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68 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a Unidade II Unidade II 5 SISTEMA DIGESTÓRIO Tem como função a modificação do alimento ingerido, por processos químicos e mecânicos, de modo que no final possam atravessar a parede do trato gastrintestinal e entrar no sistema vascular e linfático. Cada parte é adaptada para suas funções específicas, algumas para simples passagem do alimento, como o esôfago, outras para o armazenamento de alimento, como o estômago, e outras para digestão e absorção, como o intestino delgado. Figura 78 5.1 Atividades básicas São atividades básicas do sistema digestório: ingestão (captar alimento pela boca), mistura e movimentação do alimento (contrações musculares e secreções), digestão (quebra do alimento por processos químicos e mecânicos), absorção (passagem do alimento para o sistema sanguíneo e linfático) e defecação (eliminação de substâncias não digeríveis). 69 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a ANATOMIA DOS SISTEMAS Figura 79 5.2 Componentes do sistema digestório São componentes do sistema digestório: boca, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado e o intestino grosso. Já suas estruturas acessórias compreendem: dentes, língua, glândulas salivares, fígado, vesícula biliar e pâncreas. Podemos dividi-lo em canal alimentar (situado na cabeça, pescoço, tórax, abdome e pelve e se constitue de cavidade da boca, faringe, esôfago, estômago, intestinos delgado e grosso) e glândulas anexas (glândulas salivares, o fígado e o pâncreas). 5.2.1 Boca A boca é a primeira porção do tubo digestório e, como toda cavidade, possui limites: • anterior: lábios (superior e inferior); • lateral: bochechas; • superior: palato; • inferior: série de músculos que constituem o assoalho; • posterior: istmo da fauce (limita-se com a orofaringe). 70 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a Unidade II São as divisões da cavidade da boca: • vestíbulo da boca: espaço limitado por lábios, bochechas, gengiva e dentes; • cavidade própria da boca: compreende o restante. Nas paredes anteriores da boca estão os lábios. Eles são constituídos por músculos (principal, músculo (m.) orbicular da boca), glândulas e estão externamente revestidos por pele e internamente por mucosa. A zona vermelha dos lábios é a face externa, que se apresenta não queratinizada. Além disso, possui uma camada de células superficiais relativamente transparentes e configura-se como região muito vascularizada. Nas paredes laterais da boca estão as bochechas, que são constituídas pelo músculo bucinador e glândulas. São revestidas externamente por pele e internamente por mucosa. O corpo adiposo da boca é uma formação arredondada de tecido adiposo, biconvexa, localizada próxima aos mm. masseter e bucinador. É bem-desenvolvido nas crianças ou recém-nascidos e funciona como amortecedor entre o masseter e bucinador. Na parede superior da boca encontra-se o palato, que se divide em: • duro: ósseo, compreende 2/3 anteriores (lâminas horizontais dos ossos palatinos e processos palatinos das maxilas); • mole: contém 1/3 posterior. A parede inferior contém o chamado assoalho da boca (ou soalho da boca). Saindo do assoalho e chegando à superfície inferior da língua, há uma prega delicada, o chamado frênulo da língua; ao lado do qual há duas pequenas saliências, carúnculas sublínguais, que configuram-se como local de desembocadura das glândulas submandibulares e sublinguais. No assoalho há ainda o chamado músculo milo-hioideo. Na parede posterior está localizado o istmo da fauce. Posterior à cavidade da boca, ele é formado (limitado): • superiormente, pela úvula palatina; • lateralmente, pelos arcos palatoglossos; • inferiormente, pelo dorso da língua. 71 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a ANATOMIA DOS SISTEMAS 5.2.2 Língua A língua é um órgão muscular. Em sua face superior, está o dorso e nela há confluência dos 2/3 anteriores com 1/3 posterior do sulco terminal, que divide a língua em corpo (anterior) e raiz (posterior). O vértice desse sulco é uma depressão, o forame cego (resquício do trato tireoglosso do embrião). A superfície do dorso da língua possui uma série de saliências ou projeções, as papilas linguais. Elas dividem-se em: • maiores: formam o “V”; • valadas; • filiformes: dão o aspecto aveludado à língua; • fungiformes: estão entre as filiformes e são achatadas, em forma de cogumelo, maiores e em menor número que as filiformes; • foliadas: ficam na porção posterior da língua. Nas papilas filiformes, não encontramos botões gustatórios. Saiba mais Para obter mais informações sobre a anatomia humana, consulte: <www.sbanatomia.org.br>. 