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MERCADO NA ÓPTICA DA MICROECONOMIA

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Disciplina: Economia & Negócios 
Líder da Disciplina: Ivy Jundensnaider 
Professora: Rosely Gaeta 
NNOOTTAA DDEE AAUULLAA 0044 –– MMEERRCCAADDOO:: EENNFFOOQQUUEE 
MMIICCRROOEECCOONNÔÔMMIICCOO 
SSEEMMAANNAA EE DDAATTAA 
__/__/____ 
 
 
4.1. O que é Mercado 
Mercado é um local de encontro entre alguém que oferece algo para outro alguém que desse 
algo necessita. Assim, mercado é um local de trocas: trocas de produtos, trocas de serviços, 
trocas de informações. 
 
Mercado de trabalho 
Podemos pensar, por exemplo, no mercado de trabalho. O trabalho aqui já foi definido como 
um fator de produção. Um fator primordial de produção de que as empresas necessitam. Um 
fator primordial de produção para que a sociedade possa obter renda. 
O mercado de trabalho é constituído por ofertantes de força de trabalho, mão-de-obra, e 
demandantes de tal fator. Como as empresas necessitam do trabalho para por em prática seu 
processo produtivo, ofertam vagas para que sejam preenchidas pelas famílias que oferecem às 
empresas a sua riqueza, o trabalho. Assim, de forma conduzida pela mão invisível, conforme 
explicado por Adam Smith, as empresas e as famílias se encontram em tal mercado. 
Mas, onde se dá tal encontro? Não necessariamente em um espaço local específico. Portanto, 
entende-se por mercado um local imaginário onde são efetuadas tais trocas. 
Mercado de Crédito 
Outro exemplo é o mercado de crédito. Tal mercado é constituído por agentes superavitários, 
ou seja, poupadores, que colocam a disposição dos bancos um volume de moeda para que seja 
emprestada a deficitários. Tais agentes necessitados de moeda recorrem ao mercado de 
crédito para obter tal recurso. Este mercado é mais visível pois é percebido nas atividades 
dos bancos e das sociedades de crédito. 
Podemos ainda classificar os mais diversos mercados em mercados concentrados e mercados 
não concentrados para melhor entender como se dá o padrão de concorrência entre empresas 
e é neste âmbito que entra a discussão sobre Estruturas de Mercado. A partir disto, podemos 
melhor entender como são divididas as mais variadas atividades econômicas e de que forma 
são identificadas as diversas empresas existentes num sistema econômico. Tal classificação 
dá-se em função do poder que é exercido por algum agente econômico, no caso poder de 
compradores e de vendedores e, mais especificamente, por parte dos vendedores. 
As várias formas ou estruturas de mercado dependem, fundamentalmente, de três 
características: 
a) número de empresas que compõe o mercado; 
b) tipo de produto; 
c) existência de barreiras ao acesso de novas empresas; 
São basicamente quatro as estruturas de mercado mais predominantes: o mercado de 
Concorrência Perfeita, o mercado de Monopólio, a Concorrência Monopolística e o Oligopólio. 
 
