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Morfo- Envelhecimento

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R o d r i g o S . A u g u s t o – M o r f o f u n c i o n a l ; E N V E L H E C I M E N T O 
 
Página 1 
 
 
 
R o d r i g o S . A u g u s t o – M o r f o f u n c i o n a l ; E N V E L H E C I M E N T O 
 
Página 2 
HISTOLOGIA 
OSSO - O tecido ósseo é um tecido conjuntivo especializado, formado por células e MEC 
calcificada, a matriz óssea. O componente celular é: 
 Osteócitos, situados em cavidades ou lacunas no interior da matriz, suas 
uniões são do tipo GAP 
 Osteoblastos, sintetizam matriz orgânica (colágeno tipo I, proteoglicanos e 
glicoproteínas) e localizam-se na sua periferia. dispostos lado a lado, 
lembrando um epitélio simples. Quando em intensa atividade são cubóides. 
Uma vez aprisionado pela matriz recém-sintetizada, o osteoblasto passa a ser 
chamado de osteócito. A matriz óssea recém-formada, adjacente aos 
osteoblastos ativos e que não está ainda calcificada, recebe o nome de 
OSTEOIDE. 
 Osteoclastos, células gigantes, móveis e multinucleadas, reabsorvem o tecido 
ósseo, promovendo degradação e remodelação ao secretarem colageneses e 
outras hidrolases. Voltados para a matriz óssea, apresenta prolongamentos 
vilosos irregulares. Sua atividade é coordenada por citocinas e hormônios 
como a calcitonina, produzida pela Tireóide, e paratormônio, secretado pelas 
Paratireóides. 
 
A nutrição dos osteócitos depende de canalículos da matriz, promovendo troca entre 
capilares sanguíneos e os osteócitos. 
Todos os ossos são REVESTIDOS externamente e internamente por células osteogênicas, o 
periósteo e o endósteo, respectivamente. 
O periósteo contém principalmente fibras colágenas e fibrobastos. As fibras de Sharpey 
são feixes de fibras colágenas que prendem firmemente o periósteo ao osso. Na sua porção 
profunda, o periósteo apresenta células osteoprogenitoras, parecidas com os fibroblastos, 
multiplicam-se por mitose e se diferenciam em osteoblastos, desempenhando papel 
importante no crescimento dos ossos e na reparação das fraturas. 
TIPOS: As epífises (extremidades) são formadas por osso esponjoso. A diáfise (parte 
cilíndrica) é quase totalmente compacta ou cortical. Principalmente nos ossos longos. 
 As cavidades do osso esponjoso e o canal medular dos ossos longos contem a medula 
óssea. Nos recém-nascidos, toda medula óssea é vermelha, ativa na produção de células do 
sangue, no adulto, vai sendo infiltrada por tecido adiposo tornando-se medula óssea amarela. 
 
OSSO COMPACTO 
Possui fibras colágenas organizadas em lamelas, que ou ficam paralelas umas às 
outras, ou se dispõem em camadas em torno de canais com vasos, formando os sistemas de 
Havers. Ocorre o acúmulo de uma substância cimentante que consiste em matriz 
mineralizada, porém com muito pouco colágeno. 
Cada sistema de Havers (cilindro, longo, paralelo à diáfise) e formado por quatro a 20 
lamelas ósseas concêntricas. No centro desse cilindro ósseo existe um canal revestido de 
endósteo, o canal de Havers, que contém vasos e nervos. Os canais de Havers comunicam-se 
entre si, com a cavidade medular e com a superfície externa de osso por meio de canais 
transversais ou canais oblíquos, os canais de Volkmann. Esses se distinguem dos de Havers por 
não apresentarem lamelas ósseas concêntricas. 
 
 
 
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OSSO ESPONJOSO 
 
 
 
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OSTEOPOROSE 
- Redução 
generalizada da 
massa óssea e 
adelgaçamento do 
osso cortical com 
redução de 
trabéculas ósseas. 
 
 
 
 
 
 
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ARTRITE/ARTROSE 
APARELHO REPRODUTOR MASCULINO 
TESTICULO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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DUTO DEFERENTE 
PÊNIS 
 
 
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PROSTATA 
 
 
 
 
 
 
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TIREOIDE 
Glândula ENDOCRINA, endoderme embrionario, sintetiza tiroxina (T4) e triiodotironina 
(T3), que controlam a taxa de metabolismo do corpo. Situada na região cervical anterior à 
laringe, é constituída de dois lóbulos e unidos por um istmo. 
A tireóide é composta de milhares de folículos tireoidianos, estes são formados por 
epitélio Cubico simples e a sua cavidade contém uma substância gelatinosa chamada colóide. 
Alguns folículos são grandes, cheios de colóide e formados por epitélio cúbico ou 
pavimentoso, e outros são menores, com epitélio colunar. 
A célula parafolicular ou célula C é encontrada na tireóide; fazendo parte do epitélio 
folicular ou formando agrupamentos isolados entre os folículos. Apresenta numerosos 
grânulos, estes contém um hormônio chamado calcitonina, sintetizado por estas células, cujo 
efeito principal é inibir a reabsorção óssea e em conseqüência diminuir o nível de cálcio no 
plasma. 
 
 
 
 
 
 
 
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Foliculos de aspecto homogêneo e tonalidade rósea do coloide, observar o 
epitélio das células foliculares (geralmente cubico simples). Há finas traves de estroma 
(tecido conjuntivo frouxo) delimitando os lóbulos tireoidianos . 
 
