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Saúde Bucal no Brasil

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Introdução
A odontologia esteve à margem das políticas públicas de saúde e o acesso dos brasileiros à saúde era extremamente difícil e limitado. Esta demora na procura ao atendimento aliada aos poucos serviços odontológicos oferecidos faziam com que o principal tratamento oferecido pela rede pública fosse a extração dentária, perpetuando a visão da odontologia mutiladora e do cirurgião-dentista com atuação apenas clínica.
Em 2003, o Ministério da Saúde lançou a Política Nacional de Saúde Bucal – Programa Brasil Sorridente. O Brasil Sorridente é um programa do governo federal cujo foco é a atenção à saúde bucal e constitui-se em uma série de medidas que visam a garantir ações de promoção, prevenção e recuperação da saúde bucal dos brasileiros, fundamental para a saúde geral e qualidade de vida da população. O principal objetivo do Brasil Sorridente é a reorganização da prática e a qualificação das ações e serviços oferecidos, reunindo uma série de ações em saúde bucal voltada para os cidadãos de todas as idades, com ampliação do acesso ao tratamento odontológico gratuito aos brasileiros por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/projeto_sb2004
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/projeto_sb2004
Política Nacional de Saúde Bucal – PNSB 
Durante anos, a Odontologia esteve à margem das políticas públicas de saúde. O acesso dos brasileiros à saúde bucal era extremamente difícil e limitado. Esta demora na procura ao atendimento aliada aos poucos serviços odontológicos oferecidos faziam com que o principal tratamento oferecido pela rede pública fosse a extração dentária, perpetuando a visão da odontologia mutiladora e do cirurgião-dentista com atuação apenas clínica. 
Para mudar esse quadro, em 2003 o Ministério da Saúde lançou a Política Nacional de Saúde Bucal – Programa Brasil Sorridente. O Brasil Sorridente constitui-se em uma série de medidas que visam a garantir ações de promoção, prevenção e recuperação da saúde bucal dos brasileiros, fundamental para a saúde geral e qualidade de vida da população. 
Seu principal objetivo é a reorganização da prática e a qualificação das ações e serviços oferecidos, reunindo uma série de ações em saúde bucal voltada para os cidadãos de todas as idades, com ampliação do acesso ao tratamento odontológico gratuito aos brasileiros por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).
O Brasil Sorridente contempla ainda o Brasil Sorridente Indígena e apresenta interface com outras ações desenvolvidas pelo Ministério da Saúde, o que ajuda a compreender seu alcance. Outras ações em Saúde Bucal existem nas seguintes ações do governo federal: Programa Saúde na Escola, Brasil sem Miséria, Plano Nacional para Pessoas com Deficiência, Qualificação Profissional e Científica e Fluoretação das Águas de Abastecimento Público.
As principais linhas de ação do programa são a reorganização da atenção básica em saúde bucal (principalmente com a implantação das equipes de Saúde Bucal ESB na Estratégia Saúde da Família ESF), a ampliação e qualificação da atenção especializada (especialmente com a implantação de Centros de Especialidades Odontológicas CEO e Laboratórios Regionais de Próteses Dentárias) e a viabilização da adição de flúor nas estações de tratamento de águas de abastecimento público. Também, o Brasil Sorridente articula outras ações intraministeriais e interministeriais. 
A inclusão da Equipe de Saúde Bucal (EqSB) na ESF teve a sua concretização através da Portaria 1.444/GM de 2000, na qual o Ministério da Saúde determinou o incentivo financeiro às EqSB. Foram definidas duas modalidades de equipes, sendo: Equipes de Saúde Bucal Modalidade I (composta por cirurgião dentista e auxiliar de saúde bucal) receberão 1 equipamento odontológico. Equipes de Saúde Bucal Modalidade II (composta por cirurgião dentista, auxiliar de saúde bucal e técnico de saúde bucal) receberão 2 equipamentos odontológicos. 
O CEO é um dos programas de atuação do Brasil Sorridente, que englobam uma série de ações da estratégia do ministério público direcionadas a Saúde da Família. Os recursos financeiros são provindos dos 4 entes federativos: Distrito Federal, União, estado e municípios. 