5.2.3 Dentes Os dentes são estruturas duras e esbranquiçadas. Existem em quatro tipos: • incisivos: têm coroa em forma de espátula, servem para cortar alimentos e são unirradiculares; • caninos: em forma de lança, rasgam alimentos e são unirradiculares; • pré-molares: têm duas ou três cúspides e trituram alimentos; são uni ou birradiculares; • molares: têm três, quatro ou cinco cúspides, trituram e moem alimentos. Os inferiores são birradiculares e os superiores, trirradiculares. 72 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a Unidade II Há duas dentições, a decídua, compreendendo 20 dentes e que não possui pré-molares e a permanente, contando com 32 dentes. Dentes Palato mole Bochecha Língua Figura 80 5.2.4 Faringe É a parte do sistema digestório situada posteriormente à cavidade da boca (base do crânio até a C6). Possui três partes: nasal, bucal e laríngea (ou naso, buco e laringofaringe). A parte nasal da faringe faz parte do sistema respiratório. Na parte bucal da faringe, está o arco palatofaríngeo e, anterior a ele, o arco palatoglosso; entre eles, a tonsila palatina. A faringe estende-se do palato mole à margem superior da epiglote e, anteriormente, comunica-se com a cavidade da boca pelo istmo da fauce (indicado pela seta branca, na figura a seguir). A parte laríngea da faringe vai da margem superior da epiglote à margem inferior da cartilagem cricoidea, onde se encontra o esôfago. 73 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a ANATOMIA DOS SISTEMAS Figura 81 Observação As glândulas salivares parótidas são as responsáveis por cerca de 70% da saliva produzida. As glândulas salivares submandibulares respondem por cerca de 10% da produção da saliva, assim como as glândulas sublinguais. Os restantes 10% são produzidos pelas glândulas salivares menores. 5.2.5 Esôfago É um tubo muscular que conecta a faringe com o estômago. Localizado posteriormente à traqueia, atravessa o mediastino e passa através do diafragma por meio de uma abertura chamada “hiato esofágico”. Transporta o alimento ao estômago e secreta muco para auxiliar no transporte. Abre-se no estômago através de uma região denominada “óstio cárdio”. Apresenta entre 25 a 30 cm e conecta a faringe ao estômago; em função do trajeto, dividido em 3 porções: • cervical; • torácica (mais longa); • abdominal. 74 Re vi sã o: N om e do re vi so r -D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a Unidade II Figura 82 Observação Alguns indivíduos apresentam a denominada retroesofagite, que determina um grande desconforto. Nesse caso, a musculatura lisa do esôfago apresenta um sentido inverso de contração, ocasionando disfunção digestória transitória. 5.2.6 Estômago Está situado no quadrante superior esquerdo do abdome, parcialmente coberto pelas costelas. Limita-se anteriormente com parede abdominal e o diafragma, entre o fígado e o baço. A parede do estômago, quando ele está vazio, apresenta pregas gástricas, que podem ser vistas a olho nu. A principal atividade química do estômago é iniciar a digestão das proteínas pela pepsina (enzima). É uma dilatação do canal alimentar que se segue ao esôfago e continua pelo intestino. Podemos dividi-lo em quatro partes: • cárdica (cárdia): relação com o coração, corresponde à junção com esôfago; • fúndica (fundo): acima do plano horizontal que tangencia a junção esôfago-gástrica; • corpo: corresponde à maior parte do órgão; • pilórica: porção terminal, continuada pelo duodeno. 75 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a ANATOMIA DOS SISTEMAS Fundo gástrico Corpo do estômago Curvatura menor Região cárdica Região pilórica Figura 83 Pregas gástricas Figura 84 Duas camadas serosas se separam na curvatura menor e se reúnem na curvatura maior, formando o “omento maior”. O omento menor é constituído por um mesentério duplo que se insere na face inferior do fígado, na curvatura menor do estômago. 