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01 Resumo Direito Constitucional - Aula 01 (29.08.2011) - Leitura

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D. Constitucional 
Data: 29/08/2011 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
 Centro: Rua Buenos Aires, 56 - 2º, 3º e 5º andares – Tel.: (21)2223-1327 1 
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Assuntos tratados: 
1º Horário. 
� Constitucionalismo / Constitucionalismo Antigo / Constitucionalismo Medieval 
/ Constitucionalismo Moderno / Constitucionalismo Contemporâneo / 
Constitucionalismo do Futuro ou Por Vir / Constitucionalismo Internacional ou 
Globalizado / Conceitos Importantes / Neoconstitucionalismo 
2º Horário. 
� Transconstitucionalismo / Interconstitucionalismo / Histórico das Constituições 
Brasileiras / Constituição de 1824 / Constituição de 1891 / Constituição de 1934 
/ Constituição de 1937 / Constituição de 1946 / Constituição de 1967 / 
Constituição de 1988 / Concepções de Constituição / Concepção jurídica ou 
positivista (Hans Kelsen) / Concepção política da Constituição (Carl Schmitt) / 
Concepção Sociológica (Ferdinand Lassale) / Concepção Axiológica (Ronald 
Dworkin) / Concepção concretista ou concretizadora (Konrad Hesse) / 
Concepção Histórico-Universal / Elementos da Constituição / Elementos 
Orgânicos / Elementos Limitativos / Elementos Socioideológicos / Elementos de 
Estabilização Constitucional / Elementos Formais de Aplicabilidade / Questão 
de prova relacionada aos temas abordados 
 
E-mail do professor: joaomendes@enfasepraetorium.com.br 
 
Principais temas abordados em provas CESPE/área federal: 
• Controle de constitucionalidade (tema mais importante) 
• Processo legislativo (muito comum interreralação com controle de 
constitucionalidade) 
• Interpretação constitucional 
• Repartição de competências entre os entes da federação (muito comum 
interreralação com controle de constitucionalidade) 
O perfil das questões é altamente jurisprudencial, devendo ser dado enfoque à 
jurisprudência do STF (Informativos). Com relação aos julgados de grande relevância, 
aconselha-se a leitura do seu inteiro teor. 
 
 
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Bibliografia: 
• Pedro Lenza, Direito Constitucional Esquematizado – livro completo e bastante 
didático, que, apesar de ser um pouco superficial em alguns pontos, é altamente 
recomendável. 
• Gilmar Mendes, Curso de Direito Constitucional – livro bastante denso, havendo uma 
ressalva com relação à edição do ano de 2011, pois alguns trechos desenvolvidos por 
Inocêncio Coelho foram suprimidos e não estão tão satisfatoriamente escritos. 
• Luiz Roberto Barroso, Controle de Constitucionalidade – possui a matéria completa e 
aprofundada, com linguagem bastante acessível e imprescindível na parte de controle. 
• Canotilho, Direito Constitucional e Teoria da Constituição: capítulo sobre 
interpretação da constituição ou Gilmar Mendes, versão de 2010: capítulo sobre 
interpretação da constituição. 
 
Roteiro Geral das Aulas: 
1. Teoria da Constituição (média de 2 aulas) 
2. Controle de constitucionalidade (média de 5 aulas) 
3. Interpretação da constituição (1 aula) 
4. Direitos fundamentais (média de 2 aulas) 
5. Federação (média de 2 aulas) 
6. Poderes/Processo Legislativo (média de 2 aulas) 
 
1º Horário 
 
1. Constitucionalismo 
 
1.1.Constitucionalismo Antigo 
Não apresenta o modelo de constituição atual, trazendo, no entanto, algumas 
influências sobre a cultura ocidental, quais sejam: 
a) influência judaico-cristã: homem criado à imagem e semelhança de Deus – 
Imago Dei. Ser humano detentor de uma dignidade própria, sendo todos iguais 
perante o criador. Para Karl Lowenstein, a história do povo hebreu é uma influência 
para o controle de constitucionalidade, pois havia profetas que faziam a análise de 
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compatibilidade entre as leis do rei e as leis de Moisés, contribuindo para a criação do 
constitucionalismo. 
b) influência grega: idéia de democracia (homem ser governado pelo próprio 
homem) e o pensamento de Protágoras de que “O homem é a medida de todas as 
coisas: das que são, enquanto são, e das que não são, enquanto não são”. Segundo 
este pensamento, é necessário que se escolha algum parâmetro para que se diga se 
algo é ou não, sendo o homem tal critério de análise. Tal pensamento de Protágoras 
foi traduzido no antropocentrismo do iluminismo, que é influência fundamental ao 
constitucionalismo moderno. 
c) influência romana: traz a idéia do direito como conjunto de leis (Codex), 
como a Lex Regia, por exemplo, que era uma lei disciplinadora dos poderes do 
governador. 
 