 
 
COLOIDE EPITELIO FOLICULAR CAPILAR 
 
 
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ANATOMIA 
SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO- Testículos/epidídimo/Vias espermáticas/glândulas 
anexas/pênis 
 
 TESTICULOS(1)= órgão ovoide, branco azulado com uma extremidade sup. e outra inf. 
Uma borda póstero superior e outra anteroinferior 
 EPIDIDIMO(2)= aplica-se sobre o borde póstero superior do testículo. Aplicado de 
forma supero medial e com um corpo alargado 
 
Os 2 órgãos 
juntos estão envolvidos 
por uma túnica fibrosa 
de tecido conjuntivo 
denso não modelado; a 
túnica ALBUGÍNEA. 
A túnica 
albugínea compõe o 
mediastino do testículo 
(ou corpo de Higmoro), 
onde penetram seus 
vasos e delimita uma 
rede de condutilhos 
eferentes (rede de 
Haller). Envia septos que 
delimitam os lóbulos do 
testículo. 
Os lóbulos 
testiculares são 
constituídos pelos túbulos seminíferos e unem o testículo ao epidídimo. Possuem um tecido 
próprio (células espermatogênicas células de Sertoli de secreção exógena e células intersticiais 
de Leydig de secreção endócrina; testosterona) 
 
 
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Tubulos seminíferos – dutos 
aferentes(túbulos retos e rede 
testicular)- epidídimo(duto 
eferente, dutoepididimal) – duto 
deferente 
ORIGEM EMBRIONARIA: 
mesonefro embrionário, 
originário da proliferação e 
diferenciação do mesoderma 
intermédio; formando uma serie 
de cordões sólidos que adquirem 
luz e que também vão formar o 
sistema urogenital. Da parte 
medial do mesonefro (corpo de Wolf), origina a crista gonadal (estagio indiferenciado do sexo), 
ao redor da membrana cloacal, a partir de ai originasse o esboço do sexo do embrião de 
acorda com os níveis de testosterona produzidos por suas gônadas. Até o 9º mês o 
Gubernaculo ( ligamento fibroso) atua como guia retraindo o testículo, no abdômen junto aos 
rins até asbolsas escrotais. 
IRRIGAÇAO; artérias gônadais ou testiculares, rama da aorta abdominal 
 
FUNICULO ESPERMATICO: 
 1- Art testicular, art do duto 
deferente e art cremasterica 
 2- nervos: genitofemoral, 
abdomino genital 
 maior(cremaster), nervos 
simpáticos 
 3- duto deferente ou cordão 
espermatico 
 4- plexo venoso pampiniforme 
 5- vasos linfáticos 
 
 
 
 
 
 
ESCROTO-CAPAS: 
1. PELE; Fina e pregueada. No adulto 
tem folículo piloso e glândulas 
sudoriparas 
2. DARTOS lamina de fibras 
musculares lisas aderente à pele 
3. FASCIA ESPERMATICA EXTERNA 
túnica celular ou fascia de cooper, 
representa o tecido celular 
subcutaneo 
4. TUNICA MUSCULAR ERITROIDE 
(CREMASTER): musculo estriado, 
prolongação do obliquo interno. N- 
abdominogenital maior e plx lombar 
 
 
R o d r i g o S . A u g u s t o – M o r f o f u n c i o n a l ; E N V E L H E C I M E N T O 
 
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5. FASCIA ESPERMATICA INTERNA prolongação da fascia transversalis abdominal 
6. TUNICA VAGINAL; capa serosa aderente, em parte, a túnica albugínea 
 Os escrotos são pares e estão divididos por um sulco longitudinal medial também 
chamado de RAFE ESCROTAL. 
 
BEXIGA 
 
 
O trígono da bexiga, é uma região encontrada infero-posteriormente nesta víscera. 
Seus limites são os óstios ureterais(esquerdo e direito) e o óstio interno 
da uretra (inferiormente). Neste trígono a túnica mucosa é sempre lisa, mesmo quando a 
bexiga está vazia, porque a túnica mucosa sobre o trígono é firmemente aderida à túnica 
muscular adjacente; CONSTITUINDO O ESFINCTER VESICAL INTERNO. 
 
VESICULAS SEMINAIS 
Localiza-se na base da próstata, de forma par bilateral, atrás e inferior à bexiga e 
afrente do reto. Em disposição latero-medial e de cima p/ baixo. 
 Se une com o duto Deferente para formar o Duto Ejaculatorio 
 Secreta um muco viscoso que compõe o sêmen em 70% da sua totalidade, rico em 
Frutose 
IRRIGAÇAO: ART do duto deferente rama da vesical inferior, rama da ilíaca interna 
VEIA: plexo venoso da ilíaca interna Nervo- hipogástrico 
 
 
R o d r i g o S . A u g u s t o – M o r f o f u n c i o n a l ; E N V E L H E C I M E N T O 
 
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DUTO EJACULATORIO- Reuniao do ângulo da vesícula seminal c/ o duto deferente que 
se dirige adiante até a próstata desembocando por 2 ostios (esquerdo e direito) no Vero-
montanum 
 
PROSTATA 
Glândula fibro-muscular que adiciona secreção ao liquido seminal, a secreção servem 
para alcalinizar o PH do ejaculado 
Localiza-se na pelve inferior, sua base descansa sobre a bexiga onde é perfurado pela 
uretra superiormente, inferior a ela esta o DIAFRAGMA PELVICO, anteriormente esta a sínfise 
púbica e posteriormente o reto. 
 