O Ministério da Saúde realiza a doação de equipamentos odontológico para o início das atividades, composto por uma cadeira odontológica, um equipo odontológico, uma unidade auxiliar odontológica, um refletor odontológico, um mocho e um kit de peças de mão composto por um micro motor, uma peça reta, um contra- ângulo e uma caneta de alta rotação. 
Esses centros são divididos em 3 categorias, categoria I possui um orçamento inicial de 60 mil reais, custeio mensal de R$ 8.250 e tem que possuir 3 cadeiras odontológicas, já o tipo II aponta orçamento de 75 mil reais, com custeio de 11 mil reais mensal e 4 a 6 cadeiras, por fim o tipo III tem o dobro do orçamento inicial do tipo I, com mensalidade de 19.250 para custeio e possuir a partir de 7 cadeiras odontológicas. 
O Ministério da Saúde financia desde 2005 o credenciamento de laboratórios regionais de prótese dentária, oferecendo gratuitamente os serviços de prótese dentária total, prótese dentária parcial removível e/ou prótese coronária/intra-radiculares e fixas/adesivas. 
Em estudo realizado no ano de 2010 já eram registrados 1.464 laboratórios participantes desse programa, já em 2013 471.089 mil próteses foram realizadas pelo SUS, demonstrando o impacto na população que antes era desdentada. 
Pesquisa Nacional de Saúde Bucal - Projeto SB Brasil 2010
O Ministério da Saúde divulgou em 28 de janeiro de 2012 os dados da Pesquisa Nacional de Saúde Bucal - Projeto SB Brasil 2010. O estudo é mais um componente da Política Nacional de Saúde Bucal e servirá de subsídio para ações futuras, devendo ser realizada periodicamente. O coordenador Nacional de Saúde Bucal do Ministério da Saúde, Gilberto Pucca, ressaltou o fato de o estudo possibilitar um comparativo com o ano 2003, época da implantação do Programa Brasil Sorridente, além de buscar conhecer as condições de saúde bucal da população brasileira em 2010, subsidiar o planejamento e avaliação das ações e serviços junto ao SUS e manter uma base de dados eletrônica para o componente de vigilância à saúde da Política Nacional de Saúde Bucal.
A pesquisa, realizada em 177 municípios com 38 mil pessoas divididas em 5 grupos etários. Em crianças de 5 anos houve redução de 17% nos dentes-de-leite cariados, porém, 80% desses dentes não foram tratados. A pesquisa aponta uma redução de 26% de cárie nas crianças de 12 anos desde 2003. Outro dado relevante da SB Brasil 2010 é o número de crianças que nunca tiveram cárie na vida. 
A proporção de crianças livres de cárie aos 12 anos cresceu de 31% para 44%. Isso significa que 1,4 milhão de crianças não têm nenhum dente cariado atualmente - 30% a mais que em 2003.
http://dab.saude.gov.br/cnsb/sbbrasil/arquivos/apresentacao_abbrasil_2010.pdf
http://dab.saude.gov.br/cnsb/sbbrasil/arquivos/apresentacao_abbrasil_2010.pdf
Na faixa etária dos 15 aos 19 anos, a queda do CPO (sigla para dentes cariados, perdidos e obturados) foi ainda maior, passando de 6,1 em 2003, para 4,2 este ano - uma redução de 30%. São 18 milhões de dentes que deixaram de ser atacados pela cárie. Entre os adolescentes, a necessidade de prótese parcial (substituição de um ou alguns dentes) entre os adolescentes caiu aproximadamente 50%, de 27% para 13%.
http://dab.saude.gov.br/cnsb/sbbrasil/arquivos/apresentacao_abbrasil_2010.pdf
O estudo aponta, ainda, que melhorou o acesso da população adulta aos serviços; na população com idade entre 35 e 44 anos o CPO caiu 19%, passando de 20,1 para 16,3 em sete anos. Comparando os números de 2003 e 2010, temos redução de 30% no número de dentes cariados, queda de 45% no número de dentes perdidos por cárie, além do aumento de 70% no número de dentes tratados. Isso significa que a população adulta está tendo maior acesso ao tratamento da cárie e menos dentes estão sendo extraídos por consequência da doença. Poroutro lado, os idosos com idade entre 65 e 74 anos, o fornecimento de próteses à população idosa ainda encontra-se abaixo do esperado, mais de 3 milhões de idosos necessitam de prótese total (nas duas arcadas dentárias) e Outros 4 milhões precisam usar prótese parcial (em uma das arcadas).