1.2. Constitucionalismo Medieval 
Observa-se a figura dos pactos. De um lado, encontra-se o rei e, de outro, os 
nobres. O rei precisa de apoio (financeiro) da nobreza nas guerras e os nobres exigem 
daquele o reconhecimento de alguns direitos. 
O maior exemplo deste constitucionalismo medieval é a Magna Charta 
Libertatum (1215), celebrada entre o rei João Sem Terra e os barões ingleses, 
conhecendo um conjunto de direitos escritos. Uma crítica feita pela doutrina é no 
sentido de que esses direitos eram verdadeiros privilégios estamentais e não direitos 
universalizados a todos os súditos. 
No entanto, alguns institutos atuais têm a Magna Carta como influência: 
a) No taxation without representation: nenhum tributo pode ser aprovado sem 
que os representantes do povo o aprovem, traduzindo o Princípio da Legalidade 
Tributária. 
b) The law of the land: segundo esse princípio, ninguém seria julgado senão 
segundo a lei da terra, que deveria reconhecer o ato como infração antes de sua 
prática. Fundamenta o nosso Princípio da Legalidade Penal. Traduz-se também no due 
process of law, ou devido processo legal. 
c) Princípio da proporcionalidade: sobretudo no âmbito penal, ninguém poderá 
ser punido ou sancionado, senão na medida da gravidade da infração. 
O constitucionalismo medieval, com a idéia de haver um conjunto de direitos 
limitando o poder do rei, influência bastante o constitucionalismo moderno. 
 
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1.3. Constitucionalismo Moderno 
Possui duas contribuições importantes: EUA e França. 
a) EUA: No dia 12 de junho de 1776, foi elaborada a Declaração de Direitos do 
Bom Povo da Virgínia, onde se reconhece um conjunto de direitos individuais que não 
poderiam ser violados pelo poder público, sendo considerada a 1ª declaração moderna 
de direitos. É anterior à Declaração de Independência Americana, que ocorreu em 04 
de julho de 1776, segundo a qual todos os homens foram criados livres e iguais, 
trazendo a busca da felicidade (pursuite of happiness). 
Em 1787 é elaborada a Constituição Americana, tida como a 1ª constituição 
moderna. 
Em 1791, são elaboradas as 10 primeiras emendas à Constituição Americana. A 
versão original não apresentava um rol de direitos, apenas versava sobre os princípios 
estruturais básicos dos estados americanos, sendo basicamente orgânica, motivo pelo 
qual tais emendas foram elaboradas pouco tempo depois (cada uma tratando de um 
direito específico). No modelo brasileiro, teria sido feita 1 emenda com 10 artigos, mas 
nos EUA, há dificuldades na elaboração das emendas e estas têm que ser ratificadas 
por um número mínimo de Estados, subdividindo-se as alterações para facilitar a 
aprovação. Essas 10 emendas formam o Bill of Rights, que significa declaração de 
direitos1. 
b) França: há dois aspectos relevantes a serem ressaltados. 
• Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão (1789): segundo parcela 
minoritária da doutrina, deveria ser considerada a 1ª declaração moderna de direitos, 
porque a da Virgínia ocorreu antes da independência. No entanto, a doutrina 
majoritária entende que esta última é a primeira declaração moderna, apesar de a 
francesa ser até mais importante e utilizada até hoje. Canotilho afirma que tal 
declaração é supraconstitucional na França, pois todas as constituições francesas até 
hoje admitiram a declaração dos direitos do homem e do cidadão. 
•Constituição Francesa (1791) 
As histórias francesa e americana são diferentes, com fatos distintos. No 
entanto, há certos fatos comuns as duas histórias. 
Nos EUA, as 13 colônias inglesas se opuseram à opressão da metrópole e se 
uniram numa confederação, vindo a tornarem-se uma federação em momento 
posterior. Na França, houve uma revolução em um Estado já soberano, onde o povo 
 