4.2. A Concorrência Perfeita 
Iniciamos a partir do mercado não concentrado, chamado mercado Concorrência Perfeita. Para 
que um mercado seja classificado desta forma, algumas características devem ser reunidas. 
Um mercado de Concorrência Perfeita é um tipo de mercado em que há um grande número de 
vendedores (empresas), de tal sorte que uma empresa, isoladamente, é insignificante, não 
afetando os níveis de oferta de mercado e, consequentemente, o preço de equilíbrio. 
É um mercado atomizado, pois é composto de um número expressivo de empresas e de 
compradores, como se fossem átomos. Um mercado de concorrência perfeita reúne algumas 
características, como por exemplo: 
a) grande quantidade de compradores para uma grande quantidade de vendedores; 
b) produto homogêneo1; 
c) mercado transparente; 
d) liberdade aos agentes econômicos quanto a entrada e a saída de novos participantes; 
- mercado atomizado. 
Neste tipo de mercado, no longo prazo, não existem lucros extraordinários (onde as receitas 
superam os custos), mas apenas os chamados lucros normais, que representam a remuneração 
implícita do empresário. 
Do ponto de vista da Teoria Microeconômica, a estrutura de Concorrência Perfeita é uma 
construção teórica, simplificadora da realidade. 
Construção teórica ou não, o fato é que uma empresa atuando nesse mercado também terá o 
objetivo de lucro. Melhor ainda, terá como objetivo a maximização de seu lucro e, desta 
forma, precisa decidir quais quantidades produzidas são aquelas que atingem o objetivo. Como 
se trata de um mercado em que há muitos vendedores de um mesmo produto, a margem de 
manobra quanto ao preço de venda da mercadoria fica bastante prejudicada sendo, dessa 
forma, o preço estabelecido pelo mercado. 
Dado o padrão da curva de demanda nesse mercado, uma reta constante num preço fixado, 
todas as firmas componentes desse mercado tornam-se tomadoras de preços. Nenhuma 
organização, isoladamente, tem condições de alterar o preço ou praticar preço superior ao 
estabelecido no mercado. Contudo, a esse preço dado pelo mercado, ela poderá vender quanto 
puder, limitada apenas por sua estrutura de custos. 
Em concorrência perfeita, a quantidade demandada e a quantidade ofertada da mercadoria 
dependem de muitos compradores e de muitos vendedores, o preço da mercadoria é 
 
1 Lembre-se do conceito de diferenciação de produto (Porter). É o oposto 
estabelecido a partir do encontro das curvas de demanda e de oferta. Portanto, o preço da 
mercadoria é estabelecido pelo mercado e, a partir disso, as firmas seguem o preço 
estabelecido. Dessa forma, são também chamadas de seguidoras ou tomadoras de preços. 
 
4.3. O Monopólio 
De forma oposta à do mercado de Concorrência Perfeita, temos o mercado de Monopólio, quer 
dizer, o mercado em que ocorre um único poder. O mercado de Monopólio apresenta condições 
diametralmente opostas às da Concorrência Perfeita. Nele existe, de um lado, um único 
empresário dominando inteiramente a oferta e, de outro, todos os consumidores. Não há, 
portanto, produto substituto perfeito ou concorrente. Nesse caso, ou os consumidores se 
submetem às condições impostas pelo vendedor, ou simplesmente deixarão de consumir o 
produto. 
Para existir monopólio, deve haver barreiras que impeçam a entrada de novas firmas no 
mercado. Essas barreiras podem advir de diversas formas, sendo o monopólio puro ou natural 
uma delas. Este caso ocorre quanto o mercado, por suas próprias características, exige a 
instalação de grandes plantas industriais que operam normalmente como economias de escala e 
custos unitários bastante baixos, possibilitando à empresa cobrar preços baixos por seu 
produto, o que acaba praticamente inviabilizando a entrada de novos concorrentes. 
Podemos ainda elencar como barreiras o elevado volume de capital requerido para montar uma 
indústria monopolista, as marcas e patentes, o controle de matéria-prima básica, bem como as 
instituições. A legislação brasileira acerca do tema proíbe a existência de monopólio, 
permitido apenas para aqueles segmentos de mercado onde, para um perfeito funcionamento, 
deve existir apenas uma empresa. São os chamados monopólios institucionais ou estatais, 
considerados estratégicos ou de segurança nacional. Porém, observa-se atualmente que há uma 
movimentação para que segmentos monopolizados sejam privatizados. 
Como existem barreiras à entrada de novas empresas, os lucros extraordinários devem 
persistir também a longo prazo em mercados monopolizados. Nessa estrutura de mercado, a 
curva de demanda da empresa é a própria curva de demanda do mercado como um todo. Ao ser 
exclusiva no mercado, a empresa não estará sujeita aos preços vigentes. Isso não significa que 
poderá aumentar os preços indefinidamente. Deve, de alguma forma, se adequar aos padrões 
de demanda dos consumidores. 
 
