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DIREITO TRIBUTÁRIO I

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DIREITO TRIBUTÁRIO 
INTENSIVO I 
 Prof. Eduardo Sabbag e Thatiane Piscitelli 
 
Acesse: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ 
Contato: chenqs.hondey@uol.com.br 
1 
 
Princípios: 150, 151 e 152 .......................................................................................................................... 11 
Limitações constitucionais ao poder de tributar. ................................................................................... 11 
Para o STF, os princípios tributários não podem ser desafiados por Emenda Constitucional, destacando-se 
como “garantia individual do contribuinte” (ADI 939-7, de 1.993). CESPE/UNB & FGV. Tratou do Princípio da 
Anterioridade Tributária. ....................................................................................................................... 12 
1.1 Princípio da Legalidade Tributária: CF 150, I; CTN 97 ............................................................... 12 
Pessoas Políticas (U, E, DF e M) só podem criar & aumentar tributo por meio de Lei Ordinária. ..... 12 
Vetor axiológico: segurança jurídica. ................................................................................................. 12 
4 tributos federais dependem de lei complementar: ........................................................................ 13 
• Imposto sobre Grandes Fortunas Impostos ...................................................................... 13 
• Imposto Residual Competência Residual ..................................................................... 13 
• Contribuição Social – Previdenciária Residual ...................................................................... 13 
• Empréstimo Compulsório ..................................................................................................... 13 
Este princípio pode ser atenuado/mitigado (CF 153, § 1º)? O Poder Executivo pode apitar na matéria?
 ........................................................................................................................................................... 13 
• ........................................................................................................................................... O 
Poder Executivo pode alterar ALÍQUOTAS de certos tributos:...................................................... 13 
 
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INTENSIVO I 
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2 
• •II ...................................................................................................................................... 13 
• •IE ..................................................................................................................................... 13 
• •IPI .................................................................................................................................... 13 
• •IOF .................................................................................................................................. 13 
Emenda Constitucional 33/2001 incluiu mais 2 tributos nesta lista: ............................................ 14 
• •CIDE-Combustível (CF 177, § 4º, I, b).............................................................................. 14 
- reduzir ................................................................................................................................ 15 
- restabelecer ........................................................................................................................ 15 
* Aumentar: só por lei. ......................................................................................................... 15 
• •ICMS-Combustível (CF 155, § 4º, IV, c) ........................................................................... 16 
- reduzir ................................................................................................................................ 16 
- restabelecer ........................................................................................................................ 16 
* Aumentar: só por lei. ......................................................................................................... 16 
Errado: Todas as mitigações do Princípio da Legalidade são impostos. Exceção: CIDE-combustíveis.17 
Errado: Todas as mitigações do Princípio da Legalidade são tributos Federais. Exceção: ICMS-Combustível.
 ........................................................................................................................................................... 17 
É possível que o Princípio receba a seguinte terminologia: Reserva Legal, Estrita Legalidade ou Tipicidade 
Fechada (Cerrada ou Regrada) .......................................................................................................... 17 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
INTENSIVO I 
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3 
A matéria é tratada no art. 97 do CTN, indicando que a lei tributária é estrutura tificante, contendo 
elementos “numerus clausus”: .......................................................................................................... 17 
• Alíquota ................................................................................................................................ 17 
• Base de Cálculo ..................................................................................................................... 17 
• Multa .................................................................................................................................... 17 
• Sujeito Passivo ...................................................................................................................... 17 
• Fato Gerador ......................................................................................................................... 17 
Art. 97, § 1º e § 2º: a base de cálculo do Tributo pode ser alterada por ato do Poder Executivo, desde que 
se respeitem índices oficiais de correção monetária do período, ou seja, que se trate de inequívoca e 
MERA atualização. O aumento depende de lei. ................................................................................ 19 
O PE só pode promover atualização da base de cálculo. Não pode aumentar. Só a lei poderá aumentá-lo.
 ........................................................................................................................................................... 19 
1.1.1 O Princípio da Legalidade e a EC 32/2001 ........................................................................ 19 
Tal EC, colocando em xeque a segurança jurídica do princípio da legalidade, previu que a MP pode 
aumentar e criar imposto no Brasil. .............................................................................................. 20 
• ........................................................................................................................................... A 
doutrina critica, mas o STF aceita (inclusive, antes da emenda). .................................................. 20 
• ........................................................................................................................................... MP 
aumenta o IR. ................................................................................................................................ 20 
Perguntas: ......................................................................................... Erro! Indicador não definido. 
• 1)Todos os tributos podem ser criados ou majorados por MP? ...................................... 20 
 
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4 
R.: Imposto............................................................................................................................ 20 
Tributos objetos de Lei Complementar NÃO podem ser criados/aumentados por MP:...... 21 
• •Imposto sobre Grandes Fortunas Impostos ........................ Erro! Indicador não definido. 
• •Imposto Residual Competência Residual ........................ Erro! Indicador não definido. 
• •Contribuição Social – Previdenciária Residual ........................ Erro! Indicador não definido. 
• •Empréstimo Compulsório ....................................................... Erro! Indicador não definido. 
• 2)Pode uma MP criar/aumentar imposto não federal? ................................................... 23 
1.2 Princípio da Anterioridade Tributária: CF 150, III, “b” e “c” ..................................................... 23 
1.2.1 Anterioridade Anual ......................................................................................................... 24 
A eficácia da lei majoradora/criadora do tributo fica adiada para o 1º/janeiro do ano seguinte. 24 
1.2.2 Anterioridade Nonagesimal/Privilegiada ......................................................................... 24 
A eficácia da lei fica adiada para o 91º dia a partir da publicação da lei....................................... 25 
Este princípio proíbe a “tributação de surpresa”, ratificando a segurança jurídica. ..................... 25 
“Portanto, a anualidade não encontra respaldo no hodierno sistema constitucional tributário 
brasileiro.” ......................................................................................... Erro! Indicador não definido. 
O princípio da anterioridade é para proteger o contribuinte, não para proteger o Estado. Se a lei reduzir 
o tributo, não haverá incidência do princípio da Anterioridade. .................................................. 27 
1.2.3 Exceções ao Princípio da Anterioridade ........................................................................... 27 
1º Confronto das listas: Quais são os tributos de pronta incidência? Incidência imediata: ......... 33 
 
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5 
• •II ...................................................................................................................................... 33 
• •IE ..................................................................................................................................... 33 
• •IOF .................................................................................................................................. 33 
• •Imposto Extraordinário .................................................................................................. 33 
• •Empréstimo Compulsório ............................................................................................... 33 
o Calamidade Pública ...................................................................................................... 33 
o Guerra .......................................................................................................................... 33 
2º Confronto: E quanto ao IPI?...................................................................................................... 33 
A regra, a partir de 2004, é que o IPI majorado será pago depois de 90 dias. ......................... 33 
OBS: A mesma resposta vale para CIDE-Combustível e ICMS-Combustível. ............................ 34 
3º Confronto:................................................................................................................................. 34 
• •IR ..................................................................................................................................... 34 
• •Alterações na BC de ........................................................................................................ 34 
o IPTU .............................................................................................................................. 34 
o IPVA .............................................................................................................................. 34 
IR e Alterações da BC de IPTU/IPVA terão a lei incidindo em 1º/janeiro. ................... 35 
1.3 Princípio da Isonomia Tributária ............................................................................................... 36 
A isonomia é relativa, não absoluta: tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais. ..... 37 
 