76 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a Unidade II Omento menor Figura 85 Figura 86 – Estômago 77 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a ANATOMIA DOS SISTEMAS Observação A cirurgia bariátrica, ou de redução do estômago, é indicada apenas para indivíduos com obesidade mórbida, e não para fins meramente estéticos. Apresenta riscos pré, trans e pós-operatórios, e, desse modo, deve ser avaliada por um médico. 5.2.7 Intestino delgado O estômago se esvazia no intestino delgado, que tem aproximadamente 3 m. O intestino delgado apresenta três segmentos (duodeno, jejuno e o ílio) e a maior parte da digestão e da absorção de nutrientes ocorre nele. Duodeno significa “doze”; a estrutura tem aproximadamente doze dedos de comprimento. O “ducto colédoco” do fígado e o “ducto pancreático” do pâncreas unem-se para formar a “ampola hepatopancreática”, que se abre no duodeno na ”papila maior”. O jejuno tem cerca de 1 m de comprimento e estende-se até o íleo, que, por sua vez, mede cerca de 2 m une-se ao intestino grosso na valva ileocecal. Figura 87 78 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a Unidade II Figura 88 Figura 89 – Duodeno 79 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a ANATOMIA DOS SISTEMAS Observação É no duodeno que desembocam os ductos colédoco e pancreático, que conduzem, respectivamente, a bile e o suco pancreático, auxiliares na digestão de gorduras. Esse processo é denominado emulsificação. 5.2.8 Intestino grosso O intestino grosso é a porção terminal do canal alimentar. Figura 90 – Intestino grosso 80 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a Unidade II Figura 91 – Intestino grosso Ceco é o segmento inicial, em fundo cego, que continua com o colo ascendente; o limite entre eles é um plano horizontal que passa no nível da papila íleo-ceco-cólica, onde se abre o óstio ileocecal, que é um prolongamento cilindroide, o apêndice vermiforme (contém numerosos nódulos linfáticos), que se destaca no ceco, no ponto de convergência das tênias, e por vezes infecciona, originando a apendicite. Figura 92 – Ceco 81 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a ANATOMIA DOS SISTEMAS O colo ascendente segue-se ao ceco e tem direção cranial. Está fixado à parede posterior do abdome, alcançando o fígado e, sob ele, flete-se para continuar no colo transverso. A flexão que marca o limite entre os dois segmentos é denominada flexura cólica direita. Figura 93 – Colo ascendente O colo transverso é bastante móvel. Ele estende-se da flexura cólica direita, atravessa a cavidade abdominal e vai até a flexura cólica esquerda, onde se flete para continuar no colo descendente. 82 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a Unidade II Figura 94 – Colo transverso O colo descendente, como o ascendente, está fixado à parede posterior do abdome, iniciando-se na flexura cólica esquerda e se encerrando após um trajeto aproximadamente vertical, na altura de um plano horizontal, que passa pela crista ilíaca. 83 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a ANATOMIA DOS SISTEMAS Figura 95 – Colo descendente O colo sigmoide é a continuação do colo descendente e tem trajeto sinuoso, diringindo-se para o plano mediano da pelve, onde é continuado pelo reto. 84 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a Unidade II Figura 96 – Colo sigmoide Reto é a continuação do colo sigmoide, que, em seus dois últimos centímetros, forma o canal anal e termina em um esfíncter denominado ânus. Artéria pudenda Figura 97 – Reto 85 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a ANATOMIA DOS SISTEMAS Ânus é o término do canal alimentar. Figura 98 – Ânus 86 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a Unidade II Figura 99 Observação O peritônio é uma dupla camada que reveste a maior parte dos órgãos abdominais, formando ligamentos, omentos e mesos. Desenvolve-se normalmente no sentido póstero-anterior, envolvendo alguns órgãos abdominais e não envolvendo outros, por exemplo, os rins. 5.3 Glândulas anexas ao sistema digestório 5.3.1 Glândulas salivares São responsáveis pela secreção da saliva e são numerosas, podendo ser divididas em maiores e menores. Dentre as maiores, estão as glândulas parótida, submandibular e sublingual. A glândula parótida está situada lateralmente na face e ântero-inferiormente em relação ao pavilhão da orelha externa; seu canal excretor, ducto parotídeo, abre-se no vestíbulo da boca no nível do segundo molar superior. A glândula submandibular localiza-se medialmente no ângulo da mandíbula, seu ducto atravessa o assoalho da boca anteriormente e abre-se no nível do frênulo lingual. 