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Lei de introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB)

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Lei de introdução às Normas do Direito Brasileiro
(LINDB)
1. Noções Gerais
Características:
É uma lei que regula as outras leis, direito sobre direito.
É uma lei anexa, que visa facilitar não apenas sua interpretação, mas também a aplicação de todo o ordenamento nacional.
A LINDB disciplina os seguintes conteúdos
Vigência e eficácia das normas jurídicas.
Conflitos da lei no tempo.
Critérios de hermenêutica jurídica (interpretação).
Critérios de integração do ordenamento jurídico.
Normas de direito internacional publico e privado.
2. Validade, vigência e eficácia da lei.
a) Validade – Norma deve ser produzida por autoridade legítima, competente, e respeitando os trâmites legais preestabelecidos.
Validade Material – Diz respeito ao conteúdo regulado.
Validade formal – Refere-se à competência de quem elabora.
b) Vigência – Refere-se ao intervalo de tempo em que a norma jurídica está legalmente autorizada a produzir seus efeitos.
45 dias, em todo pais, depois de oficialmente publicada.
3 meses, nos estados estrangeiros, quando admitida.
Vacatio Legis – Prazo entra a publicação e a entrada em vigor da lei.
A Lei não pode ser aplicada.
Caso haja erros ortográficos ou gramaticais que exijam a republicação da lei, o prazo de vacatio legis recomeçará da data da nova publicação.
c) Eficácia ou efetividade – Refere-se aos efeitos ou consequências de uma nova regra jurídica.
3. Obrigatoriedade das leis.
A LINDB positiva o “principio da inescusabilidade da lei” – “Ninguém pode se escusar de cumprir a lei, alegando que não a conhece.” – LIND, art 3°
4. Revogação
Revogar é um ato de tornar uma norma sem efeito, retirando sua obrigatoriedade.
Art 2° “Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue”.
§ 1° “A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matérias de que tratava a lei anterior”.
§ 2° “ A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior”.
§ 3° “Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência”.
Quanto à sua extensão
Ab-rogação – Revogação total – substituição pela lei nova.
Derrogação – Revogação parcial – apenas parte da lei anterior é revogada.
5. Antinomia
Quando uma norma entra em conflito com outra.
Critérios para solução de antinomia:
Hierárquico – A norma de hierarquia superior deve prevalecer.
Especialidade – Lei Geral não revoga Lei Especial.
Cronológico - Norma que entrar em vigor posterior revogará a norma anterior.
Antinomia real – Quando não houver critérios na ordem jurídica para solução de conflito normativo. O juiz deverá buscar uma resposta por meio da interpretação corretiva.
“O juiz não se exime de sentenciar ou despachar alegando lacunas ou obscuridade da lei. No julgamento deve caber-lhe á aplicar as normas legais; não havendo, recorrerá a analogia, costumes e os princípios gerais do direito” – Venosa
6. Conflitos da lei no espaço
Princípios da territoriedade moderna
Não se aplicam leis, sentenças ou atos estrangeiros no Brasil quando ofenderem a soberania nacional, a ordem pública e os bons costumes.
Não se cumprirá sentença estrangeira no Brasil sem exequatur, ou seja, a permissão dada pelo STF para que a sentença tenha efeito. (CF, art. 105, I, “i”)
7. Conflitos da lei no tempo
Ocorre quando a lei é modificada por outra e já se haviam formado relações jurídicas na vigência da lei anterior.
Critérios para solução do conflito
Disposições transitórias – São elaborados pelo próprio legislador no próprio texto normativo.
Irretroatividade das normas – Ocorre quando a lei não se aplica às situações constituídas anteriormente.
Retroatividade
A irretroatividade é a regra, mas admite-se retroatividade em determinados casos (exceção).
A Retroatividade não pode prejudicar – LINDB, art 6°
Ato Jurídico Perfeito – É o já consumado segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou.
Direito Adquirido – É o que já se incorporou definitivamente ao patrimônio e à personalidade de seu titular.
Coisa julgada – Decisão Judicial de que já não caibam recursos. – Transito Julgado. 
8. Interpretação das Normas Jurídicas 
Hermenêutica é a ciência da interpretação das leis.
a) Quanto à fonte/origem
Autêntica - O legislador reconhece a ambiguidade da norma, vota uma nova lei, destinada a esclareces a sua intenção.
Judicial – É dada pelos juízes e tribunais, no caso concreto que lhes for colocado à apreciação.
Doutrinaria – É aquela dada pelos estudiosos do Direito.
b) Quanto aos métodos/meios
Gramatical/Literal – Utiliza análise sintática, semântica ou ortográfica das palavras.
Lógica/racional – Busca-se por critérios lógicos a intenção do legislador.
Sistemática – Considera o sistema em que se insere a norma relacionando-a com outras concernentes ao mesmo objeto, de modo a ser obter uma análise contextual.
Sociológica - procura verificar a finalidade da norma levando em consideração os fins sociais a que se destina e as exigências do bem comum.
Histórica – procura verificar o contexto histórico do período de elaboração da norma.
c) Quando ao resultado
Declarativa – Quando proclama que o texto legal corresponde ao pensamento do legislador.
Extensiva – O texto da norma diz menos do que pretendia o legislador, de modo que o interprete estende seu alcance.
Restritiva – A norma disse mais do que pretendia o legislador, de modo que o interprete reduz seu alcance.
9. Aplicação das Normas Jurídicas
a) Subsunção – Ocorre quando o fato ocorrido no mundo real se enquadra perfeitamente à hipótese abstrata prevista na norma.
b) Integração – O juiz deve se utilizar de mecanismos do próprio direito (analogia, costumes, princípios) para oferecer uma solução ao caso concreto.
10. Integração da Lei.
a) Analogia – 1° Critério que deve ser utilizado.
Analogia legis – Aplicação de uma norma jurídica existente semelhante ao caso concreto.
Analogia júris – Decorre de situação extraída de um conjunto de normas que regulam casos similares.
b) Costumes
Secundum Legem – Quando se acha expressamente referido na lei.
Praeter Legem – Quando se destina a suprir a lei nos casos omissos.
Contra legem – Quando contrária a lei.
c) Princípios gerais de direito – Regras que se encontram na consciência dos povos e são universalmente aceitas.
11. Classificação das Leis
Leis Gerais – São leis que disciplinam um número indeterminado de pessoas e atingem uma grande situação genérica. Exemplo: o Código Civil Brasileiro.
Leis Especiais – São as leis que regulam matérias com critérios particulares, diversos das leis gerais. Exemplo: A Lei do Inquilino.
Leis Expecionais – É aquela para vigorar em épocas especiais ou anormais, como guerra,calamidades, etc. É aprovada para vigorar enquanto pendura o período expecional.
Lei Singular – É a norma jurídica que incide sobre uma única pessoa, ou sobre um número restrito de pessoas, como por exemplo, as leis que define os crimes de responsabilidade do Presidente da Republica.
Segundo sua força obrigatória, as leis são cogentes e dispositivas.
Cogentes – São as normas que impõem por si mesmas, ficando excluindo qualquer arbitro individual. Ex: testemunhas para testamento.
Dispositivas - Impõem- se supletivamente as partes. Cabe os interessados valerem-se deles ou não.

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