Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ECONOMIA COMPETITIVA 1o. ANO MATERIAL DE ACOMPANHAMENTO DE AULAS PARA OS CURSOS: ADMINISTRAÇÃO E CIÊNCIAS CONTÁBEIS REFERENTE A 2A. AVALIAÇÃO PROFESSOR FIGUEIREDO SÃO PAULO 2007 Economia Professor Figueiredo 2 ESTRUTURAS DE MERCADO Diante da análise das estruturas de mercado, podemos visualizar a forma pela qual os preço dos bens e serviços, são determinados em uma economia. Ì MERCADO: a dinâmica de um mercado, pode ser visualizada pelo comportamento de consumidores (demanda) e vendedores (oferta) que realizam compras e vendas de bens e serviços. Ou melhor, é uma forma de intercâmbio na qual se realizam compras e vendas de bens e serviços, colocando em contato compradores e vendedores. Assim: Consumidores x Vendedores ª Como o preço dos produtos são determinados? • Abaixo, apresenta-se algumas das formas pelas quais as empresas podem atuar em uma economia. Existem outros tipos de estruturas de mercado, mas as apresentadas a seguir serão o foco de nosso estudo. Ì Concorrência Perfeita; Ì Monopólio / Monopsônio; Ì Oligopólio / Oligopsônio; Ì Duopólio / Duopsônio; Ì Concorrência Monopolista. Economia Professor Figueiredo 3 CONCORRÊNCIA PERFEITA • CARACTERÍSTICA BÁSICA: o número de compradores e vendedores é tão grande que nenhum deles, agindo individualmente, consegue exercer influência na determinação do preço do produto. COMPRADORES VENDEDORES Desta Forma: a empresa quando atua em um mercado onde existe concorrência, subordina-se aos preços resultantes do livre jogo das forças de mercado (oferta x demanda). Ì A empresa torna-se uma TOMADORA de preços. • Vamos analisar um hipotético mercado que comercializa um determinado produto. Economia Professor Figueiredo 4 Assim: o preço deste produto é determinado pelo próprio mercado. Mas isto só acontece, quando existe concorrência, entre compradores e vendedores, em um determinado segmento de mercado. HIPÓTESES BÁSICAS DO MERCADO DE CONCORRÊNCIA PERFEITA Na visão dos autores, a análise destas hipóteses são relevantes para o entendimento da maneira pela qual os preços dos produtos, são determinados em um mercado que existe concorrência. Ì elevado número de compradores e vendedores; Ì produtos homogêneos; Ì transparência de mercado; Ì liberdade de entrada e saída de empresas; Ì não rivalidade entre compradores e vendedores. • Diante do entendimento da forma pela qual o preço do produto é determinado em um mercado onde existe concorrência, vamos agora analisar como esta situação interfere no faturamento (receita total) de uma empresa. • A receita total de uma empresa, pode ser visualizada da pelas seguinte expressão: RT = Q x P. Desta forma, podemos evidenciar que uma empresa quando atua em qualquer estrutura de mercado, visualiza uma determinada curva de demanda. Vamos verificar como é a característica da curva de demanda de um mercado de concorrência perfeita. Economia Professor Figueiredo 5 CURVA DE DEMANDA NA CONCORÊNCIA PERFEITA Ì Assim, podemos dizer que a curva de demanda de uma empresa que atua em um mercado de concorrência perfeita, possui as seguintes características: � a curva de demanda é infinitamente elástica; � é uma reta horizontal no nível de preço; � é uma reta paralela ao eixo das quantidades. • Esta característica da curva de demanda é que determina o comportamento da curva de receita total da concorrência perfeita. • Diante dos dados acima, podemos traçar e visualizar, o comportamento da curva de receita total de uma empresa que atua em um mercado que existe concorrência. Economia Professor Figueiredo 6 CURVA DE RECEITA TOTAL DA CONCORRÊNCIA PERFEITA • Desta forma, a receita total de uma empresa que atua em um mercado que existe concorrência é sempre crescente. Quanto maior o nível de produção, maior à receita total. Só que na dinâmica econômica, as empresas encontram um limite no seu processo produtivo. Devemos recordar que como os fatores de produção são limitados (escassos), a produção de qualquer empresa, também será limitada. • Assim, a empresa se deparando com fatores de produção limitados, sendo eficiente em sua combinação, irá produzir um nível de produção que estes recursos permitem. Desta forma, podemos dizer que a receita total será crescente, mas também limitada. • Para os autores, este tipo de determinação de preço, pelo próprio mercado, pode ser visualizado na produção de roupas, produtos agrícolas (commodities), no mercado de ações, etc. Economia Professor Figueiredo 7 MONOPÓLIO • CARACTERÍSTICA BÁSICA: é uma situação de mercado em que uma única empresa, produz um bem ou serviço e que não tenha substituto próximo. Esta empresa detêm a totalidade da oferta deste bem neste mercado. COMPRADORES VENDEDORES • Atuando deste forma em uma economia, a empresa adquire uma força para poder influenciar na determinação do preço do produto. • A empresa é uma FORMADORA de preço, pois não se subordina a determinado preço ditado pelo mercado. • Diante desta situação, podemos visualizar a característica da curva de demanda de uma empresa monopolista, como também, a característica da curva de receita total. CURVA DE DEMANDA E RECEITA TOTAL DO MONOPÓLIO EconomiaProfessor Figueiredo 8 HIPÓTESES BÁSICAS DO MONOPÓLIO • Para os autores, para o entendimento da atuação do monopólio e sua capacidade de determinar preço, é necessário o