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DIREITO PENAL I, Aula 01

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Conceito de Crime:
Crime é todo o fato típico, ilícito e culpável para a corrente majoritária. 
FATO TÍPICO: O fato típico tem como elemento a CONDUTA, RESULTADO, NEXO CAUSAL e a TIPICIDADE.
Quanto a conduta: Conduta é toda ação ou omissão, consciente e voluntária, dolosa ou culposa, dirigida a uma finalidade. Dentro do conceito de conduta podemos ver que a conduta é toda ação ou omissão. Dentro da ação podemos destacar que a teoria adota para ação é a teoria finalista da ação. Está teoria diz que o dolo e a culpa estão dentro da conduta. Ou seja, no Direito Penal a responsabilidade é subjetiva (porque o dolo e a culpa estão na conduta) Salvo algumas hipóteses de responsabilidades objetivas no Direito Penal. Dentro da conduta podemos deslumbrar que quem pratica a conduta o sujeito da conduta, o sujeito ativo da conduta pode ser tanto a PESSOA FISICA quanto à PESSOA JURIDICA. (Isto é, ambas podem praticar crimes.) OS CRIMES EM QUE AS PESSOAS JURIDICAS PODEM PRATICAS SÃO: Crimes Ambientais e Crimes contra a ordem econômica e financeira e a economia popular de acordo dispositivo exposto na Constituição Federal. Artigos, 173, § 5º e Artigo 225, § 3º. CONCLUI-SE ENTÃO QUE, PESSOAS JURIDICAS E FISICAS PODEM SER CONSIDERADOS SUJEITOS ATIVOS DE CRIMES. De outro lado, temos duas espécies de sujeitos passivos de crime; Tenho o SUJEITO PASSIVO CONSTANTE de todo o crime que é o ESTADO que é o titular de direito, de punir no direito penal. E o SUJEITO PASSIVO EVENTUAL dos crimes que são aquelas pessoas que são titulares dos bens jurídicos lesados. POR EXEMPLO: Em um crime contra o patrimônio, como o furto, eu tenho como sujeito passivo o proprietário da coisa. Então o sujeito ativo constante que é o estado. E o sujeito passivo eventual que é a pessoa titular do bem jurídico lesado. Vale salientar a importância do conceito de OBJETO DO CRIME: Existe duas espécies de objeto, sendo eles objeto jurídico do crime que é o bem tutelado por aquele crime; EXEMPLO: No homicídio o objeto jurídico do homicídio É A VIDA. Então o homicídio está figurado entre os crimes contra as pessoas e em especial aos crimes contra a vida. O outro aspecto é o objeto material do crime que seria a pessoa ou a coisa sobre a qual recai a conduta. Então por exemplo: No caso do crime de homicídio, o objeto material seria a pessoa morta. No caso do crime de furto o objeto material do crime seria a coisa alheia móvel, ou sobre o que recai a conduta. 
Quanto ao resultado: O resultado do crime nada mais é adotado a teoria do resultado naturalístico da modificação do mundo exterior provocado pela conduta. Então, o RESULTADO NADA MAIS É NO DIREITO PENAL é que o resultado é uma consequência da conduta é a modificação do mundo exterior provocado pela conduta. Vale salientar que NEM TODO CRIME POSSUI RESULTADO, quanto a isso existe TRÊS ESPECIEIS DE CRIME, sendo eles: OS CRIMES MATERIAIS, (que são os crimes de resultados); OS CRIMES FORMAIS, (que são crimes onde a lei prever um resultado, mas não exige que ele ocorra para que aja a consumação do crime); E OS CRIMES DE MERA CONDUTA, (que são crimes totalmente sem resultado, previsto na lei). Então, eu tenho como 
EXEMPLO DE CRIME MÁTERIAS o crime de homicídio porque no crime de homicídio existe um resultado, sendo ele a morte da vítima. 
