Buscar

Casos Concretos Processo Civil III

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CASO CONCRETO 1 
A data da sessão de julgamento da apelação interposta por Manoel Carlos foi devidamente publicada no Diário Oficial. Diante do alto número de recursos pautados para serem julgados, o julgamento da apelação de Manoel foi transferida para sessão do dia seguinte. Após o julgamento desfavorável do respectivo recurso, o advogado de Manoel requereu a nulidade d o julgamento vez que não foi intimado e que o recurso não poderia ter sido julgado no dia posterior à data previamente designada. Assiste razão ao patrono de Manoel? 
R- No caso concreto, a Apelação não pode ser julgada na sessão do dia e por isso foi transferida para a próxima sessão do dia seguinte, sem a necessidade de aguardar o prazo de 05 dias. Sendo assim, não assiste razão ao patrono de Manoel;
	CASO CONCRETO 2
João ingressou com uma ação de reintegração de posse em face de Valdomiro visando obter a retomada de seu imóvel como também a indenização por perdas e danos. A pretensão foi acolhida em parte p elo juízo tão somente para determinar a reintegração do autor na posse do imóvel. O autor interpõe recurso de apelação para o respectivo Tribunal de Justiça visando obter a indenização por perdas e danos, o que foi negado pela Câmara que apreciou o recurso. O recorrente, diante da omissão do colegiado acerca d e pontos relevantes abordados no recurso, apresenta pedido de reconsideração no prazo de 15 dias, que foi rejeitado imediatamente pelo relator. Diante do caso indaga-se? 
a) O pedido de reconsideração possui natureza recursal? 
Não, o pedido de reconsideração tem natureza de sucedâneo recursal, ou seja, apesar de possuir as mesmas finalidades não está indicado na lei como um recurso. 
b) Poderia o relator aplicar o princípio da fungibilidade recursal nesse caso? 
Não, pois não se trata de um recurso. 
CASO CONCRETO 3
Marcos Antônio ingressou com um a ação declaratória em face do plano de saúde Vida Saudável, responsável por atender importante parcela da população brasileira, visando obter reconhecimento da abusividade de determinada cláusula que impede o tratamento de pacientes com doenças infectocontagiosas. Di ante da repercussão social do julgado, a associação de portadores de HIV solicitou seu ingresso com o amicus curiae, o que foi prontamente autorizado pelo juiz da causa. Di ante do caso indaga-se: 
 
a) Poderá a associação atuar com o se parte fosse? 
 
R: Em regra não, exceto nas hipóteses d o § 3º do art. 138, CPC .
CASO CONCRETO 4
Carlos ingressou com uma ação indenizatória em face da Construtora JSP com o objetivo de obter indenização pela demora na entrega de seu imóvel. Após a citação, constatou-se que a construtora encerrou suas atividades irregularmente, o que motivou o autor a requerer a desconsideração da personalidade jurídica, que foi indeferido de plano pelo juiz. Terminada a instrução, o juiz condenou a construtora a indenizar ao autor no valor d e R $10.000,00, devidamente atualizado e com juros legais. Ir resignado com a sentença o autor interpôs recurso de apelação visando reformar a decisão interlocutória que indeferiu a desconsideração da personalidade como também aumentar o valor fixado a título de indenização. Diante do caso indaga-se: 
a) A apelação de Carlos foi formulada adequadamente? 
Não, pois em casos d e Decisão Interlocutória sobre incidente de desconsideração da personalidade jurídica, o recurso cabível é o Agravo d e Instrumento, inteligência do artigo 1.015, IV do NCPC; 
b) O juiz sentenciante poderá inadmitir o recurso de Carlos? 
Com o Novo CPC o Juiz sentenciante após as formalidades indicadas nos parágrafos 1º e 2º do art. 1010 determina a remessa dos autos ao tribunal, não mais exercendo juízo de admissibilidade, conforme p.3º do art. 1010. 
CASO CONCRETO 5
Rafael e José impetraram Mandado de Segurança em face do Município visando obter a reintegração na Guarda Municipal, considerando que foram exonerados arbitrariam ente por abuso de poder da municipalidade. juiz excluiu José sob o fundamento de que , na hipótese, não cabe litisconsórcio. José interpôs agravo de instrumento que, após a devida distribuição, foi inadmitido sob o fundamento de que contra a referida decisão o recurso cabível é a apelação. Agiu adequadamente o Relator ? 
 
