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DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO I Prof. Eduardo Sabbag e Thatiane Piscitelli Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 1 Princípios: 150, 151 e 152 .......................................................................................................................... 11 Limitações constitucionais ao poder de tributar. ................................................................................... 11 Para o STF, os princípios tributários não podem ser desafiados por Emenda Constitucional, destacando-se como “garantia individual do contribuinte” (ADI 939-7, de 1.993). CESPE/UNB & FGV. Tratou do Princípio da Anterioridade Tributária. ....................................................................................................................... 12 1.1 Princípio da Legalidade Tributária: CF 150, I; CTN 97 ............................................................... 12 Pessoas Políticas (U, E, DF e M) só podem criar & aumentar tributo por meio de Lei Ordinária. ..... 12 Vetor axiológico: segurança jurídica. ................................................................................................. 12 4 tributos federais dependem de lei complementar: ........................................................................ 13 • Imposto sobre Grandes Fortunas Impostos ...................................................................... 13 • Imposto Residual Competência Residual ..................................................................... 13 • Contribuição Social – Previdenciária Residual ...................................................................... 13 • Empréstimo Compulsório ..................................................................................................... 13 Este princípio pode ser atenuado/mitigado (CF 153, § 1º)? O Poder Executivo pode apitar na matéria? ........................................................................................................................................................... 13 • ........................................................................................................................................... O Poder Executivo pode alterar ALÍQUOTAS de certos tributos:...................................................... 13 DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO I Prof. Eduardo Sabbag e Thatiane Piscitelli Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 2 • •II ...................................................................................................................................... 13 • •IE ..................................................................................................................................... 13 • •IPI .................................................................................................................................... 13 • •IOF .................................................................................................................................. 13 Emenda Constitucional 33/2001 incluiu mais 2 tributos nesta lista: ............................................ 14 • •CIDE-Combustível (CF 177, § 4º, I, b).............................................................................. 14 - reduzir ................................................................................................................................ 15 - restabelecer ........................................................................................................................ 15 * Aumentar: só por lei. ......................................................................................................... 15 • •ICMS-Combustível (CF 155, § 4º, IV, c) ........................................................................... 16 - reduzir ................................................................................................................................ 16 - restabelecer ........................................................................................................................ 16 * Aumentar: só por lei. ......................................................................................................... 16 Errado: Todas as mitigações do Princípio da Legalidade são impostos. Exceção: CIDE-combustíveis.17 Errado: Todas as mitigações do Princípio da Legalidade são tributos Federais. Exceção: ICMS-Combustível. ........................................................................................................................................................... 17 É possível que o Princípio receba a seguinte terminologia: Reserva Legal, Estrita Legalidade ou Tipicidade Fechada (Cerrada ou Regrada) .......................................................................................................... 17 DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO I Prof. Eduardo Sabbag e Thatiane Piscitelli Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 3 A matéria é tratada no art. 97 do CTN, indicando que a lei tributária é estrutura tificante, contendo elementos “numerus clausus”: .......................................................................................................... 17 • Alíquota ................................................................................................................................ 17 • Base de Cálculo ..................................................................................................................... 17 • Multa .................................................................................................................................... 17 • Sujeito Passivo ...................................................................................................................... 17 • Fato Gerador ......................................................................................................................... 17 Art. 97, § 1º e § 2º: a base de cálculo do Tributo pode ser alterada por ato do Poder Executivo, desde que se respeitem índices oficiais de correção monetária do período, ou seja, que se trate de inequívoca e MERA atualização. O aumento depende de lei. ................................................................................ 19 O PE só pode promover atualização da base de cálculo. Não pode aumentar. Só a lei poderá aumentá-lo. ........................................................................................................................................................... 19 1.1.1 O Princípio da Legalidade e a EC 32/2001 ........................................................................ 19 Tal EC, colocando em xeque a segurança jurídica do princípio da legalidade, previu que a MP pode aumentar e criar imposto no Brasil. .............................................................................................. 20 • ........................................................................................................................................... A doutrina critica, mas o STF aceita (inclusive, antes da emenda). .................................................. 20 • ........................................................................................................................................... MP aumenta o IR. ................................................................................................................................ 20 Perguntas: ......................................................................................... Erro! Indicador não definido. • 1)Todos os tributos podem ser criados ou majorados por MP? ...................................... 20 DIREITO TRIBUTÁRIOINTENSIVO I Prof. Eduardo Sabbag e Thatiane Piscitelli Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 4 R.: Imposto............................................................................................................................ 20 Tributos objetos de Lei Complementar NÃO podem ser criados/aumentados por MP:...... 21 • •Imposto sobre Grandes Fortunas Impostos ........................ Erro! Indicador não definido. • •Imposto Residual Competência Residual ........................ Erro! Indicador não definido. • •Contribuição Social – Previdenciária Residual ........................ Erro! Indicador não definido. • •Empréstimo Compulsório ....................................................... Erro! Indicador não definido. • 2)Pode uma MP criar/aumentar imposto não federal? ................................................... 