[Resumo 01] Ética das Virtudes – Aristóteles

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA 
FILOSOFIA E ÉTICA - MATERIAL 2015/1 
RESUMO 
PAMELA DUARTE 
Ética das Virtudes – Aristóteles 
A ética de Aristóteles se desenvolve no mundo grego antigo e de alguma forma busca responder a 
grande interrogação socrática-platônica no sentido de como um homem deve viver sua vida, procurando 
mostrar que o fim último do homem é a felicidade. 
Principal questão: Os teóricos da virtude concentram se no carácter e estão interessados na vida da 
pessoa como um todo. A questão central para a teoria das virtudes é “O que eu devo fazer para viver uma 
vida bem-sucedida, isto é, feliz?”. A resposta dada a esta questão nesta teoria é: cultive as virtudes, pois 
somente cultivando as virtudes podemos prosperar como seres humanos. Esta virtude deve ser natural, ou 
seja, ter a disposição para o bem sem o uso da razão, sem a deliberação que age sobre a escolha (deliberação 
natutal). Para Aristóteles, todas as pessoas desejam a prosperidade. E a palavra dada para esse termo em 
grego é eudaimonia, muitas vezes traduzida como felicidade. A eudaimonia aplica-se a toda uma vida e não 
apenas a momentos/estados particulares. Assim, para Aristóteles a maneira de prosperar como ser humano é 
cultivar as virtudes. 
♥ Areté: busca pela excelência. A virtude «areté» é definida como certa propriedade da disposição 
humana atualizada pelo hábito de praticar ações boas, o hábito formador do caráter, para controlar 
nossas paixões. 
♥ Sophrósine: sabedoria no amor. 
♥ Phronesis: sabedoria prática. 
Ser virtuoso: Uma pessoa virtuosa é alguém que harmonizou todas as virtudes, e elas têm de ser 
incorporadas na estrutura da vida da pessoa virtuosa. Uma das maiores dificuldades da teoria das virtudes é 
estabelecer que padrões de comportamento, desejo e sentimento devem contar como virtudes. Tornando 
assim, essencial agir eticamente para sermos virtuosos. Os homens não devem, portanto, buscar a honra para 
provarem ser bons, os homens sábios procuram praticar sempre suas virtudes. Portanto, não basta que um 
homem seja educado e tenha virtudes as quais não pratique. O homem verdadeiramente virtuoso é aquele que 
sempre pratica suas virtudes, e quanto maior for o número de virtudes que o homem pratica, mais virtuoso 
ele será, e a virtude está diretamente ligada com a felicidade, pois aquele que pratica muitas virtudes tanto 
mais feliz será. 
Justiça: No topo hierárquico das virtudes morais está a virtude da justiça que encerra todas as demais 
virtudes, uma vez que a justiça tem a tarefa do equilíbrio e da equidade no plano coletivo da comunidade 
social e culmina na identificação da ética com a justiça. A justiça é a virtude da relação entre os homes 
mediada pela ação política, relacionada com o bem coletivo. A justiça é a disposição do agente desejar fazer 
o que é justo e o contrário disso é desejar o que é injusto. Existem dois sentidos para o termo injusto (1) não 
cumprimento da lei (2) ganância/receber mais do que é merecido. A justiça é considerada a “excelência 
moral perfeita”, pois quem a possui pode aplica-la a si mesmo e também ao próximo. O justo está conforme 
a lei que determina atos de acordo com todas as excelências morais.