5.3.2 Glândulas sublinguais Localizam-se no assoalho da boca, lateral e inferiormente à língua; sua secreção é lançada na cavidade da boca,na carúncula sublingual pelo ducto sublingual maior e por canais (ductos sublinguais menores) que desembocam independentemente por uma série de orifícios no assoalho da cavidade da boca. Os ductos sublinguais menores estão espalhados pela cavidade da boca, não apresentam um ducto excretor e lançam a sua secreção diretamente na cavidade da boca. Podem ser: labiais, palatinos, linguais e jugais (bochechas). Fazendo parte do sistema digestório: glândulas salivares, pâncreas e fígado. 5.3.3 Pâncreas Situando-se posteriormente ao estômago. Suas secreções passam ao duodeno pelo ducto pancreático, que se une ao ducto biliar comum (colédoco) trazendo a bile do fígado e vesícula biliar, penetrando no duodeno como um ducto único (ampola hepatopancreática). O pâncreas é tido como a única glândula mista (endócrina e exócrina). Fazendo parte do sistema digestório, temos a componente exócrina, que secreta enzimas digestivas, denominadas suco pancreático. Sua divisão anatômica é composta pelos seguintes elementos: cabeça, incrustada na curvatura do duodeno, corpo e cauda estendendo-se para a esquerda, atingindo a vizinhança do baço. 87 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a ANATOMIA DOS SISTEMAS Figura 100 Figura 101 – Pâncreas 88 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a Unidade II 5.3.4 Fígado A maior glândula do corpo, o fígado, encontra-se no lado direito da cavidade abdominal, inferior ao músculo diafragma; trata-se de uma glândula que desempenha importante papel nas atividades vitais do organismo, seja interferindo no metabolismo dos carboidratos, gorduras e proteínas, seja secretando bile e participando do mecanismo de defesa. Possui duas faces: • diafragmática: relaciona-se com o músculo diafragma; • visceral: fica em contato com algumas vísceras abdominais. A face visceral do fígado apresenta 4 Lobos: direito, quadrado, caudado e esquerdo. Entre o lobo direito e o esquerdo, vemos o ligamento falciforme (prega peritoneal que fixa o fígado ao diafragma e à parede abdominal anterior). Entre o lobo direito e o lobo quadrado, observamos a vesícula biliar. Entre os lobos direito e caudado, está a veia cava inferior e, finalmente, entre os lobos quadrado e caudado, observamos o hilo hepático. Dentre as funções do fígado, destacam-se: • secreção da bile (armazenada na vesícula biliar e expelida no duodeno). Quando chega o alimento, sais biliares, auxiliam a digestão e a absorção da gordura e retornam ao fígado através do sistema porta; • síntese de proteínas – mecanismo de coagulação; • síntese de protrombina e fibrinogênio; • armazenamento de ferro, cobre, vitaminas, glicogênio etc. 89 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a ANATOMIA DOS SISTEMAS Figura 102 Figura 103 90 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a Unidade II 5.3.5 Vesícula biliar A vesícula biliar é um saco em forma de pera, localizada em uma depressão sob o fígado. A vesícula biliar concentra e armazena bile até que seja necessária no intestino delgado. A bile penetra no intestino através do ducto colédoco. Figura 104 A vesícula biliar apresenta três partes, a saber: fundo, corpo e colo. Frequentemente, pode desenvolver os cálculos biliares devido ao processo relacionado aos sais biliares concentrados, podendo formar desde um único cálculo até dezenas de cálculos. Observação Colecistectomia é a cirurgia de remoção da vesícula biliar. É feita quando existe indicação médica de, por exemplo, presença de litíase (cálculos, pedras) na vesícula biliar. Essa cirurgia pode ser realizada, atualmente, através de videolaparoscopia, facilitando o pós-operatório. 