R: Não. Pois segundo o art 1015 VII do CPC, onde se diz que caberá agravo de instrumento no c as o de exclusão de litisconsorte. Para impugnar decisões interlocutórias, c abe o agravo de instrumento e não apelação, por não s e tratar de sentença. E mesmo que houvesse divergência, ele não poderia inadmitir, ele deveria aceitar e converter em apelação, com fundamento no princípio da fungibilidade
CASO CONCRETO 6
Marcia ingressou com uma ação de revisão de cláusulas contratuais em face da Editora Encanto no I Juizado Especial da Comarca de Salvador. Após a realização da audiência de instrução e julgamento o juiz proferiu sentença julgando procedente o pedido da autora. A ré opôs embargos de declaração, sob o argumento de que houve erro material e omissão no julgado, no prazo legal, sendo este rejeitado pelo julgador. Após a publicação da decisão que julgou os embargos a empresa embargante interpôs recurso inominado no prazo de 10 dias. O recurso foi inadmitido pelo juiz por intempestividade, considerando a regra disposta no art. 50 da Lei nº 9.099/95. Agiu adequadamente o juiz? 
R- A decisão do magistrado está equivocada; O NCPC alinhou a interrupção também para os Juizados Especiais Cíveis conforme a regra do art. 1065 e com isso a parte ainda está no prazo para propor o recurso. 
CASO CONCRETO 7
Determinado Tribunal Regional Federal confirmou a sentença proferida por juízo federal no sentido de negar a equiparação de soldos entre militares das forças armadas. Inconformado, o recorrente interpôs recurso extraordinário, que foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal. O Ministro Relator entendeu que a violação ao texto constitucional era reflexa, por necessitar de revisão de lei federal, e inadmitiu o recurso extraordinário. Agiu adequadamente o relator? 
R- O relator deveria remeter os autos ao STJ para que fosse examinada a questão Federal conforme art. 1033 NCPC. 
CASO CONCRETO 8
Diante da multiplicidade de recursos especiais com fundamento em idêntica questão de direito em face da União, o Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná selecionou dois recursos representativos da controvérsia e encaminhou para o Superior Tribunal de Justiça para o julgamento repetitivo. O relator no STJ determinou a suspensão de todos os processos afetados pendentes em tramitação no território nacional. Diante dessa circunstância indaga-se: 
a) Em relação aos processos suspensos em todo território nacional, é possível a desistência da ação? Em que fase processual? 
 