entendimento de que a ocorrência de monopólio, está condicionada ao cumprimento das seguintes hipóteses: Ì oferta do produto por uma única empresa; Ì não há substitutos próximos para este produto; Ì existem obstáculos (barreiras) para entrada de novas empresas, neste mercado. • Uma das hipóteses mais relevantes de análise da atuação de um monopólio esta justamente nas barreiras que existem para a entrada de novos concorrentes no mercado de um determinado produto. Então vamos analisar as barreiras que podem existem para que um monopólio atue sem concorrência. � MONOPÓLIO NATURAL: é quando uma única empresa atua ofertando um bem ou serviço a um custo mais baixo de que qualquer outra empresa. Como os recursos financeiros, principalmente, para se montar um monopólio são altos, onde os custos de produção também tornam-se altos, naturalmente se barra a entrada de concorrentes. Ì Os autores dizem que podemos visualizar esta atuação no setor de produção de energia elétrica, Cias telefônicas, transporte ferroviário, etc. � CONTROLE SOBRE O FORNECIMENTO DE MATÉRIAS PRIMAS: a empresa pode bloquear o ingresso de novas empresas (firmas) no mercado. Economia Professor Figueiredo 9 � MONOPÓLIO LEGAL: as empresas operam através de barreiras legais, diante do registro de patente de seu produto, através de licenças e concessões governamentais. Uma das características importante é que os monopólios legais, geralmente são de propriedade da iniciativa privada e regulamentados pelo Governo. Ì Os autores dizem que podemos verificar este tipo de atuação, nos serviços de fornecimento de água, eletricidade, meios de transporte coletivo, concessões de canais de rádio e televisão, etc. � MONOPÓLIOS ESTATAIS: são empresas que tem uma característica importante, pertencem e são regulamentadas pelos governos (Federal, Estadual, Municipal). Ì Os autores dizem que podemos visualizar esta atuação na exploração de recursos minerais estratégicos e petróleo. MONOPSÔNIO • Uma outra forma de atuação das empresas é em um mercado onde existem muitos empresas vendedoras de um determinado produto para uma única empresa compradora, neste caso o monopsônio. Assim, as empresas atuam pelo lado da demanda, ou melhor tornam-se demandantes deste produto no mercado. COMPRADORES VENDEDORES Economia Professor Figueiredo 10 • Neste tipo de atuação, o monopsonista tem um controle significativo sobre o preço que deseja pagar por um insumo. Desta forma, a empresa torna-se uma DEFINIDORA de preço, pois sendo a única compradora, adquire força para impor o preço de compra. • Este tipo de atuação podemos verificar no mercado de laticínios, frigoríficos, e atualmente no mercado de plantação de cana de açúcar, onde as empresas numa determinada região produtora, tornam-se as únicas demandantes este produto. OLIGOPÓLIO • CARACTERÍSTICA BÁSICA: é uma situação de mercado onde existe um número reduzido de empresas vendedoras, diante a uma grande quantidade de compradores, de forma que as empresas vendedoras podem exercer algum tipo de controle sobre o preço. COMPRADORES VENDEDORES • Estes poucos vendedores, para não ter concorrência entre eles, podem fazer acordos, formando um CARTEL. Ì CARTEL: é um agrupamento de empresas que procura limitar a ação das forças de livre concorrência para estabelecer um preço comum e/ou alcançar uma maximização conjunta dos lucros. • O oligopólio, também se depara com uma determinada curva de demanda para poder determinar seu nível de produção. Economia Professor Figueiredo 11 • A característica relevante da curva de demanda, se dá pela visualização da CURVA DE DEMANDA QUEBRADA. CURVA DE DEMANDA DO OLIGOPÓLIO • Assim, pode-se verificar uma característica importante que é a competição EXTRA-PREÇO, entre as empresas. Estas empresas não concorrem com preços, pois sabem que todas serão prejudicadas diante de uma guerra de preços. Desta forma, procuram outras formas de concorrer, através da propaganda. HIPÓTESE BÁSICAS DO OLIGOPÓLIO Ì Existência de poucas empresas detendo uma fatia significativa da oferta de mercado; Ì existência de dificuldades para se entrar neste segmento (indústria); Ì As poucas empresas produzindo produtos homogêneos ou diferenciados. Economia Professor Figueiredo 12 • Diante desta características pode-se destacar a atuação dos seguintes tipos de oligopólios: � OLIGOPÓLIOS PUROS; são aquelas indústrias que produzem produtos homogêneos e que são perfeitos substitutos entre si. Este tipo de atuação pode ser visualizado na indústria do cimento, cobre, aço, etc. � Com relação a produção de produtos diferenciados, pode-se verificar, na indústria automobilística, de cigarros, onde os produtos embora semelhantes, não são idênticos. OLIGOPSÔNIO É uma situação onde existem poucas empresas compradoras de determinados produtos, e muitas empresas vendedoras destes produtos. Estas poucas empresas atuam pelo lado da compra (demanda) de determinadas mercadorias. COMPRADORES VENDEDORES Ì Assim, estas poucas empresas atuando pelo lado da demanda, adquirem força para ter influência no preço a ser pago por uma determinada mercadoria. Economia Professor Figueiredo 13 CONCORRÊNCIA MONOPOLISTA • É uma estrutura de mercado que contém elementos da concorrência perfeita e do monopólio. Fica em situação intermediária entre essas duas formas de organização de mercado. COMPRADORES