EXEMPLO DE CRIMES FORMAIS o crime de extorsão, o que é extorsão? Extorsão é você constranger uma pessoa com violência ou grave ameaça para que ela faça ou deixe de fazer ou tolere que se faça alguma coisa com a finalidade de obter vantagem. Então eu tenho que ter a finalidade, porém a finalidade não precisa ser alcançada. Ou seja, o resultado não precisou correr para que a aja uma consumação. Só por estar constrangendo a pessoa, o agente já praticou o crime.
 EXEMPLO DE CRIMES DE MERA CONDUTA o crime de violação de domicílio (violação de domicilio quer dizer: entrar ou permanecer em casa alheia sem autorização) Não há uma finalidade, não há um resultado naturalístico. 
ENTÃO EXISTE CRIMES com ou sem resultados. E os crimes que tem resultados, são os crimes materiais, também chamados de crime de resultados. Dentro do resultado, devemos estudar o Iter crimini (caminho do crime) Iter crimini é o caminho percorrido pelo agente quando ele pratica o crime. 
SÃO 4 FAZES EM QUE O AGENTE PERCORRE AO PRATICAR O CRIME, SENDO ELAS: A COGITAÇÃO, A PREPARAÇÃO, A EXECUÇÃO E A CONSUMAÇÃO DO CRIME. 
Na COGITAÇÃO o agente apenas pensa, mentaliza, idealiza, prever e antever o crime. Na cogitação não é punível em Direito penal, pois cada um pode pensar o que quiser.
Na PREPARAÇÃO o agente escolhe o melhor lugar, o agente escolhe os meios de que maneira ele vai praticar o crime. A preparação como regra não é punível, a não ser que ela constitua um crime autônomo, como por exemplo o porte de arma de fogo ao o crime de quadrilha. São crimes onde a preparação constitui em um crime autônomo ela já é punível. (Essas duas fazes EM REGRA não são puníveis). 
Na EXECUÇÃO do crime. No caso da execução o fato já é punível o agente já pode ser responsabilizado pelo crime. 
Ainda sobre a faze de EXECUÇÃO, dentro da faze de execução do crime, alguns institutos podem ocorrer. Então, dentro da execução do crime eu tenho A TENTATIVA, A DESISTENCIA VOLUNTÁRIA, O ARREPENDIMENTO EFICAZ E O CRIME IMPOSSÍVEL. Por favor não confundam arrependimento eficaz (que evita a consumação) com o arrependimento posterior (que ocorre após essa consumação). O primeiro instituto que será falado é o instituto da: 
PRIMEIRO INSTITUTO - TENTATIVA a tentativa ocorre quando o agente inicia a execução do crime. Mas ele não chega na consumação por circunstancias alheias a sua vontade. Então, o agente chegou na execução, mas ele não conseguiu consumar o crime. Porque? Por fatos alheios e por circunstancias alheias a sua vontade. Ainda dentro da tentativa nós temos 4 espécies principais em que nela possui. PRIMEIRA ESPECIE: É A TENTATIVA PERFEITA, TENTATIVA ACABADA OU CRIME FALHO. SEGUNDA ESPECIE: TENTATIVA IMPERFEITA OU INACABADA. TERCEIRA ESPECIE: TENTATIVA BRANCA OU INCRUENTA. QUARTA ESPECIE: TENTATIVA CRUENTA. 
TENTATIVA PERFEITA: Ocorre quando o agente pratica todos os atos de execução. Se ele tem os seis projetares em uma arma e ele dispara os seis projetares contra a vítima, ele pratica todos os atos de execução. Mas ele não consegue chegar na consumação por circunstancia alheias a sua vontade. 
TENTATIVA IMPERFEITA: Ocorre quando o agente faz uma parte dos atos de execução. Então eu posso distinguir a tentativa perfeita com a imperfeita. Dizendo que na tentativa perfeita eu faço todos os atos de execução, enquanto na tentava imperfeita eu faço uma parte dos atos de execução. 