4.4. O Oligopólio 
Outra estrutura de mercado é aquela formada pelos são Oligopólios. O Oligopólio é um tipo de 
estruturacaracterizada por um pequeno número de empresas que dominam a oferta de 
mercado. Pode caracterizar-se como um mercado em que há um pequeno número de empresas, 
como a indústria automobilística, ou então, onde há um grande número de empresas, mas 
poucas dominam o mercado, como a indústria de bebidas. 
No Oligopólio, tanto as quantidades ofertadas quanto os preços são fixados entre as 
empresas, muitas vezes, por meio de conluios ou cartéis. Normalmente, as empresas discutem 
suas estruturas de custos, embora isso não ocorra com relação a sua estratégia de produção e 
de marketing. Há uma empresa líder que, via de regra, fixa o preço, respeitando as 
estruturas de custos das demais, e há empresas satélites que seguem as regras ditadas pelas 
líderes. Esse é o modelo chamado de liderança de preços. 
 
4.4. Concorrência Monopolista 
Estrutura intermediária entre a Concorrência Perfeita e o Monopólio, mas que não se 
confunde com o Oligopólio, é a Concorrência Monopolista. Nessa estrutura, há um número 
relativamente grande de empresas com poder concorrencial, porém com segmentos de 
mercado e produtos diferenciados, seja por características físicas, pelas embalagens ou pela 
prestação de serviços. 
Tais empresas detém alguma margem de manobra para fixação dos preços que não é muito 
ampla, uma vez que existem produtos substitutos no mercado. Essas características acabam 
dando um pequeno poder monopolista sobre o preço de seu produto, embora o mercado seja 
competitivo. 
Essas estruturas de mercado são as predominantes. Mas, vale ressaltar ainda os monopsônios 
e oligopsônios 
 
4.5 Monopsônio 
Monopsônio é uma forma de mercado com apenas um comprador, chamado de monopsonista, e 
inúmeros vendedores. É um tipo de competição imperfeita, inverso ao caso do monopólio, onde 
existe apenas um vendedor e vários compradores. O termo foi introduzido por Joan Robinson. 
 
Um monopsonista tem poder de mercado, devido ao fato de poder influenciar os preços de 
determinado bem, variando apenas a quantidade comprada. Os seus ganhos dependem da 
elasticidade da oferta. Esta condição também pode ser encontrada em mercados com mais de 
um comprador. Nesse caso, chamamos o mercado de oligopsônio. 
Tradicionalmente, a microeconomia assumia que tal problema era pouco relevante, ignorando-o 
então em seus modelos. Porém, uma exceção importante foi observada no século XIX. Nesta 
época, havia muitas pequenas cidades com centros de mineração, onde havia apenas um 
empregador (comprador de força de trabalho, ou seja, a mineradora) para quase toda a 
população (vendedor). Cada vez mais exemplos são encontrados hoje em dia, principalmente no 
mercado de trabalho. 
 
4.5 Oligopsônio 
Oligopsônio é uma forma de mercado com poucos compradores, chamados de oligopsonistas, e 
inúmeros vendedores. É um tipo de competição imperfeita, inverso ao caso do oligopólio, onde 
existem apenas alguns vendedores e vários compradores. 
Os oligopsonistas têm poder de mercado, devido ao fato de poderem influenciar os preços de 
determinado bem, variando apenas a quantidade comprada. Os seus ganhos dependem da 
elasticidade da oferta. Seria uma situação intermediária entre a de monopsônio e a de 
mercado plenamente competitivo. 
Tradicionalmente, a microeconomia assumia que tal problema era pouco relevante, ignorando-o 
então em seus modelos. Porém, foram verificados casos importantes ao longo do tempo. Um 
exemplo de oligopsônio é o mercado de cacau, onde três organizações (Cargill, Archer Daniels 
Midland e Callebaut) compram a maior parte dos grãos de cacau, geralmente produzidos por 
pequenos agricultores de países menos desenvolvidos. 
 
�����Em microeconomia, monopsonistas e oligopsonistas são assumidos como 
empresas maximizadoras de lucros e levam a falhas de mercado, devido a restrição de 
quantidade adquirida, que é uma situação pior do que o ótimo de Pareto que existiria em 
competição perfeita. 
 