 
 
 
 
 
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URETRA 
 Uretra Prostatica: penetra a próstata e recebe o liquido seminal Proveniente do 
UTRICULO PROSTATICO (ostio do duto ejaculatório) 
 Uretra membranosa: pequena porção de saída da próstata para penetrar 
posteriormente no corpo esponjoso peniano. Nela localiza-se as GLANDULAS PARA-
URETRAIS ou de COWPER, que lubrificam o canal uretral para a passagem do 
ejaculado. 
 Uretra esponjosa ou peniana; penetra o corpo esponjoso do pênis e abre-se na 
glande. 
 
DIAFRAGMA PELVICO 
Músculos que formam um assoalho e também atuam na tração e retração dos órgãos 
contidos São aqueles sustentam os órgãos da pelve, enquanto os músculos do diafragma 
urogenital exercem afunção de continência, de segurar a urina, as fezes. Atuando como uma 
unidade 
 
 
 
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PÊNIS 
Órgão copulador, localizado abaixo do púbis e acima das bolsas escrotais. Tem uma 
face superior ou dorso do pênis e uma face inferior ou escrotal. 
 Uma extremidade distal onde se localiza a glande com um tegumento circular 
chamado prepúcio e seu sulco (balano-prepucial). 
 Uma extremidade proximal ou raiz do pênis, onde se fixa se fixa, por baixo, na 
face inferior do púbis pelos corpos cavernosos, inferiores (2- DORSOLATERAL) 
 
 
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e o corpo esponjoso (1- MEDIOLATERAL), superior. Por cima, fixa-se na linha 
alba através do ligamento FUNDIFORME emais profundamente, partindo do 
púbis e derivado da fáscia do musculo obliquo externo; o LIG. SUSPENSOR DO 
PENIS, de tecido conjuntivo denso. 
 
 
O pênis também apresenta camadas: 
 PELE; fina e movil c/ glândulas sebáceas a nível do prepúcio 
 DARTOS; musc. liso que se estende até o colo do pênis 
 FASCIA SUPERFICIAL; celulosa com vasos sanguíneos superficiais 
 FASCIA PROFUNDA; fibroelastica c/ vasos profundos (art, veia e nervo dorsal do pênis 
e pudendo interno – entre os corpos cavernosos) 
 
RELFEXO: EREÇAO= PARA-SIMPATICO / EJACULAÇAO= SIMPATICO 
 
 
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ESQUELETO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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FISIOLOGIA 
AUDIÇÃO 
CONCEITOS 
Freqüência (ciclos por segundo ou 
Hertz) o ouvido humano – 20 a 20.000 Hz. 
Impedância (dificuldade para 
transmitir a onda sonora no meio); Meio 
sólido maior impedância. Meio gasoso 
menor impedância. oras podem caminhar 
diretamente através do ar do ouvido médio 
e chegar à cóclea pela janela oval. Essa 
situação, no entanto, causa perda de 15 a 
20 decibéis na sensibilidade auditiva— o 
equivalente à diminuição do nível médio de 
voz para um sussurro. 
O ouvido humano detecta variações de 
até 1 trilhão de vezes, por isso, a medida 
precisa ser feita por uma função 
logarítmica (dB). 
O aumento de 10x da intensidade = 1 
bel. Assim, 0,1 bel = 1 decibel. 1 decibel = 
aumento real de 1,26x da energia sonora 
(Watts por m2) O dB é uma medida relativa 
e não absoluta. 
Inicia no Meato acústico e termina no 
Tímpano. 
Atenuação do som pela contração dos 
músculos estapédio etensor do tímpano. 
Quando o sistema ossicular transmite 
sons de alta intensidade para o sistema 
nervoso central, há uma reação reflexa, 
após latência de aproximadamente 40 a 80 
milissegundos, que leva à contração dos 
músculos estapédio e tensor do tímpano. 
O músculo tensor do tímpano puxa o 
cabo do martelo para dentro e o músculo 
estapédio empurra o estribo para fora. A 
atuação dessas duas forças opostas causa o 
desenvolvimento de um alto grau de 
rigidez em todo o sistema ossicular, 
reduzindo acentuadamente a condução 
ossicular para sons de baixa freqüência, 
principalmente freqüências abaixo de 
1.000 ciclos por segundo. 
 
 
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Esse reflexo de atenuação pode reduzir a 
intensidade da transmissão sonora em até 
30 a 40 decibéis, que é aproximadamentea mesma diferença entre a voz alta e um 
murmúrio. 
Esse mecanismo tem 
provavelmente duas funções: 
1. Proteger a cóclea de vibrações lesivas, 
causadas por sons excessivamente altos. 
2. Mascarar os sons de baixa freqüência 
em ambientes ruído sos, isso comumente 
elimina grande parte do ruído de fundo e 
permite à pessoa concentrar sua atenção 
sobre os sons acima de 1.000 ciclos por 
segundo, faixa onde é transmitida a maior 
parte das informações pertinentes da 
comunicação verbal. 
Outra função dos músculos tensor 
do tímpano e estapédio é a diminuição da 
sensibilidade auditiva da pessoa à sua 
própria voz. Esse efeito é ativado por sinais 
colaterais transmitidos para esses 
músculos ao mesmo tempo que o cérebro 
ativa o mecanismo da voz. 
 
TRANSMISSÃO ÓSSEA DO SOM 
Pelo fato do ouvido interno, a 
cóclea, estar dentro de uma cavidade óssea 
do osso temporal, chamada labirinto 
ósseo, podem chegar à cóclea todas as 
vibrações da caixa craniana. Já outros 
ossos, mesmo sons muito altos não podem 
ser ouvidos através dos ossos, a menos que 
um aparelho eletromecânico especial para 
transmissão sonora seja aplicado 
diretamente ao osso. 
 