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6 
Vetor axiológico – justiça fiscal / justiça distributiva ......................................................................... 38 
Iguais: interpretação objetiva do fato gerador – privilegia os aspectos econômicos. CTN 118. ....... 39 
“Pecunia non olet” ............................................................................................................................. 40 
Capacidade Tributária: CTN 126 ........................................................................................................ 42 
1.4 Princípio da Capacidade Contributiva / Princípio da Personalização dos Impostos: ................ 44 
Art. 145, § 1º - Sempre que possível, os IMPOSTOS***STF terão caráter pessoal e serão graduados 
segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente 
para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da 
lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte. .............................. 44 
1.4.1 Menção a “impostos” ....................................................................................................... 45 
• -Letra da CF: Impostos ......................................................................................................... 45 
• -STF: outros Tributos, ex. Taxas ........................................................................................... 45 
1.4.2 “Sempre que possível” ..................................................................................................... 45 
O Princípio da Capacidade Contributiva será realizado por meios de exteriorização, que se mostram por 
técnicas de incidência de alíquotas: .................................................................................................. 46 
• -progressividade, ................................................................................................................. 46 
• -proporcionalidade, ............................................................................................................. 46 
• -seletividade, ....................................................................................................................... 46 
• -entre outras. ....................................................................................................................... 46 
1.4.3 Progressividade ................................................................................................................ 46 
 
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7 
Palavra-chave: Alíquotas diferenciadas.........................................................................................46 
3 impostos progressivos com previsão explícita na CF: ................................................................ 47 
• •IR – CF 153, § 2º, I ........................................................................................................... 47 
3 critérios informadores do IR: ............................................................................................. 47 
� Generalidade, .......................................................................................................... 47 
� Universalidade (não é Uniformidade) e .................................................................. 47 
� Progressividade ....................................................................................................... 47 
• •IPTU – CF 182, § 4º, c/c 156, § 1º, I e II .......................................................................... 48 
• •ITR – CF 153, § 4º, I ......................................................................................................... 48 
1.4.4 Proporcionalidade ............................................................................................................ 49 
1.4.5 Seletividade ...................................................................................................................... 50 
• �ICMS – CF 155, § 2º, III....................................................................................................... 51 
Seletividade Facultativa ............................................................................................................ 51 
• �IPI – CF 153, § 3º, I ............................................................................................................. 51 
Seletividade Obrigatória ........................................................................................................... 51 
1.5 Princípio da Irretroatividade Tributária .................................................................................... 52 
Anterioridade significa Eficácia da lei. ............................................................................................... 53 
Irretroatividade significa Vigência da lei. ........................................................................................... 53 
 
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Princípios Constitucionais ...................................................................................................................... 55 
Princípio da Irretroatividade da lei tributária .................................................................................... 55 
Art. 150, III, a, CF ............................................................................................................................ 55 
Art. 106: 2 blocos de exceções à irretroatividade ...................................................................... 56 
1º bloco: lei expressamente interpretativa .............................................................................. 56 
2º bloco: retroatividade para beneficiar o sujeito passivo – ato em aberto ....................... 56 
Art. 144, p. 1º - Sigilo Bancário ..................................................................................................... 58 
STJ ................................................................................................................................................ 61 
Retroatividade da LC 105/2001 ........................................................................................... 61 
STJ: “LC 105 pode retroagir”. ............................................................................................... 61 
Fundamento: art. 144, p. 1º, CTN ........................................................................................ 61 
STF ............................................................................................................................................... 61 
Constitucionalidade da LC 105: a questão é a Possibilidade de quebra SEM autorização judicial.
 .................................................................................................................................................................... 61 
ADIs – não há nenhuma decisão. ........................................................................................ 61 
REs ........................................................................................................................................... 61 
Irretroatividade e IR ........................................................................................................................ 65 
Súmula 584, STF ........................................................................................................................ 65 
Imunidade ................................................................................................................................................. 69 
 
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9 
1. 1. Alínea “a”: Imunidade Recíproca ...................................................................................... 71 
2. Alínea “b”: Imunidade dos Templos de Qualquer Culto ........................................................ 79 
3. Alínea “c”: ..................................................................................................................................... 81 
Imunidade de Partidos Políticos, ...................................................................................................... 81 
Entidades Sindicais de Trabalhadores, ........................................................................................... 81 
Entidades de Educação e de Assistência Social, sem fins lucrativos ......................................... 81 
4. Alínea “d”: Imunidade dos Templos de Qualquer Culto ........................................................ 88 
Súmula 724 .............................................................................................................................................. 87 
Súmula 730 .............................................................................................................................................. 88 
Sistema Tributário Nacional ....................................................................................................................... 92 
1. Conceito de Tributo ....................................................................................................................... 92 
2. Quantos são os tributos no Brasil? ................................................................................................ 97 
Impostos .......................................................................................................................................... 102 
III - propriedade de veículos automotores. ....................................................................................... 105 
Súmula 418, STF antigo ..................................................................................................................... 113 
Súmula 670 ............................................................................................................................................ 122 
 
 
 
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10 
 
 
� Direito Tributário na CF. 50% da prova - 
Arts. 145 a 162. São só 17 artigos!!! 
 
� Direito Tributário no CTN. - 50% da 
prova. 
 
 
� PRINCÍPIOS(aulas 1 e 2) 
 
� IMUNIDADES (aula 3) 
 
� TRIBUTOS (aulas 4 e 5) 
 
 
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11 
 
 
 
 
 O poder de tributar sofre regramentos pelos princípios. 
 O princípio tributário baliza a tributação, permitindo que ela 
seja considerada constitucional ou inconstitucional. 
 A sentença é, basicamente, principiológica. 
 
 
 
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12 
 Para o STF, os princípios tributários não podem ser 
desafiados por Emenda Constitucional, destacando-se como “garantia 
individual do contribuinte” (ADI 939-7, de 1.993). CESPE/UNB 
& FGV. Tratou do Princípio da Anterioridade Tributária. 
 
 
Pessoas Políticas (União, Estados, DF e Municípios) só podem 
criar & aumentar tributo por meio de Lei Ordinária. 
 
Seção II 
DAS LIMITAÇÕES DO PODER DE TRIBUTAR 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias 
asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos 
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o 
estabeleça; 
 
 Deve ser produto de elaboração do Poder Legislativo: “o povo 
tributando a si mesmo”, Pontes de Miranda. 
 
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13 
 Poder Executivo não pode tratar da matéria. 
 Lei Complementar é hábil a criar ou aumentar tributo. Menção 
expressa na Constituição Federal. 
 Quatro tributos federais dependem de Lei Complementar: 
 
• Imposto sobre Grandes Fortunas Impostos 
• Imposto Residual Competência 
 Residual 
• Contribuição Social – Previdenciária Residual 
• Empréstimo Compulsório 
 
 Este princípio pode ser atenuado/mitigado (CF 153, § 1º)? O 
Poder Executivo pode apitar na matéria? 
 O Poder Executivo pode alterar ALÍQUOTAS de certos 
tributos: 
 
 
 
 
 
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14 
 Algumas bancas chamam de EXCEÇÃO. Sabbag fala que é 
MITIGAÇÃO. 
 O Presidente da República pode alterar as alíquotas do II, IE, 
IPI e IOF. 
 