Sim, conforme art. 1040, § 1° do CPC, é possível a desistência quando o processo esta suspensos, discorrendo que, antes da citação do réu, a desistência é livre, após a citação somente com anuência do réu e após o saneamento não poderá haver a desistência; 
b) Caso a parte identifique que a controvérsia estabelecida no julgamento repetitivo diverge da controvérsia existente em seu processo, como deverá proceder? 
Deverá fazer um requerimento demonstrando a distinção e solicitando o prosseguimento da demanda. art. 1037.
CASO CONCRETO 9
Antônio Silva, funcionário público, ajuizou ação em face do município de Jacarezinho, alegando que o Plano de Cargos e Salários de sua categoria profissional, estabelececom o critério de progressão, níveis de escolaridade diferenciados e isso violaria o princípio da isonomia e o artigo 39, §1° da CRFB, eis que para o exercício do cargo exige-se apenas nível médio. Diante dos fatos, requereu seu reenquadramento na forma da Lei Municipal n.388/2011, realizando de forma imediata a majoração de seu salário-base. O magistrado em sentença julgou procedente o pedido de Antônio. Inconformado, o ente público recorreu alegando, dentre outros motivos, que os requisitos estabelecidos na lei municipal são constitucionalmente válidos. O órgão colegiado, por unanimidade , acordou em suscitar o incidente processual cabível. Indaga- se: Qual incidente processual enquadra -se na hipótese? Explique e fundamente a sua resposta. 
Trata-se de Incidente de Assunção de Competência , um a vez que há um questionamento de lei municipal divergindo d e lei constitucional, envolvendo ente público com o parte. O caso versa ainda sobre relevante questão de direito e grau de repercussão social . Art. 947, CPC 
CASO CONCRETO 10
Em sessão plenária o Supremo Tribunal Federal alterou o entendimento pacificado através do precedente Judicial extraído da ADPF 186, no sentido de admitir a constitucionalidade das cotas raciais nas universidades públicas, determinando que a partir da data da referida sessão o único critério a ser utilizado par a ingresso nas universidades deve ter como base a meritocracia. Considerando a sistemática de aplicação dos precedentes judiciais podemos afirmar que o Supremo Tribunal Federal agiu adequadamente? 
R- NÃO. O sistema de precedentes exposto no CPC determina que haja a modulação temporal nos casos em que se revele a necessidade de manutenção da segurança jurídica e em atenção aos interesses sociais conforme dispõe o artigo 927, §3º do CPC, o tema tratado no precedente alterado possui ampla repercussão social , o que torna a modulação temporal imprescindível. 
CASO CONCRETO 11
Arlete celebrou com José um contrato de promessa de compra e venda de um imóvel cujo pagamento do valor do bem foi parcelado em 50 parcelas de R$10.000.00. José, diante da necessidade financeira, realizou contrato de mútuo com o Banco XZV onde ofereceu o referido imóvel em garantia, sem comunicar previamente a Arlete. Diante do descumprimento do contrato de mútuo por José, o Banco instaurou processo judicial visando a execução da garantia. Considerando que José está em local incerto e Arlete não mais vem recebendo os boletos para pagamento das parcelas, a compradora propôs ação de consignação em pagamento, nos termos do art. 547 do CPC/2015, em face de José e do Banco XZV, pois teve dúvida acerca da titularidade do crédito. O juiz extinguiu o feito, sem resolução do mérito, por entender que inexiste, nesse caso, interesse de agir vez que não há dúvida acerca de quem é o titular do crédito. O juiz agiu corretamente? 
O juiz não agiu corretamente, considerando que não existe certeza objetiva acerca da titularidade do crédito.
O sistema de precedentes exposto no CPC/2015 determina que haja a modulação temporal nos casos em que 
se revele a necessidade de manutenção da segurança jurídica e em atenção aos interesses sociais conforme 
dispõe o artigo 927§3º/CPC. No caso acima, o tema tratado no precedente alterado possui ampla repercussão 
social, o que torna a modulação temporal imprescindível
R- NÃO. Ela Arlete, terá o direito de agir, e p ode fazer o deposito em nome dos dois credores e estes decidirão judicialmente quem é o verdadeiro e legitimo credor, com base no art. 547 do CPC .
CASO COCRETO 12 
Lindalva, após preencher todos os requisitos legais pertinentes, peticionou ao 10° cartório de Notas da cidade do Rio de Janeiro pleiteando o reconhecimento extrajudicial de usucapião do imóvel localizado no município de Juiz de Fora, Minas Gerais. Sobre o tema, indaga-se: É possível ser acolhido o pleito de Lindalva pelo Tabelião? Fundamente a sua resposta.