A CÓCLEA 
 
As vibrações sonoras penetram na 
rampa vestibular pela janela oval, devido 
às oscilações da base do estribo. A base do 
estribo cobre essa janela e está conectada 
às suas bordas por meio de ligamentos 
anulares bastante elásticos, o que 
possibilita fácil movimentação para fora e 
para dentro causada pelas vibrações 
sonoras. O movimento para dentro faz com 
que o líquido se movimente para o interior 
das rampas vestibular e média, enquanto o 
movimento para fora faz com que o líquido 
se desloque de volta. 
A membrana basilar e a 
ressonância no interior da cóclea. A 
membrana basilar é uma membrana 
fibrosa, que separa a rampa média da 
rampa timpânica. Ela contém 20.000 a 
30.000 fibras basilares que se projetam do 
centro ósseo da cóclea, o modiolo, para a 
parede externa. Essas fibras são estruturas 
elásticas, rígidas, de formato semelhante a 
uma palheta de instrumento de sopro. 
Suas extremidades basais estão fixadas na 
estrutura óssea central da cóclea (o 
modiolo); suas extremidades distais são 
livres e encaixadas na frouxa membrana 
basilar. Como as Fibras são rígidas e livres 
em uma extremidade, elas são capazes de 
vibrar como as palhetas de uma gaita. 
Os comprimentos das fibras 
basilares aumentam progressivamente, a 
partir da base, cm direção ao ápice, indo 
do comprimento aproximado de 0,04 mm 
nas proximidades das janelas oval e 
redonda, até 0,5 mm. no topo da cóclea, 
um aumento de aproximadamente 12 
vezes. 
Por outro lado, o diâmetro das 
fibras diminui da base até o helicotrema, 
de maneira que a rigidez total diminui por 
mais de 100 vezes. Como resultado disso, 
as fibras próximas à janela oval, por 
apresentarem rigidez elevada, irão vibrar 
com as freqüências altas, enquanto as 
fibras localizadas próximo ao topo da 
cóclea, por serem mais longas e menos 
rígidas, vibrarão com as baixas freqüências. 
Por esses motivos, a ressonância para as 
freqüências altas ocorre na base da cóclea, 
perto da janela oval, que c o local por onde 
entram as ondas sonoras. Por outro lado, 
para sons de baixa freqüência, a 
ressonância acontece nas proximidades do 
ápice. Isso se deve, principalmente, à 
menor rigidez das fibras basilares mas 
também é causada pelo aumento da 
"carga" que a quantidade extra de líquido 
exerce sobre a membrana basilar nas 
proximidades do ápice. 
Padrões de vibração da membrana 
basilar para diferentes freqüências 
sonoras. Cada onda se inicia relativamente 
fraca, mas torna-se forte quando atinge a 
região da membrana basilar cuja 
 
 
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freqüência própria de ressonância é igual à 
freqüência da respectiva onda sonora. 
Nesse ponto, a membrana basilar 
pode vibrar com tal facilidade que a 
energia da onda é completamente 
dissipada e, como consequência, a onda 
"morre" nesse local, não conseguindo 
caminhar ao longo do restante da 
membrana basilar. Então, uma onda de 
alta freqüência viaja ao longo da 
membrana basilar por uma distância muito 
curta, antes que atinja seu ponto de 
ressonância e morra; uma onda com 
freqüência média caminha por uma 
distância que corresponde à metade da 
extensão coclear, desaparecendo nesse 
local e, finalmente, uma onda sonora de 
frequência muito baixa viajará ao longo de 
toda a extensão da membrana basilar. 
Uma outra característica da onda 
viajante é que, na porção inicial da 
membrana basilar, ela caminha 
rapidamente, diminuindo 
progressivamente sua velocidade ã medida 
que vai percorrendo a extensão coclear. 
Isso se deve ao alto coeficiente de 
elasticidade das fibras basilares próximas 
ao estribo, que diminui progressivamente à 
medida que a distância aumenta. Essa 
transmissão inicialmente rápida da onda 
permite que sons de alta freqüência 
progridam por distância suficiente, ao 
longo da cóclea, para se distribuir 
separadamente uns dos outros sobre a 
membrana basilar. 
 Sem isso, todas as ondas sonoras 
de alta frequência estariam misturadas 
dentro do primeiro milímetro da 
membrana basilar, impedindo que as 
freqüências fossem discriminadas entre si. 
Padrão de amplitude de vibração 
da membrana basilar 
A amplitude máxima para 8.000 
ciclos ocorre próximo à base da cóclea 
enquanto que, para freqüências menores 
que 200 ciclos, a amplitude máxima se dá 
no topo da membrana basilar, perto do 
helicotrema, onde a rampa vestibular se 
comunica com a rampa timpânica. 
O principal método pelo qual as 
freqüências sonoras são discriminadas uma 
das outras, especialmente as acima de 200 
ciclos por segundo, é baseado no "local" de 
estimulação máxima das fibras nervosas do 
órgão de Corti, localizadas sobre a 
membrana basilar. 
 
FUNÇÃO DO ÓRGÃO DE CORTI 
O órgão de Corti, é o órgão 
receptor que gera os impulsos nervosos, 
em resposta à vibração da membrana 
basilar. 
 
