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Atlas Fotográfico da Morfologia Externa Geral e Desenvolvimento dos Insetos

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Prévia do material em texto

Fundação de Apoio À Escola Técnica do Estado do Rio de Janeiro 
Instituto Superior de Tecnologia de Paracambi 
Laboratório de Monitoramento Ambiental 
 
 
 
ATLAS FOTOGRÁFICO DA 
MORFOLOGIA EXTERNA GERAL 
E DESENVOLVIMENTO DOS INSETOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Franziska Huber 
Juliana de C. Nascimento 
Fundação de Apoio À Escola Técnica do Estado do Rio de Janeiro 
Instituto Superior de Tecnologia de Paracambi 
Laboratório de Monitoramento Ambiental 
 
 
 
 
 
ATLAS FOTOGRÁFICO DA 
MORFOLOGIA EXTERNA GERAL 
E DESENVOLVIMENTO DOS INSETOS 
 
 
 
 
 
 
Franziska Huber 
Juliana de C. Nascimento 
 
 
 
Paracambi 
2012 
SUMÁRIO 
 
PREFÁCIO...........................................................................................................................1 
 
MORFOLOGIA EXTERNA 
Cabeça...................................................................................................................................4 
 Olhos Compostos e Ocelos...............................................................................................5 
 Antenas ............................................................................................................................7 
 Tipos de Antenas..............................................................................................................8 
 Aparelho Bucal...............................................................................................................18 
 Tipos de Aparelhos Bucais.............................................................................................20 
Tórax....................................................................................................................................27 
 Pernas.............................................................................................................................29 
 Tipos de Pernas..............................................................................................................30 
 Estruturas no Pré-tarso...................................................................................................39 
 Asas................................................................................................................................41 
 Tipos de Asas.................................................................................................................42 
 Estruturas de Acoplamento............................................................................................48 
Abdômen.............................................................................................................................50 
 Tipos de Abdomens........................................................................................................51 
 Apêndices Abdominais...................................................................................................54 
 
DESENVOLVIMENTO 
Desenvolvimento Embrionário..........................................................................................57 
Desenvolvimento Pós-embrionário...................................................................................61 
 Tipos de Metamorfoses..................................................................................................62 
 Tipos de Larvas..............................................................................................................68 
 Tipos de Pupas................................................................................................................73 
 
BIBLIOGRAFIA................................................................................................................78 
  1
Prefácio 
 
O Atlas da Morfologia Externa Geral e Desenvolvimento dos Insetos surgiu da 
necessidade de oferecer um material didático para os alunos do curso de entomologia do 
curso de Gestão Ambiental do Instituto Superior de Tecnologia de Paracambi. O material 
até então disponível geralmente era baseado em desenhos, que, embora possuam grande 
valor científico e também didático, não permitiam a visualização da apresentação real da 
morfologia, tal qual ocorre nos registros fotográficos. Muitas vezes o aluno deseja estudar 
a morfologia em casa e não pode fazê-lo com o devido aproveitamento, pois os insetos 
possuem pequeno tamanho. Assim sendo, quando o estudo é baseado em desenhos e 
esquemas e o estudante se confronta com a realidade, ocorrem frequentemente falhas e 
erros na correta identificação das estruturas anatômicas. Desta forma, o Atlas visa suprir a 
esta dificuldade. 
Por outro lado há muitas pessoas interessadas no estudo dos insetos, e que não 
possuem acesso a um laboratório equipado, nem a uma coleção entomológica didática, nas 
quais possam fazer as observações necessárias. O Atlas também visa atender a esta 
demanda. 
Justificada a necessidade e conveniência da elaboração do presente trabalho fica a 
esclarecer sua forma de elaboração. 
A maioria dos insetos fotografados neste livro pertence à coleção entomológica 
didática desta instituição. Um ou outro espécime foi capturado, especificamente para ser 
fotografado para este trabalho. 
O conteúdo foi escolhido seguindo os assuntos abordados e estudados na aula de 
Entomologia Geral do IST - Paracambi. A ordem de apresentação dos tópicos segue a 
observação do inseto, iniciando pela cabeça, tórax, pernas, asas e abdômen. Em cada item 
são também abordados os principais anexos pertencentes a estas regiões anatômicas. Como 
é um atlas da morfologia externa geral, anexos ou particularidades específicas, 
pertencentes a certas famílias em especial não foram registrados ou abordados. Foram 
considerados os caracteres morfológicos principais que são examinados na hora de 
classificar certa espécie como sendo pertencente a uma dada ordem de insetos ou a outra. 
Quanto aos caracteres morfolóicos externos das formas imaturas, foram coletados 
ovos, ninfas ou larvas e pupas para serem fotografadas. Em alguns casos os ovos ou 
ootecas coletadas foram acompanhadas em laboratório, para registro das ninfas e/ou larvas 
  2
em seus primeiros estágios. Posteriormente muitos destes indivíduos foram criados em 
laboratório, acompanhando-se seu desenvolvimento, para o devido registro fotográfico. 
Nestes casos, após as fotografias, os insetos foram devolvidos ao ambiente natural, onde os 
ovos haviam sido encontrados. 
 