VENDEDORES Ì HIPÓTESES BÁSICAS DA CONCOCRRÊNCIA MONOPOLISTA • Para a visualização da dinâmica desta estrutura de mercado, vamos analisar as hipóteses básicas deste mercado: Ì A existência de um grande número de compradores e vendedores; Ì A existência de livre entrada e saída de empresas; Ì cada firma produz e vende um produto diferenciado, embora substituto próximo. Cada produtor procura diferenciar seu produto a fim de torná-lo único: � Diferenciação Real do Produto: as empresas tentam diferenciar seu produto através da composição química dos perfumes, dos serviços oferecidos por vendedores. � Diferenciação Ilegítima do Produto: as diferenças são superficiais, através da marca, embalagens, design. Economia Professor Figueiredo 14• Atuando desta forma, cada produtor adquire liberdade de fixar o preço de sue produto. Através do convencimento de seus clientes, conseguem obter um PREÇO-PRÊMIO, pelo seu convencimento. Assim, estes clientes pagam um preço mais alta por este produto, e não do concorrente que tem um preço mais baixo. • Desta forma, estas empresas obterão uma maior receita do que seus concorrentes, devido ao PREÇO-PRÊMIO, pago pelos seus clientes. • Os autores dizem que podemos visualizar este tipo de atuação no setor de serviços, como academias de ginástica, salões de beleza, padarias, bares etc. DUOPÓLIO • É uma situação de mercado caracterizada pela atuação de apenas duas empresas vendedoras de um determinado bem ou serviço. COMPRADORES VENDEDORES Ì A característica relevante desta estrutura é que para não ocorrer tensão por parte das empresas, onde teriam que estar sempre atenta ao que a outra faz, onde pode ser prejudicial a ambas, é comum que entrem em acordo para estabelecer preços. Economia Professor Figueiredo 15 DUOPSÔNIO • É uma estrutura caracterizada pelo inverso do Duopólio. Neste mercado, existem apenas duas empresas compradoras de um determinado bem ou serviço, diante a muitas outras empresas vendedoras. COMPRADORES VENDEDORES Ì As empresas atuando diante a estas duas formas apresentadas, adquirem força para poder determinar o preço de venda de seu produto, como também o preço de compra das matérias primas a serem adquiridas. Diante das diversas estruturas de mercado citadas acima, podemos resumir a atuação das empresas da seguinte forma: CONCORRÊNCIA PERFEITA Muitos Muitos Compradores X Vendedores ª Não tem força para determinar o preço do produto. Economia Professor Figueiredo 16 CONCORRÊNCIA IMPERFEITA Monopólio/Monopsônio Oligopólio/Oligopsônio Duopólio/Duopsônio Um só produtor ou Poucos produtores Comprador ou compradores Concorrência Monopolista Adquirem capacidade Para determinar o Preço de seu Produto Para os autores, os mercados em CONCORRÊNCIA IMPERFEITA são aqueles nas quais o produtor ou produtores são suficientemente grandes para ter efeito notável sobre o preço. Economia Professor Figueiredo 17 TRATAMENTO MATEMÁTICO DA FUNÇÃO DEMANDA ANÁLISE GRÁFICA: palavras, gráficos, tabelas e equações são úteis na descrição de relações econômicas. Os economistas na maior parte das vezes utilizam gráficos para ilustrar os seus modelos. Ao compreender estas “figuras”, você pode compreender mais facilmente as relações econômicas. Assim, a familiaridade com essa técnica nos dá a chave para o entendimento da economia. Aprender como os gráficos funcionam é muito mais fácil do que tentar memorizar todos os gráficos. • Pode-se dizer que, os GRÁFICOS são “fotografias” de informações que podem ser usadas descritivamente, como em mapas e cartas, ou analiticamente, para fornecer compreensão da teria econômica. Um GRÁFICO é um desenho da relação entre duas ou mais variáveis, que são itens que podem ser descritos por números e incluem coisas como tempo, distância, renda, preços e produção. Ì Um GRÁFICO mostra como duas variáveis estão relacionadas entre si. COORDENADAS CARTESIANAS • Da mesma forma que os mapas demarcam as relações geográficas, os gráficos usam coordenadas cartesianas para mostrar relações entre variáveis. • O sistema de coordenadas cartesianas é construído como desenho de duas linhas (eixos) perpendiculares entre si. Estes eixos, indicados por X e Y, são numerados e se cruzam em seus respectivos zeros – a origem. Economia Professor Figueiredo 18 • A base do gráfico é chamada de eixo horizontal ( eixo das abscissas). A linha lateral é chamada de eixo vertical (eixo das ordenadas). • Normalmente considera-se a variável do eixo horizontal (eixo X = Abscissa) como a causa das mudanças que vão ocorrer na variável do eixo vertical (eixo Y = Ordenadas). Ì OBS: em ECONOMIA, visualizamos os eixos invertidos para a análise gráfica. Esta mudança, não muda a relação entre as duas variáveis analisadas. • Como mostra a figura a seguir, as linhas são os eixos para um modelo de coordenadas cartesianas. Este sistema de coordenadas divide um “espaço” em quatro áreas chamadas quadrantes, os quais são numerados de I a IV. Nestes quadrantes podemos visualizar a relação que existe entre as variáveis X e Y. Podemos verificar a relação com valores positivos de X e Y e também valores negativos. Como também, valores negativos de X com valores positivos de Y e, vice e versa. • A título de ilustração, a maioria das análises econômicas usa apenas o quadrante I, ou quadrante positivo. Esta convenção é porque valores negativos de muitas