 Observe que o órgão de Corti está 
localizado sobre as fibras basilares e a 
membrana basilar. O órgão de Corti 
mostrando particularmente as células 
dliadas e a membrana tectorial contra os 
cílios que se projetam. 
Os verdadeiros receptores 
sensoriais do órgão de Corti são dois tipos 
de células ciliadas: uma camada única de 
células ciliadas internas contendo 
aproximadamente 3.500 células, e três a 
quatro camadas de células ciliadas 
externas contendo cerca de 15.000 células 
com diâmetro reduzidos. As superfícies 
basais e laterais das células ciliares fazem 
sinapse com uma rede de terminações 
nervosas cocleares, que se dirigem para o 
gânglio espiral de Corti, localizado no 
modíolo (o centro) coclear. Do gânglio 
espiral saem os axônios que vão constituir 
o nervo coclear o qual se dirige para o 
sistema nervoso central na região bulbar 
superior. 
Excitação das células ciliadas. 
Observe que pequenos cílios, ou 
estereocilios, projetam-se das células 
ciliadas para cima e tocam ou penetram na 
cobertura gelatinosa da superfície da 
membrana tectorial, que se localiza na 
rampa média por cima dos estereocilios. 
Essas células ciliadas são semelhantes às 
 
 
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células ciliadas encontradas na mácula e 
nas cristas ampulares do aparelho 
vestibular. 
 A curvatura dos cílios em uma 
direção causa despolarização das células 
ciliadas; se a curvatura ocorrer na direção 
oposta, há hiperpolarização. 
Isso leva à excitação das fibras 
nervosas, dando início à cadeia de sinais 
centrípetos. 
 
A Fig. 52.8 ilustra o mecanismo pelo qual a 
vibração da membrana basilar excitaas 
terminações ciliares. As extremidades 
superiores das células ciliadas estão 
firmemente fixadas em uma estrutura 
rígida constituída por placa achatada, 
chamada lâmina reticular, a qual é 
sustentada por uma estrutura triangular 
denominada pilares de Corti que, por sua 
vez, estão firmemente acoplados às fibras 
basilares. Assim, as fibras basilares, os 
pilares de Corti e a lâmina reticular se 
movem em conjunto, como se fossem uma 
estrutura rígida. 
Quando a fibra basilar se move 
para cima, ela empurra a lâmina reticular 
para cima e para dentro e, quando a fibra 
basilar se move para fora, a lâmina 
reticular se desloca para baixo e para fora. 
A movimentação para dentro e para fora 
faz com que os cílios raspem contra a 
membrana tectorial ou, no caso das células 
ciliadas internas, cujos cílios não tocam 
necessariamente a membrana tectorial, 
causem a movimentação do líquido em 
uma ou outra direção, provocando o 
entortamento de seus cílios. Dessa 
maneira, qualquer que seja a vibração da 
membrana basilar, há excitação das células 
ciliares. 
Potenciais receptores das células ciliadas e 
excitação das fibras nervosas auditivas. Os 
estereocilios são estruturas rígidas porque 
cada um deles tem, internamente, uma 
rígida armação estrutural protéica. 
2. Cada célula ciliada possui cerca 
de 100 estereocilios sobre profundidade os 
potenciais elétricos gerados pelas células 
ciliares, é necessário que expliquemos um 
outro fenômeno elétrico, chamado 
potencial endococlear. A rampa média 
contém um líquido chamado endolinfa, 
enquanto as rampas vestibular e timpânica 
encerram em seu interior a perilinfa. As 
rampas vestibular e timpânica se 
comunicam diretamente com o espaço 
subaracnóideo, que circunda todo o 
sistema nervoso central, de modo que a 
composição da perilinfa é quase idêntica à 
do líquido cefalorraquidiano. Por outro 
lado, a endolinfa é um líquido 
completamente diferente secretado pela 
estria vascular, uma área altamente 
vascularizada, situada sobre a parede 
externa da rampa média. Na endolinfa a 
concentração de potássio é alta e a de 
sódio é baixa, exatamente o inverso do que 
ocorre na perilinfa. 
 Durante todo o tempo, há uma 
diferença de potencial elétrico da ordem 
de +80 mV entre a endolinfa e a perilinfa, 
com positividade da rampa média em 
relação às rampas vestibular e timpânica. 
Esse potencial é chamado potencial 
endococlear e acredita-se que ele seja 
gerado pelo transporte contínuo de íons 
potássio da perilinfa para a rampa média, 
por meio da estria vascular. 
Esse potencial é importante porque 
as pontas das células ciliares se projetam 
através da lâmina reticular e são banhadas 
pela endolinfa na rampa média, enquanto 
a perilinfa banha as superfícies basais das 
células ciliadas. Assim, as células ciladas 
têm um potencial intracelular negativo de 
aproximadamente -60 mV em relação a 
perilinfa, mas a diferença de potencial é da 
ordem de aproximadamente -140 mV em 
relação ã endolinfa nas membranas de suas 
superfícies superiores, onde os cílios se 
projetam para dentro da endolinfa. 
Admite-se que esse grande potencial 
 
 
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elétrico nas pontas dos estereocílios causa 
aumento acentuado da sensibilidade 
celular, aumentando a capacidade das 
células ciliadas de responder a sons de 
intensidade mínima. 
 
SENSAÇÕES VESTIBULARES E A 
MANUTENÇÃO DO EQUILÍBRIO 
 
O APARELHO VESTIBULAR 
 Ele é composto de um sistema de 
tubos ósseos e câmaras na porção petrosa 
do osso têmpora) chamada labirinto ósseo, 
e, dentro dele, um sistema de tubos 
membranosos e câmaras chamado 
labirinto membranoso, que é a parte 
funcional do aparelho. 
 