23 1.2 Princípio da Anterioridade Tributária: CF 150, III, “b” e “c” ..................................................... 23 1.2.1 Anterioridade Anual ......................................................................................................... 24 A eficácia da lei majoradora/criadora do tributo fica adiada para o 1º/janeiro do ano seguinte. 24 1.2.2 Anterioridade Nonagesimal/Privilegiada ......................................................................... 24 A eficácia da lei fica adiada para o 91º dia a partir da publicação da lei....................................... 25 Este princípio proíbe a “tributação de surpresa”, ratificando a segurança jurídica. ..................... 25 “Portanto, a anualidade não encontra respaldo no hodierno sistema constitucional tributário brasileiro.” ......................................................................................... Erro! Indicador não definido. O princípio da anterioridade é para proteger o contribuinte, não para proteger o Estado. Se a lei reduzir o tributo, não haverá incidência do princípio da Anterioridade. .................................................. 27 1.2.3 Exceções ao Princípio da Anterioridade ........................................................................... 27 1º Confronto das listas: Quais são os tributos de pronta incidência? Incidência imediata: ......... 33 DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO I Prof. Eduardo Sabbag e Thatiane Piscitelli Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 5 • •II ...................................................................................................................................... 33 • •IE ..................................................................................................................................... 33 • •IOF .................................................................................................................................. 33 • •Imposto Extraordinário .................................................................................................. 33 • •Empréstimo Compulsório ............................................................................................... 33 o Calamidade Pública ...................................................................................................... 33 o Guerra .......................................................................................................................... 33 2º Confronto: E quanto ao IPI?...................................................................................................... 33 A regra, a partir de 2004, é que o IPI majorado será pago depois de 90 dias. ......................... 33 OBS: A mesma resposta vale para CIDE-Combustível e ICMS-Combustível. ............................ 34 3º Confronto:................................................................................................................................. 34 • •IR ..................................................................................................................................... 34 • •Alterações na BC de ........................................................................................................ 34 o IPTU .............................................................................................................................. 34 o IPVA .............................................................................................................................. 34 IR e Alterações da BC de IPTU/IPVA terão a lei incidindo em 1º/janeiro. ................... 35 1.3 Princípio da Isonomia Tributária ............................................................................................... 36 A isonomia é relativa, não absoluta: tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais. ..... 37 DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO I Prof. Eduardo Sabbag e Thatiane Piscitelli Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 6 Vetor axiológico – justiça fiscal / justiça distributiva ......................................................................... 38 Iguais: interpretação objetiva do fato gerador – privilegia os aspectos econômicos. CTN 118. ....... 39 “Pecunia non olet” ............................................................................................................................. 40 Capacidade Tributária: CTN 126 ........................................................................................................ 42 1.4 Princípio da Capacidade Contributiva / Princípio da Personalização dos Impostos: ................ 44 Art. 145, § 1º - Sempre que possível, os IMPOSTOS***STF terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte. .............................. 44 1.4.1 Menção a “impostos” ....................................................................................................... 45 • -Letra da CF: Impostos ......................................................................................................... 45 • -STF: outros Tributos, ex. Taxas ........................................................................................... 45 1.4.2 “Sempre que possível” ..................................................................................................... 45 O Princípio da Capacidade Contributiva será realizado por meios de exteriorização, que se mostram por técnicas de incidência de alíquotas: .................................................................................................. 46 • -progressividade, ................................................................................................................. 46 • -proporcionalidade, ............................................................................................................. 46 • -seletividade, ....................................................................................................................... 46 • -entre outras. ....................................................................................................................... 46 1.4.3 Progressividade ................................................................................................................ 46 DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO I Prof. Eduardo Sabbag e Thatiane Piscitelli Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 7 Palavra-chave: Alíquotas diferenciadas.........................................................................................46 3 impostos progressivos com previsão explícita na CF: ................................................................ 47 • •IR – CF 153, § 2º, I ........................................................................................................... 47 3 critérios informadores do IR: ............................................................................................. 47 � Generalidade, .......................................................................................................... 47 � Universalidade (não é Uniformidade) e .................................................................. 47 � Progressividade ....................................................................................................... 47 • •IPTU – CF 182, § 4º, c/c 156, § 1º, I e II .......................................................................... 48 • •ITR – CF 153, § 4º, I ......................................................................................................... 48 1.4.4 Proporcionalidade ............................................................................................................ 49 1.4.5 Seletividade ...................................................................................................................... 50 • �ICMS – CF 155, § 2º, III....................................................................................................... 51 Seletividade Facultativa ............................................................................................................ 51 • �IPI – CF 153, § 3º, I ............................................................................................................. 51 Seletividade Obrigatória ........................................................................................................... 51 1.5 Princípio da Irretroatividade Tributária .................................................................................... 