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SEPARAÇÃO JUDICIAL E DIVÓRCIO NO NOVO CPC

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SEPARAÇÃO JUDICIAL E DIVÓRCIO 
O referido parágrafo possuía a seguinte redação: “O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio, após prévia separação judicial por mais de um ano nos casos expressos em lei ou comprovada separação de fato por mais de dois anos.” 
Agora, ficou assim: “O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio.”
Como visto, toda e qualquer discussão acerca do lapso temporal para o divórcio restou não recepcionada pela nova disposição constitucional.
Enfim, qualquer pessoa casada poderá ingressar com pedido de divórcio consensual ou litigioso independentemente do tempo de separação judicial ou de fato. 
Além do mais, as pessoas que já se separaram podem ingressar, imediatamente, com o pedido de divórcio.
Assim, a EC 66/2010 teve dois grandes impactos sobre a matéria:
	a) a extinção da separação judicial ???
	b) a extinção da exigência de prazo de separação de fato para a dissolução do vínculo matrimonial.
DISSOLUÇÃO DA SOCIEDADE CONJUGAL
A sociedade conjugal dissolve-se pela morte de qualquer dos cônjuges, por decreto judicial de anulação ou de declaração de nulidade do casamento e pelo divórcio.
ASPECTOS PROCESSUAIS DO NOVO DIVÓRCIO
	Competência – pergunta-se: permanece em vigor a redação do art. 42 / 53, do NCPC?
(Competencia)
Há divergência doutrinária e jurisprudencial. 
Nelson Nery Jr. entende pela constitucionalidade da norma, entendendo, porém, que se trata de presunção iuris tantum de hipossuficiência da mulher, cabendo prova em sentido contrário pelo marido, através de exceção de incompetência. 
Por sua vez, Pablo Stolze Gagliano e Rodolfo Pamplona Filho entendem que é norma inconstitucional, não havendo como sempre se adotar critério simplista favorecendo uma das partes simplesmente por seu sexo.
Novo CPC dissipou essa divergencia
	Legitimidade 
Trata-se de ação personalíssima, sendo que somente no caso de incapacidade a ação poderá ser proposta pelo curador do incapaz, por ascendente ou irmão (CC 1.582).
	Petição inicial e documentos 
Exige-se, agora, somente a certidão de casamento e pacto antenupcial (se houver), vez que dispensada a exigência de lapso temporal e causa específica para a decretação do divórcio.
Caso haja bens e as partes estejam a pleitear a sua partilha, os documentos respectivos devem ser anexados.
Se houver questões atinentes aos filhos, as certidões de nascimento devem ser trazidas aos autos.
Afasta-se toda e qualquer discussão atinente a culpa.
No mais, obrigatoriamente, devem ser observados os requisitos do NCPC 319, com as devidas atualizações.
Rito processual 
a) consensual: realiza-se mediante pedido conjunto, observando as regras dos procedimentos de jurisdição voluntária; 
b) litigioso: realiza-se por pedido formulado por um dos cônjuges em face do outro, seguindo o procedimento ordinário.
	Tentativa de conciliação: aconselhável, mas não obrigatória.
	A resposta no divórcio litigioso 
O réu pode alegar, em regra, questões processuais, bem como questionar os efeitos colaterais do divórcio, como as questões atinentes a guarda dos filhos, uso do nome e divisão do patrimônio familiar.
Não há discussão sobre culpa ou sobre o divórcio em si.
	