varáveis econômicas não fazem muito sentido em economia. • Pode-se destacar também que as duas retas numeradas, perpendiculares nas suas origens, chamam-se eixos coordenados. Economia Professor Figueiredo 19 • Cada ponto neste espaço é identificado numericamente como um par ordenado, denotado de (X,Y). O quadrante I contém pares onde X e Y são positivos, o quadrante II mostra pares onde X é negativo e Y positivo, o quadrante III mostra situações onde X e Y são negativos, e o quadrante IV retrata valores positivos para X que fazem par com valores negativos de Y. + Y II I - 6 - 5 - 4 - 3 -2 - 1 - X + X -6 -5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 6 -1 - -2 - -3 - -4 - -5 - -6 - III - Y IV Economia Professor Figueiredo 20 GRÁFICOS ANALÍTICOS Para entendermos os gráficos, devemos ter em mente que os conceitos econômicos quase sempre dependem de quanto uma variável muda em resposta a uma dada mudança de uma outra variável. A RELAÇÃO ENTRE DUAS VARIÁVEIS • Relação Positiva: quando X aumenta • Relação Negativa: quando X aumenta Y também aumenta. Y diminui. • “X não causa efeito em Y” • “ Y não causa efeito em X” Ì Não importa o quanto X seja grande ou Ì Não importa quanto Y seja grande ou pequeno, Y continuará igual. pequeno, X continuará o mesmo. Economia Professor Figueiredo 21 ANÁLISE GRÁFICA DA FUNÇÃO DEMANDA EM MATEMÁTICA • Vimos que: Qd = f (P(x1), R(x2), G(x3), Pbs(x4), Pbc(x5), .......Xn) Coeteris Paribus Qd = f (P) Assim, diante da função acima, para analisá-la, temos que identificar os elementos desta função, que são: Ì Domínio: (X) – Causa – Variável independente – eixo horizontal; Ì Imagem: (Y) – Conseqüência – Variável dependente – eixo vertical; Ì Desta forma, para se ter uma função é necessário ter o domínio, a imagem e a relação entre elas (par ordenado). Domínio Imagem Par Ordenado Preço (X) Demanda (Y) X Y 0 25 ( , ) 1 24 ( , ) 2 21 ( , ) 3 16 ( , ) 4 9 ( , ) 5 0 ( , ) Então: Y = f ( X ) Pode-se dizer que a demanda de mercado de um produto é em função de seu preço. Economia Professor Figueiredo 22 Trace o gráfico demonstrando a relação entre X e Y, em matemática. • A expressão matemática desta função pode ser escrita da seguinte forma: Ì Se: Y = f ( X ), então: Y = - x² + 25 • Vamos agora analisar a função demanda linear em matemática. Toda função de 1º. Grau, tem como representação gráfica uma reta. Assim, Y = ax + b - onde: Ì a e b são constantes; Ì a = inclinação da reta – coeficiente angular da reta; Ì b = coeficiente linear da reta – ponto onde a reta cruza o eixo Y; Ì x = - b a Economia Professor Figueiredo 23 • Traçar o gráfico da função Y = - 4x + 12 a = b = x = • Montar uma matriz (tabela) para: 0≤ X ≥ 4, e identificando os pares ordenados no gráfico acima. Ì Diante da matriz abaixo, represente a função e trace o gráfico. X Y a = 0 24 1 20 2 16 b = 3 12 4 8 5 4 x = 6 0 Então, a função demanda é: Economia Professor Figueiredo 24 • Diante da função, Y = - 4x + 1000, trace o gráfico. TRATAMENTO MATEMÁTICO DA FUNÇÃO DEMANDA LINEAR EM ECONOMIA • Deve-se essa convenção a Alfred Marshal, economista inglês, em sua exposição sobre a oferta, considerou a quantidade como sendo a variável ajustada pela firma como reação a dados preços de mercado. Definiu, em seguida a procura em termos de preço e procura (o preço que as pessoas estavam dispostas a pagar por uma dada quantidade como uma variável dependente) de um lado para harmonizar com o seu tratamento da oferta e de outro porque identificava o preço com a satisfação subjetiva (utilidade) que o consumidor recebe de uma dada quantidade. • Como evidenciamos, trabalharemos com os eixos invertidos na análise gráfica em economia. y = a= b= x= Se x = 200; Y = Se x = 150; Y = Se x = 100; Y = EconomiaProfessor Figueiredo 25 Desta forma: Ì Y = ax + b, invertendo os eixos; Ì Y = a – bx, substituindo; Ì d = a – bp, ou; Ì qd= a – bp, onde: • P= preço do bem = variável independente = domínio = eixo vertical; • qd= quantidade demandada = variável dependente = Imagem = eixo horizontal; • a = intercepto da função demanda = altura da reta; • b = inclinação da função demanda = coeficiente angular da reta; • P = - a b Para se ter uma função uma função é necessário ter o domínio, a imagem e a relação entre elas. DOMÍNIO IMAGEM PAR ORDENADO Preço Demanda Relação entre (X) (Y) X e Y 5 0 ( , ) 4 9 ( , ) 3 16 ( , ) 2 21 ( , ) 1 24 ( , ) 0 25 ( , ) Economia Professor Figueiredo 26 •Trace o gráfico e escreva a função acima; • Trace o gráfico da função: qd = 12 – 4p Se qd = f ( P ) Então: qd = qd = 12 – 4p a = b = p = Após, montar uma matriz para: 0 ≤ P ≤ 4, colocando os pares ordenados no mesmo gráfico. Matriz P qd Economia Professor Figueiredo 27 • Diante da Matriz abaixo, represente a função e trace o gráfico. Análise Gráfica da Função Oferta Linear, em Matemática. qs = f (P(x1), Pfp(x2), T(x3), Pbsp(x4), Pbcp(x5),..........Xn) Coeteris Paribus qs= f ( P) Elementos de uma função: Domínio Imagem Par ordenado Preço (x) qs (y) x y 0 30 ( , ) 1 32 ( , ) 2 34 ( , ) 6 42 ( , ) 10 50 ( , ) Matriz P qd a= 6 0 5 4 b= 4 8 3 12 P= 2 16 1 20 0 24 Se: qd = f ( p ), Então: qd = Economia Professor Figueiredo 28 • Diante dos dados acima, trace o gráfico. Tratamento Matemático da Função Oferta Linear, em Matemática. Y = ax + b a e b são constantes a= inclinação da reta = coeficiente angular; b= coeficiente