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 Cuidado com o termo “bill of rights”, pois é usado de forma generalizada para designar quaisquer 
documentos que traduzam direitos. 
 D. Constitucional 
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toma o poder para acabar com o absolutismo. Ambas representam oposição ao poder 
abusivo e uma forma de limitar o poder. Segundo Canotilho, o constitucionalismo 
moderno é técnica específica de limitação do poder com fins garantísticos. 
À época, três institutos foram pensados como forma de limitar o poder: 
• reconhecimento de direitos individuais: os direitos individuais ao final do 
século XVIII eram direitos de defesa ou negativos, pois eram direitos de defesa do 
indivíduo contra o poder estatal e impunham ao Estado uma obrigação de não fazer. 
• separação de poderes: chama-se divisão funcional do poder, segundo a qual 
o poder tem 3 funções (legislar, executar e julgar), devendo ser exercidas por órgãos 
distintos, evitando-se a concentração de poder. 
• federalismo: é forma de divisão e de evitar a concentração, sendo chamado 
de divisão espacial do poder. Há o poder central, que é a União, e os poderes locais, 
que são os Estados, sendo que cada um possui uma parcela do poder. 
Os 2 primeiros conceitos foram adotados pela França (não adotou o 
federalismo, sendo Estado Unitário), enquanto os EUA adotaram os 3 institutos. 
 
1.4. Constitucionalismo Contemporâneo 
Trata-se da realidade atual, cujas constituições são analíticas, ou seja, 
extremamente detalhistas, pois tentam abordar todos os diversos temas relacionados 
à vida política. Alguns autores usam o termo totalitarismo constitucional para 
descrever essa situação em que a constituição tenta se sobrepor a todas as situações. 
Com isto, temas supérfluos e meramente acessórios acabam sendo abordados pela 
constituição (ex.: CRFB trata do Colégio Pedro II), levando alguns autores a falar em 
certa exacerbação constitucional. 
O constitucionalismo contemporâneo procura promover um compromisso 
entre o liberalismo e o intervencionismo estatal, buscando garantir as liberdades 
individuais e a obrigação de o Estado promover certos direitos e políticas. Exatamente 
por isso, são feitas algumas promessas irrealizáveis, o que é objeto de crítica. Ex.: 
artigo 3º, CRFB e a previsão do salário mínimo. 
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: 
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária; 
II - garantir o desenvolvimento nacional; 
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e 
regionais; 
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IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade 
e quaisquer outras formas de discriminação. 
As promessas irrealizáveis violam o sentimento constitucional, que é condição 
para a própria efetividade da constituição. O sentimento constitucional é a convicção 
interior da bondade e da justiça intrínsecas à constituição, segundo Pablo Lucas Verdú. 
Havendo a previsão dessas promessas que o Estado não poderá realizar, o povo deixa 
de crer na própria constituição e deixa de lutar por sua efetividade. 
 
1.5. Constitucionalismo do Futuro ou do Por Vir 
Trata do quese espera que o constitucionalismo irá se transformar. 
Possui as seguintes características: 
• Veracidade: a constituição não deve estabelecer promessas irrealizáveis, 
devendo tratar do possível. 
• Solidariedade dos povos: é a solidariedade universal, globalizada. 
• Continuidade: o constitucionalismo do futuro pretende manter as conquistas 
históricas até então obtidas, lutando por novas conquistas. 
• Universalidade dos direitos humanos: sobretudo os internacionais, 
obrigando-se o Estado a respeitá-los. 
• Participatividade: o povo é chamado a atuar e participar efetivamente dos 
negócios públicos, não só através do voto, mas elaborando políticas públicas por 
exemplo. 
• Integracionalidade: fenômeno já vivenciado na atualidade, sendo a integração 
dos Estados em entidades supranacionais. Ex.: União Europeia. 
 
1.6. Constitucionalismo Internacional ou Globalizado 
Como o nome já indica, não está inserido em um Estado soberano, mas na 
comunidade internacional, sendo o direito internacional hoje fundado nos direitos 
humanos. Com isto surge, em especial, a Declaração Universal de Direitos Humanos de 
1948, que é o principal documento versando sobre direitos humanos internacionais 
atualmente. 
 