TENTATIVA BRANCA: O agente não consegue atingir a vítima. 
TENTATIVA CRUENTA: O agente atinge sim a vítima. 
No caso da tentava, como funciona a pena da pessoa que apenas tenta praticar o crime, mas que não consegue por circunstância alheia a vontade do agente?
No caso do crime consumado o agente responde pela pena prevista no tipo penal. 	 No crime tentado, no caso da tentativa o agente responde pela mesma pena do crime consumado. Porem diminuída de um ½ até 2/2 dependendo da maior ou menor proximidade da consumação. 
ALGUNS CRIMES NO DIREITO PENAL NÃO ADMITEM A TENTATIVA. SÃO ELES OS CRIMES: 
CRIMES CULPOSOS: nos tipos culposos, existe uma conduta negligente, mas não uma vontade finalisticamente dirigida ao resultado incriminado na lei. Não se pode tentar aquilo que não se tem vontade livre e consciente, ou seja, sem que haja dolo.
CRIMES PRETERDOLOSOS: são aqueles em que há dolo no antecedente e culpa no conseqüente. Ex. lesão corporal seguida de morte. Havendo culpa no resultado mais grave, o crime não admite tentativa.
CRIMES UNISSUBSISTENTES: são aqueles em que não se pode fracionar a conduta. Ou ela não é praticada ou é praticada em sua totalidade. Deve-se ter um grande cuidado para não confundir esses crimes com os formais e de mera conduta, os quais podem ou não admitir a tentativa, oque fará com que se afirme uma coisa ou outra é saber se eles são ou não unissubsistentes.
CRIMES HABITUAIS: são aqueles que exigem uma reiteração de condutas para que o crime seja consumado. Cada conduta isolada é um indiferente para o Direito Penal.
CRIMES DE ATENTADO: são aqueles em que a própria tentativa já é punida com a pena do crime consumado, pois ela está descrita no tipo penal. Ex. art. 352 do CP – “evadir-se ou tentar evadir-se”.
SEGUNDO INSTITUTO – DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA E ARREPENDIMENTO EFICAZ o agente inicia a execução do crime mas não consegue chegar na consumação por vontade própria. Aliás, da mesma maneira que a desistência voluntária, no arrependimento eficaz o agente inicia a execução, mas ele não chega na consumação, por circunstancias própria. Ou seja, por vontade própria. Na desistência voluntária e no arrependimento eficaz, nos dois se inicia a execução, mas não se chega na consumação. Daí, por vontade própria. A doutrina a desistência voluntária e o arrependimento eficaz é chamada como tentativa abandonada como tentativa qualificada. MAS, NÃO TEM NADA HAVER COM A TENTATIVA. 
QUAL A DIFERENÇA SOBRE A RESPONSABILIDADE ENTRE A TENTATIVA PRA DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA?
Nas duas, tanto na tentava quanto na desistência voluntária e o arrependimento eficaz o a gente inicia a execução do crime. Na tentativa o agente não chega na consumação por circunstância alheias a sua vontade. A pena dele será a mesma pena do crime consumado, diminuída de um terço a dois terços, dependendo da proximidade da consumação. Na desistência voluntária, assim também no arrependimento eficaz o agente inicia a execução, mas não chega na consumação por vontade própria. Então, pelo o que responde o agente no caso da desistência voluntária e do arrependimento eficaz? Responderá pelos atos que ele praticou. Assim, se uma pessoa dá um tiro em outra pessoa, tento possibilidade de prosseguir e não prossegue por vontade própria, ele responde pelos atos que ele praticou. Ou seja, se ele causou uma lesão corporal na vítima ele responde por lesão corporal. Não por tentativa, porque a desistência foi por vontade própria. Então, na desistência voluntária e no arrependimento eficaz o agente responde pelos atos que ele praticou. 