http://dab.saude.gov.br/cnsb/sbbrasil/arquivos/apresentacao_abbrasil_2010.pdf
Houve melhora na atenção à saúde bucal em todas as regiões do Brasil, com exceção da Norte.Os valores extremos (Norte e Sudeste) mostram uma diferença de quase 90%.
http://dab.saude.gov.br/cnsb/sbbrasil/arquivos/apresentacao_abbrasil_2010.pdf
O Brasil entrou no grupo de países com baixa prevalência de cárie. Para isso, CPO deve ser entre 1,2 e 2,6 – segundo classificação da Organização Mundial da Saúde. O do Brasil é 2,1 atualmente; em 2003, era de 2,8. O Índice do Brasil é melhor que a média dos países das Américas (2,8), na América do Sul, Brasil e Venezuela têm índices iguais, próximos do Chile. 
http://dab.saude.gov.br/cnsb/sbbrasil/arquivos/apresentacao_abbrasil_2010.pdf
Quanto ao investimento na área, passou de 56 milhões no ano de 2003 para 600 milhões em 2010. Nesse período, cresceu, em 5 vezes, o número de Equipes de Saúde Bucal e 85% dos municípios possuem pelo menos uma equipe, Em 2002, estavam em 41%.Em relação aos postos de trabalho, cresce 49% o número de dentistas trabalhando no SUS, passando de 40.205 para 59.258, 30% dos dentistas do país trabalham no programa atualmente.
Gilberto Pucca, coordenador Nacional de Saúde Bucal do Ministério da Saúde, falou ainda, da importância da fluoretação da água de abastecimento público diminuiu pela metade a ocorrência de cáries, da incorporação de kits de saúde bucal na atenção básica, dos Centros de Especialidades Odontológicas (CEOs) e das Unidades Móveis Odontológicas.
“Graças a Política Nacional de Saúde Bucal, o Brasil faz parte do grupo de países com baixa prevalência de cárie”, comemorou o Ministro da Saúde, José Gomes Temporão -para estar neste grupo, o indicador CPO deve estar entre 1,2 e 2,6, segundo a classificação da Organização Mundial da Saúde. Em 2003, o país tinha índice de 2,8, passando, atualmente, para 2,1 - melhor que a média dos países das Américas.
Profissionais de Odontologia em cada Estado
Distribuição de dez estados com maior número de cirurgiões-dentistas em atividades no Brasil em 2008. 
http://cfo.org.br/wp-content/uploads/2010/04/PERFIL_CD_BR_web.pdf
Distribuição do número total de cirurgiões-dentistas em todos os estados do Brasil em 2015.
http://cfo.org.br/wp-content/uploads/2011/06/Total_Geral_Brasil.pdf
Nota-se na tabela, que houve um aumento de 52515 Cirurgiões dentistas de 2008 á 2015, um aumento de 24%. Em São Paulo, o aumento foi de 10016 Cirurgiões dentistas. Em 2008 eram 33% dos dentistas no Brasil (72508), em 2015, são 30% representados por 82524 CD, apresentando uma queda de 3% no quadro nacional, demonstrando uma aparente saturação no mercado. 
Mercado de Trabalho
 De acordo com o CFO (Conselho Federal de Odontologia) atualmente são 272090 CD, esse volume representa cerca de 20% de todos os dentistas existentes no planeta. Apesar de haverem 732 pacientes por CD no Brasil, a maioria dos CD estão concentrados no Sudeste, representando 55%, são 537 pacientes por CD. Apesar da Organização Mundial de Saúde (OMS) não definir ou recomendar um número desejável de dentistas por habitante aos seus países-membros, há um entendimento que o ideal seria em torno de um profissional para cada 1.500 habitantes. Em sete Estados do Norte e Nordeste – Acre, Amapá, Pará, Piauí, Bahia, Ceará e Maranhão – existem, em média, um dentista para cada 1,8 mil pacientes. A diferença entre os dois cenários se deve a má distribuição de profissionais pelo país.

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