linear da reta = Ponto onde a reta cruza o eixo y; x= - b a Traçar o gráfico da função: y = 2x + 6. a= b= x= Economia Professor Figueiredo 29 • Traçar o gráfico da função: y = 2x-8. a= b= x= Economia Professor Figueiredo 30 Tratamento Matemático da Função Oferta Linear em Economia • A função oferta é sempre crescente. Y = f (x); Y = ax + b, ou Y = a + bx, então: S = a + bp. Onde: S = quantidade ofertada = variável dependente = eixo horizontal P = Preço = variável independente = eixo vertical a = Intercepto da função oferta b = inclinação da função oferta P = - a b • Traçar o gráfico da função: y = 6 + 2x ou Y = 6 + 2p. a= b= P= Economia Professor Figueiredo 31 • Traçar o gráfico da função: y = 2x - 8 ou S = - 8 + 2p. a= b= P= Ì diante das funções: y = 2.000 – 5x e y = 2x – 400, encontre o preço de equilíbrio. Economia Professor Figueiredo 32 Ponto de Intersecção ou Preço de Equilíbrio 1- Dada as funções: q = 24 – 4p e q = - 18 + 6p, encontre o preço de equilíbrio. Ì Verifique se este preço equilibra esta economia. Ì Diante das funções apresentadas, se o preço praticado fosse de R$ 5,00, que tipo de situação estariaprovocando neste mercado? Ì E se o preço praticado fosse de R$ 4,00? Ì Diante dos dados encontrados, monte uma tabela. Preço qd qs Situação de mercado Quantidade Economia Professor Figueiredo 33 • Diante das informações acima, traçar o gráfico mostrando esta situação de equilíbrio. 2- Em uma economia, existem 10.000 indivíduos no mercado do produto x, cada um com uma função demanda dada por qdx = 12 – 2p e, 1.000 produtores do produto x, cada um com uma função oferta dada por qsx = 20p. diante desses dados, encontre: a) a função demanda e oferta de Mercado: b) Trace os gráficos da demanda e da oferta: c) encontre o preço e a quantidade de equilíbrio deste mercado. Economia Professor Figueiredo 34 d) analise este mercado, com as suas funções demanda e oferta, diante do seguinte comportamento de preço: 0 ≤ P ≤ 6. Preço qd qs Situação de Mercado Quantidade 3- Conhecidas as funções oferta e demanda, determine preço e quantidade que satisfaçam as condições de ponto de equilíbrio: q = 10.200 – 1.850p e q = 2.220p + 680. Ì verifique se este preço equilibra esta economia. Economia Professor Figueiredo 35 4- São conhecidas as funções demanda e oferta para um produto. Se o preço for igual ao indicado no problema abaixo, qual tipo de efeito que estaria ocorrendo nesta economia? q = 80p + 100 e q = 250 – 20p onde p = R$ 2,30 Ì qual seria o preço que equilibra esta economia? Ì diante da s informações encontradas, monte uma tabela. Economia Professor Figueiredo 36 Ì com as informações da tabela, trace o gráfico, mostrando as situações encontradas. 4- Além do preço, são infinitas os fatores que podem influir sobre a demanda, como a renda, o gosto e preferência, etc. Conhecendo as funções oferta e demanda para um certo produto, determine preço e quantidade no ponto de equilíbrio, onde a partir de uma variação de um fator modificador que atua sobre a função demanda, são obtidas as novas funções. Determine as novas situações de ponto de equilíbrio: a) qdo = 1.620 – 26p e qso = 14p + 360, encontre a situação de mercado. Economia Professor Figueiredo 37 b) diante da nova função qd1 = 1940 – 26p, encontre a nova situação de mercado. c) diante da nova função qd2 = 1.440 – 26p, encontre a nova situação de mercado. . d) com as informações obtidas, monte uma tabela. Preço qd qs Situação de mercado Economia Professor Figueiredo 38 e) diante das informações da tabela, trace o gráfico demonstrando estas situações. Economia Professor Figueiredo 39 ELASTICIDADE � Se existe algo que possa ser entendido como ferramenta em economia, chama-se elasticidade. � A elasticidade é uma teoria comparada a uma ferramenta que pode ser utilizada em Economia e que é empregada tanto na demanda como na oferta e, também na produção. Assim: �A elasticidade mede a proporcionalidade existente entre as variações que ocorrem nas quantidades e as variações provocadas em um fator qualquer, permanecendo todos os demais fatores constantes (Coeteris paribus). Variação na quantidade demandada ∈ = Variação % em qualquer determinante da demanda Economia Professor Figueiredo 40 ` Desenhe as curvas de demanda (linear), para os produtos X e Y, diante da relação entre preço e quantidade, mostrando a sensibilidade da demanda a variações de preço. • Uma variação no preço será acompanhada de uma variação na quantidade demandada. • Significa dizer que a demanda é sensível a mudanças no preço (Coeteris Paribus). � Teremos então: PRODUTOS Mais sensíveis Menos sensíveis ALTERAÇÕES DE PREÇO Economia Professor Figueiredo 41 A ELASTICIDADE-PREÇO DA DEMANDA NO PONTO • É a descrição do grau de sensibilidade da demanda de um produto, face às mudanças no seu preço. Medição Numérica da elasticidade-Preço da Demanda no Ponto Epd= Variação % na Quant. Demandada = Uqd Variação % no Preço Up Δqd q1 – qo Epd = qd ou qo ou Uqd . po Δp p1 - po Up qo p po Onde:Epd = Coeficiente de elasticidade Δqd = Variação na Quantidade Demandada qd = Quantidade Demandada de onde se parte Δp = Variação no Preço P = Preço de onde se parte Ä O coeficiente de elasticidade no ponto mede a variação percentual na quantidade demandada do produto resultante de uma variação percentual no preço do produto, ou seja, no ponto do qual se