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Sistema cardiovascular antes da terceira semana necessidade de O2, nutrientes -> difusão terceira semana: vasculogênese (formacao de novos canais pela associação de precursores celulares - angioblastos) e angiogênese (formacão de novos vasos pelo brotamento e ramificação dos vasos preexistentes). hematogênese começa na quinta semana (primeiramente na aorta). sistema cardiovascular é o primeiro a funcionar no embrião. necessidades nutricionais e de oxigênio, pois ele cresce rapidamente. mesoderma esplâncnico dá origem ao primórdio do coração DESENVOLVIMENTO DO CORAÇÃO Primórdio observado no 18 dia de desenvolvimento do sistema cardiogênico dois tubos endocárdicos (formados pelo acúmulo de células mesenquimais esplênicas) se fundem com o dobramento lateral do embrião -> tubo cardíaco. a fusão se inicia cranialmente entre o dia 22 e 28. coração em desenvolvimento: tubo endotelial (endocárdio) + tubo muscular (miocárdio primitivo) separados por geleia cardíaca (tecido conjuntivo gelatinoso) epicárdio se origina de células mesoteliais após dobramento cefálico, coração primitivo fica ventral ao intestino anterior e caudal à membrana bucofaríngea. coração tubular se alonga e desenvolve constrições e dilatações alternadas tronco arterial bulbo cardíaco ventrículo primitivo átrio primitivo seio venoso fases do desenvolvimento do coração: plexiforme - plexo endotelial envolvido por miocárdio tubular reta - dois tubos endocárdicos que originam ventrículo único em alça - coração assume a morfologia de S seio venoso recebe veias vitelínicas, umbilicais e cardinais. bulbo cardíaco e ventrículo crescem mais aceleradamente -> alça bulboventricular (U) antes do dobramento -> estruturas em série (extremidade venosa até extremidade arterial) -> alça transforma a disposição. quando o tubo cardíaco se alonga em ambos os polos arterial e venoso, ele toma uma configuração em forma de S: o bulbo cardíaco é deslocado caudalmente, ventralmente e para a direita; o ventrículo primitivo é deslocado para a esquerda e o átrio primitivo é deslocado dorsalmente e cranialmente. CORAÇÃO PRIMITIVO coração primitivo é composto de seio venoso, válvula sinoatrial, átrio primitivo, ventrículo primitivo, bulbo cardíaco e tronco arterial. 4 semanas: contrações levam a fluxo unidirecional do sangue (antes havia refluxo) circulação no coração primitivo: seio venoso para o tronco arterial e, então para o saco aórtico, artérias dos arcos faríngeos e aorta dorsal SEPTAÇÃO DO CORAÇÃO PRIMITIVO septação do canal atrioventricular formam-se coxins endocardicos nas paredes do canal atrioventricular coxins se fusionam e dividem o canal AV em canais AV direito e esquerdo. hiperglicemia parece agir como um teratógeno através da inibição da formação dos coxins -> mães diabéticas o canal atrioventricular passa por mudança de posição para a direita -> átrio e ventrículo direitos podem se comunicar. ventrículo direito se conecta ao tronco arterial pelo forame interventricular septação do átrio primitivo em átrio direito e átrio esquerdo septum primum -> septum secundum, que forma-se incompletamente -> forame oval -> fossa oval (resquício) a veia pulmonar primária se desenvolve ao lado esquerdo do septum primum na parede atrial dorsal (4 veias pulmonares são formadas) septação do ventrículo primitivo septo interventricular primário (assoalho->ápice) -> forame interventricular é fechado no fim de 7 semanas com a fusão das cristas bulhar direita e esquerda e do coxim encocardico. tronco pulmonar se comunica com o VD e aorta com VE septação do bulbo cardíaco e tronco arterial cristas bulhares são formadas nas paredes do bulbo cardíaco e do tronco arterial. cristas sofrem espiralização dando origem ao septo aorticopulmonar, que divide o bulbo cardíaco em dois canais: aorta e tronco pulmonar bulbo cardíaco é incorporado às paredes dos ventrículos desenvolvimento de válvulas ao final da septação através de tumefações de tecido subendocárdico