 
 
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2. Conceitos Importantes 
 
2.1. Neoconstitucionalismo 
É a abertura da interpretação constitucional aos influxos da moralidade crítica, 
implicando a mudança do estado legislativo de direito para o estado constitucional de 
direito. 
O positivismo jurídico caracteriza-se pela não aceitação da comunicação entre 
direito e moral. A norma não pode ser valorada segundo esta doutrina, não sendo 
possível que se afirme ser a norma justa ou injusta, boa ou má. Ao intérprete, cabe 
apenas aplicar a norma se ela for válida. 
A verificação da validade da norma, para o positivismo, é possível desde que 
não implique numa valoração, o que ocorre quando se verifica sua compatibilidade 
com a norma superior. O problema deste raciocínio é que não importa o dito pela 
norma, se estiver de acordo com a constituição, deve ser cumprido, o que foi usado 
como defesa pelos nazistas no Tribunal de Nuremberg. 
Nesse contexto, observa-se a necessidade de aproximação do direito com a 
moral, chamada de Virada Kantiana do Direito, resultando no Princípio da Dignidade 
da Pessoa Humana. A moralidade de que se fala é a racional. Essa abertura para os 
influxos da moralidade crítica é a ideia do neoconstitucionalismo. 
O direito não é um fim em si mesmo, mas o homem é um fim em si mesmo, 
motivo pelo qual o direito tem que se fundamentar na dignidade da pessoa humana, 
que tem eficácia irradiante para todo o direito. Nessa linha, Paulo Bonavides diz que 
“ontem o Código Civil, hoje a Constituição”, porque antes o CC era o centro das 
relações, mas hoje este é ocupado pela CR. 
O neoconstitucionalismo trata-se, pois, de uma abertura do direito para valores 
substantivos, ou seja, valores morais, éticos, políticos, filosóficos, históricos etc. 
 
2º Horário 
 
 2.2. Transconstitucionalismo 
 Sugere-se a leitura do autor Marcelo Neves, que trata e desenvolve o referido 
conceito. 
Significa que certos problemas constitucionais repercutem em jurisdições 
distintas. 
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Um exemplo é o caso aqui no Brasil da Lei de Anistia: os perpetradores das 
violações de direitos humanos, por conta da concessão de anistia, não foram punidos, 
havendo dúvidas quantos à compatibilidade da lei com a CRFB/88. Esse problema não 
repercute apenas no Brasil, mas internacionalmente, pois o Brasil é signatário do Pacto 
de São José da Costa Rica, que veda a não punição destas pessoas. Com isto, o STF 
entendeu que a Lei de Anistia é compatível com a CRFB, mas o Tribunal Internacional 
entendeu que a mesma não é compatível com o Pacto da São José da Costa Rica. 
 Outro exemplo é o da princesa de Mônaco: fotografada em seu espaço de 
privacidade, o Tribunal Alemão decidiu que ela não tem direito à privacidade como os 
demais cidadãos por ser pessoa pública. Ela recorreu ao Tribunal Europeu, que decidiu 
em contrário. 
 O efeito é a proteção multinível dos direitos, ou seja, há mais de um nível 
concomitante. A solução é a adoção de um modelo de articulação ou modelo de 
entrelaçamento transversal entre ordens jurídicas, segundo o qual não se deve buscar 
um modelo de prevalência de uma decisão sobre a outra, que gera disputa, mas as 
normas devem ser conjugadas, a fim de que se chegue a uma solução conjugada entre 
os tribunais distintos. 
 
2.3. Interconstitucionalismo 
É a relação entre diversas constituições em um mesmo espaço jurídico, 
podendo haver a concorrência, a convergência ou a justaposição entre elas e os 
poderes constituintes. 
Um exemplo deste interconstitucionalismo ou desta rede de constituições seria 
dentro de um Estado Federal, onde há a CR (República) e as CEs (em cada Estado-
membro). A CR é superior às CEs, resolvendo-se os problemas pela hierarquia. 
Outro exemplo é a existência de constituições num mesmo espaço quando em 
jogo diversos Estados soberanos. Ex.: União Europeia: é um espaço político, onde cada 
Estado tem sua Constituição, mas são membros da comunidade maior. O problema, 
nesse caso, é mais complicado, pois não é possível resolver o conflito pela simples 
hierarquia. 
 
 
 
 
 
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3. Histórico das Constituições Brasileiras 
 
3.1. Constituição de 1824 
É uma constituição outorgada, que adotou o modelo de Estado unitário e a 
monarquia. 
Durante um período significativo, houve uma prática parlamentarista, 
especialmente por conta de D. Pedro II. 
Sua principal influência é a francesa, com o autor francês Benjamin Constant, 
adotando-se a quadripartição dos poderes, onde se tem o poder executivo, o poder 
legislativo, o poder judiciário e o poder moderador (deveria fazer harmonização entre 
os poderes, mas na prática foi um poder de subjugação dos demais ao moderado). 
Quando D. Pedro II resolveu elaborar a constituição, foi instituída uma 
assembléia constituinte, que foi dissolvida quando ele percebeu que seu poder estaria 
deveras limitado, adotando o modelo de Benjamin Constant. 
 
