poderiam frequentar classes comuns desde que conseguissem adaptar-se (o que na prática raramente acontecia). Em termos legais tinha-se “preferencialmente na rede regular de ensino”.
2.2.3 Inclusão escolar:Um desafio
A ideia de uma sociedade inclusiva se fundamenta numa filosofia que reconhece e valoriza a diversidade, como característica inerente à constituição de qualquer sociedade. Carvalho, 
Partindo desse princípio e tendo como horizonte o cenário ético dos Direitos Humanos, os quais sinalizam a necessidade de se garantir o acesso e a participação de todos, a todas as oportunidades, independentemente das peculiaridades de cada indivíduo. (CARVALHO, 1997, p. 17/18).
Num movimento que se propõe dar vida à Declaração de Salamanca (Espanha, 1994) e ao Projeto de Resolução CNE / CEB 02/2001, onde no seu artigo 8o diz que “as escolas da rede regular” de ensino devem prever e prover na organização de suas classes comuns: (VI) condições para a reflexão e elaboração teórica da educação inclusiva, com protagonismo dos professores. De acordo com a Declaração de salamanca,
Nosso modelo educacional mostra há algum tempo sinais de esgotamento, faz-se necessária a transformação. As diferenças culturais, sociais, étnicas e religiosas já fazem algum tempo que estão presentes na nossa escola (muito por ser o Brasil um país de multiplicidade). (SALAMANCA, 1994).
Porém, hoje vive-se num mundo onde é impossível fechar os olhos a outra diferença. A diferença da igualdade. Todos tem o mesmo direito de ser diferentes na igualdade. Isto é, todos são seres humanos, e como tais, iguais.
Contudo, nunca antes se valorizou tanto o direito natural de cada um se expressar conforme suas próprias características individuais. Quer dizer, o fato de ser bonito ou feio magro ou gordo, inteligente ou nem tanto, ter duas mãos ou não, poder andar com suas próprias pernas ou com ajuda, ter visão inferior ao do vizinho, a audição aquém do esperado, e assim por diante, nada disso faz diferentes, continua-se iguais. 
A diferença está em que cada um pode elevar a sua mais alta potência suas particularidades. O que faz diferente é se consegue ou não se sobressair ao explorar suas particularidades. Um bom exemplo se dá nos esportes: o Brasil ganha mais medalhas nas paraolimpíadas do que nas olimpíadas.
Segundo Santos,
Este é o lado positivo da diferença. Porém, assim como a igualdade, a diferença pode nos ajudar ou prejudicar. Por isso, temos o mesmo direito a sermos iguais e a sermos diferentes. “Temos direito de ser iguais quando a diferença não inferioriza e direito de ser diferentes quando a igualdade nos descaracteriza”. (SANTANA, 2007, p. 12).
Diante dessa realidade, a escola não pode mais continuar ignorando os acontecimentos do Brasil e do mundo. Ela é um espelho da sociedade. E se a sociedade muda, ela tem a obrigação de mudar também. Se a sociedade é de todos, a escola é para todos.
Ainda há muito a se pensar e colocar em prática há muito a ser entendido no que se refere à educação inclusiva. 
Em relação ao o processo de ensino aprendizagem entre educandos com necessidades especiais auditiva, qual o melhor método a ser trabalhado para que este educando possa assimilar com facilidade os conteúdos trabalhados.
2.2 4 Conceituando Necessidades Especiais Auditivas (Ou Surdez)
A surdez é uma diminuição da capacidade de percepção normal dos sons, que traz ao indivíduo uma série de consequências ao seu desenvolvimento, principalmente no que diz respeito à linguagem oral. Considera-se surdo o indivíduo cuja audição não é funcional na vida comum e, parcialmente surdo, aquele cuja audição, ainda que deficiente, é funcional com ou sem prótese auditiva. A competência auditiva é classificada como: normal, perda leve, moderada, severa e profunda. De acordo com Brasil,
A surdez severa e profunda impede que o aluno adquira, naturalmente, a linguagem oral. Por decorrência dessa dificuldade em desenvolver normalmente a linguagem oral, os indivíduos surdos podem apresentar um atraso intelectual de dois a cinco anos, dificuldades de abstração, generalização, raciocínio lógico, simbolização, entre outros (BRASIL, 2006).
A história da educação de surdos é uma história repleta de controvérsias e descontinuidades. Como qualquer outro grupo minoritário, os surdos constituíram-se objeto de discriminação em relação à maioria ouvinte.