AANNEEXXOO II –– MMEERRCCAADDOO:: EENNFFOOQQUUEE MMIICCRROOEECCOONNÔÔMMIICCOO 
 
Os mercados de moeda, de divisas internacionais e da força de trabalho2 
Os mercados de bens e serviços dão margem à existência de outros mercados, cujo principal 
motivo de existirem é o de contribuir para o funcionamento de bens e serviços e do mercado 
de fatores de produção. Tais mercados constituem o mercado da moeda, o mercado de divisas 
e o mercado de força de trabalho. 
Tais mercados serão mais bem estudados quando enforcarmos o estudo das variáveis 
macroeconômicas. Por enquanto, faremos uma abordagem simplificada dos mesmos. 
Mercado de Moedas 
Uma das características dos mercados de bens e serviços é que, neles, as transações ocorrem 
por meio de um sistema de troca em que os ofertantes repassam mercadorias em troca de 
moeda e os demandantes, por sua vez, dão moeda em troca das mercadorias desejadas. Em 
síntese, nas economias de mercado a consecução dos negócios dependerá da existência dessa 
instituição facilitadora de trocas, que é a moeda. 
 
O enfoque microeconômico da moeda consubstancia-se no chamado mercado financeiro, de 
fundamental importância para a sobrevivência da firma nas economias de mercado. Sua 
existência e funcionamento decorrem do fato de que da cena econômica participam agentes 
econômicos que têm ou desejam ter necessidades de desempenho de caixa superiores a seus 
recursos próprios. Para tanto, sujeitam-se a buscar empréstimos e a pagar juros por eles3 . De 
outro lado, existem agentes econômicos em condições e com interesse de renunciar a 
desembolsos presentes, gerando superávit de caixa e, assim, dispostos a fazer aplicações 
financeiras em troca de juros (ver Mercado de Crédito).4 
 
Os juros, então, constituem o preço da moeda transacionada no mercado financeiro. Tal preço, 
quando elevado, pode atuar como estimulador da oferta de mais moeda pelos agentes que 
apresentam superávit no seu caixa, mas será desestimulador para os tomadores de 
empréstimos. 
 
Quando os juros forem muito baixos, ou seja, quando o preço da moeda estiver muito baixo, 
haverá maior disposição para a tomada de empréstimos. Isto significa que,tal qual acontece no 
mercado de bens e serviços, as forças de oferta e procura tendem a contribuir para a 
definição do preço da moeda, isto é, da taxa de juros, a qual será, por sua vez, o determinante 
da quantidade de moeda que o sistema econômico, como um todo, estará disposto a demandar. 
 
Evidentemente, os agentes econômicos que intervêm nesse mercado não consideram somente a 
variável oferta e procura para a definição da taxa de juros, mas, em cada caso de empréstimo, 
consideram também o risco representado pelos tomadores. Tomadores de empréstimos de 
 
2 Fonte: Silva, F.G. Jorge, F.T. Economia Aplicada à Administração. Ed Futura, 2001 pág 59 e 
seguintes. Livro esgotado no mercado. 
3 Nota da Rosely: Estes agentes são os tomadores de empréstimos. 
4 Nota da Rosely: Estes agentes são os poupadores. 
 
alto risco, isto é, de mais provável inadimplência, geralmente pagam taxas de juros mais 
elevadas do que as cobradas de tomadores com maiores condições de cumprir com suas 
obrigações de pagamentos. As modernas técnicas de administração de crédito compreendem 
sofisticados sistemas de avaliação dos compromissos e liquidação de créditos de centenas de 
milhares de empresas e indivíduos. 
 
Em síntese, a taxa de juros, paga ou cobrada nos mercados financeiros, tem muito a ver com o 
volume total de recursos financeiros ofertado e demandado, mas também, em cada caso, com 
o poder de barganha dos agentes intervenientes. Assim sendo, empresas tomadoras de capital 
de empréstimo têm de avaliar adequadamente o retorno que terão dos empréstimos que se 
dispõem a realizar, sob o risco de terem encargos (juros) superiores a tais retornos. 
 
 
Mercados de divisasSão chamadas divisas internacionais os meios de pagamento aceitos nas liquidações de débitos 
internacionais, ou seja, operações de importação e exportação de bens e serviços e 
movimentação de capital em geral. Compreendem as moedas de nações de fluxo comercial 
intenso e de reconhecida aceitação e conversibilidade, tais como o dólar norte-americano, o 
iene japonês, o euro, a libra esterlina e outras. Alguns metais nobres como o ouro, constituem, 
igualmente, uma divisa internacional, cuja compra e venda é igualmente operada no mercado de 
divisas internacionais. 
 