semilunares -> tronco arterial atrioventriculares -> canais atrioventriculares VEIAS para o coração tubular (seio venoso) drenam: veias vitelínicas – sangue desoxigenado do saco vitelínico veia vitelínica direita -> veias hepáticas veias vitelínicas ao redor do duodeno -> veia porta umbilicais - sangue oxigenado da placenta para o embrião cardinais comuns (anteriores + posteriores) – sistema de drenagem venosa do embrião cardinais anteriores -> drenam região cefálica cardinais posteriores -> drenam região caudal do embrião Ducto venoso se desenvolve no interior do fígado conectando a veia umbilical com a veia cava inferior – desvia o sangue vindo da placenta dos sinusoides hepáticos. ARTÉRIAS Desenvolvimento das Artérias Durante a 4ª semana de desenvolvimento, os arcos aórticos, originados do saco aórtico, suprem os arcos faríngeos. Ao longo do desenvolvimento, os arcos aórticos ajudam na formação de vários vasos sanguíneos (Figura 1): 1º par de arcos aórticos: artérias maxilares e artérias carótidas externas. 2º par de arcos aórticos: artérias estapédicas. 3º par de arcos aórticos: artérias carótidas comuns e junto com a aorta dorsal formam as artérias carótidas internas. 4º par de arcos aórticos: forma parte do arco da aorta e parte proximal da artéria subclávia direita. 5º par de arcos aórticos: se degenera ou não se desenvolve. 6º par de arcos aórticos: parte proximal da artéria pulmonar esquerda e ducto arterial(desvio arterial). Circulação Fetal Existem três estruturas vasculares importantes na transição da circulação fetal para a neonatal: ducto venoso, forame oval e ducto arterial. Circulação fetal (Figura 1): o sangue oxigenado chega da placenta através da veia umbilical. Ao se aproximar do fígado o sangue passa diretamente para o ducto venoso, um vaso fetal que comunica a veia umbilical com a veia cava inferior. Percorrendo a veia cava inferior, o sangue chega no átrio direito e é direcionado através do forame oval para o átrio esquerdo. Assim, neste compartimento o sangue com alto teor de oxigênio vindo da veia cava se mistura com o sangue pouco oxigenado vindo das veias pulmonares, já que os pulmões extraem oxigênio e não o fornece. O ducto arterial, ao desviar o sangue da artéria pulmonar para a artéria aorta, protege os pulmões da sobrecarga e permite que o ventrículo direito se fortaleça para a sua total capacidade funcional ao nascimento. Circulação neonatal de transição (Figura 2): após o nascimento o ducto arterial, o ducto venoso, o forame oval e os vasos umbilicais não são mais necessários. Dessa forma, ocorre o fechamento do forame oval e o ducto venoso e arterial se contraem. O fechamento do forame oval ocorre pelo aumento de pressão no átrio esquerdo que pressiona a sua válvula contra o septum secundum. O fechamento do ducto arterial parece ser mediado pela bradicinina, uma substância liberada pelos pulmões durante a sua distensão inicial. Essa substância tem potentes efeitos contráteis na musculatura lisa, atuando na dependência do alto teor de oxigênio do sangue aórtico. Assim, quando a pressão de oxigênio for maior que 50 mmhg no sangue que passa através do ducto arterial promove a sua contração. O fechamento do ducto venoso ocorre pela contração do seu esfíncter, possibilitando que o sangue que entra no fígado percorra os sinusóides hepáticos. Porém, vale ressaltar que a mudança do padrão circulatório fetal para o padrão adulto não ocorre repentinamente. Algumas alterações ocorrem com a primeira respiração e outras após horas e dias. Derivados Adultos de Estruturas Vasculares Fetais A porção intra-abdominal da veia umbilical se torna o ligamento redondo do fígado. O ducto venoso se transforma no ligamento venoso. O forame oval normalmente se fecha ao nascimento. O fechamento anatômico ocorre no 3º mês e resulta da adesão do septum primum na margem esquerda do septum secundum, assim, o septum primum forma o assoalho da fossa oval (Figuras 3 e 4). 6
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