Segundo alguma doutrina, diz que: 
NA TENTATIVA EU DIGO: EU QUERO, MAS EU NÃO POSSO
NO ARREPENDIMENTO E NA DESISTÊNCIA EU DIGO: EU POSSO, MAS EU É QUE NÃO QUERO. 
QUAL A DIFERENÇA QUE EXISTE ENTRE DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA E O ARREPENDIMENTO EFICAZ? 
Bem, na DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA o agente inicia os atos executórios, mas ele não termina todos os atos executório. Ou seja, no meio dos atos executórios, ele para. Ele desiste de prosseguir na execução. Por que? Por vontade própria. 
Bem, já no ARREPENDIMENTO EFICAZ o agente termina todos os atos executórios, ele termina todos os atos de execução do crime. Mas ele se arrepende e ele consegue reverter com seu arrependimento em não conseguir o resultado. 
Então, na desistência voluntária o agente faz uma parte dos atos de execução e no arrependimento eficaz ele faz todos os atos de execução. É como se eu dissesse o seguinte. A desistência voluntária está para a tentativa imperfeita assim como o arrependimento eficaz está para a tentativa perfeita, quantos aos atos executórios. MAS, a desistência voluntária o agente faz uma parte dos atos e no arrependimento eficaz ele faz todos os atos e responde somente pelos atos que ele praticou. ENTÃO EU TERIA COMO EXEMPLO: SE UMA PESSOA DÁ UM TIRO NA OUTRA, GUARDA A ARMA E VAI EMBORA, ISTO É UMA HIPOTESE DE DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA. SE ELA DER O VENENO PARA UMA PESSOA E DEPOIS DER O ANTINDOTO DEPOIS DE ENVENENAR ISSO SERIA ARREPENDIMENTO EFICAZ. Nos dois casos o agente responde apenas pelos atos que ele praticou. 
Dentro ainda da faze executória do iter criminis nós temos que tratar ainda do crime impossível. “Está previsto dentro do código penal, no Artigo 17”
CRIME IMPOSSÍVEL: Não há tentativa quando, iniciada a execução do crime. Este não se consuma pela ineficácia absoluta do meio ou pela impropriedade absoluta do objeto. A doutrina chama o crime impossível de TENTATIVA INIDÔNEA, TENTATIVA INADEQUADA, QUASE CRIME OU CRIME OCO. Porque chamadas assim? Porque no caso do crime impossível o agente inicia uma execução, tanto que o Artigo 17 diz, “não se pude a tentava” porque se inicia a execução, mas não se consegue chegar na consumação. Porque? Pelas duas formas previstas na lei penal de crimes impossível. Ai quais são: INEFICÁCIA ABSOLUTA DO MEIO: É o meio usado para praticar o crime. POR EXEMPLO: O revolve de brinquedo para matar uma pessoa. Ou seja, isso é um meio totalmente, absolutamente ineficaz. Enquanto eu posso ter também o objeto absolutamente impróprio IMPROPRIEDADE ABSOLUTA DO OBEJETO: (lembrando que é sobre objeto material, que é sobre quando recai a conduta do agente.) POR EXEMPLO: Se eu der um tiro em um cadáver, isso é um objeto absolutamente improprio. Então, eu tenho as duas espécies de crime impossível. VALE SALIENTAR QUE A ineficácia absoluta do meio e a impropriedade absoluta do objeto tem que ser ABSOLUTAS. Porque se a ineficácia e a impropriedade forem relativas não haverá crimes impossíveis, HAVERÁ TENTIVA. Dizendo isso, eu adoto a teoria objetiva temperada. TEORIA OBJETIVA TEMPERADA: é aquela que diz que no crime impossível a ineficácia e a impropriedade têm que ser absolutas. Se forem relativas, haverá no caso crime tentado. 
O QUE É, E QUANDO OCORRERÁ O DELITO DE ENSAIO, TAMBÉM CONHECIDO COMO FLAGRANTE PREPARADO? 