Primeiramente, é necessário considerar que os agentes econômicos dos diversos países ao 
exportarem mercadorias ou serviços, tomarem empréstimos do exterior ou receberem 
investimentos provenientes de outras nações, passam a dispor de moeda estrangeira, isto é, 
de divisas. De outro lado, agentes econômicos que desejam importam mercadorias ou serviços, 
pagar ou realizar empréstimos ao exterior, ou, ainda, investir no exterior, irão demandar 
divisa internacional. Os exportadores, para fazer face a seus compromissos internos, 
necessitam trocar suas divisas pela moeda de seu próprio país. Os importadores para 
adquirirem as divisas, precisam dar em troca unidades de sua moeda nacional. Surge, então, 
um mercado de divisas e, nele, o preço das divisas transacionadas, que é conhecido como taxa 
de câmbio. 
 
A taxa de câmbio, definida como as unidades de moeda nacional que são necessárias para 
adquirir uma unidade de moeda estrangeira, poderá ser estabelecida pelas forças de oferta e 
procura: quando há excesso de divisas, seu preço tende a ser baixo, enquanto que o preço 
aumenta sob condições de escassez de oferta, comparativamente à oferta e demanda de bens 
e serviços. Caracteriza-se, assim, um câmbio flexível, determinado pelo mercado. Se, no 
entanto, o câmbio é determinado pelas autoridades monetárias. Quando estudarmos as 
transações com o exterior, serão analisados maiores detalhes sobre o mercado de divisas. 
 
 
Mercados de trabalho 
Por fim, temos que, para poder ofertar seus bens e serviços, as firmas recrutam, selecionam e 
contratam a força de trabalho que irá responder, direta ou indiretamente, de forma intensiva 
ou não, pela produção daquilo que é ofertado. 
Também no mercado de trabalho prevalece o mecanismo de oferta e procura e o poder de 
barganha das partes intervenientes na determinação do valor dessa força de trabalho e, 
conseqüentemente, da quantidade e qualidade da mão de obra disponível e apta para o 
exercício da função remunerada. Um excesso de força de trabalho, terá como conseqüência 
baixa remuneração. Já pra aquelas especialidades onde há escassez de mão de obra, 
comparativamente à demanda de mercado, os níveis de salários tendem a ser mais elevados. 
Quanto à questão do poder de barganha, categorias profissionais representadas por 
sindicatos mais atuantes e que praticam o chamado “sindicato de resultados” tendem a ter 
ganhos superiores às categorias representadas por sindicatos menos representativos e menos 
operativos. 
 
AANNEEXXOO IIII –– MMEERRCCAADDOO:: EENNFFOOQQUUEE MMIICCRROOEECCOONNÔÔMMIICCOO 
 
EESSTTRRUUTTUURRAA DDEE MMEERRCCAADDOO55 
Finalizando o capítulo dedicado à microeconomia, reuniremos os conceitos de oferta e de 
procura, custos e receita, examinando-os sob a ótica dos diversos mercados onde atuam os 
agentes econômicos (empresas e indivíduos). A maximização do lucro, dada pela maximização 
da receita e pela minimização dos custos, depende fundamentalmente da estrutura do 
mercado em que opera a empresa. Se, por um lado, não há correlação entre a composição dos 
custos e as empresas concorrenciais, a receita, por outro lado sofrerá toda sorte de 
influência das características estruturais no mercado, determinantes exclusivas das curvas 
de procura com que a empresa se defronta. 
Entre os fatores que dimensionam e dão forma às estruturas de mercado, destacam-se oito, a 
saber: 
1. o número de empresas vendedoras que atuam nesse mercado; 
2. o tamanho dessas empresas; 
3. o grau de interdependência entre elas; 
4. as similitudes ou diferenciações entre os produtos dessas distintas empresas; 
5. a natureza e o número de consumidores (empresas e indivíduos); 
6. a extensão das informações que tanto os consumidores como as empresas vendedoras 
dispõem sobre os demais produtos transacionados nesse mercado, notadamente aquelas 
referentes a preços e condições comerciais; 
7. o grau de habilidade de que as empresas individuais dispõem para influenciar a procura 
no mercado como um todo, pelas mais diversas formas, como a promoção do produto, 
aspectos qualificativos, facilidades de comercialização, etc.; 
8. a facilidade com que as firmas entram e saem da indústria6 
Essas oito dimensões são o resultado de uma evolução por que passou o estudo das estruturas 
do mercado. Uma das classificações mais simples foi proposta por Stakelberg em 1934, que 
adotava o número dos que intervêm no mercado como determinante da diferenciação. Segundo 
essa classificação, existiriam, tanto do lado da oferta como do lado da procura, três situações 
possíveis: 
1. apenas um agente econômico; 
2. um pequeno número de agentes; 
3. um grande número de agentes. 
A combinação dessas três situações com a oferta e procura leva à construção de uma matriz 
de nove diferentes estruturas possíveis, conforme figura 3.1. 
 