52 Anterioridade significa Eficácia da lei. ............................................................................................... 53 Irretroatividade significa Vigência da lei. ........................................................................................... 53 DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO I Prof. Eduardo Sabbag e Thatiane Piscitelli Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 8 Princípios Constitucionais ...................................................................................................................... 55 Princípio da Irretroatividade da lei tributária .................................................................................... 55 Art. 150, III, a, CF ............................................................................................................................ 55 Art. 106: 2 blocos de exceções à irretroatividade ...................................................................... 56 1º bloco: lei expressamente interpretativa .............................................................................. 56 2º bloco: retroatividade para beneficiar o sujeito passivo – ato em aberto ....................... 56 Art. 144, p. 1º - Sigilo Bancário ..................................................................................................... 58 STJ ................................................................................................................................................ 61 Retroatividade da LC 105/2001 ........................................................................................... 61 STJ: “LC 105 pode retroagir”. ............................................................................................... 61 Fundamento: art. 144, p. 1º, CTN ........................................................................................ 61 STF ............................................................................................................................................... 61 Constitucionalidade da LC 105: a questão é a Possibilidade de quebra SEM autorização judicial. .................................................................................................................................................................... 61 ADIs – não há nenhuma decisão. ........................................................................................ 61 REs ........................................................................................................................................... 61 Irretroatividade e IR ........................................................................................................................ 65 Súmula 584, STF ........................................................................................................................ 65 Imunidade ................................................................................................................................................. 69 DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO I Prof. Eduardo Sabbag e Thatiane Piscitelli Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 9 1. 1. Alínea “a”: Imunidade Recíproca ...................................................................................... 71 2. Alínea “b”: Imunidade dos Templos de Qualquer Culto ........................................................ 79 3. Alínea “c”: ..................................................................................................................................... 81 Imunidade de Partidos Políticos, ...................................................................................................... 81 Entidades Sindicais de Trabalhadores, ........................................................................................... 81 Entidades de Educação e de Assistência Social, sem fins lucrativos ......................................... 81 4. Alínea “d”: Imunidade dos Templos de Qualquer Culto ........................................................ 88 Súmula 724 .............................................................................................................................................. 87 Súmula 730 .............................................................................................................................................. 88 Sistema Tributário Nacional ....................................................................................................................... 92 1. Conceito de Tributo ....................................................................................................................... 92 2. Quantos são os tributos no Brasil? ................................................................................................ 97 Impostos .......................................................................................................................................... 102 III - propriedade de veículos automotores. ....................................................................................... 105 Súmula 418, STF antigo ..................................................................................................................... 113 Súmula 670 ............................................................................................................................................ 122 DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO I Prof. Eduardo Sabbag e Thatiane Piscitelli Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 10 � Direito Tributário na CF. 50% da prova - Arts. 145 a 162. São só 17 artigos!!! � Direito Tributário no CTN. - 50% da prova. � PRINCÍPIOS(aulas 1 e 2) � IMUNIDADES (aula 3) � TRIBUTOS (aulas 4 e 5) DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO I Prof. Eduardo Sabbag e Thatiane Piscitelli Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 11 O poder de tributar sofre regramentos pelos princípios. O princípio tributário baliza a tributação, permitindo que ela seja considerada constitucional ou inconstitucional. A sentença é, basicamente, principiológica. DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO I Prof. Eduardo Sabbag e Thatiane Piscitelli Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 12 Para o STF, os princípios tributários não podem ser desafiados por Emenda Constitucional, destacando-se como “garantia individual do contribuinte” (ADI 939-7, de 1.993). CESPE/UNB & FGV. Tratou do Princípio da Anterioridade Tributária. Pessoas Políticas (União, Estados, DF e Municípios) só podem criar & aumentar tributo por meio de Lei Ordinária. Seção II DAS LIMITAÇÕES DO PODER DE TRIBUTAR Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça; Deve ser produto de elaboração do Poder Legislativo: “o povo tributando a si mesmo”, Pontes de Miranda. DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO I Prof. Eduardo Sabbag e Thatiane Piscitelli Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 13 Poder Executivo não pode tratar da matéria. Lei Complementar é hábil a criar ou aumentar tributo. Menção expressa na Constituição Federal. Quatro tributos federais dependem de Lei Complementar: • Imposto sobre Grandes Fortunas Impostos • Imposto Residual Competência Residual • Contribuição Social – Previdenciária Residual • Empréstimo Compulsório Este princípio pode ser atenuado/mitigado (CF 153, § 1º)? O Poder Executivo pode apitar na matéria? O Poder Executivo pode alterar ALÍQUOTAS de certos tributos: DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO I Prof. Eduardo Sabbag e Thatiane Piscitelli Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 14 Algumas bancas chamam de EXCEÇÃO. Sabbag fala que é MITIGAÇÃO. O Presidente da República pode alterar as alíquotas do II, IE, IPI e IOF. Art. 153, § 1º - É facultado ao Poder Executivo, atendidas as condições e os limites estabelecidos em lei, alterar as alíquotas dos impostos enumerados nos incisos I, II, IV e V. Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: I - importação de produtos estrangeiros; II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados; IV - produtos industrializados; V - operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários; Isso é elementar. Emenda Constitucional 33/2001 incluiu mais dois tributos nesta lista: DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO I Prof. Eduardo Sabbag e Thatiane Piscitelli Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 15 É uma contribuição, não é imposto, diferente das quatro primeiras exceções. Até agora, quatro Impostos Federais e uma Contribuição Federal. CF 177, § 4º A lei que instituir contribuição de intervenção no domínio econômico relativa às atividades de importação ou comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados e álcool combustível deverá atender aos seguintes requisitos: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) I - a alíquota da contribuição poderá ser: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) b) reduzida e restabelecida [NÃO pode ser aumentada] por ato do Poder Executivo, não se lhe aplicando o disposto no art. 150,III, b [P. da Anterioridade do Exercício]; DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO I Prof. Eduardo Sabbag e Thatiane Piscitelli Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 16 Pode ser reduzida ou restabelecida sem LEI pelo PE (Presidente da República) Não pode ser aumentada sem lei (pelo PE) Submete-se ao princípio da anterioridade 90 Não se submete ao princípio da anterioridade do exercício - Ato do Poder Executivo Estadual Art. 155, § 4º Na hipótese do inciso XII, h, observar-se-á o seguinte: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) IV - as alíquotas do imposto serão definidas mediante deliberação dos Estados e Distrito Federal, nos termos do § 2º, XII, g, observando-se o seguinte: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO I Prof. Eduardo Sabbag e Thatiane Piscitelli Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 17 c) poderão ser reduzidas e restabelecidas, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, b.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) Errado: Todas as mitigações do Princípio da Legalidade são impostos. Exceção: CIDE-combustíveis. Errado: Todas as mitigações do Princípio da Legalidade são tributos Federais. Exceção: ICMS-Combustível. É possível que o Princípio receba a seguinte terminologia: Reserva Legal, Estrita Legalidade ou Tipicidade Fechada (Cerrada ou Regrada) A matéria é tratada no art. 97 do CTN, indicando que a lei tributária é estrutura tificante, contendo elementos “numerus clausus”: � Alíquota � Base de Cálculo � Multa � Sujeito Passivo � Fato Gerador DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO I Prof. Eduardo Sabbag e Thatiane Piscitelli Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 18 SEÇÃO II Leis, Tratados e Convenções Internacionais e Decretos Art. 97. Somente a lei pode estabelecer: I - a instituição de tributos, ou a sua extinção; II - a majoração de tributos, ou sua redução, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65; III - a definição do fato gerador da obrigação tributária principal, ressalvado o disposto no inciso I do § 3º do artigo 52, e do seu sujeito passivo; IV - a fixação de alíquota do tributo e da sua base de cálculo, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65; V - a cominação de penalidades para as ações ou omissões contrárias a seus dispositivos, ou para outras infrações nela definidas; VI - as hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de créditos tributários, ou de dispensa ou redução de penalidades. § 1º Equipara-se à majoração do tributo a modificação da sua , que importe em torná-lo . base de cálculo mais oneroso DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO I Prof. Eduardo Sabbag e Thatiane Piscitelli Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 19 § 2º Não constitui majoração de tributo, para os fins do disposto no inciso II deste artigo, a atualização do valor monetário da respectiva base de cálculo. Art. 97, § 1º e § 2º: a base de cálculo do Tributo pode ser alterada por ato do Poder Executivo, desde que se respeitem índices oficiais de correção monetária do período, ou seja, que se trate de inequívoca e MERA atualização. O aumentodepende de lei. SÚMULA: 160, STJ É defeso, ao município, atualizar o IPTU, mediante decreto, em percentual superior ao índice oficial de correção monetária. O Poder Executivo só pode promover atualização da base de cálculo. Não pode aumentar. Só a lei poderá aumentá-lo. O Poder Executivo pode criar tributo no Brasil! Destruímos o caderno! DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO I Prof. Eduardo Sabbag e Thatiane Piscitelli Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 20 O Poder Constituinte Derivado permitiu ao Poder Executivo criar tributo... Tal EC, colocando em xeque a segurança jurídica do princípio da legalidade, previu que a MP pode aumentar e criar imposto no Brasil. A doutrina critica, mas o STF aceita (inclusive, antes da emenda). MP aumenta o IR. Cadê a segurança jurídica?!?!? R.: Imposto. Tributo é gênero. Imposto é que pode ser mexido por MP! Segundo a CF, apenas o imposto será objeto de MP. Mostrar jurisprudência! Entretanto, o STF considera, há muito tempo, que a MP pode criar/aumentar tributo. DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO I Prof. Eduardo Sabbag e Thatiane Piscitelli Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 21 • Imposto sobre Grandes Fortunas Impostos • Imposto Residual Competência Residual • Contribuição Social – Previdenciária Residual • Empréstimo Compulsório Por fim, o Art. 62, § 1º, III, indica que matéria de LC não pode ser objeto de MP e qualquer ponto da CF que se refira a LC. Art. 62, § 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) matéria: III - reservada a lei complementar; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) Art. 62, § 2º Medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, exceto os previstos nos arts. 153, DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO I Prof. Eduardo Sabbag e Thatiane Piscitelli Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 22 Impostos que dispensam respeito ao princípio da anterioridade tributária: II, IE, IPI, IOF, I EXT I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele .(Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) em que foi editada Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: I - importação de produtos estrangeiros; II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados; III - renda e proventos de qualquer natureza; IV - produtos industrializados; V - operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários; VI - propriedade territorial rural; VII - grandes fortunas, nos termos de lei complementar. Art. 154. A União poderá instituir: I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição; II - na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO I Prof. Eduardo Sabbag e Thatiane Piscitelli Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 23 suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação. Para o STF, é possível que uma MP crie/aumente um imposto não federal, desde que faça a observância simétrica do processo legislativo federal (Princípio da Simetria). ADI 425/TO, 2002. ADI 2391/SC, 2006. Seção II DAS LIMITAÇÕES DO PODER DE TRIBUTAR Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: III - cobrar tributos: DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO I Prof. Eduardo Sabbag e Thatiane Piscitelli Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 24 Anterioridade Anual (de Exercício): b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou; Anterioridade Privilegiada ou Nonagesimal: c) antes de decorridos 90 dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) De 2004 em diante, passamos a ter duas anterioridades. (de Exercício): sempre existiu. EC 42/2003. A eficácia da lei majoradora/criadora do tributo fica adiada para o 1º/janeiro do ano seguinte. DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO I Prof. Eduardo Sabbag e Thatiane Piscitelli Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 25 A eficácia da lei fica adiada para o 91º dia a partir da publicação da lei. Este princípio proíbe a “tributação de surpresa”, ratificando a segurança jurídica. Diferir: adiar. Significa um princípio em que a eficácia foi adiada, diferida, protelada. Publicação e vigência: quase sempre, mesma data. Eficácia: após o transcurso de tempo das duas esperas. O não se confunde com o Este esteve presente na CF/46, condicionando a eficácia da lei tributária à prévia estipulação do fenômeno na Lei Orçamentária Anual. Nos textos constitucionais posteriores, o tema oscilou, desaparecendo a partir de 1969. DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO I Prof. Eduardo Sabbag e Thatiane Piscitelli Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 26 CESPE, TRF 4, PGE-SP 1) LEI PUBLICADA EM 15/12/2009. Incidência: Anterioridade anual (15/01/2010); Anterioridade Nonagesimal (15/03/2010). Escolher a maior data: 15/03/2010. Não será exatamente 15/03, mas, na verdade, 91º dia do dia 15/12/2009. 