Art. 153, § 1º - É facultado ao Poder Executivo, atendidas as condições e 
os limites estabelecidos em lei, alterar as alíquotas dos impostos 
enumerados nos incisos I, II, IV e V. 
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: 
I - importação de produtos estrangeiros; 
II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados; 
IV - produtos industrializados; 
V - operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores 
mobiliários; 
 
Isso é elementar. 
 Emenda Constitucional 33/2001 incluiu mais dois tributos 
nesta lista: 
 
 
 
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15 
 
 
 
 
 É uma contribuição, não é imposto, diferente das quatro 
primeiras exceções. 
 Até agora, quatro Impostos Federais e uma Contribuição 
Federal. 
 
CF 177, § 4º A lei que instituir contribuição de intervenção no 
domínio econômico relativa às atividades de importação ou 
comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus 
derivados e álcool combustível deverá atender aos seguintes 
requisitos: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) 
I - a alíquota da contribuição poderá ser: (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 33, de 2001) 
b) reduzida e restabelecida [NÃO pode ser aumentada] por ato 
do Poder Executivo, não se lhe aplicando o disposto no art. 150,III, b 
[P. da Anterioridade do Exercício]; 
 
 
 
 
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16 
 
 Pode ser reduzida ou restabelecida sem LEI pelo PE (Presidente da 
República) 
 Não pode ser aumentada sem lei (pelo PE) 
 Submete-se ao princípio da anterioridade 90 
 Não se submete ao princípio da anterioridade do exercício 
 
 
 - 
 
 
 Ato do Poder Executivo Estadual 
Art. 155, § 4º Na hipótese do inciso XII, h, observar-se-á o 
seguinte: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) 
IV - as alíquotas do imposto serão definidas mediante deliberação dos 
Estados e Distrito Federal, nos termos do § 2º, XII, g, observando-se o 
seguinte: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) 
 
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17 
c) poderão ser reduzidas e restabelecidas, não se lhes aplicando o 
disposto no art. 150, III, b.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 
2001) 
 
 Errado: Todas as mitigações do Princípio da Legalidade são 
impostos. Exceção: CIDE-combustíveis. 
 Errado: Todas as mitigações do Princípio da Legalidade são 
tributos Federais. Exceção: ICMS-Combustível. 
 
 É possível que o Princípio receba a seguinte terminologia: 
Reserva Legal, Estrita Legalidade ou Tipicidade Fechada (Cerrada ou 
Regrada) 
 A matéria é tratada no art. 97 do CTN, indicando que a lei 
tributária é estrutura tificante, contendo elementos “numerus clausus”: 
� Alíquota 
� Base de Cálculo 
� Multa 
� Sujeito Passivo 
� Fato Gerador 
 
 
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SEÇÃO II 
 Leis, Tratados e Convenções Internacionais e Decretos 
 Art. 97. Somente a lei pode estabelecer: 
 I - a instituição de tributos, ou a sua extinção; 
 II - a majoração de tributos, ou sua redução, ressalvado o 
disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65; 
 III - a definição do fato gerador da obrigação tributária 
principal, ressalvado o disposto no inciso I do § 3º do artigo 52, e 
do seu sujeito passivo; 
 IV - a fixação de alíquota do tributo e da sua base de cálculo, 
ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65; 
 V - a cominação de penalidades para as ações ou omissões 
contrárias a seus dispositivos, ou para outras infrações nela 
definidas; 
 VI - as hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de créditos 
tributários, ou de dispensa ou redução de penalidades. 
 § 1º Equipara-se à majoração do tributo a modificação da sua 
, que importe em torná-lo . base de cálculo mais oneroso
 
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19 
 § 2º Não constitui majoração de tributo, para os fins do 
disposto no inciso II deste artigo, a atualização do valor 
monetário da respectiva base de cálculo. 
 
 Art. 97, § 1º e § 2º: a base de cálculo do Tributo pode ser 
alterada por ato do Poder Executivo, desde que se respeitem 
índices oficiais de correção monetária do período, ou seja, que 
se trate de inequívoca e MERA atualização. O aumentodepende 
de lei. 
 
SÚMULA: 160, STJ 
É defeso, ao município, atualizar o IPTU, mediante decreto, em 
percentual superior ao índice oficial de correção monetária. 
 
 O Poder Executivo só pode promover atualização da base de 
cálculo. Não pode aumentar. Só a lei poderá aumentá-lo. 
 
 
 O Poder Executivo pode criar tributo no Brasil! Destruímos o 
caderno! 
 
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20 
 O Poder Constituinte Derivado permitiu ao Poder Executivo 
criar tributo... 
 Tal EC, colocando em xeque a segurança jurídica do princípio 
da legalidade, previu que a MP pode aumentar e criar imposto no Brasil. 
 A doutrina critica, mas o STF aceita (inclusive, antes da 
emenda). 
 MP aumenta o IR. 
 Cadê a segurança jurídica?!?!? 
 
 
 
 R.: Imposto. 
 
 Tributo é gênero. Imposto é que pode ser mexido por MP! 
 Segundo a CF, apenas o imposto será objeto de MP. 
 Mostrar jurisprudência! Entretanto, o STF considera, há muito 
tempo, que a MP pode criar/aumentar tributo. 
 
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21 
 
 
 
• Imposto sobre Grandes Fortunas Impostos 
• Imposto Residual Competência 
 Residual 
• Contribuição Social – Previdenciária Residual 
• Empréstimo Compulsório 
 
 Por fim, o Art. 62, § 1º, III, indica que matéria de LC não pode 
ser objeto de MP e qualquer ponto da CF que se refira a LC. 
 
Art. 62, § 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre 
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) matéria: 
III - reservada a lei complementar; (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 32, de 2001) 
 
 
Art. 62, § 2º Medida provisória que implique instituição ou 
majoração de impostos, exceto os previstos nos arts. 153, 
 
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22 
Impostos que dispensam 
respeito ao princípio da 
anterioridade tributária: 
II, IE, IPI, IOF, I EXT 
I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no exercício financeiro 
seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele 
.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) em que foi editada
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: 
I - importação de produtos estrangeiros; 
II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados; 
III - renda e proventos de qualquer natureza; 
IV - produtos industrializados; 
V - operações de crédito, câmbio e seguro, 
ou relativas a títulos ou valores mobiliários; 
VI - propriedade territorial rural; 
VII - grandes fortunas, nos termos de lei complementar. 
 
Art. 154. A União poderá instituir: 
I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde 
que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios 
dos discriminados nesta Constituição; 
II - na iminência ou no caso de guerra 
externa, impostos extraordinários, 
compreendidos ou não em sua 
competência tributária, os quais serão 
 
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23 
suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação. 
 
 
 Para o STF, é possível que uma MP crie/aumente um imposto 
não federal, desde que faça a observância simétrica do processo 
legislativo federal (Princípio da Simetria). 
 ADI 425/TO, 2002. 
 ADI 2391/SC, 2006. 
 