É o seguinte, a lei penal prever apenas duas espécies de crimes impossíveis, quais sejam: ineficácia absoluta do meio e a impropriedade absoluta do objeto. O STF DISSE EM UMA SUMULA QUE: Não há crime, quando há preparação do flagrante impede a sua consumação. Ou seja, o STF criou mais uma hipótese do crime impossível que é o caso do crime preparado ou provocado. Então, nós temos o crime de flagrante preparado ou provocado também conhecido como: DELITO DE ENSAIO, DELITO DE EXPERIÊNCIA ou DELITO PUTATIVO POR OBRA DO AGENTE PROVOCADOR. E quando ocorre esses delitos?? Ocorre quando a autoridade policial ou a vítima induzem o agente a praticar o crime ao mesmo tempo em que tomam todas as providencias para que não se chegue a consumação. EXEMPLO, NO CRIME DE FLAGRANTE PREPARADO OU PROVOCADO o agente é protagonista de uma farsa. Ou seja, o agente jamais conseguirá chegar até a consumação por causa do aparato, da maneira em que é preparado o flagrante para que não se chegue na consumação do crime. (bem, se ocorresse a consumação do crime, não haveria flagrante preparado e sim o crime consumado. DENTRO DAS HIÓTESES DE FLAGRANTE, vemos que no CPC no artigo 302 diz quando haverá crime de flagrante. I - está cometendo a infração penal; II - acaba de cometê-la; III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração; IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da infração. 
Na CONSUMAÇÃO do crime. A consumação nós termos do Artigo 14, inciso I do Código Penal: Ocorre quando todos os elementos da disposição legal estão completos. Então, computasse o crime. Não ocorre consumação sempre quando há resultado. Então, a consumação não está ligada ao resultado. Pois vimos que existe crimes com resultado, que se conclui com resultados, porem vimos que existe crimes que não tem resultados. E os crimes que não tem resultados eles se consumam quando então? Eles se consumam com a conduta. 
OU O CRIME SE CONSUMA COM A CONDUTA OU O CRIME SE CONSUMA COM O RESULTADO. O CRIME QUE SE CONSUMA COM O RESULTADO É O CRIME QUE POSSUI RESULTADO, É O CRIME MATERIAL. ENQUANTO QUE O CRIME FORMAL E O CRIME DE MERA CONDUTA SE CUNSUMAM SEM ESSE RESULTADO. 
Então, essas são as 4 fazes do iter crimines COGITAÇÃO, PREPARAÇÃO, EXECUÇÃO E A CONSUMAÇÃO. Sendo que a COGITAÇÃO E A PREPARAÇÃO não puníveis. A preparação em regra é não punível, a não ser que a preparaçãoconstitua num crime autônomo. Como eu falei pra vocês, nos casos de crime de formação de quadrilha e de porte de arma. Só pela execução, já é punível. DENTRO DA EXECUÇÃO OS INSTITUTOS QUE NÓS TEMOS É A TENTATIVA, DESISTENCIA VOLUNTÁRIA, ARREPENDIMENTO EFICAZ E CRIME IMPOSSÍVEL. Bem, chegando na faze da CONSUMAÇÃO, o que mais pode acontecer? Pode acontecer a existência do INSTITUTO DO ARREPENDIMENTO POSTERIOR 
INSTITUTO DO ARREPENDIMENTO POSTERIOR: É o instituto previsto no artigo 16 do CP. Na verdade o arrependimento posterior é uma espécie de reparação do dano. O instituto do arrependimento posterior é um benefício para o réu. Porque é uma causa de diminuição da pena. Assim como na tentativa eu tenho uma causa de diminuição de pena, no arrependimento posterior também é uma causa de diminuição de pena. Esta causa de um terço até dois terços. DESDE QUE PRESENTES OS SEGUINTES REQUISITOS: 1º requisito é A