A parte superior da Fig. 55.9 
ilustra o labirinto membranoso; ele é 
composto principalmente pela cóclea, por 
três canais 
semicirculares e por duas grandes câmaras 
chamadas utrículo e sáculo. 
 A cóclea é a principal área 
sensorial para a audição, e não tem 
qualquer função no equilíbrio. 
No entanto, o utrículo os canais 
semicirculares e o sáculo são todos partes 
integrantes do mecanismo de equilíbrio. 
 
As máculas - os órgãos sensoriais 
do utrículo e do sáculopara a detecção da 
orientação da cabeça com relação à 
gravidade. Localizada sobre a superfície 
interna de cada utrículo e sáculo existe 
uma pequena área sensorial, com diâmetro 
ligeiramente maior que 2 mm, chamada 
mácula. A mácula do utrículo se situa 
principalmente no plano horizontal, sobre 
a superfície inferior do utrículo, e 
desempenha papel importante na 
determinação da orientação normal da 
cabeça, no que diz respeito à direção das 
forças gravitacionais e/ou de aceleração, 
quando uma pessoa está na posição ereta. 
A mácula do sáculo, por outro lado, 
está localizada principalmente em um 
plano vertical, sendo, portanto, importante 
no equilíbrio quando a pessoa está deitada. 
Cada mácula é coberta por uma 
camada gelatinosa onde estão embebidos 
muitos pequenos cristais de carbonato de 
cálcio chamados estatocônios (ou otolitos). 
Na mácula também estão 
localizadas milhares de células ciliares, uma 
das quais é ilustrada na Fig. 55.10, células 
estas que projetam seus cílios para o 
interior da camada gelatinosa. 
 
 As bases e as laterais das células 
ciliares fazem sinapse com terminações 
sensoriais do nervo vestibular. 
 
Sensibilidade direcional das células ciliares 
- os quinocílios. 
Cada célula ciliar tem, em média, 
50 a 70 pequenos cílios chamados 
estereocílios, além de um cílio muito 
grande chamado quinocílio, como ilustrado 
na Fig. 55.10. 
 
 
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O quinocílio está localizado sempre 
em um lado e os estereocílios diminuem 
progressivamente deste lado para o outro 
da célula. A conexão entre um estereocílio 
menor e o vizinho, mais longo, até que 
finalmente ocorra a conexão entre o maior 
estereocílio e o quinocílio é feita por 
ligações filamentosas muito finas, quase 
invisíveis mesmo à microscopia eletrônica. 
Devido a essas conexões, quando a 
parte pilosa dos estereocílios e do 
quinocílio são curvadas em direção a este 
último, as ligações filamentosas são 
esticadas uma após a outra, fazendo com 
que os estereocílios sejam puxados do 
corpo celular. Isso provoca a abertura de 
centenas de canais de íons sódio em cada 
membrana ciliar e grande quantidade 
desses íons positivos flui do meio que 
circunda a célula para o interior da mesma, 
levando a uma despolarização. Se, ao 
contrário, os cílios forem dobrados em 
direção oposta (afastando-se do 
quinocílio), a tensão das ligações diminui, 
provocando o fechamento dos canais e 
levando a uma hiperpolarizaçào. 
 
Em cada mácula, as diferentes 
células ciliares são orientadas em 
diferentes direções, de modo que algumas 
são estimuladas quando os cílios se 
dobram para a frente, outras quando os 
cílios se dobram para trás, algumas quando 
os cílos se dobram para um lado, e assim 
por diante, assim, para cada 
posição da cabeça. 
Os canais semicirculares: anterior, 
posterior e horizontal, estão dispostos em 
ângulos retos entre si, de modo que eles 
representam todos os três planos no 
espaço. 
Quando a cabeça se curva 
aproximadamente 30° para a frente, os 
canais semicirculares horizontais estão 
localizados em posição aproximadamente 
horizontal com relação à superfície da 
terra. Nessa situação, os canais anteriores 
ficam localizados em planos verticais que 
projetam para a frente e 45º para fora, e 
os canais posteriores estão também 
localizados em posição vertical mas 
projetam para trás e 45" para fora. Assim, 
o canal anterior de cadalado da cabeça 
está em plano paralelo ao canal posterior 
do lado oposto, enquanto os canais 
horizontais dos dois lados estão localizados 
aproximadamente no mesmo plano. 
Cada canal semicircular tem um 
alargamento em uma de suas 
extremidades chamado ampola, e contém 
em seu interior um líquido viscoso 
chamado endolinfa. O fluxo desse líquido 
de um dos canais para a ampola a excita da 
seguinte maneira: 
 
A Fig. 55.11 ilustra, em cada ampola, uma 
pequena crista chamada crista ampular. 
No topo dessa crista há uma massa 
gelatinosa, a cúpula. Quando a cabeça 
começa a rodar em qualquer direção, a 
inércia do líquido em um ou mais canais 
semicirculares faz com que o líquido 
 
 
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permaneça estacionário enquanto o canal 
semicircular gira juntamente com a cabeça. 
Isso provoca o fluxo do líquido do canal em 
direção à ampola, dobrando a cúpula para 
um lado, como ilustrado pela posição da 
cúpula sombreada na figura. 
A rotação da cabeça na direção 
oposta faz com que a cúpula se curve para 
o outro lado. 
As células ciliares localizadas ao 
longo da crista ampular projetam para o 
interior da cúpula centenas de cílios. 
Oquinocílio de cada uma dessas células 
ciliares está sempre dirigido para o mesmo 
lado da cúpula, como os outros, e a 
curvatura da cúpula naquela direção causa 
despolarização das células ciliares, 
enquanto a curvatura na direção oposta 
causará a hiperpolarização das células. 
Uma vez originados nas células ciliares, os 
sinais correspondentes são enviados, por 
meio do nervo vestibular, para informar o 
sistema nervoso central sobre as 
alterações da velocidade e da rotação da 
cabeça nos três diferentes planos espaciais. 
 