 
 
Seção II 
DAS LIMITAÇÕES DO PODER DE TRIBUTAR 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é 
vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
III - cobrar tributos: 
 
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24 
Anterioridade Anual (de Exercício): 
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os 
instituiu ou aumentou; 
Anterioridade Privilegiada ou Nonagesimal: 
c) antes de decorridos 90 dias da data em que haja sido publicada a lei 
que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b; (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) 
 
De 2004 em diante, passamos a ter duas anterioridades. 
 (de Exercício): sempre existiu. 
 
 EC 42/2003. 
 
 
 A eficácia da lei majoradora/criadora do tributo fica adiada 
para o 1º/janeiro do ano seguinte. 
 
 
 
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25 
 A eficácia da lei fica adiada para o 91º dia a partir da 
publicação da lei. 
 Este princípio proíbe a “tributação de surpresa”, ratificando a 
segurança jurídica. 
 
 
Diferir: adiar. 
 Significa um princípio em que a eficácia foi adiada, diferida, 
protelada. 
 Publicação e vigência: quase sempre, mesma data. 
 Eficácia: após o transcurso de tempo das duas esperas. 
 
 O não se confunde 
com o 
Este esteve presente na CF/46, condicionando a eficácia da lei 
tributária à prévia estipulação do fenômeno na Lei Orçamentária Anual. 
Nos textos constitucionais posteriores, o tema oscilou, desaparecendo a 
partir de 1969. 
 
 
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26 
 
 
 
 
CESPE, TRF 4, PGE-SP 
 
 
 
1) LEI PUBLICADA EM 15/12/2009. 
Incidência: 
Anterioridade anual (15/01/2010); 
Anterioridade Nonagesimal (15/03/2010). 
Escolher a maior data: 15/03/2010. Não será exatamente 15/03, 
mas, na verdade, 91º dia do dia 15/12/2009. 
 
2) LEI PUBLICADA EM 10/AGOSTO/2009. 
Jogar a lei para 1/01 do ano seguinte: 01/01/2010. 
15/11/2010. 
Existe um ponto, no calendário, a partir do qual 
 
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27 
Regra: Caso o tributo seja criado/majorado entre janeiro e 
setembro (até 02/outubro), a incidência da lei ocorrerá em 
1º/janeiro do ano seguinte. 1 só conta. 
 
3) Se a lei for publicada entre 04/outubro e 31/dezembro, a data 
da incidência será posterior a 1º/janeiro, em razão do impacto 
dos 90 dias. 1 só conta. 
Taxa criada em 16/11/2010, pagarei daqui a 90 dias. 
 
4) Lei que reduz tributo – pronta incidência – não há que se falar 
em Princípio da Anterioridade. 
 
O princípio da anterioridade é para proteger o 
contribuinte, não para proteger o Estado. Se a lei reduzir 
o tributo, não haverá incidência do princípio da 
Anterioridade. 
 
 
 
 
 
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28 
Art.150, § 1º A vedação do inciso III, b, não se aplica aos tributos previstos 
nos arts. 148, I, 153, I, II, IV e V; e 154, II; e a vedação do inciso III, c, não 
se aplica aos tributos previstosnos arts. 148, I, 153, I, II, III e V; e 154, II, 
nem à fixação da base de cálculo dos impostos previstos nos arts. 155, III, 
e 156, I. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) 
 Duas baitas listas de exceções. Decorar ou dançar! Duas listas – 
Duas regras: 
Ter na cabeça: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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29 
 Imposto Extraordinário 
 Empréstimo Compulsório de Guerra Externa e 
Calamidade Pública 
 II 
 IE 
 IOF 
 IPI 
 CIDE Combustíveis 
 ICMS Combustível 
 
 
Imposto Extraordinário 
Empréstimo Compulsório de Guerra Externa & Calamidade 
Pública 
 II 
 IE 
 IOF 
 IR 
 Base de Cálculo do IPTU 
 Base de Cálculo do IPVA 
 
 
 
 
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30 
 Imposto Extraordinário 
 Empréstimo Compulsório de Guerra Externa & 
Calamidade Pública 
 II 
 IE 
 IPI 
 
 
Alíquotas de Tributos alteráveis sem lei, pelo Poder Executivo - 
Extrafiscais 
 IPI 
 II 
 IE 
 IOF 
 CIDE Combustível 
 ICMS Combustível (único tributo não federal) – Convênio 
Interestadual (CONFAZ) 
 
 
 IPI 
 ICMS Combustível 
 CIDE Combustível 
 
 
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31 
 
 IR 
 Base de Cálculo IPTU 
 Base de Cálculo IPVA 
 
EXCEÇÕES À 
ANTERIORIDADE 
ANUAL 
art. 150, § 1º, parte 
inicial 
EXCEÇÕES À 
ANTERIORIDADE 
NONAGESIMAL 
art. 150, § 1º, parte 
final 
IMPOSTO 
EXTRAORDINÁRIO 
(DE GUERRA) 
IMPOSTO 
EXTRAORDINÁRIO 
(DE GUERRA) 
EMPRÉSTIMO 
COMPULSÓRIO 
• CALAMIDADE 
PÚBLICA 
• GUERRA 
EMPRÉSTIMO 
COMPULSÓRIO 
• CALAMIDADE 
PÚBLICA 
• GUERRA 
Incidência 
Imediata 
 
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32 
EXTERNA EXTERNA 
II II 
IE IE 
IOF IOF 
IPI IR (analisar este 
caso se é só BC) 
CIDE-
COMBUSTÍVEL (EC 
32/2001) 
EC 42/2003: 
ALTERAÇÕES na 
do 
• IPTU 
• IPVA 
ICMS-
COMBUSTÍVEL (EC 
32/2001) 
 
 
 
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33 
 
 II 
 IE 
 IOF 
 IMPOSTO EXTRAORDINÁRIO 
 EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO
 Calamidade Pública 
 Guerra 
 
 
 
 O IPI tinha incidência imediata até 2003. A partir de então, 
passou a sofrer incidência da Anterioridade Nonagesimal. 
 A regra, a partir de 2004, é que o IPI majorado será pago 
depois de 90 dias. 
 
 Questão comum dos concursos! 
 
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34 
 
 
 *
 Com relação ao decreto, é perfeitamente possível, porque é 
considerado uma mitigação ao princípio da legalidade. 
 O problema é que não pode ser exigido imediatamente. Deve 
ser pago a partir de 90 dias. Não é exceção à Anterioridade 
Nonagesimal. 
 
OBS: A mesma resposta vale para CIDE-Combustível e ICMS-
Combustível. 
 
 
 IR 
 ALTERAÇÕES NA BASE DE CÁLCULO DE 
 IPTU 
 IPVA 
 
 Não estão na 1ª lista. Estão submetidos à regra da 
Anterioridade Anual. Sempre você vai jogar para 1º/janeiro. 
 
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35 
 Ex.: IR majorado em 20/12/2009, agosto, março. Incidência 
sempre em 1º/janeiro/2010. 
 IR e Alterações da BC de IPTU/IPVA terão a lei 
incidindo em 1º/janeiro. 
 
