Buscar

AULA 7 Distúrbios do crescimento e da diferenciação celular neoplasias

Prévia do material em texto

Prof° André Luiz Thomaz de Souza 
2018 
Enfermeiro pela Universidade José do Rosário Vellano 
Mestre em Enfermagem pela Universidade Federal de Alfenas 
Doutorando em Ciências da Saúde na Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto 
Docente nas Faculdades Integradas do Vale do Ribeira 
 1. Distúrbios do crescimento e da 
diferenciação celular 
2. Neoplasias 
Faculdades Integradas do Vale do Ribeira 
Crescimento e diferenciação celular 
O crescimento e a diferenciação celular são 
processos essenciais para os seres vivos. 
 
 
 
 
 
(BRASILEIRO-FILHO, 2004; ROBINS; CONTRAN, 2010) 2 
 
Crescimento: 
Entendido como multiplicação celular responsável pela 
formação do conjunto de células que compõe os indivíduos. 
 
 
Diferenciação: 
Refere-se a à especialização morfológica e funcional das 
células que permite o desenvolvimento do organismo como 
um todo integrado. 
 
 
 
 
 
 
(BRASILEIRO-FILHO, 2004; ROBINS; CONTRAN, 2010) 3 
Crescimento e diferenciação celular 
 
 
 
 
 
 
(BRASILEIRO-FILHO, 2004; ROBINS; CONTRAN, 2010) 4 
Crescimento celular 
(BRASILEIRO-FILHO, 2004; ROBINS; CONTRAN, 2010) 5 
Diferenciação celular 
Como esses dois processos – crescimento e 
diferenciação – recebem influência de grande número de 
agentes internos e externos às células, não é surpresa que: 
 
Surjam transtornos nos mecanismos que 
controlam o crescimento e diferenciação celular 
 
 
 
 
 
 
 
 
(BRASILEIRO-FILHO, 2004; ROBINS; CONTRAN, 2010) 6 
Crescimento e diferenciação celular 
Do ponto de vista replicativo, as células podem ser 
agrupadas em três grandes categorias: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
(BRASILEIRO-FILHO, 2004; ROBINS; CONTRAN, 2010) 7 
Crescimento e diferenciação celular 
Células 
lábeis 
Células 
estáveis 
Células 
perenes 
Células lábeis: são aquelas que estão em constante 
renovação e se dividem continuamente, durante toda a vida do 
indivíduo (p. ex., células do epitélio de revestimento; células 
hematopoiéticas). 
 
Células estáveis: têm baixo índice mitótico, mas são capazes 
de proliferar quando estimuladas (p. ex., células parinquimatosas 
dos órgão glandulares – fígado, pâncreas; células mesenquimais 
– fibroblastos; astrócitos; células endoteliais). 
 
Células perenes: são células que atingiram o estado de 
diferenciação terminal, não se dividem mais após o nascimento 
(p. ex., neurônios). Contudo a concepção de células perenes 
está mudando – “células tronco”. 
 
 
 
 
 
 
 
(BRASILEIRO-FILHO, 2004; ROBINS; CONTRAN, 2010) 8 
Crescimento e diferenciação celular 
A proliferação celular é um processo estreitamente 
regulado que envolve um grande número de moléculas 
e vias inter-relacionadas. 
 
A replicação das células é estimulada por fatores de 
crescimento ou por sinalização dos componentes da 
matriz extracelular. 
 
 Para alcançar a replicação e divisão do DNA, a célula 
passa por uma sequência de eventos estreitamente 
controlados conhecida como ciclo celular. 
(BRASILEIRO-FILHO, 2004; ROBINS; CONTRAN, 2010) 9 
Controle do ciclo celular 
O ciclo celular consiste nas fases: 
(BRASILEIRO-FILHO, 2004; ROBINS; CONTRAN, 2010) 10 
Controle do ciclo celular 
G1 (pré-síntese) 
S (síntese de DNA) 
G2 (pré-mitótica) 
M (Mitótica) 
O ciclo celular possui múltiplos controles, particularmente 
durante a transição entre as fases G1 e S. Esses controles incluem 
ativadores e inibidores, bem como sensores que são responsáveis 
pelos pontos de controle. 
G0 
 
 
 
 
 
 
 
(BRASILEIRO-FILHO, 2004; ROBINS; CONTRAN, 2010) 11 
Controle do ciclo celular 
CICLO CELULAR 
A população celular global de um indivíduo é mantida 
através da ação de elementos que controlam tanto a taxa de 
multiplicação como a de sobrevivência das células. 
 
