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Alterações posturais, de equilíbrio e dor lombar no período gestacional

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Revisão da liteRatuRa
Resumo Durante a gravidez, a mulher passa por transformações morfológicas e 
fisiológicas que requerem cuidados especiais. As transformações fisiológicas envolvem adaptações hemodinâmicas, 
hormonais e biomecânicas que, sem acompanhamento adequado, contribuem para o surgimento de desordens 
musculoesqueléticas. Este estudo trata-se de uma revisão da literatura com busca das referências bibliográficas 
na base de dados Pubmed e Scielo e teve por objetivo discutir os principais fatores fisiológicos e biomecânicos 
que estão associados ao surgimento de alterações posturais, de equilíbrio postural e de dor lombar durante a 
gravidez e revisar métodos de prevenção e alívio da dor. As alterações hemodinâmicas, hormonais e biomecânicas 
do corpo justificam a presença de edemas, do aumento do peso corporal, da frouxidão ligamentar e das 
alterações posturais comuns nas grávidas e propiciam o aparecimento de desordens musculoesqueléticas e o 
comprometimento do equilíbrio postural. O estudo dessas desordens é importante, pois fornece um indicativo 
de persistência de sintomas álgicos durante a gravidez e no pós-parto, e o conhecimento destas, bem como 
dos métodos de analgesia para seus sintomas, permite ao profissional de saúde a elaboração de intervenções 
preventivas ou o diagnóstico e o seu tratamento precoce.
Abstract During pregnancy, the woman undergoes morphological and physiological 
changes, which require special care. Physiological changes involve hemodynamic, hormonal, and biomechanical 
adaptations in pregnant woman body that, without appropriate monitoring, may contribute to emerging musculoskeletal 
disorders. The aim of this work was to search in literature most important physiological and biomechanical factors 
that are associated with low-back pain along with the appearance of postural and balance changes in the pregnant 
woman. In addition, it was revised prevention and alleviation methods of pain. In this review, bibliographical references 
from the Pubmed and the Scielo databases were used, and those references that fit in the proposed theme were 
chosen to be discussed. Hemodynamic, hormonal and biomechanical changes are factors that justify edemas, the 
increasing in body weight, the ligament looseness and postural changes that are very common in pregnant women. 
The appearance of musculoskeletal disorders and balance impairment are frequent due these changes. Hence, the 
study of these disorders is relevant since they provide evidence of pain symptom persistence during pregnancy and 
postpartum. Besides, the understanding of these disorders as well as analgesia methods enables the health care 
professional to elaborate preventive interventions or early diagnoses and treatments of symptoms.
Luciana Sobral Moreira1
Sara Rosa de Sousa Andrade2
Viviane Soares3
Ivan Silveira de Avelar4
Waldemar Naves Amaral5
Marcus Fraga Vieira6
Palavras-chave
Gravidez
Postura
Equilíbrio postural
Dor lombar
Keywords
Pregnancy
Posture
Postural balance
Low back pain
1 Especialista em Fisioterapia Traumato-Ortopédica pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde – Laboratório de Bioengenharia e 
Biomecânica da Universidade Federal de Goiás (UFG) – Goiânia (GO), Brasil.
2 Especialista em Saúde da Família pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde – Laboratório de Bioengenharia e Biomecânica da 
Universidade Federal de Goiás (UFG) – Goiânia (GO), Brasil.
3 Mestre em Ciências da Saúde pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde – Laboratório de Bioengenharia e Biomecânica da Universidade 
Federal de Goiás (UFG) – Goiânia (GO), Brasil.
4 Especialista em Educação Física Escolar e Atividade Física e Saúde pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde – Laboratório de 
Bioengenharia e Biomecânica da Universidade Federal de Goiás (UFG) – Goiânia (GO), Brasil.
5 Doutor em Doenças Infecciosas e Parasitárias pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde – Departamento de Ginecologia da UFG – 
Goiânia (GO), Brasil.
6 Doutor em Engenharia Elétrica pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde e pelo Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica 
e da Computação – Faculdade de Educação Física – Laboratório de Bioengenharia e Biomecânica da Universidade Federal de Goiás (UFG) – Goiânia 
(GO), Brasil.