 Todos os tributos que não apareceram na tabela são regra, 
respeitam as duas anterioridades. Ex.: taxa, ITR, ISS, majoração da 
alíquota do IPVA e IPTU. 
 
 
 O que não for exceção será regra: ISS, ITR, Taxa, ICMS, IPTU e 
IPVA (não precisa escrever alíquota, está subentendida – base de 
cálculo deve ser expressamente referida) – etc. 
 Art. 195, § 6º - Contribuição Social Previdenciária – Anterioridade 
de 90 dias – Princípio da Anterioridade Especial (Anterioridade 
Mitigada). Anterioridade Nonagesimal. 
 
 Analisar o nome da Anterioridade Nonagesimal, fruto da EC 
42 e o do art. 195, § 6º. O mesmo nome para dois assuntos. No concurso, 
abordar os dois. 
 
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36 
Art. 195, § 6º - As contribuições sociais de que trata este artigo 
só poderão ser exigidas após decorridos 90 dias da data da 
publicação da lei que as houver instituído ou modificado, não 
se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, "b". 
 
 
 Isto significa inequívoca onerosidade (ex.: inclusão de sujeito 
passivo como devedor). 
 A lei alterava (antecipava) a data de pagamento da contribuição 
– a segurança jurídica foi para o espaço! 
 CASO CLÁSSICO: a alteração na data de pagamento da 
Contribuição Previdenciária não significa onerosidade suficiente para 
 avocar a noventena.
 
STF, Súmula nº 69 - A Constituição Estadual não pode estabelecer 
limite para o aumento de tributos municipais. 
 
 
 
 O legislador é muito preocupado com esse princípio, 
principalmente por causa da agressão à isonomia no período ditatorial. 
 
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37 
 O Princípio da Isonomia está previsto genericamente no caput 
do artigo 5º da CF (Todos são iguais perante a lei). 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de 
qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros 
residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à 
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: 
 
 Curiosamente, o inciso II do artigo 150 retoma a ideia, 
estatuindo pela negativa, o que foi proclamado afirmativamente naquele 
dispositivo (é vedado tratamento desigual aos contribuintes que se 
encontram em situação de equivalência). 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao 
contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos 
Municípios: 
II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se 
encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em 
razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, 
independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos 
ou direitos; 
 
 A isonomia é relativa, não absoluta: isso significa tratar 
igualmente os iguais e desigualmente os desiguais. 
 
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38 
 O Princípio da Isonomia Tributária é conhecido como 
Princípio que proíbe os privilégios odiosos (favoritismos no IR, 
sobretudo entre 1967e 1969 – Ricardo...). 
 
 VETOR AXIOLÓGICO – / JUSTIÇA FISCAL JUSTIÇA 
DISTRIBUTIVA 
 
Art. 150, II - instituir tratamento desigual entre contribuintes 
que se encontrem em situação equivalente... 
 
 
 
 À luz do art. 150, II, cabe-nos descobrir quem são os “iguais” e 
os “desiguais” na seara tributária. 
 Os IGUAIS deverão ser detectados pela “ interpretação 
”, que privilegia os objetiva do Fato Gerador (FG) aspectos econômicos 
do fato impunível (=gerador) em detrimento dos elementos externos a 
ele – ilicitude do ato, imoralidade do ato, imoralidade dos fatos, 
incapacidade civil do agente –; daí se falar que haverá normal tributação 
sobre a renda auferida por um bicheiro, por um traficante, da prática de 
 
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39 
lenocínio (tráfico de mulheres com intuito de prostituição), renda 
oriunda da casa de prostituição etc. 
 Iguais: interpretação objetiva do fato gerador – privilegia os 
aspectos econômicos. CTN 118. 
 
 Art. 118. A definição legal do fato gerador é interpretada 
abstraindo-se (desconsiderando-se)***: 
 I - da validade jurídica dos atos efetivamente praticados 
pelos contribuintes, responsáveis, ou terceiros, bem como da 
natureza do seu objeto ou dos seus efeitos; 
 II - dos efeitos dos fatos efetivamente ocorridos. 
 *** O examinador sempre troca por “considerando-se”. 
 
ABSTRAI-SE: é uma análise objetiva. 
Se fossem considerados tais aspectos, a análise seria 
subjetiva. 
 
 
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40 
 
A interpretação objetiva foi internalizada no CTN pelo artigo 
118, que mostra que a definição do fato gerador é interpretada 
abstraindo-se da validade jurídica dos atos e dos efeitos dos fatos. 
Pode-se afirmar que tal dispositivo representa normativamente a 
máxima latina construída à época do Império Romano “pecunia non olet” 
(tributo não tem cheiro). 
 
QUESTÃO DISCURSIVA: “Discorra sobre a máxima ‘pecunia 
non olet’”. 
Tito (Filho) X Vespasiano (Imperador) 
 
The Urine Tax (Latin: vectigal urinae) was a tax levied by 
the Roman emperor Nero in the 1st century upon the 
distribution of urine. The lower classes of Roman society 
urinated into pots which were emptied into cesspools. The 
liquid was then collected from public latrines, where it was 
sold and served as the valuable raw material for a number of 
chemical processes: it was used in tanning, and also 
by launderers as a source of ammonia to clean and 
whiten woollen togas. The buyers of the urine paid the tax. 
 
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41 
The tax was eventually discontinued, but it was re-enacted by 
Nero's successor Vespasian and applied to all public toilets 
within Rome's now famous Cloaca Maxima (great sewer) 
system. The Roman historians Suetonius and Dio 
Cassius report that when Vespasian's son Tituscomplained to 
him about the disgusting nature of the tax, his father held up a 
gold coin and told him, "Non olet! ("It doesn't stink!"). (Dio 
Cassius, Roman History, Book 65, chapter 14.) This phrase is 
still used today to show that the value of money is not tainted 
by its origins. Vespasian's name still attaches to 
public urinals in France (vespasiennes), Italy (vespasiani), and 
Romania (vespasiene). 
 
 A hipótese de incidência e o fato gerador são sempre lícitos. 
 Não existe hipótese de incidência e fato gerador ilícitos. O 
modo como se aufere renda, que ocorre no mundo fenomênico, pode ser 
ilícito, mas não interfere no fato gerador “auferir renda”. 
 A interpretação deve ser objetiva. 
 
 
 
 
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42 
 
 NÃO, porque a ilicitude está na própria essência da hipótese 
de incidência, na própria “mercadoria”, diferentemente de auferir 
renda, que pode ser dissociada do modo como é obtida. 
 
 
 
SEÇÃO III 
Capacidade Tributária 
 Art. 126. A capacidade tributária passiva INDEPENDE: 
 I - da capacidade civil das pessoas naturais; 
 
 É PLENA. 
 Porque tributamos a partir do fato gerador, sem 
considerar aspectos externos. 
 Nessa medida, a capacidade civil é irrelevante para o 
contexto tributário. Por isso, a tributação alcançará o menor, o 
recém nascido (CESPE – MP/Roraima 2008). 
 