partiu. Economia Professor Figueiredo 42 SITUAÇÕES DISTINTAS DE ELASTICIDADE • DEMANDA ELÁSTICA: Uma variação % no preço provoca uma variação % maior na quantidade demandada. Δqd Epd = qd > 1 Δp p 10% no Preço Epd = + 40% = - 4 Provoca - 10% 40% na Qd. Epd = 4 VISUALIZAÇÃO GRÁFICA P Demanda Elástica: a expansão po relativa das quantidades procuradas p1 D é mais do que proporcional à redução relativa dos preços. qo q1 Qd Epd > | 1 | OBS: Os produtos que apresentam este tipo de elasticidade são denominados supérfluos. Economia Professor Figueiredo 43 • DEMANDA COM ELÁSTICIDADE UNITÁRIA: uma Variação % no preço resulta em uma variação % igual na quantidade demandada. Δqd Epd = qd = 1 Δp p 10% no Preço Epd = - 10% = - 1 Provoca + 10% 10% na Qd. Epd = 1 VISUALIZAÇÃO GRÁFICA P Demanda unitária: a expansão relativa das quantidades procuradas po é rigorosamente proporcional à p1 redução relativa dos preços. D qo q1 Qd Epd = | 1 | OBS: Os produtos que apresentam este tipo de elasticidade são considerados produtos normais. Economia Professor Figueiredo 44 • DEMANDA INELÁSTICA: Uma variação % no preço resulta numa variação % menor na quantidade demandada. Δqd Epd = qd < 1 ΔP P 10% no Preço Epd = + 5% = - 0,5 Provoca - 10% 5% na Qd. Epd = 0,5 VISUALIZAÇÃO GRÁFICA Demanda Inelástica: a expansão po relativa das quantidades procuradas é menos do que proporcional à redução relativa dos preços. p1 D qo q1 Qd Epd < | 1 | OBS: Os produtos que apresentam este tipo de elasticidade são denominados de produtos de subsistência ou necessários. Economia Professor Figueiredo 45 EXERCÍCIOS – ELASTICIDADE NO PONTO 1- Uma determinada empresa vendia 3 unidades/mês de seu produto quando praticava um preço de R$ 5,00. Num determinado momento, passou a praticar o preço de R$ 4,00, vendendo 4 unidades/mês do produto. Construa uma tabela e um gráfico demonstrando a situação. y Encontre o coeficiente de elasticidade, para uma variação do ponto A para o ponto B, e do ponto B para o ponto A. Economia Professor Figueiredo 46 2- Dada à função q = 1.600 - 20p, encontre a quantidade demandada quando o preço é de R$ 32,00, e diante de uma alteração no preço para R$ 31,80. y encontre o coeficiente de elasticidade para esta alteração de preço. Economia Professor Figueiredo 47 ELASTICIDADE-PREÇO NO ARCO y A fórmula do coeficiente de elasticidade utilizada nos mostrou um comportamento de variação de um ponto para outro. Significa que ele é válido para pequenos movimentos. y Quando os preços forem aumentados ou diminuídos quando às variações nos preços e quantidades forem muito grandes, a fórmula fornecerá diferentes resultados. y Para evitar esse tipo de problema, deve-se medir a elasticidade no arco da curva de demanda. Isso é feito usando-se à média dos dois preços e das duas quantidades. Δqd qo + qd1 Δqd po + p1 Δq po + p1 Ed = 2 = x 2 = x Δp Δp qdo + qd1 Δp qo + q1 po + p1 2 2 Economia Professor Figueiredo 48 EXERCÍCIOS – ELASTICIDADE-ARCO 1- A empresa Kz vendeu 10 unidades/mês de seu produto quando o preço era de R$ 10,00. Passou a vender 30 unidades/mês, quando praticou o preço de R$ 8,00. a) represente em uma tabela, como também graficamente, esta situação.b) encontre o coeficiente de elasticidade, quando o preço se reduz de R$ 10,00 para R$ 8,00. c) encontre o coeficiente de elasticidade, quando o preço aumenta de R$ 8,00 para R$ 10,00. Economia Professor Figueiredo 49 d) encontre o coeficiente de elasticidade-arco preço da demanda. 2- Diante da tabela de demanda de mercado, dada a seguir, pode-se encontrar o coeficiente da Epd por meio de um deslocamento dos pontos na curva de demanda, como seque: Ponto A B C D E F G H I Px 8 7 6 5 4 3 2 1 0 Qdx 0 1.000 2.000 3.000 4.000 5.000 6.000 7.000 8.000 a) trace à curva de demanda de mercado: Economia Professor Figueiredo 50 b) calcule à Elasticidade-preço do ponto B p/ D e de D p/ B: c) calcule à Elasticidade-preço do ponto F p/ H e de H p/ F: d) calcule o coeficiente de elasticidade-arco preço da demanda: Economia Professor Figueiredo 51 3- A tabela abaixo, apresenta dados de demanda por dois produtos: Pontos A B C D E F Preço (R$) 6 5 4 3 2 1 Qdx 100 110 120 150 200 300 Qdz 100 150 225 325 500 1.100 a) encontre os gastos totais promovidos pelos indivíduos e, conseqüentemente, a receita total das firmas para cada produto; Pontos Preço X Qd de X GT (RT) com X Epd Earco Qd de Z GT (RT) com Z Epd Earco b) calcule os seguintes coeficientes de elasticidade-preço da demanda: Epdx A/B: Epdx B/A: Epdx Arco: Epdx E/F: Economia Professor Figueiredo 52 Epdx F/E: Epdx Arco: Epdz A/B: Epdz B/A: Epdz Arco: Epdz E/F: Epdz F/E: Epdz Arco: Economia Professor Figueiredo 53 ELASTICIDADE-PREÇO DA DEMANDA PARA BENS E SERVIÇOS SELECIONADOS BEM OU SERVIÇO Epd •Automóveis ..........................................................................................1,35 •Turismo ................................................................................................1,20 •Cerveja .................................................................................................1,13 •Recreação ............................................................................................1,09 •Moradia ................................................................................................1,00 •Serviços hospitalares clínicos ...........................................0,05 