F UNÇÃO DO UTRÍCULO E DO SÁCULO NA 
MANUTENÇÃO DO EQUILÍBRIO ESTÁTICO 
O fato das diferentes células 
ciliares, localizadas nas máculas dos 
utrículos e sáculos, serem orientadas em 
todas as diferentes direções tem grande 
importância, uma vez que, em diferentes 
posições da cabeça, são estimuladas 
diferentes células ciliares. 
Os "padrões" de estimulação das 
diferentes células ciliares informam ao 
sistema nervoso a posição da cabeça em 
relação ao empuxo da gravidade. Por seu 
lado, os sistemas motores vestibular, 
cerebelar e reticular excitam de forma 
reflexa os músculos necessários à 
manutenção de um equilíbrio adequado. 
As máculas, especialmente as 
localizadas nos utrículos, funcionam de 
forma extremamente efetiva para a 
manutenção do equilíbrio quando a cabeça 
está em posição próxima à vertical. 
Detecção da aceleração linear pelas 
máculas. Quando o corpo é subitamente 
lançado para a frente - isto é, quando sofre 
uma aceleração -, os otolitos, que têm 
inércia maior que a dos líquidos 
circundantes, dobram para trás os cílios 
das células ciliares e a informação do 
desequilíbrio é enviada aos centros 
nervosos, fazendo com que a pessoa se 
sinta como se estivesse caindo para trás. 
Isto faz com que o indivíduo desloque, 
automaticamente, seu corpo para a frente 
até que o desvio dos otolitos, causado por 
esse movimento, equalize com exatidão a 
tendência dos otolitos de caírem para trás. 
Nesse ponto, o sistema nervoso detecta 
um estado adequado de equilíbrio e, 
portanto, deixa de haver o deslocamento 
do corpo para a frente. Então, o 
mecanismo pelo qual a mácula opera para 
manter o equilíbrio durante a aceleração 
linear é exatamente o mesmo utilizado por 
ela no equilíbrio estático. 
A mácula não opera para a 
detecção da velocidade linear. 
Quando os corredores iniciam a 
corrida, eles se curvam acentuadamente, 
para a frente, para evitar que caiam para 
trás, devido à aceleração, mas, uma vez 
que eles tenham alcançado a velocidade de 
corrida, não haveria mais a necessidade de 
manter o corpo curvado para a frente se 
eles estivessem correndo no vácuo. 
Correndo no ar, eles mantêm o 
corpo curvado para a frente para manter o 
equilíbrio devido apenas à resistência do ar 
contra seus corpos; nesta situação, não são 
as máculas que causam a curvatura do 
corpo, mas sim a ação da pressão do ar 
sobre os pressorreceptores existentes na 
pele, os quais iniciam os ajustes 
adequados do equilíbrio para evitar a 
queda. 
 
DETECÇÃO DA ROTAÇÃO DA 
CABEÇA PELOS CANAIS SEMICIRCULARES 
Quando a cabeça começa a girar 
subitamente em qualquer direção (isto é 
chamado de aceleração angular), a 
endolinfa dos canais semicirculares, devido 
à sua inércia, tende a permanecer 
estacionária enquanto os próprios canais 
estão se movendo. Isto provoca nos canais 
um fluxo relativo do líquido em direção 
oposta à rotação da cabeça. 
 