2) LEI PUBLICADA EM 10/AGOSTO/2009. Jogar a lei para 1/01 do ano seguinte: 01/01/2010. 15/11/2010. Existe um ponto, no calendário, a partir do qual DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO I Prof. Eduardo Sabbag e Thatiane Piscitelli Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 27 Regra: Caso o tributo seja criado/majorado entre janeiro e setembro (até 02/outubro), a incidência da lei ocorrerá em 1º/janeiro do ano seguinte. 1 só conta. 3) Se a lei for publicada entre 04/outubro e 31/dezembro, a data da incidência será posterior a 1º/janeiro, em razão do impacto dos 90 dias. 1 só conta. Taxa criada em 16/11/2010, pagarei daqui a 90 dias. 4) Lei que reduz tributo – pronta incidência – não há que se falar em Princípio da Anterioridade. O princípio da anterioridade é para proteger o contribuinte, não para proteger o Estado. Se a lei reduzir o tributo, não haverá incidência do princípio da Anterioridade. DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO I Prof. Eduardo Sabbag e Thatiane Piscitelli Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 28 Art.150, § 1º A vedação do inciso III, b, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, IV e V; e 154, II; e a vedação do inciso III, c, não se aplica aos tributos previstosnos arts. 148, I, 153, I, II, III e V; e 154, II, nem à fixação da base de cálculo dos impostos previstos nos arts. 155, III, e 156, I. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) Duas baitas listas de exceções. Decorar ou dançar! Duas listas – Duas regras: Ter na cabeça: DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO I Prof. Eduardo Sabbag e Thatiane Piscitelli Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 29 Imposto Extraordinário Empréstimo Compulsório de Guerra Externa e Calamidade Pública II IE IOF IPI CIDE Combustíveis ICMS Combustível Imposto Extraordinário Empréstimo Compulsório de Guerra Externa & Calamidade Pública II IE IOF IR Base de Cálculo do IPTU Base de Cálculo do IPVA DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO I Prof. Eduardo Sabbag e Thatiane Piscitelli Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 30 Imposto Extraordinário Empréstimo Compulsório de Guerra Externa & Calamidade Pública II IE IPI Alíquotas de Tributos alteráveis sem lei, pelo Poder Executivo - Extrafiscais IPI II IE IOF CIDE Combustível ICMS Combustível (único tributo não federal) – Convênio Interestadual (CONFAZ) IPI ICMS Combustível CIDE Combustível DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO I Prof. Eduardo Sabbag e Thatiane Piscitelli Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 31 IR Base de Cálculo IPTU Base de Cálculo IPVA EXCEÇÕES À ANTERIORIDADE ANUAL art. 150, § 1º, parte inicial EXCEÇÕES À ANTERIORIDADE NONAGESIMAL art. 150, § 1º, parte final IMPOSTO EXTRAORDINÁRIO (DE GUERRA) IMPOSTO EXTRAORDINÁRIO (DE GUERRA) EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO • CALAMIDADE PÚBLICA • GUERRA EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO • CALAMIDADE PÚBLICA • GUERRA Incidência Imediata DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO I Prof. Eduardo Sabbag e Thatiane Piscitelli Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 32 EXTERNA EXTERNA II II IE IE IOF IOF IPI IR (analisar este caso se é só BC) CIDE- COMBUSTÍVEL (EC 32/2001) EC 42/2003: ALTERAÇÕES na do • IPTU • IPVA ICMS- COMBUSTÍVEL (EC 32/2001) DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO I Prof. Eduardo Sabbag e Thatiane Piscitelli Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 33 II IE IOF IMPOSTO EXTRAORDINÁRIO EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO Calamidade Pública Guerra O IPI tinha incidência imediata até 2003. A partir de então, passou a sofrer incidência da Anterioridade Nonagesimal. A regra, a partir de 2004, é que o IPI majorado será pago depois de 90 dias. Questão comum dos concursos! DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO I Prof. Eduardo Sabbag e Thatiane Piscitelli Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 34 * Com relação ao decreto, é perfeitamente possível, porque é considerado uma mitigação ao princípio da legalidade. O problema é que não pode ser exigido imediatamente. Deve ser pago a partir de 90 dias. Não é exceção à Anterioridade Nonagesimal. OBS: A mesma resposta vale para CIDE-Combustível e ICMS- Combustível. IR ALTERAÇÕES NA BASE DE CÁLCULO DE IPTU IPVA Não estão na 1ª lista. Estão submetidos à regra da Anterioridade Anual. Sempre você vai jogar para 1º/janeiro. DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO I Prof. Eduardo Sabbag e Thatiane Piscitelli Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 35 Ex.: IR majorado em 20/12/2009, agosto, março. Incidência sempre em 1º/janeiro/2010. IR e Alterações da BC de IPTU/IPVA terão a lei incidindo em 1º/janeiro. Todos os tributos que não apareceram na tabela são regra, respeitam as duas anterioridades. Ex.: taxa, ITR, ISS, majoração da alíquota do IPVA e IPTU. O que não for exceção será regra: ISS, ITR, Taxa, ICMS, IPTU e IPVA (não precisa escrever alíquota, está subentendida – base de cálculo deve ser expressamente referida) – etc. Art. 195, § 6º - Contribuição Social Previdenciária – Anterioridade de 90 dias – Princípio da Anterioridade Especial (Anterioridade Mitigada). Anterioridade Nonagesimal. Analisar o nome da Anterioridade Nonagesimal, fruto da EC 42 e o do art. 195, § 6º. O mesmo nome para dois assuntos. No concurso, abordar os dois. DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO I Prof. Eduardo Sabbag e Thatiane Piscitelli Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 36 Art. 195, § 6º - As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas após decorridos 90 dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, "b". Isto significa inequívoca onerosidade (ex.: inclusão de sujeito passivo como devedor). A lei alterava (antecipava) a data de pagamento da contribuição – a segurança jurídica foi para o espaço! CASO CLÁSSICO: a alteração na data de pagamento da Contribuição Previdenciária não significa onerosidade suficiente para avocar a noventena. STF, Súmula nº 69 - A Constituição Estadual não pode estabelecer limite para o aumento de tributos municipais. O legislador é muito preocupado com esse princípio, principalmente por causa da agressão à isonomia no período ditatorial. DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO I Prof. Eduardo Sabbag e Thatiane Piscitelli Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 37 O Princípio da Isonomia está previsto genericamente no caput do artigo 5º da CF (Todos são iguais perante a lei). Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: Curiosamente, o inciso II do artigo 150 retoma a ideia, estatuindo pela negativa, o que foi proclamado afirmativamente naquele dispositivo (é vedado tratamento desigual aos contribuintes que se encontram em situação de equivalência). Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos; A isonomia é relativa, não absoluta: isso significa tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais. DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO I Prof. Eduardo Sabbag e Thatiane Piscitelli Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 38 O Princípio da Isonomia Tributária é conhecido como Princípio que proíbe os privilégios odiosos (favoritismos no IR, sobretudo entre 1967e 1969 – Ricardo...). VETOR AXIOLÓGICO – / JUSTIÇA FISCAL JUSTIÇA DISTRIBUTIVA Art. 150, II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente... À luz do art. 150, II, cabe-nos descobrir quem são os “iguais” e os “desiguais” na seara tributária. Os IGUAIS deverão ser detectados pela “ interpretação ”, que privilegia os objetiva do Fato Gerador (FG) aspectos econômicos do fato impunível (=gerador) em detrimento dos elementos externos a ele – ilicitude do ato, imoralidade do ato, imoralidade dos fatos, incapacidade civil do agente –; daí se falar que haverá normal tributação sobre a renda auferida por um bicheiro, por um traficante, da prática de DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO I Prof. Eduardo Sabbag e Thatiane Piscitelli Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 39 lenocínio (tráfico de mulheres com intuito de prostituição), renda oriunda da casa de prostituição etc. Iguais: interpretação objetiva do fato gerador – privilegia os aspectos econômicos. CTN 118. Art. 118. A definição legal do fato gerador é interpretada abstraindo-se (desconsiderando-se)***: I - da validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes, responsáveis, ou terceiros, bem como da natureza do seu objeto ou dos seus efeitos; II - dos efeitos dos fatos efetivamente ocorridos. *** O examinador sempre troca por “considerando-se”. ABSTRAI-SE: é uma análise objetiva. Se fossem considerados tais aspectos, a análise seria subjetiva. DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO I Prof. Eduardo Sabbag e Thatiane Piscitelli Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 40 A interpretação objetiva foi internalizada no CTN pelo artigo 118, que mostra que a definição do fato gerador é interpretada abstraindo-se da validade jurídica dos atos e dos efeitos dos fatos. Pode-se afirmar que tal dispositivo representa normativamente a máxima latina construída à época do Império Romano “pecunia non olet” (tributo não tem cheiro). QUESTÃO DISCURSIVA: “Discorra sobre a máxima ‘pecunia non olet’”. Tito (Filho) X Vespasiano (Imperador) The Urine Tax (Latin: vectigal urinae) was a tax levied by the Roman emperor Nero in the 1st century upon the distribution of urine. The lower classes of Roman society urinated into pots which were emptied into cesspools. The liquid was then collected from public latrines, where it was sold and served as the valuable raw material for a number of chemical processes: it was used in tanning, and also by launderers as a source of ammonia to clean and whiten woollen togas. The buyers of the urine paid the tax. DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO I Prof. Eduardo Sabbag e Thatiane Piscitelli Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 41 The tax was eventually discontinued, but it was re-enacted by Nero's successor Vespasian and applied to all public toilets within Rome's now famous Cloaca Maxima (great sewer) system. The Roman historians Suetonius and Dio Cassius report that when Vespasian's son Tituscomplained to him about the disgusting nature of the tax, his father held up a gold coin and told him, "Non olet! ("It doesn't stink!"). (Dio Cassius, Roman History, Book 65, chapter 14.) This phrase is still used today to show that the value of money is not tainted by its origins. Vespasian's name still attaches to public urinals in France (vespasiennes), Italy (vespasiani), and Romania (vespasiene). A hipótese de incidência e o fato gerador são sempre lícitos. Não existe hipótese de incidência e fato gerador ilícitos. O modo como se aufere renda, que ocorre no mundo fenomênico, pode ser ilícito, mas não interfere no fato gerador “auferir renda”. A interpretação deve ser objetiva. DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO I Prof. Eduardo Sabbag e Thatiane Piscitelli Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 42 NÃO, porque a ilicitude está na própria essência da hipótese de incidência, na própria “mercadoria”, diferentemente de auferir renda, que pode ser dissociada do modo como é obtida. SEÇÃO III Capacidade Tributária Art. 126. A capacidade tributária passiva INDEPENDE: I - da capacidade civil das pessoas naturais; É PLENA. Porque tributamos a partir do fato gerador, sem considerar aspectos externos. Nessa medida, a capacidade civil é irrelevante para o contexto tributário. Por isso, a tributação alcançará o menor, o recém nascido (CESPE – MP/Roraima 2008). DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO I Prof. Eduardo Sabbag e Thatiane Piscitelli Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 43 Art. 126. A capacidade tributária passiva INDEPENDE: II - de achar-se a pessoa natural sujeita a medidas que importem privação ou limitação do exercício de atividades civis, comerciais ou profissionais, ou da administração direta de seus bens ou negócios; INDEPENDE DE REGULARIDADE DA HABILITAÇÃO PROFISSIONAL. Caso a pessoa esteja sujeita a medidas restritivas do exercício de atividade profissional, isso será irrelevante para a tributação. Ex.: médico não habilitado que clinica. Art. 126. A capacidade tributária passiva INDEPENDE: III - de estar a pessoa jurídica regularmente constituída, bastando que configure uma unidade econômica ou profissional. INDEPENDE DE A PJ ESTAR FORMALMENTE CONSTITUÍDA. Caso a pessoa jurídica não esteja formalmente constituída, e tenha realizado fatos geradores, isso será suficiente para a tributação. DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO I Prof. Eduardo Sabbag e Thatiane Piscitelli Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 44 Ver sobre o monte Roraima. A exata compreensão do Princípio da Isonomia depende da análise do Princípio da Capacidade Contributiva (art. 145, § 1º), que se mostra como um corolário (conseqüência) da isonomia, desta se avizinhando. Art. 145, § 1º - Sempre que possível, os IMPOSTOS (***STF X Letra da CF) terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte. Note que o texto constitucional fala “sempre que possível”, e não “sempre”. DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO I Prof. Eduardo Sabbag e Thatiane Piscitelli Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 45 FGV pediu na prova do TJ/PA 2009 sobre o Princípio da Personalização dos Impostos. Dimensão restritiva para o tributo imposto. Segundo a CF, este comando só se refere a impostos, entretanto, duas menções merecem ser feitas. A CF/46 previa o termo tributos. Para o STF, este princípio pode alcançar outras espécies tributárias, além dos impostos. Ex.: possibilidade de associá-lo a Taxas. Analisar o que o examinador está perguntando. Se não fala nada, refere-se a impostos. Porém, ser falar “Segundo a jurisprudência do STF,...” - Letrada CF: Impostos - STF: outros Tributos, ex. Taxas A melhor interpretação é a de que este princípio deverá ser utilizado de acordo com as possibilidades técnicas de cada imposto, e não, como parece ser, como um regra do tudo ou nada. Assim, este DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO I Prof. Eduardo Sabbag e Thatiane Piscitelli Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 46 princípio se mostra como um mandado de otimização, sendo aplicado “na medida do possível”, diferentemente das regras. O Princípio da Capacidade Contributiva será realizado por meios de exteriorização, que se mostram por técnicas de incidência de alíquotas: PROGRESSIVIDADE, PROPORCIONALIDADE, SELETIVIDADE, ENTRE OUTRAS. Técnica que prevê alíquotas diferenciadas, que incidirão sobre datas-base de cálculo. Palavra-chave: Alíquotas diferenciadas. A progressividade tem previsão explícita na CF – STF. QUESTÃO OBJETIVA CLÁSSICA: DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO I Prof. Eduardo Sabbag e Thatiane Piscitelli Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 47 TRÊS IMPOSTOS PROGRESSIVOS com PREVISÃO EXPLÍCITA NA CF: IR é Geral, Universal e Progressivo � GENERALIDADE, � UNIVERSALIDADE (NÃO É UNIFORMIDADE) E � PROGRESSIVIDADE Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: III - renda e proventos de qualquer natureza; § 2º - O imposto previsto no inciso III: I - será informado pelos critérios da generalidade, da universalidade e da progressividade, na forma da lei; DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO I Prof. Eduardo Sabbag e Thatiane Piscitelli Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 48 EC 29/2000 Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre: I - propriedade predial e territorial urbana; § 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o art. 182, § 4º, inciso II, o imposto previsto no inciso I poderá: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000) I - ser progressivo em razão do valor do imóvel; e (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000) II - ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000) Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: VI - propriedade territorial rural; § 4º O imposto previsto no inciso VI do caput:(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO I Prof. Eduardo Sabbag e Thatiane Piscitelli Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 49 I - será progressivo e terá suas alíquotas fixadas de forma a desestimular a manutenção de propriedades improdutivas; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) O IPTU e o ITR progressivo visam a cumprir a função social da propriedade urbana e rural, o que denota forte potencialidade extra- fiscal nos 2 impostos. Assim, enquanto o IR tem progressividade fiscal, (FCC Concurso para Procurador ambos têm progressividade extra-fiscal do Tribunal de Contas). Técnica de incidência de alíquotas fixas, que deverão incidir sobre dadas