O crescimento celular é resultado da ação coordenada de: 
 
 
 
O balanceamento preciso dessas forças opostas em 
diferentes momentos funcionais é que permite a manutenção 
da população celular normal. 
(BRASILEIRO-FILHO, 2004; ROBINS; CONTRAN, 2010) 12 
Regulação do crescimento celular 
Estimuladores da divisão celular Inibidores da divisão celular 
(BRASILEIRO-FILHO, 2004; ROBINS; CONTRAN, 2010) 13 
Regulação do crescimento celular 
Numerosas substâncias têm a propriedade de controlar 
a taxa de divisão celular. As mais importantes são chamados 
FATORES DE CRESCIMENTO (FC) polipeptídicos. 
 
 São produzidos por diferentes células; 
 
 Têm a capacidade de estimular ou inibir a multiplicação 
celular; 
 
 Se ligam em receptores específicos, quase sempre 
localizados na membrana plasmática. 
 
 
(BRASILEIRO-FILHO, 2004; ROBINS; CONTRAN, 2010) 14 
Regulação do crescimento celular 
Os fatores de crescimento atuam por mecanismos 
autócrino, parácrino, endócrino. 
 
 
15 
Alterações no sistema regulatório da divisão e 
diferenciação celular podem resultar em distúrbios: 
 
 Do crescimento; 
 
 Da diferenciação; 
 
 Do crescimento e diferenciação ao mesmo tempo. 
 
 
 
 
 
 
(BRASILEIRO-FILHO, 2004; ROBINS; CONTRAN, 2010) 16 
Crescimento e diferenciação celular 
Adaptação 
(BRASILEIRO-FILHO, 2004; ROBINS; CONTRAN, 2010) 
Conceitos aplicados a Patologia 
(BRASILEIRO-FILHO, 2004; ROBINS; CONTRAN, 2010) 
Conceitos aplicados a Patologia 
A adaptação, lesão reversível ou morte celular podem 
ser considerados estágios de um dano progressivo. 
Conceitos aplicados a Patologia 
1. Alterações do volume celular 
Quando uma célula sofre estímulo acima do normal, 
aumentando a síntese de seus constituintes básicos e seu 
volume, tem-se a hipertrofia. 
 
 Fisiológica: atletas, útero gravídico. 
 Patológico: hipertrofia ventricular. 
 
Se a célula sofre agressão que resulta na diminuição da 
sua atividade, ela fica com menor volume, fenômeno que 
recebe o nome de hipotrofia/atrofia (p. ex., desuso). 
 
 
 
 
 
 
 
(BRASILEIRO-FILHO, 2004; ROBINS; CONTRAN, 2010) 20 
Crescimento e diferenciação celular 
Hipertrofia 
Crescimento e diferenciação celular 
Antes Após 
Crescimento e diferenciação celular 
HIPERTROFIA VENTRICULAR 
 
Fatores de riscos: etilismo e hipertensão arterial. 
Musculatura de membro 
engessado por um mês ou mais. 
 
 Músculo fica menor devido a falta de 
estímulo motor. Como o músculo está 
quase inativo, há menor fluxo sanguíneo 
e consequentemente uma diminuição 
em seu tamanho. 
Crescimento e diferenciação celular 
Hipotrofia 
Crescimento e diferenciação celular 
2. Alterações da taxa de divisão celular 
O aumento na taxa de divisão celular acompanhado de 
diferenciação normal recebe o nome de hiperplasia (p. ex. 
fisiológica – útero e mama gravídico; patológico - hiperplasia 
prostática). 
 
 A diminuição na taxa de proliferação celular é chamada de 
hipoplasia (p. ex. hipoplasia de órgãos linfoides na AIDS). 
 
 A ausência na proliferação celular é denominada como aplasia 
(p. ex. anemia aplásica-hipoplásica). 
 
 
 
 
 
 
 
(BRASILEIRO-FILHO, 2004; ROBINS; CONTRAN, 2010) 25 
Crescimento e diferenciação celular 
Hiperplasia prostática 
Crescimento e diferenciação celular 
3. Alterações da diferenciação celular 
Quando as células de um tecido modificam seu estado de 
diferenciação, tem-se a metaplasia. 
 
p. ex. 
 