91 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a ANATOMIA DOS SISTEMAS 5.4 Miniatlas do sistema digestório Figura 105 Figura 106 – Vestíbulo da boca 92 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a Unidade II Figura 107 – Cavidade bucal Figura 108 – Cavidade bucal 93 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a ANATOMIA DOS SISTEMAS Figura 109 – Língua Figura 110 – Glândulas submandibular e sublingual 94 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a Unidade II Figura 111 – Dentes Figura 112 – Dentes permanentes (à esquerda) e decíduos (à direita) 95 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a ANATOMIA DOS SISTEMAS Figura 113 – Desenvolvimento das dentições Figura 114 – Glândula parótida 96 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a Unidade II Figura 115 – Faringe 97 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a ANATOMIA DOS SISTEMAS Figura 116 – Faringe 98 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a Unidade II Figura 117 – Esôfago 99 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a ANATOMIA DOS SISTEMAS Figura 118 – Estômago Figura 119 – Pâncreas 100 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a Unidade II Figura 120 – Duodeno 101 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a ANATOMIA DOS SISTEMAS Figura 121 – Jejuno-íleo, radiografia 102 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a Unidade II Figura 122 – Intestino grosso Figura 123 – Junção ileocecal e apêndice vermiforme 103 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a ANATOMIA DOS SISTEMAS Figura 124 – Ânus Figura 125 – Fígado 104 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a Unidade II Figura 126 – Fígado Figura 127 – Vesícula biliar e vias biliares 105 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a ANATOMIA DOS SISTEMAS Figura 128 – Pâncreas Saiba mais Consulte sempre mais de um atlas de anatomia humana e obtenha informações variadas sobre o assunto.Um bom exemplo é: KOPF-MAIER, P. Wolf-Heiddegger atlas de anatomia humana. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. 6 SISTEMA ENDÓCRINO As funções corporais são reguladas por dois sistemas principais de controle: o sistema nervoso e o sistema endócrino. O sistema endócrino trata principalmente do controle das funções metabólicas corporais, controlando a velocidade das reações químicas das células, o transporte de substâncias através das membranas celulares, crescimento e a secreção. Esta regulação das atividades do corpo é produzindo substâncias chamadas “hormônios”. Essas substâncias por modificar as atividades das células, são chamadas de “mensageiros químicos”. Não se colocam facilmente em numa classe definida de substâncias químicas. Podem ser esteroides (cortisol), proteínas (prolactina), polipeptídeos menores (ocitocina), aminoácidos (epinefrina). Portanto possuem várias classes de substâncias. 6.1 Tipos de glândulas (quanto ao meio de transporte de substâncias) 6.1.1 Glândulas endócrinas São aquelas cujas substâncias são liberadas no sistema circulatório (sangue). São produzidas por glândulas endócrinas: a acetilcolina, liberada em terminações nervosas parassimpáticas e esqueléticas; a secretina, liberada pela mucosa duodenal e levada pelo sangue até o pâncreas, produzindo secreção pancreática; e a colicistocinina, liberada no intestino delgado para causar a contração da vesícula biliar e promover a secreção de enzimas pancreáticas. 106 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a Unidade II 6.1.2 Glândulas exócrinas São órgãos que produzem secreções ou substâncias elaboradas para um sistema de condutos ou canais excretores que se abrem em superfície externa ou interna. As secreções não são despejadas na corrente sanguínea, mas em outros órgãos, ou para o exterior do corpo, através de canais. Além disso, glândulas exócrinas não se associam a vasos sanguíneos e apresentam um canal de excreção. O sistema endócrino é formado por diversos órgãos glandulares, as glândulas endócrinas, que, por conceito, secretam substâncias adicionadas diretamente à corrente sanguínea. A seguir, falaremos brevemente das funções dos órgãos glandulares do sistema endócrino. 