Segundo Fernandes (1998) antes do séc. XIX, os surdos ocupavam papéis significativos. Sua educação realizava-se por meio da língua de sinais e a maioria dos seus professores eram surdos. No entanto, estudiosos, surdos e professores ouvintes, à época, divergiam quanto ao método mais indicado para ser adotado no ensino de surdos. Uns acreditavam que deveriam priorizar a língua falada, outros a língua de sinais e outros, ainda, o método combinado. 
Fernandes (1998) ressalta que 
Vários outros Professores de Surdos de Milão-Itália chegaram-se à conclusão de que os surdos deveriam ser ensinados pelo método oral puro, sendo proibida a utilização da língua de sinais. A partir daí, a opressão de mais de um século a que os surdos foram submetidos, sendo proibidos de utilizar sua língua e obrigados a comportarem-se como os ouvintes, trouxe uma série de consequências sociais e educacionais negativa. (FERNANDES, 1998, p. 56).
De acordo com Fernandes os estudos sobre a surdez e suas consequências linguísticas e cognitivas continuaram a provocar controvérsias e, ainda hoje, esse tema é de grande interesse para todos os profissionais que buscam uma melhor qualidade na educação do aluno surdo. Sendo a surdez uma privação sensorial que interfere diretamente na comunicação, alterando a qualidade da relação que o indivíduo estabelece com o meio, ela pode ter sérias implicações para o desenvolvimento de uma criança. 
O desenvolvimento auditivo é o processo pelo qual a criança aprende a reconhecer e compreender os sinais auditivos existentes no ambiente. Sendo assim, a criança ouvinte desenvolve espontaneamente a sua comunicação, propiciando uma interação automática com o meio em que está inserida.
2.3 EDUCANDOS COM NECESSIDADES ESPECIAIS AUDITIVAS: UM POUCO DE SUA HISTÓRIA
Segundo dados da Organização Mundial de Saúde – OMS (2009) em estudo feito pela Fonoaudióloga (BALEN, 2009) a qual cita que a deficiência auditiva afeta 250 milhões de pessoas no mundo, sendo o déficit sensorial mais frequente nas populações com prevalências de 2,1% a 8,8% de deficiência auditiva incapacitante em países em desenvolvimento. 
Balen (2009) acredita que a educação das pessoas com deficiência auditiva torna-se uma discussão inquietante devido aos obstáculos e as limitações e que ao longo da história, esse assunto vem sendo polêmico, gerando divergências em várias vertentes com diferentes consequências.
Assim, entende-se que, a educação de pessoas com necessidades auditivas especiais torna-se um tema crítico, principalmente pelas dificuldades que impõe e por suas limitações. 
Na concepção de Sánchez (1990) as propostas educacionais direcionadas para as pessoas com necessidades especiais auditivas têm como objetivo proporcionar o desenvolvimento pleno de suas capacidades, contudo, não é isso que se observa na prática.
Conforme Lacerda (1998, p. 60) “Em meados do século XVI é que se começa a admitir que os surdos possam aprender através de procedimentos pedagógicos sem que haja interferências sobrenaturais”. A autora diz ainda que surgem relatos de diversos pedagogos que se dispuseram a trabalhar com surdos, apresentando diferentes resultados obtidos com essa prática pedagógica. De acordo com Lacerda,
O propósito da educação especial para pessoas com necessidades especiais auditivas então, era que estes pudessem desenvolver seu pensamento, adquirir conhecimentos e se comunicar com o mundo ouvinte (LACERDA, 1998, p. 60). 
Sendo assim, procurava-se ensiná-los a falar e a compreender a língua falada, mas a fala era considerada uma estratégia, em meio a outras, de se alcançar tais objetivos.
Segundo Sánchez (1990) era frequente na época manter em segredo o modo como se conduzia a educação dos surdos. Cada pedagogo trabalhava autonomamente e não era comum a troca de experiências. Heinicke,importante pedagogo alemão, professor de surdos, escreveu que seu método de educação não era conhecido por ninguém, exceto por seu filho. Alegava ter passado por tantas dificuldades que não pretendia dividir suas conquistas com ninguém. Assim, torna-se difícil saber o que era feito naquela época em consequência, muitos dos trabalhos desenvolvidos se perderam.
A figura do professor era muito frequente em tal contexto educacional. Famílias nobres e influentes que tinham um filho surdo contratavam os serviços de professores/preceptores para que ele não ficasse privado da fala e consequentemente dos direitos legais, que eram subtraídos daqueles que não falavam. Ainda segundo Lacerda,
Nas tentativas iniciais de educar o surdo, além da atenção dada à fala, a língua escrita também desempenhava papel fundamental. Os alfabetos digitais eram amplamente utilizados. Eles eram inventados pelos próprios professores, porque se argumentava que se o surdo não podia ouvir a língua falada, então ele podia lê-la com os olhos. (LACERDA, 1998, p. 60).