Metaplasia pavimentosa dos brônquios 
 
 Epitélio original: epitélio pseudoestratificado ciliado; 
 
 Epitélio do fumante: epitélio estratificadopavimentoso. 
 
 
 
 
 
 
(BRASILEIRO-FILHO, 2004; ROBINS; CONTRAN, 2010) 27 
Crescimento e diferenciação celular 
(BRASILEIRO-FILHO, 2004; ROBINS; CONTRAN, 2010) 28 
Crescimento e diferenciação celular 
Metaplasia 
 
p. ex. 
Transformação metaplásica 
do epitélio escamoso estratificado 
do esôfago para epitélio colunar 
maduro. 
4. Alterações do crescimento e da diferenciação celular 
Se há proliferação celular e redução ou perda da diferenciação, fala-
se em displasia. 
 
 Comuns em fumantes e em pessoas que apresentam vários parceiros sexuais 
sem camisinhas; 
 Agente etiológico: HPV (responsável pela displasia no colo uterino); tabagismo 
(responsável pela displasia brônquica). 
 
A proliferação celular autônoma, geralmente acompanhada de perda 
de diferenciação, é chamada de neoplasia. 
 
 
 
 
 
 
(BRASILEIRO-FILHO, 2004; ROBINS; CONTRAN, 2010) 29 
Crescimento e diferenciação celular 
5. Outros distúrbios 
 
Agenesia: significa 
anomalia congênita na 
qual um órgão ou uma 
parte dele não se forma. 
 
 
 
 
 
 
(BRASILEIRO-FILHO, 2004; ROBINS; CONTRAN, 2010) 30 
Crescimento e diferenciação celular 
Ausência congênita de dentes 
5. Outros distúrbios 
 
Ectopia ou heteropia: é a presença de um tecido normal em 
localização anormal (p. ex. parênquima pancreático na parede 
do estômago). 
 
Distrofia: empregado para designar várias doenças 
degenerativas sistêmicas, genéticas ou não, como por 
exemplo, as distrofias musculares. 
 
 
 
 
 
 
(BRASILEIRO-FILHO, 2004; ROBINS; CONTRAN, 2010) 31 
Crescimento e diferenciação celular 
5. Outros distúrbios 
 
Hemartias: são crescimentos focais excessivos, de 
determinado tecido de um órgão. Quando forma tumores, são 
chamados de hamartomas. 
 
Cortisia: consiste em erros locais do desenvolvimento em que 
um tecido normal de um órgão cresce em sítios onde 
normalmente não é encontrado (p. ex., proliferação de 
cartilagem no pulmão longe da parede brônquica). 
 
 
 
 
 
 
 
 
(BRASILEIRO-FILHO, 2004; ROBINS; CONTRAN, 2010) 32 
Crescimento e diferenciação celular 
As neoplasias resultam do desequilíbrio na replicação 
celular dentro dos níveis homeostáticos. Embora seja difícil 
conceituar precisamente uma neoplasia, uma das 
características principais é justamente a: 
 
PROLIFERAÇÃO CELULAR DESCONTROLADA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
(BRASILEIRO-FILHO, 2004; ROBINS; CONTRAN, 2010) 33 
Neoplasias 
(BRASILEIRO-FILHO, 2004; ROBINS; CONTRAN, 2010) 34 
Neoplasias 
O que diferencia uma neoplasia de uma displasia e 
hiperplasia é exatamente a autonomia de proliferação celular. 
 
 A célula neoplásica sofre alteração nos seus mecanismos 
regulatórios da multiplicação, adquire autonomia de 
crescimento e se torna independente de controles externos. 
 
Quando ocorre em órgãos sólidos, o maior número de 
células na neoplasia forma um tumor 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
(BRASILEIRO-FILHO, 2004; ROBINS; CONTRAN, 2010) 35 
Neoplasias 
FIGURA 7–25 Fluxograma exibindo um 
esquema simplificado das bases moleculares 
do câncer. 
 Divisão rápida e descontrolada das células; 
 Acúmulos de novas mutações a cada divisão; 
 Mudanças morfológicas, fisiológicas e comportamentais das 
células que sofreram as mutações. 
Mutações gênicas 
Oncogenes 
Genes supressores de tumor 
Genes de reparo do DNA 
 
Desregulação do ciclo celular 
Proliferação celular 
descontrolada CÂNCER 
Propriedades das neoplasias 
(BRASILEIRO-FILHO, 2004; ROBINS; CONTRAN, 2010) 
As causas de câncer são variadas, podendo ser externas ou 
internas ao organismo, estando ambas inter-relacionadas. 
 
