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Neurofisiologia Nayana Yared SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO Sistema responsável pelo controle das funções viscerais como pressão arterial, motilidade do trato gastrointestinal e sudorese. Sistema regulado por centros medulares, pelos núcleos do tronco encefálico como também pelo hipotálamo. Anatomicamente o sistema nervoso autônomo divide-se em dois sistemas: Simpático, Parassimpático e Entérico. 5 SNA NEUROTRANSMISSORES ACETILCOLINA PARASSIMPÁTICO NORADRENALINA SIMPÁTICO SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO Sistema Nervoso Autônomo Parassimpático (SNPS) Sistema Nervoso Autônomo Parassimpático Parassimpático Gânglios Neurotransmissores Receptores Sistema de conservação Descanso Funcional Resposta local Situa-se na porção cranial e caudal da coluna vertebral. Fibras pré-ganglionares longas (contrário ao SNA Simpático) e as fibras pós- ganglionares curtas já que os gânglios nervosos, neste sistema, situam-se próximos ao tecido alvo. Os receptores ganglionares são colinérgicos nicotínicos enquanto que nas terminações (órgãos alvo) os receptores são muscarínicos (subdivididos ainda em diversos tipos, dependendo do órgão envolvido). Sistema Nervoso Autônomo Parassimpático (SNPS) Sistema Nervoso Autônomo Simpático (SNS) • Gânglios • Neurotransmissores • Receptores • Sistema de desgaste • Luta ou fuga – Taquicardia – Midríase – Broncodilatação – Glicogenólise – Sudorese – Parada na digestão – Aumento da FR • Resposta geral Sistema Nervoso Autônomo Simpático (SNS) Sistema Nervoso Autônomo Simpático (SNS) Conta com uma cadeia de gânglios simpáticos situados bilateralmente ao lado da coluna vertebral torácica e lombar. O axônio dos neurônios pré-ganglionares é curto. As fibras pós- ganglionares são longas atingindo os órgãos alvo do sistema nervoso autônomo simpático. Sistema Nervoso Autônomo Simpático (SNS) SNS SNS SNS Liberação de acetilcolina (ACh) das fibras pré- ganglionares: atuando sobre receptores nicotínicos. Liberação de noradrenalina ou adrenalina das fibras pós-ganglionares simpáticas fazem sinapses com os órgãos alvo com, atuando sobre receptores adrenérgicos (alpha e ou beta) dependendo do tecido envolvido. Exceções: • Glândulas sudoríparas fazem sinapses ganglionares e terminais (nos órgãos alvo) mediadas por ACh; • Glândula supra-renal: há fibras pré- ganglionares curtas liberando ACh, porém não há sinapse ganglionar nervosa típica, a própria glândula supra-renal atua como gânglio nervoso com produção e liberação de catecolaminas. Controla as reações de “luta ou fuga”. É ativado, desencadeando uma série de mudanças corporais, como aumentos na frequência cardíaca, na respiração e na pressão sanguínea. A resposta de “luta ou fuga” existe desde tempos imemoriais. Imagine o homem das cavernas ao se deparar com um animal enorme. Nesta situação, ele conta com duas possibilidades: a primeira é lutar com o bicho. A segunda é fugir dele. Em ambos os casos, o organismo dele precisará de uma energia extra. As mudanças provocadas por uma ativação simpática fazem com que o organismo fique mais alerta e reaja mais rapidamente. Este é o mecanismo biológico relacionado ao stress. Sistema Nervoso Autônomo Simpático (SNS) SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO 21 Componente central do SNA HIPOTÁLAMO : Controla homeostasia interna e estabelece padrões comportamentais NEURÔNIOS: transmissão de informações via neurotransmissores ou mediadores químicos, no sentido de SINTETIZAR; ARMAZENAR; LIBERAR; UTILIZAR E INATIVAR. FUNÇÕES: determina a temperatura ideal Termorregulação - conjunto de mecanismos que procuram manter constante a temperatura corporal (37ºC) - FEBRE - O hipotálamo compara a temperatura central com a periférica e determina se organismo deve perder (hipotálamo anterior) ou produzir e