Segundo Lacerda (1998) a capacidade do surdo em correlacionar as palavras escritas com os conceitos diretamente, sem necessitar da fala. Muitos professores de surdos iniciavam o ensinamento de seus alunos através da leitura-escrita e, partindo disso, instrumentalizavam-se diferentes técnicas para desenvolver outras habilidades, tais como leitura labial e articulação das palavras.
Para Sassaki,
Os surdos que podiam se beneficiar do trabalho desses professores eram muito poucos, somente aqueles pertencentes às famílias abastadas. É justo pensar que houvesse um grande número de surdos sem qualquer atenção especial e que, provavelmente, se vivessem agrupados, poderiam ter desenvolvido algum tipo de linguagem de sinais através da qual interagissem. (SASSAKI, 2005, p. 5).
Com base nessa visão entende-se que, educação inclusiva é a oferecida nas escolas que possuem uma estrutura física capaz de atender a todos, com necessidades especiais ou não.
A linguagem permite ao homem estruturar seu pensamento, traduzir o que sente, registrar o que conhece e comunicar-se com outros homens. Ela marca o ingresso do homem na cultura, construindo-o como sujeito capaz de produzir transformações nunca antes imaginadas.
2.3.1 Deficiência Auditiva e Linguagem
Ao pensar na educação de surdos é importante refletir sobre a postura do professor na sala de aula. É inquestionável que a maioria dos professores, na quase totalidade das instituições educacionais, emprega como ‘método’ de ensino a exposição oral e utiliza como recurso privilegiado o quadro de giz. 
De acordo com Brasil,
Ao organizar subsídios para desenvolver o processo de ensino-aprendizagem de seus alunos surdos que, da mesma forma que para os demais alunos, estas são práticas insuficientes e inadequadas. (BRASIL, 2006, p. 52).
Atualmente, a inserção do educando com necessidades especiais auditivas no ensino regular é uma das diretrizes fundamentais da política de inclusão. Entretanto, o desempenho acadêmico e social esperado da criança surda só pode ser alcançado se no espaço escolar for contemplada sua condição linguística e cultural e, portanto, se a língua de sinais faz-se presente. 
De acordo com Reily,
Para tal, torna-se necessária a presença de intérpretes de LIBRAS e de educadores surdos, para que os conteúdos escolares sejam repassados em LIBRAS (intérpretes) e para o desenvolvimento/aprendizagem da LIBRAS (educadores surdos) pelas crianças e profissionais da escola. (REILY, 2004, p. 11).
No entanto, muitas realidades escolares não possuem estes profissionais para atuar junto com os professores em sala de aula e isso demanda o aperfeiçoamento do professor da turma, através do aprendizado da LIBRAS para que este possa oferecer aos alunos surdos conteúdos e informações necessárias para sua educação.
Sabe-se que os professores precisam conhecer e usar a Língua de Sinais, entretanto, deve-se considerar que a simples inserção dessa língua não é suficiente para escolarizar o aluno surdo. Assim, a escola precisa implementar ações que tenham sentido para todos os alunos e que esse sentido possa ser compartilhado com os alunos surdos. A partir da proposta de inclusão escolar de crianças surdas, a apropriação da LIBRAS merece atenção especial no intuito de que sejam oferecidas oportunidades e favorecida sua inserção nos currículos em todos os níveis do sistema educacional.Para Bernardino, 
A linguagem é considerada a primeira forma de socialização da criança e, na maioria das vezes, é principalmente na relação com os pais, através de instruções verbais durante atividades diárias e de histórias que expressam valores culturais que se realiza essa interação. Através da linguagem, a criança tem acesso a valores, crenças e regras, adquirindo conhecimentos de sua cultura. (BERNARDINO, 2000, p. 82).
No caso dos educandos surdos, o que vemos em seu âmbito familiar é que a maioria dos pais não se comunica através da língua de sinais e, por isso, o acesso ao conhecimento de sua cultura acaba sendo tardio, ou seja, vai se tornar possível somente quando a criança surda iniciar sua vida escolar. 
Segundo Bernardino (2000, p. 82) “para que ela tenha acesso à língua de sinais o mais precocemente possível, a escola precisa oferecer e priorizar a língua de sinais como primeira língua através da presença de surdos adultos que possam ensinar e interagir com as crianças”.
No entanto, Bernardino mostra que para conhecer os surdos e sua cultura, é preciso conhecer também a língua de sinais. O uso dela para comunicação surgiu nos primórdios da humanidade, não como uma alternativa de comunicação para pessoas surdas, mas sim como uma das primeiras formas da comunicação humana.