bases de cálculo. Não tem previsão explícita na CF, o que significa dizer que os impostos proporcionais são os não progressivos. A maioria dos impostos brasileiros tem vocação proporcional, incidindo fortemente sobre o consumo (ICMS, IPI, etc). Isso provoca um incômodo colateral, pois “quem ganha mais, paga menos, e, quem ganha menos, paga mais” – PROGRESSIVIDADE ÀS AVESSAS. Trata-se de uma anomalia chamada REGRESSIVIDADE, indicadora de uma má gestão da nossa carga tributária. Conceito de “carga tributária” do CESPE: DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO I Prof. Eduardo Sabbag e Thatiane Piscitelli Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 50 Relação entre a totalidade de tributos pagos pela sociedade e o PIB (Fiscal Estadual do Acre 2009). Como mecanismo inibitório da regressividade, o legislador constituinte escolheu 2 impostos para serem seletivos. É uma técnica de incidência de alíquotas que variarão na razão: • Inversa da essencialidade do bem. Essencial Imposto Seletivo • Direta da superfluidade do bem Supérfluo Imposto Seletivo Também pode ser na razão direta da nocividade do bem. Ex.: bebidas e cigarros. Extremamente comum em concursos!!! DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO I Prof. Eduardo Sabbag e Thatiane Piscitelli Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 51 Seletividade Facultativa ..., simplesmente porque aparece a palavra “poderá”. Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) § 2.º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) III - poderá ser seletivo, em função da essencialidade das mercadorias e dos serviços; Seletividade Obrigatória Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO I Prof. Eduardo Sabbag e Thatiane Piscitelli Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 52 IV - produtos industrializados; § 3º - O imposto previsto no inciso IV: I - será seletivo, em função da essencialidade do produto; Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: III - cobrar tributos: a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado; P. da Irretroatividade Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada; DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO I Prof. Eduardo Sabbag e Thatiane Piscitelli Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 53 Anterioridade significa Eficácia da lei. Irretroatividade significa Vigência da lei. O Princípio da Irretroatividade Tributária significa que a lei deverá atingir fatos geradores a ela posteriores, ou seja, devendo conter vigência prospectiva, vale dizer que a lei tributária não poderá retroagir, sob pena de, desafiando a segurança jurídica, atacar o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada (art. 5º, XXXVI). A anterioridade refere-se à eficácia da lei, prevendo seu diferimento. A irretroatividade se atrela à vigência da lei. CESPE – PGE Alagoas 2009 & OAB 2007 Se a lei for silente quanto à data de vigência, devemos trabalhar comos 45 dias da vacatio legis: Ex.: lei 15/12/2009 – vigência 30/11/2010 – a lei passa a ser vocacionada a incidir, mas há a questão do diferimento da eficácia, que ocorrerá a partir de 15/03/2010, aproximadamente. DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO I Prof. Eduardo Sabbag e Thatiane Piscitelli Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 54 Art. 106, I e II – ver 144, § 1º Art. 144, § 1º, CTN Art. 144. O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada. § 1º Aplica-se ao lançamento a legislação que, posteriormente à ocorrência do fato gerador da obrigação, tenha instituído novos critérios de apuração ou processos de fiscalização, ampliado os poderes de investigação das autoridades administrativas, ou outorgado ao crédito maiores garantias ou privilégios, exceto, neste último caso, para o efeito de atribuir responsabilidade tributária a terceiros. DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO I Prof. Eduardo Sabbag e Thatiane Piscitelli Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 55 Art. 150, III, a, CF Determina que as leis tributárias só podem ser aplicadas para o futuro. Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: III - cobrar tributos: a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado; DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO I Prof. Eduardo Sabbag e Thatiane Piscitelli Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 56 LEI FATOS GERADORES FUTUROS existem casos de retroatividade da lei tributária, EXCEÇÕES – em que será aplicada a Fatos Geradores passados. Estes casos estão previstos no CTN 106 e 144. Art. 106: DOIS blocos de exceções à irretroatividade 1º BLOCO: lei expressamente interpretativa 2º BLOCO: retroatividade para beneficiar o sujeito passivo – ato em aberto Lei expressamente interpretativa pode retroagir. O que é uma lei expressamente interpretativa? É aquela cujo objetivo é apenas explicar uma lei anterior. Então, essa lei expressamente interpretativa não inova no ordenamento jurídico, não traz criação, nada de novo. Simplesmente interpreta uma lei anterior, diz o significado e como deve ser entendida a DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO I Prof. Eduardo Sabbag e Thatiane Piscitelli Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 57 lei anterior. Por ser explicativa de lei anterior, esse tipo de legislação pode retroagir. Por isso, pode ser aplicada a FG passados. Art. 106, I. Essa retroação só ficará vedada quando se trate de penalidades, porque há ônus para o Sujeito Passivo – a lei não retroagirá. Se houver penalidade por conta dessa interpretação, a lei não retroagirá. Art. 106. A lei aplica-se a ato ou fato pretérito: I - em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa, excluída a aplicação de penalidade à infração dos dispositivos interpretados; Casos em que a lei determina a extinção de uma infração ou uma lei que desqualifica um determinado ato como ilícito. Esta lei pode retroagir e o faz para beneficiar o Sujeito Passivo. Outra hipótese é a de uma lei que estabeleça uma penalidade mais benéfica. Esses casos dependem de uma condição. O ato que estabelece uma infração ou uma penalidade deve ser um ato em aberto, um ato que DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO I Prof. Eduardo Sabbag e Thatiane Piscitelli Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 58 ainda não tenha sido julgado pela Administração. Ex.: sujeito passivo tem o dever de entregar uma declaração, pois a não entrega é uma infração À lei tributária. O SP já foi processado pela Administração e tem um processo que corre contra ele por conta da não entrega da declaração. Se o processo acabou e tem decisão final, e no dia seguinte sai uma lei dizendo que não precisa mais entregar a declaração, a lei não retroagirá, porque não é mais aberto o ato. Ato em aberto: deve haver um processo ou procedimento em curso relativo à penalidade. Art. 106. A lei aplica-se a ato ou fato pretérito: II - tratando-se de ato não definitivamente julgado: a) quando deixe de defini-lo como infração; b) quando deixe de tratá-lo como contrário a qualquer exigência de ação ou omissão, desde que não tenha sido fraudulento e não tenha implicado em falta de pagamento de tributo; c) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei vigente ao tempo da sua prática. Quebra do sigilo bancário pela Administração. Ter em mente a cronologia abaixo: DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO I Prof. Eduardo Sabbag e Thatiane Piscitelli Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 59 � 1964 – Lei 4.595 – admitia a quebra de sigilo bancário pela Administração, com autorização judicial � 2001 – LC 105 revogou a lei 4.595/64 – disciplinou a quebra de sigilo pela Administração e disse que a quebra independe de autorização judicial. O que Administração precisa é apenas a existência de um processo ou procedimento administrativo e um motivo relevante para promover a quebra. � PROCESSO OU PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO e � MOTIVO RELEVANTE Imagine que um contribuinte tenha realizado o FG do IR em 2000 e não recolha o valor integral, sonegando. Imagine que em 2002 a Administração inicie a fiscalização desse fato gerador e, no curso da fiscalização, queira ter acesso à movimentação financeira. A Administração, em 2002, pode quebrar o DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO I Prof. Eduardo Sabbag e Thatiane Piscitelli Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 60 sigilo bancário para investigar FG de 2000? Pergunta importante porque a