 As causas externas relacionam-se ao meio ambiente e aos hábitos ou 
costumes próprios de um ambiente social e cultural. 
 
 As causas internas são, na maioria das vezes, geneticamente pré-
determinadas, estão ligadas à capacidade do organismo de se defender 
das agressões externas. 
 
Esses fatores causais podem interagir de várias formas, 
aumentando a probabilidade de transformações malignas nas células 
normais. 
 
 Todos os cancerígenos químicos, físicos ou biológicos têm como alvo o DNA. 
Causas das neoplasias 
(INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER) 
 De todos os casos, 80% a 90% dos cânceres estão 
associados a fatores ambientais. 
 
 Tabagismo 
 Hábitos alimentares 
 Alcoolismo 
 Hábitos sexuais 
 Medicamentos 
 Fatores ocupacionais 
 Radiação solar 
 
 
Causas das neoplasias 
(INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER) 
Hereditariedade 
 
São raros os casos de cânceres que se devem 
exclusivamente a fatores hereditários, familiares e étnicos, 
apesar de o fator genético exercer um importante papel na 
oncogênese. 
 
 Um exemplo são os indivíduos portadores de retinoblastoma que, 
em 10% dos casos, apresentam história familiar deste tumor. 
 
Causas das neoplasias 
(INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER) 
Genes que, quando alterados, podem 
estar associados ao câncer 
Do ponto de vista clínico, evolutivo e de 
comportamento, as neoplasias são divididas em duas 
grandes categorias: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
(BRASILEIRO-FILHO, 2004; ROBINS; CONTRAN, 2010) 42 
Neoplasias 
Benignas Malignas 
Benignas: 
Geralmente não são letais nem causam sérios transtornos 
para o hospedeiro; por isso podem evoluir durante muito 
tempo e não colocam em risco a vida de seu portador. 
 
Malignas: 
Em geral têm crescimento rápido e muitas provocam 
perturbações homeostáticas graves que acabam levando o 
paciente a morte. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
(BRASILEIRO-FILHO, 2004; ROBINS; CONTRAN, 2010) 43 
Neoplasias 
Diferenciação celular nas neoplasias 
Neoplasias Benigna Maligna 
Taxa de crescimento Baixa Alta 
Número de mitoses Raras Frequentes 
Grau de diferenciação Alto Baixo 
Atipias celulares Raras Frequentes 
Degeneração / necrose Ausentes Presentes 
Tipo de crescimento Expansivo Infiltrativo 
Cápsula Presente Geralmente ausente 
Limites da lesão Bem definidos Imprecisos 
Efeitos locais e sistêmicos Geralmente inexpressivos Expressivos e às vezes letais 
Recidiva Em geral ausente Presente 
Metástases Ausentes Presentes 
(BRASILEIRO-FILHO, 2004; ROBINS; CONTRAN, 2010) 
Quadro. Características das neoplasias benignas e malignas. 
 Neoplasias bem diferenciadas  células neoplásicas muito semelhantes 
às células de origem. 
 Neoplasias pouco diferenciadas  células neoplásicas diferentes das 
células de origem  devido a rápida proliferação, são bem diferentes 
entre si. 
 
Diferenciação celular nas neoplasias 
Metástase 
 
do grego metástais = 
mudança de lugar, transferência 
 
É a formação de uma 
nova lesão tumoral a partir 
da primeira, mas sem 
continuidade entre as duas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
(BRASILEIRO-FILHO, 2004; ROBINS; CONTRAN, 2010) 47 
Metástases 
A formação da metástase envolve: 
 
 Destacamento das células através da matriz extracelular; 
 
 Invasão de vasos linfáticos ou sanguíneos; 
 
 Sobrevivência das células na circulação; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
(BRASILEIRO-FILHO, 2004; ROBINS; CONTRAN, 2010) 48 
Metástases 
A formação da metástase envolve: 
 
 Adesão ao endotélio vascular no órgão onde irão se instalar, 
saída dos vasos nesse órgão; 
 
 Proliferação no órgão invadido; Indução de vasos para suprimento sanguíneo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
(BRASILEIRO-FILHO, 2004; ROBINS; CONTRAN, 2010) 49 
Metástases 
Vias de disseminação dos tumores 
 
Qualquer tipo de câncer pode se disseminar através de 
diferentes vias, descritas a seguir. 
 