Apesar do avanço, ainda são comuns situações de interação entre professores e alunos medidas apenas pela língua oral, desconsiderando-se as dificuldades e o pouco ou nenhum conhecimento em relação a esta forma de comunicação por parte de uma determinada clientela.
Os educandos com necessidades especiais auditivas são beneficiadas quando frequentam uma escola regular, onde recebem informações iguais as recebidas pelos colegas, mesmo que tenham um tratamento diferenciado e, onde terão condições propícias para construir uma posição subjetiva que dê conta da alteridade. 
Assim Soares diz que:
As escolas para todos são escolas inclusivas, em que todos os alunos estudam juntos, em salas de aula de ensino regular. Esses ambientes educativos desafiam as possibilidades de aprendizagem de todos os alunos e as estratégias de trabalho pedagógico são adequadas às habilidades e necessidades de todos. (SOARES, 2003, p. 21).
Há educandos, no entanto, que apresentam dificuldades na aquisição da linguagem. Às vezes, a dificuldade aparece, principalmente, no que se refere à percepção e à discriminação auditiva, o que traz transtornos à compreensão da linguagem. 
Apesar das dificuldades que se apresentam, como salas superlotadas e falta de formação adequada para lidar com estes educandos, estes profissionais demonstravam interesse e se preocupavam com a situação, desejando fazer o melhor para ajudar o aluno surdo e vê-lo desenvolver-se como os demais ouvintes.
2.4 O EDUCADOR E AS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS COM EDUCANDOS COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS AUDITIVAS
Um requisito para que a inclusão educacional ocorra de forma satisfatória, é o educador ser criativo, buscar cada vez mais conhecimentos, ampliando seu repertório de ações e recursos para satisfazer as diferentes necessidades que advém da diversidade de pessoas inseridas numa sala de aula, porque nem sempre é possível atender as especificidades inerentes a cada aluno seja ele com ou sem deficiência. Afinal, um professor predisposto à docência não consegue se acomodar com as coisas prontas e resolvidas, ele se incomoda diante de um desafio, de algo que exige dele um maior empenho e compromisso.
Para Mantoan,
Diante da inclusão educacional de educandos com necessidadesespeciais é essencial que o educador busque inovar-se, adquirir sempre mais conhecimento, pois todo o conhecimento que viermos a adquirir no dia a dia no contexto da educação inclusiva em sala de aula no atendimento a essas crianças será sempre pouco, porque todos os dias estaremos nos reciclando. (MANTOAN, 2005, p. 66).
Segundo Mantoan entende-se que é importante que se verifique ainda se na prática existem condições necessárias de aprendizagem, atendimento apropriado para o desenvolvimento integral de potencialidades e habilidades na escolarização dos alunos e, principalmente, se a inclusão propicia a aprendizagem. A escola deve atuar como facilitadora da comunicação e da difusão de informações sobre deficiência, visando a estimular a inclusão social, a melhoria da qualidade de vida e o exercício da cidadania das pessoas com deficiência.
Sabe-se que muitos educadores ainda não têm formação adequada para lidar com as diferenças em sala de aula e que também não dispõem de condições subjetivas para dar conta da classe e, ao mesmo tempo atender uma criança com deficiência, junto com os demais, que, algumas vezes, lhe solicita atenção e perturba o ambiente de sala de aula, se torna algo do registro do impossível para determinado educador.
Sendo assim, torna-se necessário priorizar a qualidade do ensino regular é, pois, um desafio que precisa ser assumido por todos os educadores. Nesta concepção Mantoan diz que:
Com o ingresso de educandos com necessidades especiais nas escolas, muitos professores estão tendo que rever procedimentos antigos e preparar-se para o novo da mesma forma que os pais e os educandos, os educadores ficam ansiosos e confusos, sobretudo no momento inicial (MANTOAN, 2005, p. 62).
Dessa forma compreende-se que é preciso realmente reverter à exclusão e também redimensionar o trabalho pedagógico. As diferenças precisam ser trabalhadas para que haja um convívio harmonioso entre educadores e educandos, assim será possível fazer da escola um campo de conhecimentos tanto para educandos como para os educadores. Mas o que é preciso entender, é se esses educandos com necessidades especiais, estarão felizes em um lugar que não se traduz a sua realidade.
Assim, entende-se que a escola não é apenas um espaço social de emancipação ou libertador, mas também é um cenário de socialização demudança. A prática do currículo é geralmente acentuada na vida dos alunos estando associada às mensagens de natureza afetiva e as atitudes e valores. O currículo educativo representa a composição dos conhecimentos e valores que caracterizam um processo social.