a 0,15 •Leite .....................................................................................................0,54 •Bife .......................................................................................................0,92 •Ovos ......................................................................................................0,26 •Batatas .................................................................................................0,31 •Cigarros ...............................................................................................0,45 •Açúcar ..................................................................................................0,31 •Refeições em restaurante ...............................................................2,27 •Vestuário .............................................................................................0,89 •Gasolina (apenas para transporte) no curto prazo .................................................................................0,20 no longo prazo ..................................................................................1,50 •Eletricidade uso residencial e comercial no longo prazo ...............................0,50 residencial no curto prazo ............................................................0,13 •Alimentação .........................................................................................0,67 •Alface curto prazo .......................................................................................0,03 longo prazo ........................................................................................0,16 •Tomate curto prazo .......................................................................................0,16 longo prazo .......................................................................................0,90 Fonte: Salvatore (1996); Byrns (1996); Passos e Nogami (2005). Para maiores detalhes, ver o enfoque dados pelos autores. Economia Professor Figueiredo 54 A ELASTICIDADE DA DEMANDA E A RECEITA TOTAL • A Receita Total (RT) com um produto é obtida multiplicando o preço unitário pela quantidade vendida: ¼ RT = P . Q • A elasticidade-preço da demanda é um conceito importante para as empresas porque lhes permite saber se ao reduzir ou aumentar o preço, a receita total aumentará, diminuirá ou permanecerá inalterada. • Quando a demanda é Elástica, uma redução do preço aumentará a receita total. B Ao contrário, um aumento do preço reduzirá a receita total. • Quando a demanda é Inelástica, uma redução no preço diminuirá a receita total. B Ao contrário, um aumento de preço elevará a receita total. • Quando a demanda é Unitária, a receita total proporcionada pelo bem não é afetada pelo preço, ou melhor, não varia com o preço cobrado1. 1 Para maiores detalhes, ver Passos e Nogami (2003, p. 185-196) Economia Professor Figueiredo 55 EXERCÍCIOS – Elasticidade x Receita total 1- Calcule a elasticidade-preço da demanda e a RT para os produtos A; B; C. Preço Quantidade Demandada Elasticidade Epd? Tipo de Elasticidade? Receita Total Produto A 5 3 100 180Produto B 3 2 15 20 Produto C 5 4 100 110 Epd A: Epd B: Epd C: Economia Professor Figueiredo 56 a) quando a demanda é INELÁSTICA, dada uma redução no preço, o que acontece com a RT? Justifique numericamente. b) e quando há um aumento no preço? Justifique numericamente. c) quando a demanda é ELÁSTICA, dada uma redução no preço, o que acontece com a receita total? Justifique numericamente. d) e quando há um aumento no preço? Justifique numericamente. Economia Professor Figueiredo 57 3- Os dados hipotéticos a seguir, representam a demanda de mercado por um determinado bem: Preço 50 40 30 20 13 8 Qd 1 2 3 4 5 6 a) calcule a receita total para a seqüência decrescente de preço; Pontos Preço QD RT Epd y Encontre os seguintes coeficientes de elasticidade-preço da demanda: Epd A/B: Epd B/C: Epd C/D: Epd D/E: Epd E/F: Economia Professor Figueiredo 58 b) para que nível de produção e preço a receita total é máxima e, qual o coeficiente de elasticidade-preço da demanda? c) transporte estas informações para um gráfico, visualizando esta relação. Economia Professor Figueiredo 59 4- Dado que a equação da demanda por um item qualquer é Qd = 840 - 0,50p, pede-se: a) se o preço do item em consideração for reduzido de R$ 40 para R$ 38, os gastos totais dos consumidores com a compra desse item devem aumentar, diminuir ou permanecer constantes? b) qual é o coeficiente de elasticidade no ponto e no arco para este comportamento de preço? c) se o produtor desse item na economia reduzir seu preço de R$ 40 para R$ 38, qual o efeito que a redução de preço terá sobre a receita total da firma? Economia Professor Figueiredo 60 ELASTICIDADE E RECEITA TOTAL Epd PREÇO RECEITA TOTAL Elástica aumenta diminui > 1 diminui aumenta Unitária aumenta constante = 1 diminui constante Inelástica aumenta aumenta < 1 diminui diminui Perfeitamente aumenta aumenta Inelástica diminui diminui = 0 Perfeitamente aumenta cai para zero Elástica diminui diminui = ∞ Fonte: Passos e Nogami (2005). Economia Professor Figueiredo 61 ELASTICIDADE DE UMA CURVA DE DEMANDA LINEAR P Epd = 0 Δqd P Epd > 1 Epd = • Δp qd Epd = 1 Epd < 1 Epd = ∞ Qd RECEITA TOTAL RT Qd Economia Professor Figueiredo 62 ELASTICIDADE-RENDA DA DEMANDA · Um estudo da