 
 
 
  3
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Morfologia Externa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
  4
Cabeça 
 
Na cabeça dos insetos (Figura 1) são encontradas as principais estruturas sensitivas 
como as antenas, olhos e ocelos. Também está localizado na cabeça o aparelho bucal, ao 
qual se associam os palpos, também com função de olfato e gustativa. Os olhos compostos 
permitem a visão dos insetos, formando imagens semelhantes às que o olho humano 
visualiza já os ocelos fazem o registro da intensidade da luminosidade, porém não formam 
imagens. As antenas podem possuir função de percepção de olfato, audição, tato e 
gustação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1. Vista lateral da cabeça de esperança, Orthoptera, Família 
Tettigoniidae. 
  5
Olhos Compostos e Ocelos 
 
Descrição morfológica: Os olhos compostos (Figura 2) são assim denominados pois 
formam-se pelo conjunto de Omatídios, que é a unidade sensível à luz. A imagem 
percebida pelo inseto é a imagem agrupada pelas informações coletadas por cada 
Omatídio. Nos insetos diurnos o olho composto forma uma imagem-mosaico,fornecendo 
a cada omatídio um ponto desta imagem, já nos insetos noturnos a imagem formada é 
similar à percebida pelo olho humano. O comprimento de ondas percebidos pelos insetos 
varia de 25400 a 7000Ǻ, enquanto o olho humano registra comprimentos de onda de 4000 
a 8000 Ǻ. 
Função: Percepção de cores, formas e movimentos. Alguns insetos são capazes de 
reconhecer formas, mesmo quando em rápido movimento. 
Os olhos compostos estão presentes em quase todas as formas adultas de insetos 
diurnos e noturnos. Algumas ordens que não possuem olhos compostos: Phityraptera 
(piolhos, apenas a subordem Anoplura possui um Omatídeo, não havendo assim olhos 
compostos), Siphonaptera (Pulgas), Isoptera (cupins) - olhos compostos apenas nas formas 
reprodutivas (aladas) e ausentes nas operárias. 
 
Figura 2. Olhos compostos e ocelos de Hemiptera, Família 
Reduviidae. 
  6
Os ocelos ou olhos simples (Figura 2 e 3), encontrados em muitos insetos, 
correspondem de certa forma a um só omatídio e fornecem apenas informações sobre claro 
ou escuro, sendo muito sensíveis à variação luminosa. Não formam imagens, nem 
reconhecem formas. Geralmente estão presentes em número de três, situados no vértice da 
cabeça. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 3. Ocelos e olhos compostos em Hemiptera, subordem 
Homoptera. Nome comum: Cigarra. 
  7
Antenas 
 
As antenas inserem-se numa célula especial denominada antenífero (Figura 4). 
O primeiro segmento das antenas é denominado escapo, o segundo pedicelo e os 
demais de flagelo. Cada segmento individual da antena é denominado de antenômero. Os 
números, disposição e formato variam de acordo com as diferentes ordens de insetos, 
sendo possível a classificação de 18 tipos gerais. 
Algumas ordens de insetos possuem um tipo de antena característico, como 
Odonata (libélulas) cujos representantes possuem antena setácea. Já as espécies 
pertencentes à ordem Coleoptera (besouros) possuem uma grande variedade de tipos de 
antenas, de acordo com a família e espécie estudadas. 
Função: Tato, audição, olfato e gustativa, variando de acordo com as ordens. 
 
 
 
 
 
Figura 4. Antenífero de uma abelha, ordem Hymenoptera. 
  8
Tipos de Antenas 
 
Aristada - A antena possui apenas três segmentos, o escapo, pedicelo e o flagelo composto 
por um antenômero. No flagelo está presente a arista, que é uma cerda (pelo). Esta cerda 
pode ser simples (arista nua) ou apresentar pêlos em menor (arista pilosa) ou maior 
quantidade (arista plumosa) (Figura 5). Insetos da ordem Diptera, subordem Cyclorrapha 
(moscas), possuem este tipo de antena. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 5. Antena aristada de uma mosca. 
Gênero Ornidia da ordem Diptera. 
  9
Claviforme - Os segmentos finais da antena aumentam gradualmente de tamanho, 
apresentando o formato de clava (Figura 6). Se o aumento do tamanho dos antenômeros 
distais ocorrer de forma brusca, denomina-se a antena de capitada (ver antena composta, 
figura 7). Ordens que apresentam este tipo de antena: Lepidoptera (Borboletas), 
Coleoptera (Besouros). 
 
 
 
Composta - A antena é considerada composta quando apresenta a combinação da antena 
geniculada e um outro tipo. Na Figura 7 pode ser vista a antena geniculo-capitada. 
Observa-se esta antena em insetos da ordem Coleoptera (Besouros). 
 
 
Figura 6. Antena clavada de uma borboleta, 
ordem Lepidoptera.
Figura 7. Antena geniculo-capitada de um 
besouro, ordem Coleoptera.
  10
Estiliforme - O segmento distal da antena possui um formato menor, lembrando um 
estilete ou digitiforme (Figura 8). A antena estiliforme está presente nas ordens Diptera, 
Família Tabanidae (mutucas) e Lepidoptera, família Sphingidae (mariposas). 
 