Partilha de bens – pode ser postergada para momento posterior ao divórcio.
	Reconciliação – deixou de existir, sendo viável, somente, o novo casamento. Neste caso, devem ser observadas as regras de transição.
	Questões de direito intertemporal 
 Como fica a situação das pessoas “separadas judicialmente” ao tempo da promulgação ad EC 66/2010? 
As pessoas já separadas ao tempo da promulgação da Emenda não podem ser consideradas automaticamente divorciadas. 
Exige-se-lhes o necessário pedido de decretação do divórcio, para o que, por óbvio, não haveria mais a necessidade de cômputo de qualquer prazo.
DIVÓRCIO EXTRAJUDICIAL 
Permanece válido apenas quanto ao divórcio consensual, desde que o casal não tenha filhos menores ou incapazes.
Trata-se de faculdade atribuída às partes.
A escritura pública não necessita ser homologada judicialmente.
É necessária a presença de advogado.
O §3º prevê a gratuidade para aqueles que se declararem pobres.
INSERÇOES DO NOVO CPC
O Código de Processo civil inseriu no seu texto os aspectos processuais atinentes as ações de família conforme desigando em seus artigos 693 a 699 do NCPC, versando sobre a propositura a citaçõa e o transcurso desses processos. 
Das ações de Família
Art. 693.  As normas deste Capítulo aplicam-se aos processos contenciosos de divórcio, separação, reconhecimento e extinção de união estável, guarda, visitação e filiação.
Art. 694.  Nas ações de família, todos os esforços serão empreendidos para a solução consensual da controvérsia, devendo o juiz dispor do auxílio de profissionais de outras áreas de conhecimento para a mediação e conciliação.
Art. 695.  Recebida a petição inicial e, se for o caso, tomadas as providências referentes à tutela provisória, o juiz ordenará a citação do réu para comparecer à audiência de mediação e conciliação, observado o disposto no art. 694.
§ 1o O mandado de citação conterá apenas os dados necessários à audiência e deverá estar desacompanhado de cópia da petição inicial, assegurado ao réu o direito de examinar seu conteúdo a qualquer tempo.
§ 2o A citação ocorrerá com antecedência mínima de 15 (quinze) dias da data designada para a audiência.
§ 3o A citação será feita na pessoa do réu.
§ 4o Na audiência, as partes deverão estar acompanhadas de seus advogados ou de defensores públicos.
Art. 696.  A audiência de mediação e conciliação poderá dividir-se em tantas sessões quantas sejam necessárias para viabilizar a solução consensual, sem prejuízo de providências jurisdicionais para evitar o perecimento do direito.
Art. 697.  Não realizado o acordo, passarão a incidir, a partir de então, as normas do procedimento comum, observado o art. 335.
Art. 698.  Nas ações de família, o Ministério Público somente intervirá quando houver interesse de incapaz e deverá ser ouvido previamente à homologação de acordo.
Art. 699.  Quando o processo envolver discussão sobre fato relacionado a abuso ou a alienação parental, o juiz, ao tomar o depoimento do incapaz, deverá estar acompanhado por especialista.
Do Divórcio e da Separação Consensuais, da Extinção Consensual de União Estável e da Alteração do Regime de Bens do Matrimônio
O mesmo diploma legal, quer seja o NCPC, inclui nos procedimentos especiais de jurisdição voluntária os procedimentos de Divórcio e sepação consensuias e todas as demasi formas de extinção consensualda relação matrimonial, incluisve a alteração do regime dos bens matrimoniais previstas desde a promulgação do código civil de 2002
Art. 731.  A homologação do divórcio ou da separação consensuais, observados os requisitos legais, poderá ser requerida em petição assinada por ambos os cônjuges, da qual constarão:
I - as disposições relativas à descrição e à partilha dos bens comuns;
II - as disposições relativas à pensão alimentícia entre os cônjuges;
III - o acordo relativo à guarda dos filhos incapazes e ao regime de visitas; e
IV - o valor da contribuição para criar e educar os filhos.
Parágrafo único.  Se os cônjuges não acordarem sobre a partilha dos bens, far-se-á esta depois de homologado o divórcio, na forma estabelecida nos arts. 647 a 658.
Art. 732.  As disposições relativas ao processo de homologação judicial de divórcio ou de separação consensuais aplicam-se, no que couber, ao processo de homologação da extinção consensual de união estável.
Art. 733.  O divórcio consensual, a separação consensual e a extinção consensual de união estável, não havendo nascituro ou filhos incapazes e observados os requisitos legais, poderão ser realizados por escritura pública, da qual constarão as disposições de que trata o art. 731.
§ 1o A escritura não depende de homologação judicial e constitui título hábil para qualquer ato de registro, bem como para levantamento de importânciadepositada em instituições financeiras.
§ 2o O tabelião somente lavrará a escritura se os interessados estiverem assistidos por advogado ou por defensor público, cuja qualificação e assinatura constarão do ato notarial.
Art. 734.  A alteração do regime de bens do casamento, observados os requisitos legais, poderá ser requerida, motivadamente, em petição assinada por ambos os cônjuges, na qual serão expostas as razões que justificam a alteração, ressalvados os direitos de terceiros.
§ 1o Ao receber a petição inicial, o juiz determinará a intimação do Ministério Público e a publicação de edital que divulgue a pretendida alteração de bens, somente podendo decidir depois de decorrido o prazo de 30 (trinta) dias da publicação do edital.
§ 2o Os cônjuges, na petição inicial ou em petição avulsa, podem propor ao juiz meio alternativo de divulgação da alteração do regime de bens, a fim de resguardar direitos de terceiros.
§ 3o Após o trânsito em julgado da sentença, serão expedidos mandados de averbação aos cartórios de registro civil e de imóveis e, caso qualquer dos cônjuges seja empresário, ao Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins.

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