3.2. Constituição de 1891 
Adotou o modelo de estado federado, a república e o presidencialismo, sendo 
promulgada, com influência dos EUA e de Rui Barbosa. 
Dois anos antes, houve a promulgação da República pelo Decreto nº 1 de 15 de 
novembro de 1889, alterando a definição constitucional do país. Desta forma, o 
referido decreto possui natureza constitucional (mas não é uma constituição). 
 
3.3. Constituição de 1934 
Buscou a superação da política do Café com Leite, com a tomada do poder por 
Vargas. É uma constituição promulgada, que manteve a federação, a república e o 
presidencialismo. 
 
3.4. Constituição de 1937 
É uma constituição outorgada (imposta), que manteve a federação, a república 
e o presidencialismo. 
Adveio na era Vargas, no Estado Novo, sendo conhecida como Polaca, por 
conta da influência da constituição polonesa de caráter ditatorial. 
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3.5. Constituição de 1946 
Surge com a redemocratização do Estado, com a queda de Vargas e a extinção 
do Estado Novo. Manteve o federalismo, a república e o presidencialismo. 
 
3.6. Constituição de 1967 
Entre 1961 e 1963, foi adotado o parlamentarismo, com o fim de evitar que 
João Goulart assumisse o poder, até que o presidencialismo foi escolhido pelo povo 
em plebiscito no início de 1963. 
Em 1964, foi dado o golpe militar, chamado por alguns de revolução, pois 
parcela da população apoiava. 
A Constituição de 1967 é outorgada, mas alguns entendem-na como 
semipromulgada ou semioutorgada, pois promulgada pelo Congresso Nacional, mas 
elaborada de acordo com a vontade dos militares (formalmente promulgada, mas 
materialmente imposta). 
Em 1969, a EC nº 1 alterou basicamente toda a Constituição, sendo entendida 
como uma constituição nova pela doutrina majoritária. A partir daí, a Constituição 
Brasileira passou a ser chamada de Constituição de 67/69. 
 
3.7. Constituição de 1988 
É uma constituição promulgada, amplamente democrática, permanecendo a 
república, a federação e o presidencialismo. 
 
4. Concepções da Constituição 
São várias as concepções distintas e serão abordadas as mais comuns em 
provas. 
 
4.1. Concepção jurídica ou positivista (Hans Kelsen) 
A constituição é uma lei fundamental do Estado. Para Kelsen, constituição e lei 
são ontologicamente (essencialmente) iguais, sendo a diferença a hierarquia entre 
elas, remetendo-se à teoria escalonada ou do escalonamento da ordem jurídica. 
Por esta teoria, a norma jurídica é valida se estiver de acordo com a norma 
superior. A Constituição é valida por haver uma norma hipotética fundamental acima 
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 D. Constitucional 
Data: 29/08/2011 
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ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
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dela, que não é a dignidade da pessoa humana, nem os direitos fundamentais, pois 
não pode ser valorativa. 
A norma hipotética fundamental não é direito posto, é direito pressuposto. 
Direito posto é o direito escrito, enquanto pressuposto é decorrente da lógica. Desta 
forma, a norma hipotética fundamental é uma ordem: cumpra-se a constituição, 
independentemente do que ela diga. 
A constituição é chamada de jurídico-positiva, enquanto que a norma 
hipotética fundamental é chamada de constituição lógico-jurídica na concepção 
positivista. 
Por não se preocupar com o conteúdo da Constituição, a concepção jurídica de 
constituição é chamada de concepção formal da constituição. 
A pirâmide de Kelsen retrata exatamente tal situação em que uma norma 
inferior só é válida quando de acordo com a superior. 
 