conservar calor (hipotálamo posterior). FUNÇÕES : Controle do Sistema Nervoso Autônomo - Durante uma alteração emocional, é o hipotálamo que através do SNA expressa as respostas viscerais: peristaltismo do TGI, contração da bexiga, ritmo cardíaco, pressão sanguínea, pupila... As regiões termo reguladoras do hipotálamo acionam mecanismos diferentes quando a temperatura cai (à esquerda) ou se eleva (à direita). A resposta ao frio (conservação e geração de calor) é comandada pelo hipotálamo posterior e medulares Enquanto a resposta ao calor (dissipação de calor) é comandada pelo hipotálamo anterior, regiões bulbares e medulares. NEUROFISIOLOGIA DA DOR A dor é um dos mecanismos de defesa do organismo que alertam o cérebro de que seus tecidos podem estar em perigo, ainda que a dor possa ser iniciada sem que tenha ocorrido dano físico aos tecidos. A resposta à dor, propriamente dita, é um fenômeno complexo que envolve componentes sensoriais, comportamentais, emocionais e culturais. Surge quando existe uma lesão de tecido. Estímulo da dor é percebido e captado através do sistema nervoso periférico. Os nervos sensoriais e motores da coluna espinhal conectam os tecidos e órgãos ao sistema nervoso central, completando assim o sistema. Nocicepção: proteção Redução ou mesmo bloquear os impulsos dolorosos transmitidos na medula (estimulação elétrica) Sistemas de opiáceos no cérebro: compostos semelhantes à morfina, encefalinas e endorfinas (atuam como transmissores excitatórios que ativam porções do sistema analgésico do cérebro). Controle: cérebro e medula espinal Interpretação dos sinais como dor Ativação das fibras da dor Excitação dos nociceptores mecanossenssíveis. Liberação de substâncias bradicinina, serotonina, histamina e prostaglandinas, Excitam os nociceptores quimiossenssíveis . Todos os impulsos nocivos são transmitidos pelas vias aferentes para o tálamo, onde o estímulo “doloroso” provoca os processos fisiológicos e psicológicos descritos anteriormente Estímulo: impulsos de dor são enviados para o cérebro (integridade do corpo está em risco) O primeiro passo: origina o fenômeno sensitivo-doloroso (a transformação dos estímulos ambientais em potenciais de ação) Fibras nervosas periféricas, são transmitidas para o SNC. 1- A dor da fase 1: estímulo nocivo rápido. Sinaliza a presença de uma lesão em potencial. O mecanismo neurofisiológico compreende uma via simples de transmissão central para o tálamo e o córtex cerebral. 2- A dor da fase 2: capacidade do sistema nociceptivo normal de responder a estímulos prolongados. Os mecanismos neurofisiológicos envolvidos: - Liberação de substâncias excitatórias faz com que ocorra um processo de sensibilização dos nociceptores, uma diminuição do limiar de excitabilidade, como também descargas aferentes. - Aumento da excitabilidade dos neurônios nociceptores. O processo inflamatório e a estimulação nociceptiva continuada fazem com que se estabeleça um aumento global da excitabilidade central. 3- As dores da fase 3 são representadas por estados dolorosos anormais: lesões dos nervos periféricos ou SNC. Existem 3 estados de sensação dolorosa diferentes: CENTRAL PERIFÉRICA NEUROPÁTICA PSICOGÊNICA OSTEOMUSCULARVISCERAL NOCICEPTIVA DOR CLASSIFICAÇÃO DA DOR Cronicidade da Dor Aguda: limitada no tempo, desaparece com a resolução do processo patológico. Crônica: persiste por um longo período de tempo, associada a processos crônicos, persistindo além da resolução destes processos ou associada com mecanismos não nociceptivos. Dor Nociceptiva Dor que surge da ativação de nociceptores. Proporcional a estimulação do nociceptor Quando aguda é fisiológica servindo como uma função protetora, “dor normal”. Quando crônica é uma doença. Tipos de Dor Lesão 1 2 3 Inflamação Lesão do sistema nervoso DOR SNC breve persistente “anormal”
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