REPARAÇÃO DO DANO tem que ocorrer após a consumação do crime. Essa reparação do dano só cabe nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça a pessoa. POR EXEMPLO: O crime de roubo, o crime de extorsão. São crimes praticados com violência a pessoa. Então, nesses crimes não cabe um arrependimento posterior. Se a violência for contra a coisa, como por EXEMPLO: O furto no rompimento de um obstáculo pode caber o arrependimento posterior. Mas então como regra, só cabe nos crimes sem violência ou grave ameaça a pessoa. 2º requisito A REPARAÇÃO DO DANO E A RESTITUIÇÃO DA COISA tem que ser integrais. Se a reparação do dano e a restituição da coisa forem parciais não cabe o arrependimento posterior, nem que a vítima aceite. Porque a lei penal e a doutrina diz: A reparação do dano, a restituição da coisa tem que ser integral. ATÉ QUE MOMENTO CABE O ARREPENDIMENTO POSTERIOR? Cabe desde a consumação do crime até o recebimento da denúncia. Não é até o oferecimento da denúncia (é um ato feito pelo ministério público, recebimento da denúncia é o ato do juiz). Então cabe desde a consumação do crime até o recebimento da denúncia. 3º e último requisito ATO VOLUNTÁRIO DO AGENTE. Quando o Direito fala em Ato Voluntário, assim como ele falou em desistência voluntária, voluntário não é a mesma coisa que espontâneo no Direito Penal. A diferença é que o ATO VOLUNTÁRIO: É aquele que pode ser ainda que seja por conselho de terceiros. Então POR EXEMPLO: Se o pai ou qualquer pessoa ajuda o agente ou aconselha o agente a reparar o dano, o arrependimento posterior a causa de diminuição de pena aproveita ao agente. ESPONTÂNEO: É uma coisa que parte do agente. E voluntário é uma coisa que pode ser por conselhos de terceiros. ENTÃO, O ARREPENDIMENTO POSTERIOR ELE PRECISA SER POR ATO VOLUNTÁRIO. ASSIM, como já falamos da desistência voluntária, são atos que vem do agente, mas que pode ser aconselhado por terceiros. Então, esses são os 4 requisitos do arrependimento posterior. (estão em negritos).
QUANTO AOS EFEITOS DO ARREPENDIMENTO POSTERIOR: Circunstancias Objetiva: é algo que é exterior ao agente. Circunstancia Subjetiva: é tudo aquilo que pertence ao agente. LEMBRANDO QUE O ARREPENDIMENTO EFICAZ, SÓ POSSUI CIRCUNSTÂNCIAS OBJETIVAS. POR SER CIRCUNSTÂNCIAS OBJETIVAS. Por exemplo: Se duas pessoas praticam o crime de furto. Basta que apenas umas delas repare o dano a outra. Não é necessário que o outro repare, pois se um reparar o dano o outro será beneficiado com o arrependimento posterior. Então, o arrependimento posterior é um instituto que cabe como regra em todos os crimes do direito penal cometidos sem violência ou grave ameaça a pessoa. EXISTE EXCEÇÕES A ESSE ARREPENDIMENTO POSTERIOR: 1º exceção é o crime de estelionato praticado na modalidade cheques sem fundos. (estelionato é induzir ou manter a vítima em erro. Usando como artificio um ardi-o ou qualquer outro meio fraudulento). QUAL É O BENEFICIO QUE CABE A PESSOA QUE REPARA O DANO, NO CASO DO ESTELIONATO COM CHEQUE SEM FUNDOS ATÉ O RECEBIMENTO DA DENÚNCIA? O BENÉFICIO É QUE ATÉ O RECEBIMENTO DA DENUNCIA, A PESSOA QUE REPARA O DANO TEM A EXTINTA A SUA PUNIBILIDADE. A diferença é que no arrependimento posterior ele é um benefício que cabe desde a consumação do crime até o recebimento da denúncia. E é apenas uma causa de diminuição de pena. ISSO É EXTINÇÃO. 