 Via linfática; 
 
 Via sanguínea; 
 
 Canais, ductos ou cavidades naturais do organismo; 
 
 Movimentos das vísceras ou dos líquidos dessas cavidades. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
(BRASILEIRO-FILHO, 2004; ROBINS; CONTRAN, 2010) 50 
Metástases 
(BRASILEIRO-FILHO, 2004; ROBINS; CONTRAN, 2010) 51 
Metástases 
Vias de disseminação linfática e sanguínea 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
(BRASILEIRO-FILHO, 2004; ROBINS; CONTRAN, 2010) 52 
Cascata Metastática 
Na prática as neoplasias são chamadas de tumores. 
 
Contudo o termo “tumor” é mais abrangente, pois 
significa qualquer lesão expansiva ou intumescimento 
localizado. 
 
p. ex. inflamações e hematomas. 
 
 
 
 
 
 
(BRASILEIRO-FILHO, 2004; ROBINS; CONTRAN, 2010) 53 
Nomenclatura 
Na prática as neoplasias são chamadas de tumores. 
 
Contudo o termo “tumor” é mais abrangente, pois significa 
qualquer lesão expansiva ou intumescimento localizado. Cuidado ao 
empregar o uso do termo tumor (p. ex. inflamações e hematomas). 
 
 O critério mais usado para dar nome a um tumor é a o 
histomorfológico, no qual a neoplasia é identificada pelo 
tecido ou célula que está proliferando. 
 
 
 
 
 
 
 
(BRASILEIRO-FILHO, 2004; ROBINS; CONTRAN, 2010) 54 
Nomenclatura 
Regras: 
 
1. Sufixo – OMA é empregado para denominação de 
qualquer neoplasia, benigna ou maligna. 
 
2. A palavra CARCINOMA indica tumor maligno que 
reproduz epitélio de revestimento; se usada como sufixo, 
sempre indica malignidade (p. ex. adenocarcinoma). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
(BRASILEIRO-FILHO, 2004; ROBINS; CONTRAN, 2010) 55 
Nomenclatura 
Regras: 
 
3. O termo SARCOMA refere-se a uma neoplasia maligna 
mesenquimal; usado como sufixo, indica tumor maligno de 
determinado tecido (p. ex. fibrossarcoma, lipossarcoma). 
 
4. A palavra BLASTOMA pode ser usada como sinônimo de 
neoplasia e, quando empregada como sufixo, indica que tumor 
reproduz estrutura com características embrionárias (p. ex. 
nefroblastoma, neuroblastoma). 
 
 
 
 
 
 
 
 
(BRASILEIRO-FILHO, 2004; ROBINS; CONTRAN, 2010) 56 
Nomenclatura 
Regras: 
 
Teratomas – são tumores benignos ou malignos originados 
de células toti – ou multipotentes que se formam nas 
gônadas (testículos e ovários). 
 
Tumores mistos – são tumores nos quais há proliferação de 
mais de um tecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
(BRASILEIRO-FILHO, 2004; ROBINS; CONTRAN, 2010) 57 
Nomenclatura 
Na forma mais usual de denominar um tumor, toma-se o: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
(BRASILEIRO-FILHO, 2004; ROBINS; CONTRAN, 2010) 58 
Nomenclatura 
Nome da 
célula, 
tecido ou 
órgão 
Sufixo = 
oma ou sarcoma 
p. ex. Lipoma; Hemangioma; Condrossarcoma; Hepatoblastoma. 
Nomenclatura 
CONTINUA 
(BRASILEIRO-FILHO, 2004; ROBINS; CONTRAN, 2010) 
Nomenclatura 
(BRASILEIRO-FILHO, 2004; ROBINS; CONTRAN, 2010) 
Incidência 
(BRASILEIRO-FILHO, 2004; ROBINS; CONTRAN, 2010) 
(BRASILEIRO-FILHO, 2004; ROBINS; CONTRAN, 2010) 
(BRASILEIRO-FILHO, 2004; ROBINS; CONTRAN, 2010) 
Incidência 
Referências 
BRASILEIRO-FILHO, G. Bogliolo Patologia Geral. 3. 
ed., Rio de Janeiro, Guanabara- Koogan, 2004. 
 
ROBBINS e COTRAN, Bases patológicas das doenças / 
Vinay Kumar... [et al.] Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. 
 
 
64

Outros materiais

Materiais relacionados

Perguntas relacionadas

Perguntas Recentes