 
 
Furcada - Os antenômeros do flagelo formam dois ramos, lembrando a letra Y (Figura 9). 
Esta antena é encontrada na ordem Diptera (Tabanidae - mutucas). 
 
 
 
 
 
Figura 8. Antena estiliforme de uma mutuca. 
Ordem Diptera. 
Figura 9. Antena furcada em mutuca. Ordem 
Diptera. 
  11
Flabelada - Os artículos possuem expansões laterais longas e em formatos de lâminas ou 
folhas (Figuras 10 e 11). Esta antena ocorre em insetos da ordem Coleoptera (Besouros). 
 
 
 
 
 
 
Figura 10. Antena flabelada em um besouro. 
Ordem Coleoptera.
Figura 11. Antena flabelada em besouro. 
Ordem Coleoptera.
  12
Filiforme - Todos os antenômeros possuem aproximadamente o mesmo tamanho, sendo 
geralmente alongados ou cilíndricos (Figuras 12 e 13). Encontrada nas ordens: Blattodea 
(Baratas), Orthoptera (Gafanhotos, Esperanças), Dermaptera (Tesourinha). 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 12. Antena filiforme em uma 
barata Periplaneta americana (Blattodea). 
Figura 13. Antena filiforme em uma tesourinha. 
Ordem Dermaptera.
  13
Geniculada - Na antena geniculada o escapo possui o tamanho mais longo que os demais 
segmentos. Os segmentos que compõem o pedicelo e flagelo geralmente apresentam-se 
dobrados em ângulo em relação ao escapo (Figura 14). Observada nas ordens: 
Hymenoptera (Formigas, Abelhas, Mamangava, Vespas, etc), Coleoptera (Besouros). 
 
 
 
 
Imbricada - Artículos em forma de taças, sendo que a base insere-se no meio do ápice do 
artículo anterior (Figura 15). Esta antena ocorre na ordem Coleoptera (Besouros). 
 
 
 
 
Figura 14. Antena geniculada em uma abelha. 
Ordem Hymenoptera
Figura 15. Antena imbricada em besouro. 
Ordem Coleoptera.
  14
Lamelada - Na antena lamelada, os três segmentos finais apresentam-se aumentados, 
formando Lâminas arredondadas ou ovaladas (Figura 16). É encontrada nas ordens: 
Coleoptera (Besouros). 
 
 
 
 
Moniliforme - Os antenômeros apresentam formato arredondado, todos de tamanhos 
similares, lembrando um colar de pérolas ou de contas (Figura 17). Ocorre nas ordens: 
Isoptera (cupins), Coleoptera (Besouros). 
 
 
Figura 17. Antena moniliforme em cupim. Ordem 
Isoptera. 
Figura 16. Antena lamelada em besouro. Ordem 
Coleoptera. 
  15
Pectinada - Os artículos possuem expansões uni ou bilaterais (bipectinada), longas e 
relativamente finas, dando à antena o aspecto de pente (Figura 18). Ocorre em insetos da 
ordem Lepidoptera (Mariposas, principalmente nos machos). 
 
 
 
 
Plumosa - É uma antena similar à filiforme, mas apresentam-se diversos pelos longos em 
cada antenômero, dando à antena o aspecto de uma pluma (Figura 19). Encontrada em 
Diptera, Subordem Nematocera (antena dos mosquitos machos). 
 
 
 
 
Figura 19. Antena plumosa em mosquito. Ordem 
Diptera. 
Figura 18. Antena pectinada em mariposa. 
Ordem Lepidoptera.
  16
Setácea - Os antenômeros da antena diminuem gradativamente de tamanho e diâmetro à 
medida que se distanciam da base (Figuras 20 e 21). Observada na ordem Odonata 
(Libélulas). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 20. Antena setácea em libélula. Ordem 
Odonata. 
Figura 21. Antena setácea em libélula. Ordem 
Odonata. 
  17
Serreada - Os artículos possuem formato ligeiramente pontiagudo, formando o aspecto 
dos dentes de uma serra. Este aspecto pode ser de ambos os lados (biserreada) ou de uma 
borda apenas (Serreada) (Figura 22). Ordens: Coleoptera (Besouros), Família Buprestidae. 
 
 
 
Figura 22. Antena serreada em besouro. Ordem 
Coleoptera. 
  18
Aparelho Bucal 
 
Os insetos possuem aparelho bucal externo, sendo denominados assim de 
ectognatos. Há grande variedade nas conformações morfológicas dos aparelhos bucais, 
dependendo dos hábitos alimentares e adaptações evolutivasdas ordens. 
O aparelho bucal pode ser classificado em dois tipos básicos: Mastigador ou 
mandibulado, como ocorre nas baratas e besouros, e sugador ou haustelado, como ocorre 
nos mosquitos e percevejos. 
O aparelho bucal mastigador (Figura 23) é considerado o mais antigo, do ponto de 
vista evolutivo. Em estudos de morfologia ele é considerado a base para a identificação das 
peças bucais. 
O aparelho bucal é composto pelas seguintes peças: um labro ou lábio superior, 
duas mandíbulas, duas maxilas, a hipofaringe e o lábio inferior. O labro insere-se abaixo 
do clípeo e possui em sua superfície áreas com receptores gustativos. O labro possui a 
função de manter os alimentos dentro da cavidade pré-oral. 
 