autorização para quebra só aparece em 2001. Segundo a redação literal do 144, p. 1º do CTN, sim, a Administração pode quebrar o sigilo, porque a LC 105 é uma lei procedimental, que apenas amplia os poderes de investigação e, ampliando-os, não tenho novo tributo, apenas mais armas da Administração para combater os sonegadores, as atribuições da Administração Tributária. Art. 144. O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada. *** PORÉM, § 1º Aplica-se ao lançamento a legislação que, posteriormente à ocorrência do fato gerador da obrigação, tenha instituído novos critérios de apuração ou processos de fiscalização, ampliado os poderes de investigação das autoridades administrativas, ou outorgado ao crédito maiores garantias ou privilégios, exceto, neste último caso, para o efeito de atribuir responsabilidade tributária a terceiros. § 2º O disposto neste artigo não se aplica aos impostos lançados por períodos certos de tempo, desde que a DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO I Prof. Eduardo Sabbag e Thatiane Piscitelli Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br61 respectiva lei fixe expressamente a data em que o fato gerador se considera ocorrido. Temos duas posturas importantes que Você deve lembrar: Retroatividade da LC 105/2001 STJ: “LC 105 pode retroagir”. Fundamento: art. 144, p. 1º, CTN Constitucionalidade da LC 105: a questão é a Possibilidade de quebra SEM autorização judicial. ADIs – não há nenhuma decisão. REs 15/12/2010 – julgou o RE 389.808 e, no julgamento, entendeu pela inconstitucionalidade da quebra sem autorização judicial, inconstitucionalidade da LC 105. Quarta-feira, 15 de dezembro de 2010 STF nega quebra de sigilo bancário de empresa pelo Fisco sem ordem judicial DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO I Prof. Eduardo Sabbag e Thatiane Piscitelli Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 62 Por maioria de votos, o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) deu provimento a um Recurso Extraordinário (RE 389808) em que a empresa GVA Indústria e Comércio S/A questionava o acesso da Receita Federal a informações fiscais da empresa, sem fundamentação e sem autorização judicial. Por cinco votos a quatro, os ministros entenderam que não pode haver acesso a esses dados sem ordem do Poder Judiciário. O caso A matéria tem origem em comunicado feito pelo Banco Santander à empresa GVA Indústria e Comércio S/A, informando que a Delegacia da Receita Federal do Brasil – com amparo na Lei Complementar nº 105/01 – havia determinado àquela instituição financeira, em mandado de procedimento fiscal, a entrega de extratos e demais documentos pertinentes à movimentação bancária da empresa relativamente ao período de 1998 a julho de 2001. O Banco Santander cientificou a empresa que, em virtude de tal mandado, iria fornecer os dados bancários em questão. A empresa ajuizou o RE no Supremo contra acórdão proferido pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, que permitiu “o acesso da autoridade fiscal a dados relativos à movimentação financeira dos contribuintes, no bojo do procedimento fiscal regularmente instaurado”. Para a GVA, “o poder de devassa nos registros naturalmente sigilosos, sem a mínima fundamentação, e ainda sem a necessária intervenção judicial, não encontram qualquer fundamento de validade na Constituição Federal”. Afirma que foi obrigada por meio de Mandado de Procedimento Fiscal a apresentar seus extratos bancários referentes ao ano de 1998, sem qualquer autorização judicial, com fundamento apenas nas disposições da Lei nº 10.174/2001, da Lei Complementar 105/2001 e do Decreto 3.724/2001, sem qualquer respaldo constitucional. DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO I Prof. Eduardo Sabbag e Thatiane Piscitelli Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 63 Dignidade O ministro Marco Aurélio (relator) votou pelo provimento do recurso, sendo acompanhado pelos ministros Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes, Celso de Mello e Cezar Peluso. O princípio da dignidade da pessoa humana foi o fundamento do relator para votar a favor da empresa. De acordo com ele, a vida em sociedade pressupõe segurança e estabilidade, e não a surpresa. E, para garantir isso, é necessário o respeito à inviolabilidade das informações do cidadão. Ainda de acordo com o ministro, é necessário assegurar a privacidade. A exceção para mitigar esta regra só pode vir por ordem judicial, e para instrução penal, não para outras finalidades. “É preciso resguardar o cidadão de atos extravagantes que possam, de alguma forma, alcançá-lo na dignidade”, salientou o ministro. Por fim, o ministro disse entender que a quebra do sigilo sem autorização judicial banaliza o que a Constituição Federal tenta proteger, a privacidade do cidadão. Com esses argumentos o relator votou no sentido de considerar que só é possível o afastamento do sigilo bancário de pessoas naturais e jurídicas a partir de ordem emanada do Poder Judiciário. Já o ministro Gilmar Mendes disse em seu voto que não se trata de se negar acesso às informações, mas de restringir, exigir que haja observância da reserva de jurisdição. Para ele, faz-se presente, no caso, a necessidade de reserva de jurisdição. Para o ministro Celso de Mello, decano da Corte, o Estado tem poder para investigar e fiscalizar, mas a decretação da quebra de sigilo bancário só pode ser feita mediante ordem emanada do Poder Judiciário. Em nada compromete a competência para investigar atribuída ao poder público, que sempre que achar necessário, poderá pedir ao Judiciário a quebra do sigilo. DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO I Prof. Eduardo Sabbag e Thatiane Piscitelli Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 64 Divergência Os ministros Dias Toffoli, Cármen Lúcia, Ayres Britto e Ellen Gracie votaram pelo desprovimento do RE. De acordo com o ministro Dias Toffoli, a lei que regulamentou a transferência dos dados sigilosos das instituições financeiras para a Receita Federal respeita as garantias fundamentais presentes na Constituição Federal. Para a ministra Cármen Lúcia, não existe quebra de privacidade do cidadão, mas apenas a transferência para outro órgão dos dados protegidos. Na semana passada, o Plenário havia negado referendo a uma liminar (Ação Cautelar 33) concedida pelo ministro Marco Aurélio em favor da GVA. Quarta-feira, 15 de dezembro de 2010 Íntegra do voto do ministro Celso de Mello na decisão sobre quebra de sigilo de empresa pela Receita Na sessão do último dia 24, o Plenário do STF cassou, por seis votos a quatro, liminar concedida na Ação Cautelar (AC) 33 pelo ministro Marco Aurélio, que impedia a quebra de sigilo bancário da GVA Indústria e Comércio S/A pela Receita Federal. A cautelar tinha o objetivo de dar efeito suspensivo ao Recurso Extraordinário (RE 389808) interposto na Corte pela própria empresa. O ministro Celso de Mello uniu-se à corrente vencida. Ele sustentou que o Fisco não tem poder para decretar, por autoridade própria, a quebra do sigilo bancário do contribuinte. Para isso, necessita que obtenha prévia autorização judicial. Leia aqui a íntegra do voto do ministro Celso de Mello. DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO I Prof. Eduardo Sabbag e Thatiane Piscitelli Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 65 OBS específica & importante: Aplicação do Princípio da Irretroatividade e IR Súmula 584, STF AO IMPOSTO DE RENDA CALCULADO SOBRE OS RENDIMENTOS DO ANO- BASE, APLICA-SE A LEI VIGENTE NO EXERCÍCIO FINANCEIRO EM QUE DEVE SER APRESENTADA A DECLARAÇÃO. Ex.: 2008 Janeiro a dezembro, você como contribuinte realiza o FG do IR (rendimentos), um pouquinho por mês, até chegar o dia 31/dezembro. Você pessoa física, mesmo que vá pagando um pouco por mês do IR, entrega a declaração do IR até 30/abril/2009. Você entrega a declaração do ano-base 2008 no exercício de 2009 e realiza o pagamento do que faltar pagar. Se é publicada uma lei que aumenta a alíquota do IR durante 2008, esta lei entra em vigor no dia 1º de janeiro, observado o princípio da anterioridade. A questão é saber quando você for entregar sua declaração e for fazer o pagamento do IR, você deve considerar essa alíquota majorada? A súmula 584 diz que sim! Esta lei deve ser aplicável, porque eu aplico a lei vigente na entrega da declaração. Os contribuintes dizem que essa súmula ofende o princípio da irretroatividade da lei DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO I Prof.
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