LOGÍSTICA E MERCADO DE TRABALHO - AULA 4

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Objetivos desta aula
Nesta aula, você irá:
- Identificar os impactos da mudança e da tecnologia no mundo corporativo;
- Conceituar capital intelectual;
- Diferenciar os conceitos de dado, informação e conhecimento;
- Conceituar conhecimento tácito e conhecimento explícito;
- Conceituar gestão do conhecimento.
- Identificar os diferentes métodos de transformação do conhecimento (Socialização, Externalização, Combinação e Internalização);
- Conceituar criatividade e inovação;
- Identificar as características das pessoas criativas;
- Identificar frases assassinas da criatividade;
- Identificar os diferentes métodos de desenvolvimento da criatividade.
Na aula 4, vamos refletir sobre importantes aspectos que estão presentes no dia a dia das empresas e que muitas vezes são negligenciados pelos gerentes. Temos falado, repetidamente, dos impactos das mudanças nas empresas e como elas precisam, frente a essa situação mercadológica, desenvolver novas formas de enfrentamento.
Obviamente, a área de Logística está incluída entre aquelas que mais tem se transformado e exigido dos profissionais uma profunda revisão no seu perfil profissional. Dentro desse enfoque, vamos trabalhar o tema gestão do conhecimento, criatividade e inovação. É importante destacar que todos esses aspectos sobre o qual vamos refletir têm como principal figura o ser humano com seu potencial e talento buscando novos caminhos para a sobrevivência e o desenvolvimento das empresas.
Nas aulas anteriores, refletimos sobre alguns pontos que vêm modificando a relação entre as empresas e as pessoas dentro de uma nova realidade que diferentes autores chamam de “quinta onda”,  a era do conhecimento ou, como alguns preferem, a era da sabedoria. Esse momento vem exigindo uma nova postura dos profissionais, já que constatamos que não existem as condições de emprego que existiam antigamente.
Sim, definitivamente o mundo do trabalho mudou, ou melhor, o mundo mudou e essa mudança vem impulsionada em progressão geométrica por aquilo que chamamos de “explosão tecnológica”. Como dissemos anteriormente, nunca a história da humanidade registrou um desenvolvimento com uma mudança tão acentuada e constante.
A aceleração é exponencial e, nos últimos 50 anos, é absolutamente alucinante. A tecnologia afeta nossas vidas em todos os pontos. O processo de globalização está apoiado nessa capacidade tecnológica que a humanidade adquiriu. Para que possamos melhor avaliar a quantas anda esse processo, diferentes autores vêm falando em uma “re-evolução” (a revolução dentro da evolução).  
O conhecimento sempre foi constitutivo da humanidade e inerente ao trabalho humano. Todas as formas de manifestação humana são determinações claras de sua aplicação e de suas consequências na sobrevivência e evolução do homem. Desde os primórdios da história da humanidade, desde os grandes descobridores navegantes que, com seus parcos conhecimentos, realizavam a façanha de sair de um determinado porto e chegar a outro, conseguindo, assim , alcançar o objetivo de seu trabalho, encontramos registros dessa aplicação do conhecimento.
Em outro momento marcante dessa evolução, a revolução industrial, a aplicação desse conhecimento trouxe uma total mudança dos padrões de vida pessoal e profissional. Finalmente, chegando aos dias de hoje, com a necessidade de desenvolvimento de novos modelos mentais e de aquisição de conhecimentos. Stewart (1998) afirma que as empresas que prosperavam eram detentoras de uma arma poderosíssima – o conhecimento.
Sim, esse era, segundo o autor, o mais valioso dos bens da empresa. Não eram seus ativos físicos ou financeiros, mas sim o seu capital intelectual, a soma do conhecimento de todos em uma empresa, que lhe proporciona vantagem competitiva.
Em seu livro Capital Intelectual: a nova vantagem diferencial das empresas, Stewart (1998) apresenta a seguinte explicação do conceito: Ao contrário dos ativos, com os quais empresários e contadores estão familiarizados – propriedade, fábricas, equipamento, dinheiro – o capital intelectual é intangível. É o conhecimento da força de trabalho: o treinamento e a intuição de uma equipe de químicos que descobre uma nova droga de bilhões de dólares ou o know-how de trabalhadores que apresentam milhares de formas diferentes para melhorar a eficácia de uma indústria. É a rede eletrônica que transporta informação na empresa à velocidade da luz, permitindo-lhe reagir ao mercado mais rápido que suas rivais. É a cooperação –  o aprendizado compartilhado  –  entre uma empresa e seus clientes que forja uma ligação entre eles, trazendo, com muita frequência, o cliente de volta.
Nessa explicação, fica evidente a importância e toda a discussão que se tem com relação ao tema “gestão do conhecimento” na realidade das empresas. Seja qual for a orientação conceitual do autor, japonesa ou americana, uma coisa fica evidente: diante do quadro enfrentado pelas empresas, em qualquer canto do mundo  e, obviamente, o Brasil tem que estar aí incluído, é necessário, e isso já vem ocorrendo, que as empresas, respeitando suas culturas e valores, busquem um modelo adequado de gestão do conhecimento.
O autor norte-americano Stewart, no ano de 1998, afirmou que o mais valioso dos ativos que as empresas modernamente possuem é o Capital Intelectual.
Mas o que é gestão do conhecimento?
Malhotra (1998),  no artigo intitulado "What is Knowledge Management?" (O que é gestão do conhecimento?), apresenta a seguinte definição: Uma visão, baseada no conhecimento dos processos de negócio da organização, para alavancar a capacidade de processamento de informações avançadas e tecnologias de comunicação, via translação da informação em ação por meio da criatividade e inovação dos seres humanos, para afetar a competência da organização e sua sobrevivência original em um crescente de imprevisibilidade.
A definição de gestão do conhecimento nos permite destacar dois pontos.
Primeiro, a realidade da organização que precisa preparar sua ambiência para a real  gestão do conhecimento, trabalhar os valores de sua cultura, pensar modelos de gestão de pessoas e estilos de liderança voltados para a aprendizagem, para o surgimento de novas ideias e o compartilhamento do poder que possibilite por parte das pessoas uma forma diferenciada e produtiva de viver essa realidade organizacional.
Segundo, buscar pessoas que tragam para a organização suas experiências, seus conhecimentos e suas atitudes que se coadunem com a realidade da organização e se transformem em diferenciais para o enfrentamento das mudanças tão amplamente discutidas neste texto.
Assim, podemos afirmar que a gestão do conhecimento tem a função de identificar de forma adequada os conhecimentos relevantes para o bom funcionamento do negócio e evitar que conhecimentos estranhos, não desejados, sejam introduzidos no desempenho das funções do negócio.
RESPOSTA CORRETA: 4
 CERTO!!
 CERTO!!