 
 
Figura 23. Aparelho bucal de barata. Ordem Blattodea.
  19
As mandíbulas são sempre pareadas, laterais ao labro, articulando-se num plano 
transversal. Possuem a função mastigar, triturar, cortar, moer e transportar. Nos aparelhos 
bucais adaptados a sugar e picar, a mandíbula exerce a função de perfurar as superfícies. 
Também possui função de defesa. 
As maxilas são duas peças auxiliares das mandíbulas durante a alimentação. Podem 
auxiliar na trituração de alimentos, possuírem função tátil e gustativa. Em insetos 
Sugadores podem ter função perfuradora. 
A hipofaringe está inserida junto ao lábio, possui função gustativa e tátil. Em sua 
face ventral abre-se o ducto salivar. A hipofaringe ajuda a misturar a saliva no bolo 
alimentar, bem como, por sua movimentação auxilia a levar o alimento para a abertura 
bucal até a faringe, possibilitando assim a ingestão. 
O lábio inferior é uma peça única que delimita o aparelho bucal na face inferior. 
Possui função tátil e de retenção de alimentos. 
Associados às maxilas e aos lábios encontram-se estruturas móveis e sensitivas, 
denominadas de palpos maxilares e palpos labiais, respectivamente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
  20
Tipos de Aparelhos Bucais 
 
Aparelho Bucal Sugador maxilar - O labro é de tamanho extremamente reduzido e as 
mandíbulas e lábio apresentam-se atrofiadas ou ausentes. Já as Maxilas são modificadas, 
apresentando-se longas e ajustando-se uma à outra, formando em seu meio um canal, pelo 
qual o inseto suga o alimento, como, por exemplo, o néctar das flores, no caso das 
borboletas. Este tipo de aparelho bucal modificado é denominado de espirotromba, sendo 
que as maxilas modificadas recebem a denominação de gáleas (Figura 24). Ordens: 
Lepidoptera (borboletas e mariposas). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 24. Aparelho bucal de borboleta. Ordem 
Lepidoptera. 
  21
Aparelho Bucal Mastigador - O aparelho bucal mastigador é composto pelo labro, duas 
mandíbulas, duas maxilas, hipofaringe, epifaringe e lábio (Figuras 23, 25 e 26). As 
estruturas apresentam conformação adequada para mastigar, cortar e triturar, conforme foi 
descrito na apresentação geral do aparelho bucal. Ordens: Coleoptera, Orthoptera, 
Mantodea, Blattodea, Isoptera, Dermaptera, Lepidoptera, Phasmatodea, Odonata, etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 25. Aparelho bucal de serra pau. Ordem 
Coleoptera. 
Figura 26. Aparelho bucal de besouro. Ordem 
Coleoptera. 
  22
Aparelho Bucal Lambedor - O labro e as mandíbulas apresentam-se normais, sendo que 
as mandíbulas são utilizadas para cortar, mastigar ou moldar cera. As maxilas e o lábio são 
alongados e unidos formando um órgão lambedor adequado para a ingestão de líquidos. O 
lábio termina com uma dilatação, denominado de flabelo, sendo esta a estrutura que 
permite ‘lamber’ os líquidos (Figuras 27 e 28). O néctar é ingerido pela ação combinada da 
sucção e da "língua" que se move para cima e para baixo. Ordens: Hymenoptera (abelhas e 
mamangavas). 
 
 
 
 
Figura 27. Aparelho bucal de 
mamangava (Hymenoptera).
Figura 28. Aparelho bucal de 
mamangava (Hymenoptera). 
  23
Aparelho Bucal Sugador labial 
 