Para Santana, 
Ele é proposto pelo trabalho pedagógico nas escolas. É preciso que a escola deixe de ser mero executor de currículos e programas determinados, para se transformar em responsável pela escolha de atividades, conteúdos ou experiências mais adequadas ao desenvolvimento das capacidades fundamentais dos alunos, considerando suas potencialidades e necessidades.(SANTANA, 2007, p. 18).
Partindo do princípio de que a educação é um direito de todos, o atendimento educacional às pessoas com necessidades especiais, em ambiente escolar comum ou em grupos especializados, está assegurado na Constituição Brasileira. Deve-se ressaltar que a inclusão não se refere somente às pessoas com alguma deficiência, mas a todas que se encontram em situação de risco, discriminação e exclusão; em suma, sejam, de alguma forma diferentes. 
Em relação ao direito à diferença, vários autores já se manifestaram entre os quais citamos Santana (2007, p. 18) “temos o direito de sermos iguais, quando a diferença nos inferioriza; temos o direito de sermos diferentes, quando a igualdade descaracteriza”. Santana diz que:
A ampliação das oportunidades de formação dos profissionais da educação para a inclusão, o uso de novas abordagens pedagógicas, o investimento na educação infantil, o conhecimento do percurso educacional dos alunos e a construção de políticas de atenção às diferenças no ensino regular provocam um impacto significativo sobre a qualidade da educação. (SANTANA, 2007, p. 18).
As escolas podem avançar no desenvolvimento de uma pedagogia centrada no educando enfatizando a responsabilidade dos educadores em ensinar as crianças com ou sem deficiência a partir da desconstituição do discurso da deficiência que envolve uma proposta de escola que não é capaz de beneficiar todos os alunos. 
Santana (2007, p. 19) diz ainda que “a ação pedagógica da deve respeitar todas as particularidades do aluno, pois cada um é único em suas características, que dependem de uma série de fatores dos aspectos de desenvolvimento físico e sócio emocional”. Apesar de suas necessidades de aprendizagem acadêmica, os alunos nas diferentes áreas de abrangência da Educação Especial trazem conhecimentos de vida bastante valiosos, que precisam ser respeitados e valorizados. Assim, os professores devem acreditar na potencialidade deste aluno, estimulando a busca pelo conhecimento acadêmico, e intervindo positivamente no desenvolvimento de suas habilidades cognitivas e adaptativas, propondo um plano de intervenção pedagógica individualizado.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Sendo que a forma de conduzir ou selecionar os interesses para o aprendizado depende muito da visão que se tem das relações com o mundo. Pois infelizmente vivenciam-se comportamentos, atitudes e valores que insistem em diferenciá-los.A inclusão deve ocorrer, ainda que existam desafios, com garantia de oportunidades ao aluno Surdos iguais aos do aluno ouvinte.
Em relação à inclusão dos educandos com necessidades especiais auditivas no Ensino Regular devem contemplar mudanças no sistema educacional e uma adaptação no currículo, com alterações nas formas de ensino, metodologias adequadas e avaliação que condiz com as necessidades desses educandos; requer também elaboração de trabalhos que promovam à interação em grupos na sala de aula e espaço físico adequado a circulação de todos.
A inclusão é uma possibilidade que se abre para o aperfeiçoamento da educação escolar e para o benefício de todos os alunos com e sem deficiência, depende, contudo, de uma disponibilidade interna para enfrentar as inovações e, essa condição não é comum aos sistemas educacionais e todos osalunos têm o direito de frequentar a escola regular, onde toda diversidade deve ser valorizada, e a construção de aprendizagem deve ser oferecida a todos, no mesmo espaço escolar com oportunidades iguais.
A escola precisa implementar ações que tenham sentido para todos os alunos e que esse sentido possa ser compartilhado com os alunos surdos. A partir da proposta de inclusão escolar de crianças surdas, a apropriação da LIBRAS merece atenção especial no intuito de que sejam oferecidas oportunidades e favorecida sua inserção nos currículos em todos os níveis do sistema educacional.
Considera-se que a escola não é apenas um espaço social de emancipação ou libertador, mas também é um cenário de socialização demudança. A prática do currículo é geralmente acentuada na vida dos alunos estando associada às mensagens de natureza afetiva e as atitudes e valores. O currículo educativo representa a composição dos conhecimentos e valores que caracterizam um processo social.Considera-se finalmente que, na educação inclusiva não se espera que o educando com necessidades especiais se adapte à escola, mas que esta se transforme de forma a possibilitar a inserção doeducando.
REFERÊNCIAS
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