 Endereço para correspondência: Luciana Sobral Moreira – Rua 59-A, 735 – ap. 201 – Setor Aeroporto – CEP: 74070-160 – Goiânia (GO), Brasil 
– E-mail: lusobral.fisio@gmail.com
Alterações posturais, de equilíbrio e 
dor lombar no período gestacional
Changes of posture, equilibrium and low back pain during pregnancy
Moreira LS, Andrade SRS, Soares V, Avelar IS, Amaral WN, Vieira MF
FEMINA | Maio 2011 | vol 39 | nº 5242
Introdução
No período gestacional, a mulher passa por transformações 
morfológicas, fisiológicas, sociais e emocionais. Portanto, este se 
caracteriza como um período importante em sua vida e que requer 
cuidados especiais para preservar sua saúde e seu bem-estar.
O desenvolvimento dos três trimestres da gestação é carac-
terizado por alterações hemodinâmicas, hormonais e biomecâ-
nicas do corpo1(B), que justificam, por exemplo, a presença de 
edemas, do aumento do peso corporal, da frouxidão ligamentar 
e das alterações posturais comuns nas grávidas. Em decorrência 
dessas alterações, é comum o aparecimento de desordens mus-
culoesqueléticas e o comprometimento do equilíbrio estático e 
dinâmico, capazes de refletir na postura1,2(A, B).
Na gravidez, a coluna é um dos segmentos do corpo que mais 
sofre adaptações biomecânicas devido à perturbação das suas curvas 
fisiológicas, que são acentuadas pelo aumento dos seios, do útero 
gravídico, do ganho de peso, do acúmulo de líquido e aumento da 
circunferência abdominal, da maior inclinação anterior da pelve e 
ainda por apresentar maior instabilidade articular causada pela frou-
xidão ligamentar, decorrente do aumento da produção do hormônio 
relaxina, que ocorre na gravidez2,3(A). Por meio da soma desses 
fatores, uma das consequências mais comuns é a dor lombar.
O objetivo deste estudo foi buscar na literatura os princi-
pais fatores fisiológicos e biomecânicos que estão associados ao 
surgimento de alterações posturais, de equilíbrio postural e de 
dor lombar em grávidas – os quais podem comprometer os as-
pectos relacionados à sua qualidade de vida – e revisar métodos 
de prevenção e de alívio da dor.
Metodologia
Este estudo trata-se de uma revisão da literatura, exploratória e 
retrospectiva, com busca das referências bibliográficas, dos últimos 
quinze anos, na base de dados Pubmed e Scielo, com as seguintes 
palavras-chave: gravidez, postura, equilíbrio postural, dor lombar e 
seus termos correspondentes na língua inglesa. A busca foi realizada 
durante os meses de agosto de 2010 a fevereiro de 2011, e foram 
encontrados 53 artigos e outros obtidos por meio de “referência 
cruzada”, porém, foram utilizadas neste artigo apenas 23 referências, 
as quais contemplavam melhor o tema proposto. 
Discussão
Alterações fisiológicas e posturais comuns na gravidez
Durante o período gestacional, a mulher apresenta altera-
ções hormonais, hemodinâmicas e biomecânicas do corpo1(B). 
A retenção de líquido, que, segundo Ritchie4(A), é comum em 
80% das grávidas, e mais notável nas últimas oito semanas da 
gravidez, provém das alterações hemodinâmicas e hormonais, 
como o aumento do volume plasmático e dos hormônios prolac-
tina, progesterona e, em especial, do estrogênio e da aldosterona, 
que provocam maior reabsorção de sódio, retenção hídrica e 
predispõem o aparecimento de edemas nas extremidades do 
corpo, principalmente em membros inferiores. Além dos ede-
mas, outro fenômeno fisiológico frequentementeobservado é a 
frouxidão ligamentar, que é exacerbada pelo aumento dos níveis 
dos hormônios estrogênio e relaxina, os quais contribuem para a 
instabilidade de algumas articulações, principalmente da pelve, 
as sacroilíacas e a sínfise púbica, e da região lombar1-7(A, B).
As alterações biomecânicas da postura na gravidez são respostas 
adaptativas à soma de vários fatores inerentes a esse período, como 
o aumento dos seios, do útero gravídico, do ganho de peso e da 
instabilidade articular2,3(A). Essas adaptações são caracterizadas 
pela perturbação das curvas fisiológicas da coluna, pela maior 
inclinação anterior da pelve e rotação externa dos membros 
inferiores, que permitem maior base de sustentação8(B), e como 
foi observado no estudo de Ribas e Guirro1(B), pela alteração da 
distribuição do peso na região plantar dos pés, devido ao aumento 
da oscilação anteroposterior do corpo. Sendo assim, por meio 
de ajustes posturais, é comum a grávida provocar a elevação da 
cabeça, intensificar a hiperextensão da coluna cervical e lombar 
e aumentar a extensão de joelhos e tornozelos, para conseguir 
manter o equilíbrio postural.