Diqueta: O aparelho bucal possui dois estiletes. É encontrado nos dípteros 
superiores (Cyclorrapha) com peças perfuradoras, como a mosca-dos-estábulos, Stomoxys 
calcitrans. Neste exemplo a peça pungitiva é o lábio; os estiletes delgados são 
representados pelo labro e pela hipofaringe, que se alojam em um sulco dorsal do lábio; 
este possui a extremidade formada por duas pequenas placas duras, as labelas, guarnecidas 
com dentes. Na figura 29 está ilustrado o aparelho bucal sugador labial, porém não 
perfurador da mosca doméstica. Neste caso o lábio possui lobos laterais e está adaptada a 
lamber e sugar o alimento liquefeito. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 29. Aparelho bucal de 
mosca doméstica. Ordem 
Diptera.
  24
Triqueta: O aparelho bucal triqueta apresenta três estiletes. Nas pulgas 
(Siphonaptera) um dos estiletes é formado pela fusão da epifaringe com o labro e os outros 
dois são oriundos do par de mandíbulas modificadas, denominadas de lacínias, que são as 
únicas peças perfurantes. Estão presentes um par de maxilas e palpos maxilares, 
hipofaringe muito reduzida, e lábio e palpos labiais (Figura 30). Este tipo de aparelho 
também é encontrado nos piolhos (Phitiraptera) e Tripes (ordem Thysanoptera), porém 
com algumas modificações em relação às pulgas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 30. Aparelho bucal de pulga Rhynchopsyllus 
pulex. Ordem Siphonaptera.
  25
Tetraqueta: O aparelho bucal sugador labial tetraqueta possui quatro estiletes, 
compostos pelas mandíbulas e maxilas. É o aparelho bucal encontrado nos percevejos, 
cigarras, cigarrinhas e pulgões (Hemiptera). O lábio modificado é denominado de rostro ou 
bico (Figura 31), sendo segmentado, dobrando-se para cima durante a penetração dos 
estiletes. Encobertas pelo lábio estão as maxilas que possuem em suas faces internas 
ranhuras que, quando justapostas formam um canal alimentar e um canal salivar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 31. Aparelho bucal de barbeiro, ordem 
Hemiptera. Note que pode ser visto apenas o lábio, já 
que os estiletes estão encobertos por este.
  26
Hexaqueta: As duas maxilas e mandíbulas, a epifaringe e a hipofaringe são 
modificadas em formato de estilete. O labro é pouco desenvolvido, enquanto que o lábio 
possui formato alongado e tubular, denominado de haustelo, rostro ou bico, e aloja os 
demais estiletes. O lábio não possui função picadora. A sucção é feita pelas mandíbulas, 
epifaringe e hipofaringe. As maxilas possuem as extremidades serreadas e assumem a 
função de perfuração. Na figura 32 pode ser visto o aparelho bucal de uma mutuca. Na 
figura 33 o mesmo aparelho bucal é apresentado em maior aproximação. 
 
 
 
 
 
 
Figura 33. Aparelho bucal de mutuca. Ordem 
Diptera. 
Figura 32. Aparelho 
bucal de mutuca. 
Ordem Diptera.
  27
Tórax 
 
No tórax localizam-se os apêndices locomotores dos insetos. Assim sendo estão 
presentes as pernas e as asas, quando houver. 
O tórax é formado por 3 segmentos, denominados, considerando a posição 
horizontal – ou seja, cranial a caudal: protórax, mesotorax e metatórax. 
Cada segmento possui a inserção de um par de pernas, além de apresentarem ou 
não asas no mesotorax e metatórax. Quando o inseto possui apenas um par de asas, como 
ocorre da ordem Diptera, então é o par mesotoracico que está presente, enquanto que o par 
metatoracico está atrofiado, formando estruturas denominadas balancins ou halteres. Os 
machos de Strepsiptera apresentam os pseudo-halteres, que são as asas mesotorácicas 
reduzidas e possuem as asas metatorácicas membranosas, bem desenvolvidas,e com 
poucas nervuras. 
São denominados de escleritos as placas de quitina, constituintes dos segmentos 
torácicos e abdominais. 
A denominação dos escleritos segundo sua posição anatômica vertical, designa a 
região dorsal, lateral e ventral dos insetos. 
Assim sendo noto ou tergo designa a região dorsal, pleura – a região lateral e 
esterno - a região ventral. 
 Na Figura 34 podem ser visualizadas as regiões torácicas. 
A combinação dos nomes permite designar regiões anatômicas do tórax dos insetos. 
Ex: Pronotum = região dorsal do protórax; mesopleura = região lateral do mesotórax e 
metaesterno = região ventral do metatórax. 
No tórax podem ser encontradas duas aberturas alongadas, uma localizada entre 
protórax e mesotorax e outra entre o mesotorax e metatórax. Estas aberturas são os 
espiráculos, comunicações externas do sistema respiratório do inseto (Figura 35). 
  28
 
 
 
 
 
Figura 35. Espiráculos no tórax de uma mosca. Ordem Diptera. 
Figura 34. Regiões torácicas de uma mosca. Ordem Diptera. 
  29
Pernas 
 
No estado adulto os insetos apresentam três pares de pernas. Além da locomoção, as 
pernas são também usadas para escavar o solo, coletar alimentos, capturar presas, entre 
outras adaptações, de acordo com o habitat e hábitos alimentares da espécie. 
São nomeados pelo menos cinco segmentos distintos nas pernas. Nomeando-os do 
segmento proximal ao distal: coxa, trocanter, fêmur, tíbia, tarso e pré-tarso. O tarso pode 
ser composto de um a cinco segmentos, denominados de tarsômeros. O pré-tarso (também 
chamado de pós-tarso) é composto por estruturas adicionais, de defesa ou auxiliares na 
locomoção, tais as unhas/ garras, pulvilo e arólio (estruturas adesivas que permitem ao 
inseto locomover-se sobre superfícies lisas). 
Na Figura 36 podem ser visualizados os diferentes segmentos anatômicos de uma 
perna de Hemiptera (percevejo). É o tipo de perna denominado ambulatorial, que é a 
conformação morfológica mais simples. 
 