6.1.3 Hipófise Foi chamada, diversos anos, de “a principal glândula”, pois algumas de suas secreções controlam outras glândulas endócrinas. Tem o tamanho aproximado de uma ervilha, localiza-se na fossa hipofosária do osso esfenoide e divide-se anatomicamente em adeno-hipófise (anterior) e neuro-hipófise (posterior). Está conectada ao sistema nervoso central através de um pedúnculo (infundíbulo). No geral, a hipófise secreta o hormônio do crescimento (GH), o hormônio tireoestimulante (TSH), o hormônio foliculoestimulante (FSH), o hormônio luteinizante (LH), a prolactina, o hormônio adrenocorticotrófico (ACTH), a ocitocina, o hormônio antidiurético e o hormônio melanócito-estimulante (MSH). Figura 129 – Vista medial de corte sagital do encéfalo 107 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a ANATOMIA DOS SISTEMAS 6.1.4 Glândula pineal Como parte do diencéfalo, apresenta células denominadas pinealócitos, que produzem um hormônio denominado melatonina. Figura 130 – Vista posterior do tronco encefálico Observação A glândula pineal (ou corpo pineal, nomenclatura usada por muitos) está intimamente relacionada ao ciclo sono-vigília, ou seja, estar acordado ou dormindo. Ela é representada por várias culturas com uma marcação em forma de gota entre as sobrancelhas. 108 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a Unidade II 6.1.5 Tireoide Apresenta um formato semelhante a uma borboleta, com seus dois lobos (direito e esquerdo) unidos pelo istmo, e está posicionada anteriormente à traqueia. Suas células foliculares secretam a triiodotironina (T3) e a tetraiodotironina (T4), além da calcitonina. Figura 131 – Tireoide 6.1.6 Paratireoide Em verdade, a paratireoide são 4 pequenas massas localizadas lateroposteriormente à tireoide. Suas células principais secretam o paratormônio, o principal regulador dos níveis séricos de cálcio, magnésio e fosfato. Figura 132 – Tireoide 109 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a ANATOMIA DOS SISTEMAS 6.1.7 Pâncreas Glândula mista. Sua parte exócrina corresponde a cerca de 99% da massa do órgão, com o suco pancreático auxiliando na digestão de gorduras. Desse modo, sua porção endócrina corresponde a apenas 1% de sua massa e é responsável por secretar a insulina e o glucagon nas ilhotas pancreáticas. As células alfa secretam o glucagon e as células beta, a insulina. Figura 133 – Vista anterior da parede abdominal sem algumas vísceras 6.1.8 Glândulas suprarrenais Como o nome sugere, localizam-se no polo superior dos rins. Apresenta duas partes: a medular e o córtex. A parte medular produz a epinefrina, elevando a taxa de glicose no sangue e estimulando a liberação de adrenocorticotróficos. A norepinefrina, também produzida pela parte medular das glândulas suprarrenais, aumenta a taxa e a formação de contração da musculatura cardíaca e promove a contração de vasos. O córtex, por sua vez, produz aldosterona (mineralocorticoides), promovendo a reabsorção de sódio e a excreção de potássio pelos rins, e também o cortisol e a cortisona (glicocorticoides), que suplementam e conservam a energia derivada da glicose circulante. O córtex secreta a aldosterona, o cortisol, a corticosterona e a cortisona. Sua medula secreta a epinefrina (antiga adrenalina) e a norepinefrina (antiga noradrenalina) através das células cromafins. 110 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a Unidade II Figura 134 – Vista anterior do rim e glândula suprarrenal 6.1.9 Testículos São as gônadas masculinas, produzindo tanto as células com metade do número de cromossomos (espermatozoides) como o hormônio sexual masculino, a testosterona, que é secretada pelas células de Sertoli. Os testículos situam-se no interior do escroto. Figura 135 – Vista anterior do testículo e funículo espermático 111 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a ANATOMIA DOS SISTEMAS 6.1.10 Ovários São as gônadas femininas, produzindo tanto as células com metade do número de cromossomos (oócitos) como os hormônios sexuais femininos – a progesterona e o estrogênio. Figura 136 – Vista anterior do ovário, mostrando o ligamento largo 6.2 Miniatlas do sistema endócrino Figura 137 – Hipófise e pineal 112 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a Unidade II Figura 138 – Hipófise e pineal Figura 139 – Timo 113 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a