2ª exceção é o crime de peculato culposo. (Peculato é um crime apenas praticados por funcionários públicos. Obviamente, obviamente admitindo coautoria e participação.) A REGRA É QUE O CRIME SEJA DOLOSO, EXCEPCIONALMENTE ELE SERÁ CULPOSO. Quando haverá o crime culposo? Quando houver previsão legal. Então, no caso do peculato eu tenho tanto o crime doloso quanto o crime culposo. No caso do peculato doloso é o funcionário público que se apropria de um bem, de um dinheiro ou de um valor que está em sua posse em razão do cargo. Ou que desviar esse bem, dinheiro ou valor em proveito próprio ou alheio. No caso do peculato culposo é aquela situação onde o agente concorre culposamente para o crime de outrem. É o caso do funcionário público que por EXEMPLO: É imprudente na guarda de um bem da repartição e em algum determinado momento onde ele é negligente, imprudente na guarda deste bem, alguma pessoa por exemplo subtrai este bem. Este é o peculato culposo. O peculato culposo só tá certo se o crime de outrem ou crime desta outra pessoa for um crime doloso consumado. No caso do crime de peculato doloso aplica-se o instituto do arrependimento posterior. Ou seja, a reparação do dano desde a consumação do crime até o recebimento da denúncia diminui a pena de um terço até dois terços. Já no caso do peculato culposo a reparação do dano funciona de uma maneira diferente. (a reparação do dano pode acontecer desde a consumação do crime até a sentença irrecorrível “transito em julgado”) Então como faze dos processos importantes, a gente tem A CONSUMAÇÃO DO CRIME, O RECEBIMENTO DA DENÚNCIA, A SENTENÇA CONDENATÓRIA RECCORÍVEL E O TRANSITO EM JULGADO DESTA SENTENÇA. Transito em julgado quer dizer: Quando não cabe mais recurso desta sentença. NO CASO DO PECULATO CULPOSO A REPARAÇÃO DO DANO DESTE A CONSUMAÇÃO DO CRIME ATÉ A SENTENÇA É IRRECORRIVEL ou seja, até o trânsito em julgado da sentença é uma causa de extinção da punibilidade. Depois do transito em julgado ainda existe um benefício para o agente no peculato culposo... sendo ele: a redução da pena de metade. ENTÃO, RESUMINDO, Ao peculato doloso: crime praticado sem violência, eu aplico o arrependimento posterior. Agora, ao peculato culposo: eu não aplico no instituto do arrependimento posterior. ENTÃO, ESSAS SÃO AS consequências, as exceções e é a regra da reparação do dano no Direito Penal. 
Quando falamos de conduta, nós nos referimos que conduta é toda ação ou omissão. Eu falei que da ação para a ação é adotada a teoria finalista. UM CRIME POR AÇÃO: É AQUELE QUE O AGENTE FAZ ALGUMA COISA PARA PRATICAR O CRIME. ENQUANTO QUE NO CRIME OMISSIVO: É AQUELE QUANDO O AGENTE REALIZA A CONDUTA NÃO FAZENDO ALGUMA COISA. ENQUANTO NA AÇÃO O AGENTE FAZ, NA OMISSÃO O AGENTE NÃO FAZ ALGUMA COISA. 
Existe duas espécies de crime OMISSIVOS:
CRIME OMISSIVO PRÓPRIO: É aquele onde o agente simplesmente não faz alguma coisa. Só que este não fazer do agente está previsto na lei penal como crime. POR EXEMPLO: O crime de omissão de socorro. No crime de omissão de socorro o agente simplesmente não faz alguma coisa e este não fazer dele É CRIME. 
Crimes de omissão próprio: a pessoa responde pela sua omissão. Porque a sua omissão está prevista na lei penal como crime. 