 
 
 
Figura 36. Perna ambulatorial de percevejo. Ordem Hemiptera. 
  30
Tipos de Pernas 
 
Ambulatória - As pernas Ambulatoriais não apresentam qualquer modificação em 
quaisquer de suas partes. São adaptadas para andar ou correr (Figuras 36 e 37). Ordens: 
Blattodea, Diptera, Coleoptera, Hymenoptera (Família Formicidae = formigas), Isoptera, 
entre outras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 37. Pernas ambulatoriais de barata. 
Ordem Blattodea.
  31
Adesiva - Os tarsômeros apresentam-se aumentados e com pelos em sua superfície ventral, 
formando uma estrutura com função de ventosa. Esta adaptação está presente em machos 
de algumas espécies de besouros aquáticos e permite a fixação do macho sobre a fêmea na 
hora da cópula (Figuras 38 e 39). Ordens: Coleoptera (besouros aquáticos). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 39. Vista ventral da perna adesiva de 
besouro aquático. Ordem Coleoptera.
Figura 38. Vista dorsal da perna adesiva de 
besouro aquático. Ordem Coleoptera.
  32
Coletora - O primeiro tarsômero (basitarso) e a tíbia apresentam-se mais largos e 
achatados latero-lateralmente, com pelos alongados nas margens, formando uma estrutura 
similar a uma cestinha, denominada corbícula (Figura 40). Ordens: Hymenoptera. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 40. Vista lateral do basitarso 
e da tíbia na perna de uma abelha 
(Hymenoptera). 
  33
Escansorial - Este tipo de pernas está presente apenas em espécies da ordem Phitiraptera, 
que são os piolhos. A tíbia e os Tarsos possuem adaptações adequadas a agarrar os pelos e 
penas de animais parasitados. O último segmento tarsal forma a garra tarsal, que, em 
conjunto com a expansão presente na tíbia permite a fixação do piolho (Figura 41). 
Ordens: Phitiraptera 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 41. Vista ventral de um piolho 
humano. Montagem feita em bálsamo 
do Canadá. A seta indica a garra 
tarsal. 
  34
Fossorial - A perna fossorial está presente em insetos com hábitos de escavar a terra, ou 
seja, hábitos subterrâneos. Todos os segmentos da perna são modificados alargados, 
permitindo assim remover melhor a terra escavada. Esta adaptação geralmente está 
presente apenas no par de pernas protorácico (Figura 42). Ordens: Orthoptera, família 
Grillotalpidae (Paquinhas), Hemiptera, subordem Homoptera – cigarras, na forma imatura, 
Coleoptera. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 42. Perna fossorial de paquinha. Ordem 
Orthoptera. 
  35
Natatória - Fêmur, tíbia e tarsos achatados e com presença de pelos nas margens. Os pêlos 
possuem a função de auxiliar na locomoção na água, uma vez que potencializam a 
remoção do volume de água, quando movimentados para trás. Esta adaptação é mais 
evidente no par de pernas metatorácico. Ordens: Hemiptera (percevejos aquáticos, Figura 
43), Coleoptera – besouros aquáticos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 43. Perna natatória de barata d´água. 
Ordem Hemiptera. 
  36
Prensora - No par de pernas protorácico o fêmur é bastante desenvolvido e possui 
um sulco no qual a tíbia, mais fina, pode ser encaixada (Figura 44). Esta adaptação está 
presente em insetos predadores, barata da água (Hemiptera) e permite que as presas sejam 
agarradas e prensadas entre fêmur e tíbia, permitindo assim a alimentação. Nota-se que 
para permitir maior mobilidade a coxa apresenta tamanho aumentado e alongado, o que 
nos exemplos anteriores não ocorria. Ordem: Hemiptera (barata d’água). OBS: embora o 
nome popular deste predador seja barata d’água, ela não pertence à Blattodea e sim à 
ordem Hemiptera. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 44. Perna prensora de barata d´água. 
Ordem Hemiptera. 
  37
Raptorial - Esta adaptação morfológica está presente em insetos predadores da ordem 
Mantodea (louva-deus) (Figura 45). A coxa apresenta-se alongada, o trocânter curto, o 
fêmur é bem desenvolvido com numerosos espinhos em sua face ventral, articulando-se 
com a tíbia que igualmente apresenta espinhos na face ventral. Forma-se assim a 
possibilidade de captura de outros insetos ou invertebrados que conseguem ser agarrados e 
imobilizados. Ordem: Mantodea (louva deus). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 45. Pernas raptoriais de louva-
deus. Ordem Mantodea. 
  38
Saltatória - Na perna saltatória o fêmur apresenta-se bem desenvolvido e largo, 
possibilitando o desenvolvimento de uma potente musculatura, permitindo ao inseto 
possuir força suficiente para a realização de saltos (Figura 46). Ordens: Orthoptera 
(gafanhotos, grilos, esperanças, etc.) e Siphonaptera (pulgas). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 46. Perna saltatória de gafanhoto. Ordem 
Orthoptera. 
  39
Estruturas no Pré-tarso 
 
O Pré-tarso, ou pós-tarso, dependendo do ponto de vista do autor, é o último 
segmento da perna e pode ser composto por garras, unhas, pulvilos e/ ou arólio (Figura 49). 
 Geralmente estas estruturas auxiliam os insetos na fixação ou a andar sobre 
determinadas superfícies. Ex: Pulvilos (Figura 47) – em moscas – permitem andar em 
superfícies verticais lisas. Já as garras (Figura 48) permitem andar melhor sobre superfícies 
ásperas. 
 