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43 
 
 Art. 126. A capacidade tributária passiva INDEPENDE: 
 II - de achar-se a pessoa natural sujeita a medidas que 
importem privação ou limitação do exercício de atividades civis, 
comerciais ou profissionais, ou da administração direta de seus bens 
ou negócios; 
 
 INDEPENDE DE REGULARIDADE DA HABILITAÇÃO 
PROFISSIONAL. 
 Caso a pessoa esteja sujeita a medidas restritivas do exercício de 
atividade profissional, isso será irrelevante para a tributação. Ex.: médico 
não habilitado que clinica. 
 
 Art. 126. A capacidade tributária passiva INDEPENDE: 
 III - de estar a pessoa jurídica regularmente constituída, 
bastando que configure uma unidade econômica ou profissional. 
 
 INDEPENDE DE A PJ ESTAR FORMALMENTE CONSTITUÍDA. 
 Caso a pessoa jurídica não esteja formalmente constituída, e 
tenha realizado fatos geradores, isso será suficiente para a tributação. 
 
 
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44 
 
Ver sobre o monte Roraima. 
 A exata compreensão do Princípio da Isonomia depende da 
análise do Princípio da Capacidade Contributiva (art. 145, § 1º), que se 
mostra como um corolário (conseqüência) da isonomia, desta se 
avizinhando. 
 
 
 
Art. 145, § 1º - Sempre que possível, os IMPOSTOS (***STF X 
Letra da CF) terão caráter pessoal e serão graduados segundo 
a capacidade econômica do contribuinte, facultado à 
administração tributária, especialmente para conferir 
efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos 
individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e 
as atividades econômicas do contribuinte. 
 
 Note que o texto constitucional fala “sempre que possível”, e 
não “sempre”. 
 
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45 
 FGV pediu na prova do TJ/PA 2009 sobre o Princípio da 
Personalização dos Impostos. 
 Dimensão restritiva para o tributo imposto. 
 
 
 Segundo a CF, este comando só se refere a impostos, 
entretanto, duas menções merecem ser feitas. 
 A CF/46 previa o termo tributos. 
 Para o STF, este princípio pode alcançar outras espécies 
tributárias, além dos impostos. Ex.: possibilidade de associá-lo a Taxas. 
 Analisar o que o examinador está perguntando. Se não fala 
nada, refere-se a impostos. Porém, ser falar “Segundo a jurisprudência 
do STF,...” 
- Letrada CF: Impostos 
- STF: outros Tributos, ex. Taxas 
 
 
 
 
 A melhor interpretação é a de que este princípio deverá ser 
utilizado de acordo com as possibilidades técnicas de cada imposto, e 
não, como parece ser, como um regra do tudo ou nada. Assim, este 
 
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46 
princípio se mostra como um mandado de otimização, sendo aplicado 
“na medida do possível”, diferentemente das regras. 
 
 O Princípio da Capacidade Contributiva será realizado por 
meios de exteriorização, que se mostram por técnicas de incidência de 
alíquotas: 
 PROGRESSIVIDADE, 
 PROPORCIONALIDADE, 
 SELETIVIDADE, 
 ENTRE OUTRAS. 
 
 
 
 Técnica que prevê alíquotas diferenciadas, que incidirão sobre 
datas-base de cálculo. 
 
 Palavra-chave: Alíquotas diferenciadas. 
 
 A progressividade tem previsão explícita na CF – STF. 
 
 QUESTÃO OBJETIVA CLÁSSICA: 
 
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 TRÊS IMPOSTOS PROGRESSIVOS com PREVISÃO 
EXPLÍCITA NA CF: 
 
 
 IR é Geral, Universal e Progressivo 
 
 
� GENERALIDADE, 
� UNIVERSALIDADE (NÃO É UNIFORMIDADE) E 
� PROGRESSIVIDADE 
 
 
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: 
III - renda e proventos de qualquer natureza; 
§ 2º - O imposto previsto no inciso III: 
I - será informado pelos critérios da generalidade, da universalidade 
e da progressividade, na forma da lei; 
 
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 EC 29/2000 
Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre: 
I - propriedade predial e territorial urbana; 
§ 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o 
art. 182, § 4º, inciso II, o imposto previsto no inciso I poderá: 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000) 
I - ser progressivo em razão do valor do imóvel; e (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 29, de 2000) 
II - ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso 
do imóvel.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000) 
 
 
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: 
VI - propriedade territorial rural; 
§ 4º O imposto previsto no inciso VI do caput:(Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) 
 
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I - será progressivo e terá suas alíquotas fixadas de forma a 
desestimular a manutenção de propriedades improdutivas; (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) 
 
 O IPTU e o ITR progressivo visam a cumprir a função social 
da propriedade urbana e rural, o que denota forte potencialidade extra-
fiscal nos 2 impostos. Assim, enquanto o IR tem progressividade fiscal, 
(FCC Concurso para Procurador ambos têm progressividade extra-fiscal 
do Tribunal de Contas). 
 
 
 Técnica de incidência de alíquotas fixas, que deverão incidir 
sobre dadas bases de cálculo. 
 Não tem previsão explícita na CF, o que significa dizer que os 
impostos proporcionais são os não progressivos. 
 A maioria dos impostos brasileiros tem vocação proporcional, 
incidindo fortemente sobre o consumo (ICMS, IPI, etc). 
 Isso provoca um incômodo colateral, pois “quem ganha mais, 
paga menos, e, quem ganha menos, paga mais” – PROGRESSIVIDADE 
ÀS AVESSAS. Trata-se de uma anomalia chamada 
REGRESSIVIDADE, indicadora de uma má gestão da nossa carga 
tributária. 
 Conceito de “carga tributária” do CESPE: 
 
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 Relação entre a totalidade de tributos pagos pela 
sociedade e o PIB (Fiscal Estadual do Acre 2009). 
 
 
 Como mecanismo inibitório da regressividade, o legislador 
constituinte escolheu 2 impostos para serem seletivos. 
 É uma técnica de incidência de alíquotas que variarão na razão: 
• Inversa da essencialidade do bem. 
 Essencial Imposto Seletivo 
 
 
• Direta da superfluidade do bem 
 Supérfluo Imposto Seletivo 
 
 Também pode ser na razão direta da nocividade do bem. Ex.: 
bebidas e cigarros. 
 
 Extremamente comum em concursos!!! 
 
 
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 Seletividade Facultativa
 ..., simplesmente porque aparece a palavra “poderá”. 
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir 
impostos sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 
1993) 
II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre 
prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal 
e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem 
no exterior;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 
1993) 
§ 2.º O imposto previsto no inciso II atenderá ao 
seguinte: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) 
III - poderá ser seletivo, em função da essencialidade das 
mercadorias e dos serviços; 
 
 
 Seletividade Obrigatória 
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: 
 
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52 
IV - produtos industrializados; 
§ 3º - O imposto previsto no inciso IV: 
I - será seletivo, em função da essencialidade do produto; 
 
 
 
 Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao 
contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos 
Municípios: 
III - cobrar tributos: 
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da 
lei que os houver instituído ou aumentado; P. da Irretroatividade 
 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer 
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no 
País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à 
segurança e à propriedade, nos termos seguintes: 
XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico 
perfeito e a coisa julgada; 
 
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53 
 
Anterioridade significa Eficácia da lei. 
Irretroatividade significa Vigência da lei. 
 
