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Farmacologia - Aula 02 - Farmacocinética

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Farmacologia – Aula 02
Farmacocinética
FARMACOCINÉTICA
OBSERVAÇÃO
Para que um fármaco tenha efeito biológico, ele deverá estar na forma livre. Uma vez no sistema circulatório, ele se liga às proteínas plasmáticas (albumina e globulina), assim, ele não conseguirá sair da corrente sanguínea, não podendo ser metabolizado ou excretado.
CORRELAÇÕES ENTRE ABSORÇÃO, DISTRIBUIÇÃO, METABOLISMO E EXCREÇÃO DE UM FÁRMACO
	Fármacos vão agir em seus locais de ação, ser armazenados em tecidos (reservatórios tissulares) ou em locais de ação inesperadas. Podem se ligar à proteínas ou vir da biotransformação. A biotransformação pode dar origem a um fármaco livre ou a metabólitos que serão excretados.
TRANSPORTE DE FÁRMACOS ATRAVÉS DA MEMBRANA
	* Difusão passiva de um fármaco hidrossolúvel através de um poro ou canal aquoso
	* Difusão passiva de um fármaco lipossolúvel dissolvido na membrana
	* Transporte ativo do fármaco mediado por carregador
	* Endocitose e exocitose
DIFUSÃO ATRAVÉS DE MEMBRANA – IONIZAÇÃO DE ÁCIDOS FRACOS E BASES FRACAS
Cada fármaco possui um pKa, uma constante que indica o seu grau de ionização. Como a difusão lipídica depende de uma lipossolubilidade relativamente alta, a ionização das drogas pode reduzir muito a sua capacidade de permear as membranas (formas ionizadas não são absorvidas). Sendo assim, a forma que é mais absorvida é a forma não-ionizada ou protonada.
ÁCIDO FRACO
O fármaco que é um ácido fraco é melhor absorvido em meio ácido (pH<pKa) e é pouco absorvido em meio básico (pH>pKa)
HA H+ + A-
HA: forma não-ionizada/protonada/absorvida
A- : forma ionizada/não-protonada/não absorvida
BASE FRACA
O fármaco que é uma base fraca é melhor absorvido em meio básico (pH>pKa) e é pouco absorvido em meio ácido (pH<pKa)
B+ B + H+
BH+: forma não-ionizada/protonada/absorvida
B+: forma ionizada/não-protonada/não absorvida
Para determinar a quantidade de fármaco que será encontrada dentro e fora da membrana, deve-se usar a equação de Henderson-Hasselbalch (resumida):
 [protonada] = 10pKa – pH
[não-protonada]
FATORES FÍSICOS QUE INTERAGEM NA ABSORÇÃO DE FÁRMACOS
	* Fluxo de sangue no local de absorção
	* Área ou superfície disponível para absorção
	* Tempo de contato com a superfície de absorção
BIODISPONIBILIDADE: fração do fármaco administrado que alcança a circulação sistêmica.
Biodisponibilidade = quantidade de fármaco na circulação sistêmica
 quantidade de fármaco administrado
FATORES QUE INFLUENCIAM A BIODISPONIBILIDADE
	* Metabolismo de primeira passagem hepática
	* Instabilidade química do fármaco
	* Solubilidade do fármaco
	* Natureza de formulação do fármaco
BIOEQUIVALÊNCIA: dois fármacos relacionados são bioequivalentes se mostrarem biodisponibilidades comparáveis e tempos simulares para alcançar o pico de concentração plasmática.
DISTRIBUIÇÃO: processo pelo qual um fármaco, reversivelmente, abandona o leito vascular e adentra o interstício e/ou células dos tecidos.
MODELOS FARMACOCINÉTICOS
	* Antes da administração do fármaco – nada no corpo
	* Após a administração do fármaco – coração, pulmões, SN, etc.
	* Após a distribuição do fármaco – por todo o corpo (tecidos e órgãos)
VOLUME APARENTE DE DISTRIBUIÇÃO (VD): trata-se de volume APARENTE, pois alguns órgãos funcionam como reservatórios e depois de um tempo, o fármaco volta para a circulação.
VD (litros) = dose (mg)/concentração plasmática do fármaco (mg/l)
DISTRIBUIÇÃO
COMPLEXO DROGA-PROTEÍNA			DROGA LIVRE + PROTEÍNA
				 reversível		 AÇÃO FARMACOLÓGICA
							 BIOTRANSFORMAÇÃO
							 ELIMINAÇÃO
METABOLISMO
FÁRMACO FASE I FASE II
	 Oxidação		Produtos de conjugação
	 Redução e/ou
	 Hidrólise
* Alguns fármacos entram diretamente na Fase II de biotransformação
* Após a Fase I, o fármaco pode ser ativado (aumentando seu metabolismo), permanecer inalterado ou, com mais freqüência, ser inativado (diminuir seu metabolismo)
* O fármaco conjugado geralmente é inativo
METABOLISMO DE PRIMEIRA PASSAGEM: é a biotransformação hepática de um fármaco que foi absorvido pelo intestino (o fármaco é absorvido pelo intestino e só depois alcança o fígado e os demais sistemas). O fármaco não deve só passar pelo fígado, ele tem que ser metabolizado (o que depende do fármaco). Com isso, alguns fármacos podem induzir ou inibir a expressão gênica do citocromo P450.
DEPURAÇÃO (DP): parâmetro farmacocinético que limita mais significativamente o tempo de ação dos fármacos em seus alvos moleculares, células e orgânicos.
DP = metabolismo + excreção
 concentração do fármaco no plasma
EFEITO DO METABOLISMO DE FÁRMACOS NA REABSORÇÃO NO INTESTINO DELGADO
velocidade de excreção (VE) (mg/min.) = depuração (DP) (ml/min.) x concentração plasmática (mg/ml)
MEIA VIDA DE UM FÁRMACO (t ½): tempo durante o qual a concentração do fármaco no plasma diminui pela metade do seu valor original.
t ½ = 0,693 x volume aparente de distribuição (VD) (litros)
depuração (DP) (mg/ml)
FATORES QUE AFETAM A MEIA VIDA DE UM FÁRMACO: Envelhecimento, massa muscular, obesidade, etc.
DOSAGEM TERAPÊUTICA DE UM FÁRMACO
Procura manter a Concentração Plasmática Máxima (CPM) do fármaco abaixo da Concentração Tóxica (CT) e a Concentração Plasmática Mínima (CPMi) acima do Nível Plasmático Efetivo (NPE).
Obs.: No caso de uma dosagem terapêutica de um fármaco por via intravenosa, o fármaco precisa estar acima do NPE e abaixo do CT.
USO DA FARMACOCINÉTICA PARA O CÁLCULO DO INTERVALO POSOLÓGICO (MUITO IMPORTANTE)
F x D = Css x DP
 Ip
F – biodisponibilidade do fármaco (%)
D – dose do fármaco (mg)
Ip – intervalo posológico (horas)
Css – concentração no estado estável de equilíbrio dinâmico (mg/litro)
DP – depuração (ml/hora)

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