 
 
 Figura 48. Vista dorsal de garras de mutuca (Diptera). Abaixo podem ser vistos os pulvilos 
(nas laterais) e o arólio (entre as garras). 
Figura 47. Vista ventral de pulvilode uma mosca. 
Ordem Diptera.
  40
 
 
 
 
Outras adaptações evolutivas presentes nas pernas: Estrutura auditiva - Tímpano. 
 
O tímpano é composto por uma membrana, localizada na tíbia de alguns insetos. 
Possui em sua superfície células nervosas que registram a vibração do ar gerada por ondas 
sonoras. O funcionamento é similar ao que ocorre na membrana timpânica do ouvido 
humano. Assim sendo fica possível ao inseto perceber determinados sons, de acordo com 
sua faixa de sensibilidade. Na Figura 50 pode ser visto o tímpano presente na tíbia da perna 
protoraxica de uma esperança (orthoptera). 
   
 
 
Figura 49. Vista frontal do pós-tarso de mutuca 
(Diptera). Podem ser vistos as garras e abaixo 
destas os pulvilos. Entre as garras o arólio. 
Figura 50. Tímpano presente 
na perna protorácica de 
esperança (Orthoptera). 
  41
Asas 
 
As asas dos insetos são inseridas no tórax na região entre o noto e a pleura. Nos 
insetos com dois pares de asas estas se localizam no mesotórax e metatórax. Na ordem 
Diptera o par de asas do mesotórax é funcional enquanto o par metatorácico é atrofiado. 
As asas estão presentes apenas em insetos adultos e são estruturas sólidas que 
podem apresentar algumas adaptações específicas, de acordo com a ordem do inseto 
estudado. 
Geralmente as asas possuem venações (nervuras ou veias), que são canais pelos 
quais passa a hemolinfa (líquido equivalente ao sangue) que leva os nutrientes às células. 
A hemolinfa também possui algumas funções auxiliares nos movimentos das asas por 
exercer pressão hidráulica nas venações. Assim ela auxilia na abertura das asas, quando o 
inseto está recém-saído da pupa ou no desdobrar de asas, como ocorre nos besouros, cujas 
asas metatorácicas ficam dobradas sob o par mesotorácico. 
As venações também possuem função de sustentação, dando rigidez às asas 
membranosas. O conhecimento da nomenclatura das venações e de sua morfologia 
apresenta importância na taxonomia dos insetos. 
Na Figura 51 está mostrada uma asa membranosa de Musca domestica (Diptera), 
onde podem ser visualizadas as seis veias principais: costal, subcostal, radial, medial ou 
mediana, cúbito e anal. 
As asas dos insetos variam grandemente em estrutura, número, aspecto da venação, 
e forma como são mantidos pelo inseto quando em repouso, podendo ter como 
classificação básica a sua constituição, conforme descrito em maiores detalhes a seguir. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
  42
Tipos de Asas 
 
Membranosas 
 
São consideradas o tipo mais primitivo de asas. São asas finas e flexíveis, com as 
nervuras bem distintas. A maioria dos insetos possui o par posterior de asas desse tipo ou 
ambos os pares do tipo membranoso. Ex: Lepidoptera, Hymenoptera, Diptera, Odonata, 
etc. 
 
  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 51. Asa membranosa de mosca domestica (Diptera). Note que a 
nervura radial sofre ramificação, formando a radial 1 e 2.
  43
Podem estar presentes estruturas nas asas membranosas, como os pelos (Figura 53) 
e escamas (Figura 52). Notadamente as escamas possuem colorações diversas, originando 
o colorido das asas de mariposas e borboletas (Lepidoptera). 
 
  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 53. Pelos presentes na asa de mosca 
doméstica. Nota-se a presença de pelos finos e 
minúsculos na superfície da asa, enquanto nas 
margens há pelos mais grossos e resistentes 
(cerdas). 
Figura 52. Escamas na asa de uma mariposa 
(Lepidoptera) 
  44
Tégminas 
 
As tégminas são asas de aspecto pergaminhoso ou coriáceo e normalmente são 
estreitas e alongadas. Podem ter variadas colorações, dependendo da espécie e ordem do 
inseto. Nas tégminas é possível identificar algumas das principais venações. As tégminas 
possuem certa função de proteção do tórax e abdômen do inseto, além de possibilitarem a 
camuflagem, quando o inseto apresenta a cor do meio ambiente no qual normalmente vive. 
Ex: A cor esverdeada da Esperança (Orthoptera), cor verde e formato de folha das 
tégminas do louva-deus (Matodea). Ex: Asas mesotorácicas de gafanhotos (Orthoptera), 
louva-deus (Mantodea) e baratas (Blattodea - Figura 54). 
 