 O Princípio da Irretroatividade Tributária significa que a lei 
deverá atingir fatos geradores a ela posteriores, ou seja, devendo conter 
vigência prospectiva, vale dizer que a lei tributária não poderá retroagir, 
sob pena de, desafiando a segurança jurídica, atacar o ato jurídico 
perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada (art. 5º, XXXVI). 
 
 A anterioridade refere-se à eficácia da lei, prevendo seu 
diferimento. 
 A irretroatividade se atrela à vigência da lei. 
 
CESPE – PGE Alagoas 2009 & OAB 2007 
 Se a lei for silente quanto à data de vigência, devemos trabalhar 
comos 45 dias da vacatio legis: 
 Ex.: lei 15/12/2009 – vigência 30/11/2010 – a lei passa a ser 
vocacionada a incidir, mas há a questão do diferimento da eficácia, que 
ocorrerá a partir de 15/03/2010, aproximadamente. 
 
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54 
 
 Art. 106, I e II – ver 144, § 1º 
 
 Art. 144, § 1º, CTN 
Art. 144. O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador 
da obrigação e rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente 
modificada ou revogada. 
 § 1º Aplica-se ao lançamento a legislação que, posteriormente à 
ocorrência do fato gerador da obrigação, tenha instituído novos 
critérios de apuração ou processos de fiscalização, ampliado os 
poderes de investigação das autoridades administrativas, ou 
outorgado ao crédito maiores garantias ou privilégios, exceto, neste 
último caso, para o efeito de atribuir responsabilidade tributária a 
terceiros. 
 
 
 
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55 
 
 
 
 
 
Art. 150, III, a, CF 
Determina que as leis tributárias só podem ser aplicadas para o 
futuro. 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao 
contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos 
Municípios: 
III - cobrar tributos: 
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da 
vigência da lei que os houver instituído ou aumentado; 
 
 
 
 
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LEI FATOS GERADORES FUTUROS 
 
 existem casos de retroatividade da lei tributária, EXCEÇÕES –
em que será aplicada a Fatos Geradores passados. Estes casos estão 
previstos no CTN 106 e 144. 
 
Art. 106: DOIS blocos de exceções à irretroatividade 
1º BLOCO: lei expressamente interpretativa 
2º BLOCO: retroatividade para beneficiar o sujeito passivo – ato 
em aberto 
 
 
Lei expressamente interpretativa pode retroagir. O que é uma 
lei expressamente interpretativa? É aquela cujo objetivo é apenas explicar 
uma lei anterior. Então, essa lei expressamente interpretativa não inova 
no ordenamento jurídico, não traz criação, nada de novo. Simplesmente 
interpreta uma lei anterior, diz o significado e como deve ser entendida a 
 
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lei anterior. Por ser explicativa de lei anterior, esse tipo de legislação 
pode retroagir. Por isso, pode ser aplicada a FG passados. Art. 106, I. 
Essa retroação só ficará vedada quando se trate de penalidades, 
porque há ônus para o Sujeito Passivo – a lei não retroagirá. Se houver 
penalidade por conta dessa interpretação, a lei não retroagirá. 
 
 
 Art. 106. A lei aplica-se a ato ou fato pretérito: 
 I - em qualquer caso, quando seja expressamente 
interpretativa, excluída a aplicação de penalidade à 
infração dos dispositivos interpretados; 
 
 
Casos em que a lei determina a extinção de uma infração ou uma 
lei que desqualifica um determinado ato como ilícito. Esta lei pode 
retroagir e o faz para beneficiar o Sujeito Passivo. 
Outra hipótese é a de uma lei que estabeleça uma penalidade mais 
benéfica. 
Esses casos dependem de uma condição. O ato que estabelece uma 
infração ou uma penalidade deve ser um ato em aberto, um ato que 
 
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ainda não tenha sido julgado pela Administração. Ex.: sujeito passivo 
tem o dever de entregar uma declaração, pois a não entrega é uma 
infração À lei tributária. O SP já foi processado pela Administração e tem 
um processo que corre contra ele por conta da não entrega da declaração. 
Se o processo acabou e tem decisão final, e no dia seguinte sai uma lei 
dizendo que não precisa mais entregar a declaração, a lei não retroagirá, 
porque não é mais aberto o ato. 
Ato em aberto: deve haver um processo ou procedimento em curso 
relativo à penalidade. 
 Art. 106. A lei aplica-se a ato ou fato pretérito: 
 II - tratando-se de ato não definitivamente julgado: 
 a) quando deixe de defini-lo como infração; 
 b) quando deixe de tratá-lo como contrário a qualquer 
exigência de ação ou omissão, desde que não tenha sido fraudulento 
e não tenha implicado em falta de pagamento de tributo; 
 c) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista 
na lei vigente ao tempo da sua prática. 
 
 
Quebra do sigilo bancário pela Administração. 
Ter em mente a cronologia abaixo: 
 
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� 1964 – Lei 4.595 – admitia a quebra de sigilo bancário pela 
Administração, com autorização judicial 
� 2001 – LC 105 revogou a lei 4.595/64 – disciplinou a quebra de 
sigilo pela Administração e disse que a quebra independe de 
autorização judicial. 
O que Administração precisa é apenas a existência de um 
processo ou procedimento administrativo e um motivo relevante para 
promover a quebra. 
 
 
� PROCESSO OU PROCEDIMENTO 
ADMINISTRATIVO 
 e 
� MOTIVO RELEVANTE 
Imagine que um contribuinte tenha realizado o FG do IR em 2000 e 
não recolha o valor integral, sonegando. 
Imagine que em 2002 a Administração inicie a fiscalização desse 
fato gerador e, no curso da fiscalização, queira ter acesso à 
movimentação financeira. A Administração, em 2002, pode quebrar o 
 
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sigilo bancário para investigar FG de 2000? Pergunta importante porque 
a autorização para quebra só aparece em 2001. 
Segundo a redação literal do 144, p. 1º do CTN, sim, a 
Administração pode quebrar o sigilo, porque a LC 105 é uma lei 
procedimental, que apenas amplia os poderes de investigação e, 
ampliando-os, não tenho novo tributo, apenas mais armas da 
Administração para combater os sonegadores, as atribuições da 
Administração Tributária. 
 
Art. 144. O lançamento reporta-se à data da ocorrência do 
fato gerador da obrigação e rege-se pela lei então vigente, 
ainda que posteriormente modificada ou revogada. 
*** PORÉM, 
 § 1º Aplica-se ao lançamento a legislação 
que, posteriormente à ocorrência do fato gerador da 
obrigação, tenha instituído novos critérios de apuração ou 
processos de fiscalização, ampliado os poderes de 
investigação das autoridades administrativas, ou 
outorgado ao crédito maiores garantias ou privilégios, 
exceto, neste último caso, para o efeito de atribuir 
responsabilidade tributária a terceiros. 
 § 2º O disposto neste artigo não se aplica aos impostos 
lançados por períodos certos de tempo, desde que a 
 
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respectiva lei fixe expressamente a data em que o fato 
gerador se considera ocorrido. 
 