ANATOMIA DOS SISTEMAS Figura 140 – Suprarrenais Figura 141 – Suprarrenais 114 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a Unidade II Figura 142 – Pâncreas Figura 143 – Testículo115 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a ANATOMIA DOS SISTEMAS Figura 144 – Ovário Resumo O sistema digestório (antigamente denominado digestivo) é composto por órgãos que formam o tubo digestório e as glândulas anexas. Os órgãos que formam o tubo digestório (ou canal alimentar) vão desde a boca até o ânus. São eles: boca, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso e ânus. As glândulas anexas ao sistema digestório são glândulas salivares, fígado e pâncreas. Devido à complexidade desse sistema, primeiramente foram descritos, na sequência do tubo digestório, os órgãos, e depois foram descritas as glândulas anexas. Desse modo, o sistema é apresentado diferentemente de outros autores, que preferem descrever o sistema digestório em órgãos supradiafragmáticos e órgãos infradiafragmáticos, obviamente delimitados pelo músculo diafragma, o mesmo que separa o tronco em tórax (superiormente) e abdome (inferiormente). O sistema endócrino é um dos principais sistemas corporais, uma vez que, através de suas secreções, os hormônios, regula a função de vários sistemas. A principal glândula é a hipófise, localizada na sela turca do osso esfenoide. Além dela, apresentamos a glândula pineal, a tireoide, as paratireoides, o timo, as suprarrenais, o pâncreas, os testículos, os ovários etc. 116 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a Unidade II Exercícios Questão 1 (UFSC, 2011). A figura a seguir mostra o aparelho digestório humano. Figura 145 – Aparelho digestório humano Com respeito a esse aparelho, considere a(s) proposição(ões) a seguir: I – A estrutura A indica uma região comum aos aparelhos digestório e respiratório. II – Os alimentos e os líquidos que entram pela boca são levados ao estômago pela estrutura B pela ação da gravidade. III – O órgão indicado em D produz algumas substâncias que são lançadas diretamente no duodeno e outras que são lançadas diretamente na corrente sanguínea. IV – Nas paredes do intestino delgado, temos a presença das vilosidades e, nestas, as células epiteliais se apresentam com microvilosidades, para aumentar a área de absorção. 117 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a ANATOMIA DOS SISTEMAS Está correto apenas o que se afirma em: A) Apenas as assertivas I e II estão corretas. B) As assertivas I, II, III e IV estão corretas. C) As assertivas I, III e IV estão corretas. D) Apenas a assertiva II está correta. E) Apenas a assertiva III está correta. Resposta correta: alternativa C. Análise das afirmativas I – Assertiva correta. Justificativa: a estrutura A representa a faringe (popularmente conhecida como garganta), órgão comum aos aparelhos digestório e respiratório, com passagem de alimento e ar, respectivamente. II – Assertiva incorreta. Justificativa: a estrutura B é o esôfago, responsável pela passagem de alimentos através de movimentos peristálticos até chegarem ao estômago, para o processo digestivo. III – Assertiva correta. Justificativa: a estrutura D indica o pâncreas, que produz o suco pancreático (tripsina, quimiotripsina, lipase), substância lançada no duodeno para finalizar a digestão do quimo e promover a sua absorção. IV – Assertiva correta. Justificativa: o intestino delgado se divide em duodeno, onde ocorre a maior absorção de nutrientes, o jejuno e o íleo, que são dotados de microvilosidades que aumentam a área de absorção do quimo alimentar. Questão 2 (UFLA). Considere os seguintes hormônios: 1 – Glucagon. 2 – Adrenalina. 3 – Somatotrófico. 118 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a Unidade II 4 – Noradrenalina. 5 – Insulina. As glândulas responsáveis pela secreção desses hormônios são, respectivamente: a) Pâncreas, suprarrenais, hipófise, pâncreas, suprarrenais. b) Suprarrenais, pâncreas, hipófise, suprarrenais, pâncreas. c) Pâncreas, hipófise, suprarrenais, suprarrenais, pâncreas. d) Pâncreas, suprarrenais, hipófise, suprarrenais, pâncreas. e) Pâncreas, suprarrenais, suprarrenais, pâncreas, hipófise. Resolução desta questão na plataforma.
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