Equilíbrio postural
A soma das alterações hormonais, biomecânicas e o ganho 
de peso corporal, juntamente com a capacidade de distribuição 
desse peso, é um importante fator para a determinação da esta-
bilidade postural da grávida1(B).
A estabilometria é uma ferramenta de estudo do controle 
postural que permite, por meio de grandezas biomecânicas, como 
o centro de massa (CoM) e o centro de pressão (CoP), registrar 
as oscilações do corpo humano9(A). O CoM representa um 
ponto sobre o qual toda a massa de um objeto está igualmente 
distribuída, e a partir deste, o estudo da sua trajetória permite 
mensurar o balanço postural, que é a oscilação natural que o 
corpo apresenta quando está na postura ortostática. O CoP é a 
projeção do CoM na base de sustentação e resulta da interação 
das forças de reação do solo (FRS) com o apoio do corpo com o 
chão1,9-11(A, B).
Estudos mostram a presença de perturbações do equilíbrio 
postural da grávida, haja vista o deslocamento natural do CoM, 
pelo aumento do peso corporal, da circunferência abdominal1(B) e 
Alterações posturais, de equilíbrio e dor lombar no período gestacional
FEMINA | Maio 2011 | vol 39 | nº 5 243
pela distribuição assimétrica do peso. No entanto, elas desenvolvem 
estratégias para a manutenção da postura ortostática11(B).
No estudo de Oliveira et al.11(B), não houve mudança sig-
nificativa na base de suporte das grávidas entre o primeiro e o 
terceiro trimestre, mas demonstram alteração do deslocamento 
anteroposterior do CoP, na posição ortostática, durante o desen-
volvimento do período gestacional, assim como foi observado 
por Jang et al.12(B), o aumento da instabilidade postural na 
direção anteroposterior quando comparado ao grupo controle 
(não grávidas) com as grávidas do estudo. Já Dumas et al.13(B), 
em seu estudo com 65 grávidas, observaram o aumento da base 
de suporte no final da gravidez. Butler et al.14(B) avaliaram 
as oscilações do CoP por meio de uma plataforma de força e 
verificaram uma diminuição do equilíbrio postural das grá-
vidas no segundo e terceiro trimestres, quando comparado ao 
grupo controle (não grávidas). Além disso, observaram que 
os estímulos visuais são importantes para a manutenção do 
balanço postural durante a gravidez, visto que, durante os 
testes com os olhos fechados, as gestantes apresentavam maiores 
oscilações, porém, não conseguiram correlacionar a alteração 
do balanço postural ao ganho de peso durante a gravidez. As 
divergências entre os resultados de alguns estudos podem ser 
justificadas pela individualidade de adaptação de cada grávida 
às mudanças ocorridas na gravidez e por suas características 
posturais prévias1(B).
Dor lombar
Dentre as desordens musculoesqueléticas comuns na gravidez, 
a mais reportada na literatura é a dor nas costas, com ênfase nas 
dores lombares e pélvicas, pois, em média, 50% da população de 
grávidas apresentam esses sintomas15,16(B). As dores nas costas 
relatadas por essa população se caracterizam por dores lombares e 
na região das articulações sacroilíacas, que podem ter irradiação 
do sintoma para face posterior das coxas e serem intensificadas 
durante a marcha17(B). Estudos evidenciam que não são apenas 
as alterações posturais que causam esses sintomas, mas sim um 
conjunto de mudanças comuns no organismo da grávida, como: 
a instabilidade articular, o ganho de peso, principalmente na 
região abdominal e o aumento do estresse mecânico sobre os 
músculos da coluna e do quadril3,5,17(A, B), e outros fatores como 
idade materna avançada, sucessivos partos, presença de dor na 
coluna previamente à gravidez, obstrução de grandes vasos e 
história de espondilolistese, também podem contribuir para o 
aparecimento do quadro álgico3(A). O aumento da fatigabili-
dade dos músculos da coluna é um dos fatores em destaque na 
literatura atual, pois pode estar associado ao aparecimento do 
quadro álgico17,18(B). Durante a gravidez, é comum o aumento 
gradual da sobrecarga sobre os músculos flexores e extensores da 
coluna e dos extensores do quadril17(B), e as adaptações desses 
músculos podem ser insuficientes para a estabilização das articu-
lações sacroilíacas e da coluna lombar durante o desenvolvimento 
deste período18(B).