R - SIM. Uma vez atendendo os requisitos do art. 1.071 do CPC, e se não for necessária a diligência no local do imóvel para certificar o tempo de posse, a ATA NO TARIAL PODERÁ SER LAVRADA POR 
QUALQUER TABELIÃO DE NOTAS , segundo o artigo 8º, da Lei nº 8935/94, sendo exigido, nesse caso, o comparecimento do solicitante do usucapião e de eventuais testemunhas, se for o caso, no Cartório onde será lavrada a respectiva ata notarial. 
O sistema de precedentes exposto no CPC/2015 determina que haja a modulação temporal nos casos em que 
se revele a necessidade de manutenção da segurança jurídica e em atenção aos interesses sociais conforme 
dispõe o artigo 927§3º/CPC. No caso acima, o tema tratado no precedente alterado possui ampla repercussão 
social, o que torna a modulação temporal imprescindível.
CASO CONCRETO 13
Fernando José propôs ação de Reintegração de Posse em face de Pedro Feijó sob o fundamento de que o réu praticou esbulho possessório. A demanda tramitou regularmente e, ao final, o juiz julgou procedente o pedido possessório para determinar a retomada da posse do imóvel em favor de Fernando. Após o trânsito em julgado e a consequente expedição do competente mandado de Reintegração, Diego de Sá e sua esposa Marieta opuseram embargos de terceiros, nos termos do art. 674 do CPC, para defesa de sua propriedade alegando, para tanto, que têm a posse mansa e pacífica do imóvel há mais de 12 anos. Por outro lado, argumentaram, também, que adquiriram a posse do imóvel antes mesmo do bem se tornar litigioso. Agiu corretamente o advogado de Diego e Marieta ao opor embargos de terceiros para a defesa da posse de seus clientes?
R- SIM. O recurso embargos de terceiro é a v ia própria para a defesa da posse nesse caso, considerando que adquiriu a posse antes mesmo da coisa tornar -se litigiosa. Por outro lado, a coisa julgada operada na ação de reintegração de posse não produz efeitos em relação a terceiros, conforme arts. 674 e 675 do CPC. 
CASO CONCRETO 14
Maria de Souza propôs ação de inventário judicial para partilha de bens de seu falecido marido Carlos Otávio. Além da inventariante foram incluídos, também, nas primeiras declarações Othon Souza e Maurício Souza, herdeiros do de cujus. Considerando que Carlos era sócio da Empresa de Transportes Via Jato, a inventariante propôs Apuração de Haveres para viabilizar, através da respectiva perícia, o valor do saldo devido ao de cujus pela sociedade empresária. O juiz instaurou o incidente em apartado e, após a perícia contábil, homologou o valor do saldo credor fixado na apuração de haveres em favor do Espólio de Carlos Otávio. A Empresa Via Jato interpôs recurso de apelação sob o argumento de que a apuração de haveres, por se tratar de matéria de alta indagação, deveria ter sido processada pelo juízo cível razão pela qual o juízo orfanológico é absolutamente incompetente, nos termos do art. 612 do CPC. O Tribunal de Justiça confirmou a decisão proferida pelo juízo orfanológico. Os argumentos da Empresa procedem?
R- NÃO. Considerando que a necessidade de realização da apuração de haveres de perícia contábil para identificação do saldo devido ao “de cujus”, não afasta a incidência do juízo orfanológico (juízo que advém a ação de inventário), conforme art. 610 e ss. do CPC. 
CASO CONCRETO 15
Deise Lucia e Álvaro ingressaram com uma ação de separação judicial consensual perante o Juízo de Família da Comarca de Recife. O juiz indeferiu a petição inicial sob o argumento de que a separação judicial consensual foi extinta após a Emenda Constitucional nº66/2010. O juiz agiu adequadamente?
R- NÃO. Porque não foi extinto o procedimento de separação judicial pela EC nº 66/2010. É possível pro mover separação judicial consensual, quando tiverem intenção d e romper apenasa convivência em comum e não o vínculo conjugal , conforme art. 7 31 e ss. do CPC, em especial o art. 733 do CPC.
 
CASO CONCRETO 16
Maria alugou de Mauro imóvel residencial urbano. Ocorre que a locatária está desempregada há 5 meses, razão pela qual encontra-se inadimplente com sua obrigação contratual. Mauro, inconformado com o atraso de Maria, aproveitou que esta não se encontrava no referido imóvel, adentrou no mesmo, retirou todos os pertences pessoais de Maria e trocou a fechadura. Diante dos fatos narrados, indaga-se:
Qual ação possessória é cabível a defesa dos interesses de Maria? 
AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE, com binado com perdas e danos, pelo esbulho configurado. 
Qual remédio processual caberia a Mauro para reaver o seu imóvel e receber os encargos d a locação em atraso? Fundamente a sua resposta. 
AÇÃO DE DESPEJO, conforme art. 59 e ss. da Lei nº 8245/91, com fundamentação no art. 9, III da mesma lei.

Outros materiais