Temos duas posturas importantes que Você deve lembrar: 
 Retroatividade da LC 105/2001 
 STJ: “LC 105 pode retroagir”. 
 Fundamento: art. 144, p. 1º, CTN 
 Constitucionalidade da LC 105: a questão é a Possibilidade de 
quebra SEM autorização judicial. 
 ADIs – não há nenhuma decisão. 
 REs 
 15/12/2010 – julgou o RE 389.808 e, no julgamento, entendeu 
pela inconstitucionalidade da quebra sem autorização judicial, 
inconstitucionalidade da LC 105. 
 
Quarta-feira, 15 de dezembro de 2010 
STF nega quebra de sigilo bancário de empresa pelo Fisco sem ordem judicial 
 
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Por maioria de votos, o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) deu provimento 
a um Recurso Extraordinário (RE 389808) em que a empresa GVA Indústria e 
Comércio S/A questionava o acesso da Receita Federal a informações fiscais da 
empresa, sem fundamentação e sem autorização judicial. Por cinco votos a quatro, os 
ministros entenderam que não pode haver acesso a esses dados sem ordem do Poder 
Judiciário. 
O caso 
A matéria tem origem em comunicado feito pelo Banco Santander à empresa GVA 
Indústria e Comércio S/A, informando que a Delegacia da Receita Federal do Brasil – 
com amparo na Lei Complementar nº 105/01 – havia determinado àquela instituição 
financeira, em mandado de procedimento fiscal, a entrega de extratos e demais 
documentos pertinentes à movimentação bancária da empresa relativamente ao 
período de 1998 a julho de 2001. O Banco Santander cientificou a empresa que, em 
virtude de tal mandado, iria fornecer os dados bancários em questão. 
A empresa ajuizou o RE no Supremo contra acórdão proferido pelo Tribunal 
Regional Federal da 4ª Região, que permitiu “o acesso da autoridade fiscal a dados 
relativos à movimentação financeira dos contribuintes, no bojo do procedimento 
fiscal regularmente instaurado”. Para a GVA, “o poder de devassa nos registros 
naturalmente sigilosos, sem a mínima fundamentação, e ainda sem a necessária 
intervenção judicial, não encontram qualquer fundamento de validade na 
Constituição Federal”. Afirma que foi obrigada por meio de Mandado de 
Procedimento Fiscal a apresentar seus extratos bancários referentes ao ano de 1998, 
sem qualquer autorização judicial, com fundamento apenas nas disposições da Lei nº 
10.174/2001, da Lei Complementar 105/2001 e do Decreto 3.724/2001, sem qualquer 
respaldo constitucional. 
 
 
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63 
Dignidade 
O ministro Marco Aurélio (relator) votou pelo provimento do recurso, sendo 
acompanhado pelos ministros Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes, Celso de 
Mello e Cezar Peluso. O princípio da dignidade da pessoa humana foi o fundamento 
do relator para votar a favor da empresa. De acordo com ele, a vida em sociedade 
pressupõe segurança e estabilidade, e não a surpresa. E, para garantir isso, é 
necessário o respeito à inviolabilidade das informações do cidadão. 
Ainda de acordo com o ministro, é necessário assegurar a privacidade. A exceção 
para mitigar esta regra só pode vir por ordem judicial, e para instrução penal, não 
para outras finalidades. “É preciso resguardar o cidadão de atos extravagantes que 
possam, de alguma forma, alcançá-lo na dignidade”, salientou o ministro. 
Por fim, o ministro disse entender que a quebra do sigilo sem autorização judicial 
banaliza o que a Constituição Federal tenta proteger, a privacidade do cidadão. Com 
esses argumentos o relator votou no sentido de considerar que só é possível o 
afastamento do sigilo bancário de pessoas naturais e jurídicas a partir de ordem 
emanada do Poder Judiciário. 
Já o ministro Gilmar Mendes disse em seu voto que não se trata de se negar acesso às 
informações, mas de restringir, exigir que haja observância da reserva de jurisdição. 
Para ele, faz-se presente, no caso, a necessidade de reserva de jurisdição. 
Para o ministro Celso de Mello, decano da Corte, o Estado tem poder para investigar 
e fiscalizar, mas a decretação da quebra de sigilo bancário só pode ser feita mediante 
ordem emanada do Poder Judiciário. 
Em nada compromete a competência para investigar atribuída ao poder público, que 
sempre que achar necessário, poderá pedir ao Judiciário a quebra do sigilo. 
 
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64 
 
Divergência 
Os ministros Dias Toffoli, Cármen Lúcia, Ayres Britto e Ellen Gracie votaram pelo 
desprovimento do RE. De acordo com o ministro Dias Toffoli, a lei que regulamentou 
a transferência dos dados sigilosos das instituições financeiras para a Receita Federal 
respeita as garantias fundamentais presentes na Constituição Federal. Para a ministra 
Cármen Lúcia, não existe quebra de privacidade do cidadão, mas apenas a 
transferência para outro órgão dos dados protegidos. 
Na semana passada, o Plenário havia negado referendo a uma liminar (Ação 
Cautelar 33) concedida pelo ministro Marco Aurélio em favor da GVA. 
 
Quarta-feira, 15 de dezembro de 2010 
Íntegra do voto do ministro Celso de Mello na decisão sobre quebra de sigilo de 
empresa pela Receita 
Na sessão do último dia 24, o Plenário do STF cassou, por seis votos a quatro, liminar 
concedida na Ação Cautelar (AC) 33 pelo ministro Marco Aurélio, que impedia a 
quebra de sigilo bancário da GVA Indústria e Comércio S/A pela Receita Federal. A 
cautelar tinha o objetivo de dar efeito suspensivo ao Recurso Extraordinário (RE 
389808) interposto na Corte pela própria empresa. 
O ministro Celso de Mello uniu-se à corrente vencida. Ele sustentou que o Fisco não 
tem poder para decretar, por autoridade própria, a quebra do sigilo bancário do 
contribuinte. Para isso, necessita que obtenha prévia autorização judicial. 
Leia aqui a íntegra do voto do ministro Celso de Mello. 
 
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65 
 
OBS específica & importante: Aplicação do Princípio da 
Irretroatividade e IR 
 
Súmula 584, STF 
AO IMPOSTO DE RENDA CALCULADO SOBRE OS RENDIMENTOS DO ANO-
BASE, APLICA-SE A LEI VIGENTE NO EXERCÍCIO FINANCEIRO EM QUE 
DEVE SER APRESENTADA A DECLARAÇÃO. 
 
Ex.: 2008 Janeiro a dezembro, você como contribuinte realiza o FG 
do IR (rendimentos), um pouquinho por mês, até chegar o dia 
31/dezembro. Você pessoa física, mesmo que vá pagando um pouco por 
mês do IR, entrega a declaração do IR até 30/abril/2009. Você entrega a 
declaração do ano-base 2008 no exercício de 2009 e realiza o pagamento 
do que faltar pagar. 
Se é publicada uma lei que aumenta a alíquota do IR durante 2008, 
esta lei entra em vigor no dia 1º de janeiro, observado o princípio da 
anterioridade. A questão é saber quando você for entregar sua 
declaração e for fazer o pagamento do IR, você deve considerar essa 
alíquota majorada? A súmula 584 diz que sim! Esta lei deve ser aplicável, 
porque eu aplico a lei vigente na entrega da declaração. Os contribuintes 
dizem que essa súmula ofende o princípio da irretroatividade da lei 
 
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