CRIME OMISSIVO IMPRÓPRIO: É também chamado de crime comissivo por omissão: Crime comissivo é um crime de ação por omissão. Apenas determinadas pessoas podem praticar o crime omissivo impróprio, que são as pessoas que estão no artigo 13, § 2º do CP: Os garantis previstos na lei penal, são: Aqueles que tem por lei obrigação de cuidado, proteção e vigilância. POR EXEMPLO: Os pais com relação aos filhos, Os policiais com relação a sociedade... Quem mais tem esse dever jurídico? Tem aquelas pessoas que assumem a responsabilidade de impediro resultado. POR EXEMPLO: A pessoa que toma conta de uma escola, baba, um guia alpinista. Garante também aquela pessoa que com seu comportamento anterior cria um risco de impedir um resultado. POR EXEMPLO: Uma pessoa que convida a outra para nadar e a outra pessoa diz eu não sabe nadar. Ai, a outra pessoa diz: Pode deixar, que se acontecer alguma coisa eu garanto. Então esta pessoa garante... OU SEJA, NESSAS TRÊS HIPÓTESES previstas no art 12 do CP A PESSOA É UM GARANTE. Então ela tem o dever de agir. Se ela não fizer nada ela responde pelo crime. Mas, ela não responde pela sua omissão ela responde pelo resultado do crime. EXEMPLO: Se a mãe deixar de alimentar um filho tendo o dever legal de fazê-lo, ela responderá não por omissão de socorro, mas sim responderá pelo crime de homicídio. 
Crimes omissivos impróprios: são quaisquer crimes de ação por exemplo: O homicídio, o roubo, o furto, o estupro, que a pessoa que é garante do resultado, estas pessoas irão responder pelo resultado. (Aqui a pessoa não responde pela sua omissão, mas sim pelo resultado previsto na lei penal) assim, se uma mãe deixa de alimentar um filho e ele morre em inanição, ela não vai responder por omissão de socorro, e sim por homicídio. Se um policial ver um assalto praticado e não faz nada tendo ele o dever de agir, este dever é um dever poder, então o policial tem que dever agir e poder agir no caso concreto, e nada fizer. Ele não Responderá pela omissão e sim pelo resultado. Ou seja, se ele ver um assalto e não faz nada, ele responde pelo próprio assalto. OUTRO EXEMPLO: Se uma mãe ver um pai ou um padrasto estuprando uma criança e não faz nada, o padrasto responderá pelo crime de estupro na forma de ação. Enquanto a mãe responderá por estupro na forma omissiva, omissiva IMPRÓPRIA. 
Os três garantes do crime omissivo impróprio são: a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância; b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado; c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado. Expressamente previsto no Artigo 13 do CP, § 2º.
QUANTO A CLACIFICAÇÃO DO CRIME, PODEMOS AINDA MENCIONAR O QUE SÃO: CRIMES COMUM, CRIMES PRÓPRIOS E CRIMES DE MÃO PRÓPRIA. 
CRIME COMUM: É aquele que pode ser praticado por qualquer pessoa. 
CRIME PRÓPRIO: É aquele que só pode ser praticado por determinados sujeitos ativos. COMO POR EXEMPLO: O crime de infanticídio. Este é um crime praticado apenas pela mãe puérpera que mata o filho sobre a influência do estado puerperal. NOS CRIMES PRÓPRIOS A PESSOA PODE PARTICIPAR ADMITINDO CO-AUTORIA OU PARTICIPAÇÃO 
CRIME DE MÃO PRÓPRIA: É aquela que só o sujeito ativo pessoalmente pode pratica-los. EXEMPLO: No falso testemunho (crime de falso testemunho é aquele onde a testemunha, o perito, o contador, o tradutor ou interprete negam a verdade ou calam a verdade. SÓ ESSAS PESSOAS PODEM COMETER O CRIME DE MÃOS PRÓPRIAS... NO CRIME DE MÃO PRÓPRIA SÓ É POSSÍVEL A PARTICIPAÇÃO.

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