5 Fonte: Moreira, José O.C. Jorge, Fauzi.T. Economia Notas Introdutórias. Ed Atlas, 2009. 2ª. 
Edição. pág 64-66. 
6 IINNDDÚÚSSTTRRIIAA: aqui está com o sentido de setor ou ramo. Por exemplo, indústria do turismo, 
indústria bancária, ou seja, setor do turismo, setor bancário. Esteja atento quando o termo 
“indústria” pode ter este significado. 
GGRRAANNDDEE NNÚÚMMEERROO 
DDEE 
CCOONNSSUUMMIIDDOORREESS 
 
MMOONNOOPPÓÓLLIIOO O
OLLIIGGOOPPÓÓLLIIOO 
 
CCOONNCCOORRRRÊÊNNCCIIAA 
PPEERRFFEEIITTAA 
PPEEQQUUEENNOO 
NNÚÚMMEERROO DDEE 
CCOONNSSUUMMIIDDOORREESS 
 
QQUUAASSEE--
MMOONNOOPPÓÓLLIIOO 
OOLLIIGGOOPPÓÓLLIIOO 
BBIILLAATTEERRAALL 
OOLLIIGGOOPPSSÔÔNNIIOO CCOONNSSUUMMIIDDOORREESS 
UUMM ÚÚNNIICCOO 
CCOONNSSUUMMIIDDOORR 
 
MMOONNOOPPÓÓLLIIOO 
BBIILLAATTEERRAALL 
QQUUAASSEE--
MMOONNOOPPSSÔÔNNIIOO 
MMOONNOOPPSSÔÔNNIIOO 
 
PPEEQQUUEENNOO 
NNÚÚMMEERROO DDEE 
VVEENNDDEEDDOORREESS 
PPEEQQUUEENNOO 
NNÚÚMMEERROO DDEE 
VVEENNDDEEDDOORREESS 
GGRRAANNDDEE NNÚÚMMEERROO 
DDEE VVEENNDDEEDDOORREESS 
 
VVEENNDDEEDDOORREESS 
 
Figura 3.1 Estrutura de mercado, segundo Stakelberg. 
 
Segundo essa classificação, a concorrência perfeita, seria caracterizada por grande número 
de participantes, nos dois lados – oferta e procura – considerados; o monopólio seria uma 
situação em que existiria somente uma empresa vendendo para grande número de 
compradores; quando, ao contrário, existirem muitos vendedores e uma só empresa 
compradora, configurar-se-ia uma situação de monopsônio. 
Diametralmente oposta à situação de concorrência perfeita, seria outra situação extrema: a 
de monopólio bilateral, em que se relacionariam uma só empresa compradora e uma só empresa 
vendedora. Entre esses quatro extremos poderiam figurar as situações definidas como quase-
monopólio e quase-monopsônio, em que o único vendedor ou o único comprador teria de se 
confrontar com um pequeno número de compradores ou de vendedores, respectivamente. 
Os oligopólios – pequeno número de empresas vendedoras e grande número de empresas 
compradoras –, assim como os oligopsônios – pequeno número de empresas compradoras e 
grande número de empresas vendedoras –, são, na realidade, as situações que mais se 
aproximam das estruturas de mercado encontradas no mundo real. O oligopólio bilateral 
caracteriza-se por pequeno número tanto de vendedorescomo de compradores.

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