influência da elasticidade sobre um produto, quando se varia a renda real do consumidor, chama-se elasticidade-renda, e a fórmula é definida do seguinte modo: Δq Er = elasticidade - renda; qo Δr = variação da renda real do consumidor; Er = onde: ro = montante de renda num instante To, que Δro consumidor está disposto a despender ro na aquisição de um produto X qualquer. · No gráfico abaixo, podemos observar que as variações possíveis na quantidade demandada conduzem a duas alterações na função demanda, em relação a um ponto inicial A qualquer, deslocando-se para a direita do gráfico em direção ao ponto B, afastando-se da origem, ou em direção ao ponto C, aproximando-se da origem. P (R$) F(D2) F(Do) F(D1) C A B q2 q0 q1 Qd Economia Professor Figueiredo 63 ELASTICIDADE-RENDA DA DEMANDA • As pessoas ricas não apenas compram mais bens; as coisas que elas compram também são diferentes das compradas pelas pessoas pobres. • A Elasticidade-Renda da demanda de um bem, mede a variação proporcional na quantidade demandada que resulta de uma dada variação proporcional na renda. • Mede a sensibilidade da demanda, face a mudanças na renda. Variação % da quant. demandada Δ % q Er = = Variação % da renda do consumidor Δ % r ` BENS NORMAIS: os aumentos da renda estimulam as compras de todos os bens normais. Er = ∆ % q • uma variação % na renda, provoca ∆ % r uma variação % na quantidade demandada. B Se a Er é menor que 1 e positiva, o bem é inelástico em relação à renda. + 8% y Er < 1 e +. Er = Er = 0,8 + 10% Ex: a maioria dos alimentos, roupas, aparelhos de som, aparelhos domésticos etc. Economia Professor Figueiredo 64 ` BENS SUPERIORES, ou bens de luxo são altamente elásticos em relação à renda, porque cada 1% de aumento na renda, aumenta as quantidades vendidas em mais de 1%. B Er é positiva e maior que 1. + 20% • Er > 1 e +. Er = Er = 2 + 10% Ex: bens supérfluos e de luxo como: jóias, casacos de peles, limusines, aulas de mergulho; possuem alta elasticidade-renda. ` BENS DE NECESSIDADE: uma variação % na renda, provoca uma variação % menor na quantidade demandada. Esse bem é inelástico em relação a renda. B Er é maior que zero e menor que 1. •Er = < 1 e > 0 • Geralmente os bens considerados como de necessidade possuem baixa elasticidade-renda. + 5% Er = Er = 0,5 + 10% Ex: sabão, sal, fósforos. Economia Professor Figueiredo 65 ` BENS INFERIORES: uma elevação na renda, traz como conseqüência, uma queda na quantidade demandada. Assim, a elasticidade-renda é negativa. B Er é negativa e menor que 0. • Er = - ∆ % q < 0 + ∆ % r - 5% Er = Er = - 0,5 + 10% Ex. Feijão, pneus usados. ` BENS DE CONSUMO SACIADO: o consumo não se altera quando a renda aumenta. • A quantidade adquirida do bem se mantém constante, independentemente de variações no nível de renda. B A Er é iqual a zero • Er = ∆ % q = 0 ∆ % r 0% Er = Er = 0 10% Economia Professor Figueiredo 66 EXERCÍCIOS: ELASTICIDADE-RENDA 1- Conhecidas às variações de renda do consumidor e das quantidades demandadas de dois produtos, determine o valor e o tipo de elasticidade- renda, bem como o tipo de produto analisado. Produto 1 Produto 2 ` qo = 2.680; Ro = 165,00 ` Aq = + 28%; Ro = 165,00 q1 = 2.850 R1 = 182,00 R1 = 182,00 Produto 1: Produto 2: 2- A empresa X estima que a relação renda-demanda pelos produtos congelados pode ser representada pela equação Qd= 500 + 0,1R, onde Q = número de embalagens de comida congelada e, R = renda média da família. Pede-se: a) determine a elasticidade-renda da demanda, para esta seqüência crescente de renda: R$ 15.000; R$ 20.000,00 e, R$ 25.000,00. Identifique que tipo de produto está sendo analisado. Pontos Renda QD Er Economia Professor Figueiredo 67 Er A/B: Er B/C: 3- Os dados abaixo, fornecem o comportamento da demanda por discos. No período I, são comprados 6 discos por mês, quando a renda mensal é de R$ 400,00. No período 2 a renda mensal aumenta para R$ 600,00 e a quantidade de discos demandados por mês aumenta para 8. Calcule a elasticidade-renda da demanda diante deste aumento de renda. Períodos Renda QD Er Economia Professor Figueiredo 68 ELASTICIDADE-RENDA DA DEMANDA PARA BENS E SERVIÇOS SELECIONADOS BEM OU SERVIÇO Er •Automóveis ...........................................................................................3,00 •Computadores .......................................................................................1,71 •Moradia ..................................................................................................1,15 •Cerveja ..................................................................................................0,93 •Livros .....................................................................................................1,44 •Educação ...............................................................................................0,55 •Cigarro ...................................................................................................0,50 •Doações de caridade (de indivíduos) ..............................................0,70 •Contribuições de empresas ..............................................................0,85 •Serviços hospitalares e clínicos ......................................................0,09 •Manteiga ...............................................................................................0,42
Compartilhar