 
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Mesmo quando a cúpula está na 
sua posição de repouso, a célula ciliar 
emite uma descarga tônica com freqüência 
aproximada de 100 impulsos por segundo; 
(2) quando se faz a rotação do animal, os 
cílios curvam-se para um lado e a 
freqüência de descarga aumenta 
acentuadamente; e (3) com a continuidade 
da rotação, a descarga excessiva das 
células ciliares volta gradativamente ao 
nível de repouso dentro de 
aproximadamente 20 segundos. 
A razão para essa adaptação do 
receptor se deve ao fato de que, dentro de 
um segundo ou mais de rotação, a pressão 
da cúpula curvada para trás faz com que a 
endolinfa rode tão rapidamente quanto o 
próprio canal semicircular; a partir desse 
instante, dentro de mais 15 a 20 segundos, 
a cúpula retorna lentamente à sua posição 
de repouso no meio da ampola, devido à 
sua própria retração elástica. 
Quando ocorre parada abrupta da 
rotação, passam a acontecer efeitos 
exatamente opostos: a endolinfa continua 
a rodar enquanto os canais semicirculares 
param. Nesse momento, há uma distorção 
da cúpula na direção oposta, provocando a 
parada completa do disparo das células 
ciliares. Após alguns segundos, a endolinfa 
pára de se movimentar e a cúpula retorna 
progressivamente à sua posição de 
repouso dentro de aproximadamente 20 
segundos, permitindo que a descarga das 
células ciliares volte a seu nível tônico 
normal. 
Assim, o canal semicircular 
transmite um sinal de uma polaridade 
quando a cabeça começa a rodar e de 
polaridade oposta quando ela pára de 
rodar. Além disso, algumas células ciliares 
sempre respondem à rotação em qualquer 
plano - horizontal, sagital ou coronal -, uma 
vez que o movimento do líquido ocorrerá 
sempre em pelo menos um canal 
semicircular. 
Velocidade de aceleração angular 
necessária para estimular 
os canais semicirculares. No ser humano, a 
velocidade de aceleração angular 
necessária para estimular os canais 
semicirculares é, em média, de 1 grau por 
segundo. Em outras palavras, quando se 
começa a rodar, para que a pessoa seja 
capaz de detectar 
que a velocidade está aumentando, é 
necessário que a velocidade de rotação 
seja maior que 1 grau por segundo ao fim 
do primeiro segundo, 2 graus por segundo 
ao fim do segundo segundo. 3 graus por 
segundo ao fim do terceiro segundo, e 
assim por diante. 
Função "preditiva" dos canais 
semicirculares na manutenção do 
equilíbrio. A função dos canais não é 
manter o equilíbrio estático ou manter o 
equilíbrio durante a aceleração linear ou 
quando a pessoa está exposta a forças 
centrífugas constantes. Mais ainda, a perda 
da função dos canais semicirculares faz 
com que a pessoa tenha um equilíbrio 
precário quando tenta movimentos 
corporais rápidos e intricados. 
Se uma pessoa está correndo para 
a frente rapidamente e, súbito, começa a 
mudar de direção para um dos lados, ela se 
desequilibra após uma fração de segundo, 
a menos que sejam feitas correções 
apropriadas antes do tempo. Infelizmente,entretanto, a mácula do utrículo só é capaz 
de detectar que ela está desequilibrada 
após o desequilíbrio já ter acontecido. Por 
outro lado, os canais semicirculares já 
terão detectado que a pessoa está girando, 
e esta informação é facilmente capaz de 
alertar o sistema nervoso central para o 
fato de que a pessoa irá se desequilibrar 
dentro da próxima fração de segundo, ou 
em torno disso, a menos que alguma 
correção seja feita. Em outras palavras, o 
sistema de canais semicirculares prediz que 
o desequilíbrio irá ocorrer antes que ele 
realmente aconteça, o que faz com que os 
centros de equilíbrio promovam os ajustes 
preventivos adequados. Dessa forma, a 
pessoa não precisa perder o equilíbrio para 
que a correção da situação tenha início. 
A remoção dos lobos floculonodulares do 
cerebelo impede o funcionamento normal 
dos canais semicirculares, mas tem um 
efeito menor sobre o funcionamento dos 
receptores maculares É especialmente 
interessante, nesta conexão, o fato de que 
o cerebelo serve como um órgão 
 
 
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"preditivo" para a maior parte de outros 
movimentos corporais rápidos, bem como 
para os relacionados com o equilíbrio. 
 
 
TIREOIDE 
 
Síntese e Armazenamento de Hormônios 
nas Células Foliculares 
 A tireóide é a única glândula 
endócrina que acumula seu produto de 
secreção em quantidade apreciável. O 
armazenamento é feito no colóide. O 
colóide é constituído principalmente por 
uma glicoproteína denominada 
tireoglobulina, a qual contém os 
hormônios da tireóide T3 e T4. 
 A síntese e o acúmulo de 
hormônios ocorrem em quatro etapas: 
 A síntese de tireoglobulina, que se 
dá no reticulo endoplasmático 
granuloso, carboidrato é 
adicionado à proteína no interior 
das cisternas do retículo e no 
Complexo de Golgi e o produto 
final, a tireoglobulina, deixa o 
aparelho de Golgi no interior de 
vesículas que se dirigem para a 
porção apical da célula e liberam a 
tireoglobulina para o lúmen do 
folículo. 
 A captação de iodeto circulante é 
realizada por uma proteína situada 
na membrana basolateral das 
células foliculares que transporta 
dois íons simultaneamente em 
direções opostas. Esta proteína é 
chamada co-transportador de Na/I 
e traz para dentro da célula um íon 
iodeto ao mesmo tempo que 
coloca para fora um íon sódio. 
 O iodeto intracelular é oxidado 
por H2O2, em seguida é 
transportado para uma cavidade 
do folículo por um transportador 
de ânions. Um candidato a esse 
transporte é uma molécula 
chamada pendrina. 
 No interior do colóide ocorre 
iodação das moléculas de tirosina 
da tireoglobulina. Deste modo são 
produzidos T3 e T4,fazem parte de 
grandes moléculas de 
tireoglobulina. 
 
Liberação de T3 e T4 e Suas Ações no 
Organismo 
 As células foliculares da tireóide 
captam colóide por endocitose. O colóide é 
então digerido por enzimas lisossômicas e 
as ligações entre as porções iodinadas e o 
restante da molécula de tireoglobulina são 
quebradas por proteases. Desta maneira, 
T3, T4, diiodotirosina (DIT) e 
monoiodotirosina (MIT) são liberadas no 
citoplasma. T3 e T4 cruzam livremente a 
membrana basolateral da célula e se 
difundem até os capilares sanguíneos. MIT 
e DIT não são secretadas, seu iodo é 
removido enzimaticamente no citoplasma 
os produtos (iodo e tirosina) são usados de 
novo pelas células foliculares. T4 é mais 
abundante na tireóide (90%), porém T3 
exerce sua ação mais rapidamente e é mais 
potente. 
 
Controle da Produção de Hormônios 
Tireoidianos 
 Os principais reguladores são o 
teor de iodo no organismo e o hormônio 
tireotrópico (TSH ou tireotropina) 
secretado pela pars distalis da hipófise. 
 O TSH estimula a captação de 
iodeto circulante, produção e liberação de 
hormônios da tireóide, enquanto o iodo 
tem ação inibitória. Os hormônios 
tireoidianos circulantes, por sua vez, 
inibem a síntese do TSH, estabelecendo-se 
um equilíbrio. 
 
 
 
 
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