No estudo de Sihvonen et al.15(B), com 32 gestantes, foi 
observada uma correlação positiva significativa entre intensidade 
da dor lombar e nível de ativação dos músculos paraespinhais 
da coluna lombar no primeiro trimestre gestacional. Gutke et 
al.17(B) também observaram que os músculos flexores e extensores 
da coluna das grávidas com dor pélvica ou dor pélvica associada 
à dor lombar apresentavam menor resistência à fadiga quando 
comparados às mulheres sem quadro de dor. Entretanto, Dumas 
et al.18(B) não comprovaram que o aumento da fatigabilidade 
dos principais músculos extensores da coluna possa ser um 
fator preditivo para o surgimento de dores nas costas durante a 
gravidez, muito embora tenham observado que a dor modifica 
a sinergia e os padrões de coativação desses músculos.
Métodos de prevenção e alívio da dor lombar
Existem métodos que contribuem para o alívio da dor lombar 
sem o uso de fármacos durante a gravidez, envolvendo desde 
hábitos de vida saudável, como a prática de atividade física, até 
o tratamento fisioterapêutico, a fim de ajudar na manutenção da 
postura da coluna vertebral e promover adaptações biomecânicas 
mais eficientes ao longo da gravidez19(B).
Segundo alguns estudos, a atividade física contribui para o 
alívio da dor lombar, pois exercícios moderados e executados 
regularmente podem auxiliar no restabelecimento da consciência 
corporal, na adaptação à nova postura e melhorar a resistência 
e a flexibilidade muscular, reduzindo assim a sobrecarga sobre 
os músculos lombares a qual é gerada pela hiperlordose lombar 
comum na gravidez7,20,21(A,B). A atividade física durante a gra-
videz diminui o risco de lesões e melhora a habilidade motora 
durante o próprio exercício e nas atividades de vida e de traba-
lho diários. Garshasbi e Zadeh7(B), em seu estudo, observaram 
que um programa de exercícios que envolve caminhada leve, 
alongamentos e exercícios específicos para a grávida contribuiu 
para uma diminuição significativa da intensidade da dor lombar 
quando comparado com o grupo controle, composto por grávidas 
que não executaram os exercícios físicos. No estudo de Martins 
e Silva21(B), também foi observado que grávidas submetidas a 
exercícios utilizando um método de alongamento (StretchingGlobal Ativo) apresentaram diminuição ou até mesmo ausência 
dos desconfortos lombares.
Os efeitos dos exercícios aeróbicos leves que ajudam no 
controle do ganho de peso, assim como exercícios aquáticos que 
Moreira LS, Andrade SRS, Soares V, Avelar IS, Amaral WN, Vieira MF
FEMINA | Maio 2011 | vol 39 | nº 5244
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diminuem o impacto sobre as articulações, além de causar um 
efeito de relaxamento pelas propriedades da água, também têm 
sido estudados durante a gravidez. Granath et al.22(B) observa-
ram que as grávidas submetidas a um programa de exercícios 
aquáticos apresentaram melhora significativa da dor lombar. 
Outros estudos também têm observado a influência positiva de 
modalidades de exercícios como Pilates e Yoga, que propiciam 
o reequilíbrio muscular, a melhora da consciência corporal, da 
respiração e da sensação de bem-estar20, 23(A).
Além da atividade física, a acupuntura e a fisioterapia clássica, 
que são modalidades efetivas de tratamento, também atuam na 
prevenção e no alívio dos sintomas álgicos lombares e pélvicos. 
A acupuntura usa da inserção de agulhas na pele para o estímulo 
da liberação de substâncias analgésicas e anti-inflamatórias, 
produzidas pelo próprio organismo, propiciando o alívio da 
dor. Na fisioterapia, as condutas terapêuticas abordam tanto o 
trabalho preventivo com a grávida, como a preparação para o 
parto e o pós-parto, quanto tratamentos com a cinesioterapia, 
hidroterapia, reeducação postural, terapias manuais e recursos 
analgésicos para o controle das dores referidas nos segmentos 
lombares e pélvicos19(B). 
Considerações finais
As mudanças morfológicas e fisiológicas do corpo da mulher 
são importantes e necessárias para o pleno desenvolvimento da 
gravidez. No entanto, podem comprometer aspectos da quali-
dade de vida.
Portanto, as desordens musculoesqueléticas são um forte 
indicativo de persistência de sintomas álgicos durante a gravidez 
e no pós-parto. O conhecimento dessas desordens permite ao 
profissional de saúde a elaboração de intervenções preventivas 
ou o diagnóstico e o tratamento precoce dos sintomas, o que 
contribui para diminuir os riscos à saúde da gestante.

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