4.2. Concepção política da Constituição (Carl Schmitt) 
Para Carl Schmitt, a constituição é o conjunto das decisões políticas 
fundamentais. Ele entende que existe a constituição formal (textoda constituição) e a 
constituição material (conjunto das decisões políticas fundamentais). As decisões 
políticas fundamentais são normas que tratam de direitos fundamentais, da 
organização do Estado e da organização dos poderes. 
Exemplo de norma formalmente constitucional: o Colégio Pedro II, previsto no 
artigo 242, parágrafo 2º, CRFB/88. 
Art. 242, § 2º - O Colégio Pedro II, localizado na cidade do Rio de Janeiro, será 
mantido na órbita federal. 
Exemplo de norma formalmente e materialmente constitucional: artigo 1º, 
CRFB. 
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos 
Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de 
Direito e tem como fundamentos: 
I - a soberania; 
II - a cidadania 
III - a dignidade da pessoa humana; 
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; 
V - o pluralismo político. 
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Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de 
representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição. 
Segundo esta concepção, há normas políticas fundamentais que não estão no 
texto da constituição, que são materialmente constitucionais. Esse tema será 
abordado no tópico de controle de constitucionalidade (bloco de constitucionalidade). 
 
4.3. Concepção Sociológica (Ferdinand Lassale) 
Para esta concepção, a essência da constituição é a soma dos fatores reais de 
poder, que retratam a realidade política como é de fato. 
A constituição não precisa estabelecer um dever-ser, pois apenas reflete o que 
a realidade social e política é. Preocupa-se com o ser e não com o dever-ser, devendo a 
constituição escrita refletir a realidade do poder, caso contrário será mera folha de 
papel. 
 
4.4. Concepção Axiológica (Ronald Dworkin) 
A constituição é um sistema objetivo de valores (não são valores definidos pelo 
sujeito). Tais valores revelam-se através dos princípios e têm conteúdo moral. Desta 
forma, deve ser feita uma leitura moral da constituição. 
 
4.5. Concepção concretista ou concretizadora (Konrad Hesse) 
Para Hesse, constituição não é só norma, nem só fato, porque o fato influencia 
a norma e esta pode mudar o fato, havendo correlação entre norma e fato. Com isto, o 
intérprete deve analisar a norma, partir para o fato e retornar à norma, formando o 
círculo hermenêutico (ida e vinda entre norma e fato). O fato é influência importante 
na interpretação da norma. 
 
4.6. Concepção Histórico-Universal 
A constituição é a peculiar forma de organização do grupo social. Desta forma, 
sempre existiu e sempre irá existir, pois grupos sociais sempre existiram. Não pensa a 
constituição como documento escrito. 
Essa concepção é citada por Canotilho, embora esteja mais próximo da 
concepção concretizadora. 
 
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5. Elementos da Constituição 
 
5.1. Elementos Orgânicos 
Tratam da estrutura e do funcionamento das instituições e dos órgãos do 
Estado. 
 
5.2. Elementos Limitativos 
Tratam dos direitos e garantias fundamentais. 
 
5.3. Elementos Socioideológicos 
Definem o modelo de ideologia do Estado. Ex.: estado liberal ou estado social. 
 
5.4. Elementos de Estabilização Constitucional 
Englobam o controle de constitucionalidade e os mecanismos de solução das 
crises constitucionais, quais sejam, estado de defesa, estado de sítio e intervenção 
federal. 
 
5.5. Elementos Formais de Aplicabilidade 
São normas que tratam da aplicação da própria constituição. Ex.: artigo 5º, 
parágrafo 1º, CRFB; diversas normas do ADCT. 
Art. 5º, § 1º - As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm 
aplicação imediata. 
 
6. Questão de prova relacionada aos temas abordados 
Questão CESPE – MP/RN – 2009 
Acerca do constitucionalismo, assinale a questão incorreta. 
A. A origem do constitucionalismo remonta à antiguidade clássica, 
especificamente ao povo hebreu, do qual partiram as primeiras manifestações 
desse movimento constitucional em busca de uma organização política fundada 
na limitação do poder absoluto. 
B. O neoconstitucionalismo é caracterizado por um conjunto de transformações 
no Estado e no direito constitucional, entre as quais se destaca a prevalência do 
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positivismo jurídico, com a clara separação entre direito e valores substantivos, 
como ética, moral e justiça. 
C. O constitucionalismo moderno representa uma técnica específica de limitação 
do poder com fins garantidores. 
D. O neoconstitucionalismo caracteriza-se pela mudança de paradigma, de Estado 
Legislativo de Direito para Estado Constitucional de Direito, em que a Constituição 
passa a ocupar o centro de todo o sistema jurídico. 
E. As constituições do pós-guerra promoveram inovações por meio da 
incorporação explícita, em seus textos, de anseios políticos, como a redução de 
desigualdades sociais, e de valores como a promoção da dignidade humanae dos 
direitos fundamentais. 
Resposta: A alternativa “B” está incorreta, pois o neoconstitucionalismo não se 
fundamenta no positivismo, mas busca a superação desta doutrina.

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