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A Controvérsia da Terapia Hormonal

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A Controvérsia da Terapia Hormonal - O que torna a prova confiável
O autor elabora um plano de ensino no qual orienta a discussão com os alunos de duas metodologias de estudo de caso para elaboração de pesquisas científicas. Os Estudos Observacionais e os Ensaios Controlados Randomizados.
O trabalho tem como assunto central a utilização de terapias hormonais para a substituição de hormônios, como o estrogênio, que decaem naturalmente após a menopausa e rua relação direta com a ocorrência de doenças como o infarto.
O texto aponta a diferença entre os resultados obtidos utilizando os Estudos Observacionais e os Ensaios Controlados Randomizados.
Um estudo utilizando a primeira metodologia chamada Estudo de Saúde das Enfermeiras, da década de 90, recomendava a utilização da reposição hormonal em mulheres após a menopausa, pois esta ajudaria a diminuir o risco de doenças cardíacas em cerca de 30 por cento, porém, um estudo de 2002 realizado pela Iniciativa Saúde da Mulher, utilizando a segunda metodologia relacionou a terapia hormonal com o aumento do risco destas doenças.
O texto orienta uma discussão com os alunos sobre as metodologias aplicadas e suas possíveis falhas e fontes de erro para justificar a grande diferença nos resultados, iniciando a argumentação dom os Estudos Observacionais.
O autor cita que como principal fonte de erro (fatores de confusão) na metodologia dos Estudos Observacionais para este caso específico que o estudo foca na ocorrência de doenças cardíacas em mulheres (Enfermeiras) que estavam utilizando a reposição hormonal, frente as que não estavam. O estudo não levou em conta diversos fatores que podem influenciar na ocorrência destas doenças, como a prática de exercício, renda familiar, grau de instrução, e outros fatores socioeconômicos.
Também são discutidas formas de se identificar e corrigir estes fatores de confusão como a inclusão de controles mais efetivos ou a aplicação de testes de falsificação, como a correlação do tratamento hormonal com resultados que não deveriam estar relacionados com este (diminuição de acidentes ou taxa de homicídios, por exemplo).
Após discutir sobre os Estudos Observacionais, o autor orienta a discussão com os alunos para os Ensaios Controlados Randomizados (RCTs). É explicado que a randomização do tratamento permite fazer uma avaliação do seu efeito sobre grupos de outro modo, sem ter que se preocupar com a confusão.
O estudo conduzido pela Iniciativa Saúde da Mulher encontrou um risco aumentado de doença cardiovascular, porém foi realizado em um grupo diferente de pessoas e foi realizado em mulheres pós-menopausa enquanto o primeiro foi realizado em mulheres que estavam fazendo o tratamento ao entrarem na menopausa e continuassem o tratamento pelo resto da vida.
Para finalizar, o autor pede que os alunos sejam conscientizados da importância do ceticismo quanto a resultados encontrados nas pesquisas disponíveis, ressaltando a importância dos Estudos Observacionais, mesmo que fundamentalmente limitados pela dificuldade de medir vários fatores simultaneamente, pois apresentam resultados de forma mais rápida e barata que os RCTs. Ressaltando que qualquer conhecimento é melhor que nenhum e nos ajudam a apontar uma direção para seguir com as pesquisas.

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