 
Figura 54. Tégminas de barata Pycnocelis surinamensis. Ordem Blattodea. 
Note a presença de venações.
  45
Hemiélitro 
 
O hemiélitro (Figura 55) é uma asa que apresenta na parte basal um aspecto e 
consistência coriáceos, e a parte apical membranosa, onde se nota facilmente as nervuras. 
Quando o inseto está em repouso, ele dobra os hemiéitros sobre as asas membranosas 
(metatorácicas), que são mais sensíveis, protegendo a estas. Ex: Asas mesotorácicas de 
percevejos (Hemiptera). 
 
 
Figura 55. Hemielitros de percevejo. Ordem Hemiptera. Note a 
parte basal mais espessa e escura e a parte distal membranosa. 
  46
Élitros 
 
Os élitros (Figura 56) são asas duras, resistentes, que servem de proteção do inseto 
contra choques mecânicos, predação e atritos com materiais durante a locomoção (ex: 
insetos que escavam túneis). Sob os élitros ficam dobrados e protegidos as asas 
metatorácicas, que sempre são membranosas. Os élitros não participam ativamente no vôo, 
eles são abertos, liberando as asas metatorácicas membranosas, que são as responsáveis 
pelo vôo do inseto. Ex: Asas anteriores de Coleoptera (besouros) e Dermaptera 
(tesourinha). 
 
  
 
 
 
Figura 56. Élitro de besouro (Coleptera). Note que abaixo do élitro está 
a asa membranosa dobrada. A seta indica uma das asas membranosas 
parcialmente desdobradas e expostas. A asa membranosa geralmente é 
maior que o élitro. 
  47
Balancins ou halteres 
 
Os Balancins ou Halteres (Figura 57) são o segundo par de asas atrofiadas, e 
ocorrem apenas na ordem Diptera, que compreende, entre outros insetos, as moscas e 
mosquitos. Possuem função de estabilizar o vôo, dando equilíbrio ao inseto. 
 
  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 57. Balancin presente em uma mosca (ordem Diptera). 
  48
Estruturas de Acoplamento 
 
As estruturas de acoplamento podem estar presentes nos insetos com dois pares de 
asas membranosas, como representantes de Lepidoptera e Hymenoptera. Estas estruturas 
permitem sincronizar o bater das asas meso e metatorácico, fazendo com que elas 
funcionem como se fossem apenas uma, batendo ao mesmo tempo. 
 
Frênulo e Retináculo 
O frênulo e retináculo (Figura 58) estão presentes em muitas espécies de mariposas. 
O frênulo consiste em uma cerda (pelo longo e resistente) que surge da margem cranial da 
asa metatorácica e se encaixa no retináculo, uma pequena projeção ou dobra presente na 
face ventral da asa mesotorácica. O frênulo pode ser composto por mais de uma cerda e o 
retináculo pode ser composto por um tufo de cerdas, com a mesma função da 
anteriormente descrita. 
 
 
 
 
Figura 58. Vista ventral da asa de uma mariposa (Lepidoptera). A seta indica 
o frênulo, inserido na asa posterior e o retináculo, presente na asa anterior. 
  49
Hâmmulus 
Os hâmmulus (Figura 59 e 60) são pequenos ganchos presentes na margem costal 
da asa posterior e se prendem à margem anal da asa anterior. Este mecanismo de 
acoplamento está presente, por exemplo, em abelhas e mamangavas (Hymenoptera). 
 
  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 60. Hâmmulus na borda cranial da asa 
metatorácica de abelha (Hymenoptera). Para 
melhor visualização a asa mesotoráxica foi 
removida. 
Figura 59. União entre as asas meso e 
metatorácicas por meio de hâmmulus em abelha 
(Hymenoptera). 
  50
Abdômen 
 
O abdômen é geralmente alongado e cilíndrico, caracterizadopela segmentação 
típica e ausência geral de apêndice locomotores. Geralmente é composto de 11 a 12 
segmentos, sendo os segmentos terminais modificados para cópula, postura de ovos ou 
com estruturas de defesa. 
Ao longo do lado inferior do tórax e abdome há pequenas aberturas, os estigmas ou 
respiráculos, ligados ao sistema respiratório. 
Quanto à denominação das placas quitinizadas (escleritos) que compõe o abdômen, 
aqueles localizados na face dorsal são os tergitos e aqueles na face ventral são 
denominados de estérnitos. 
Na lateral os tergitos são unidos aos estérnitos por tegumento membranoso o que 
possibilita a dilatação do abdômen durante a alimentação. 
O abdômen pode ser classificado de acordo com a forma pela qual se une ao tórax. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
  51
Tipos de Abdomens 
Abdômen Séssil - O Abdômen séssil ocorre na maioria dos insetos, e o abdome liga-se ao 
tórax em toda a sua largura. Não há qualquer tipo de constrição ou cintura entre o abdômen 
e o tórax. Ordens: Orthoptera, Coleoptera, Hemiptera (Figura 61), Blattodea (Figura 62) 
entre outras. 
 
  
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 62. Vista dorsal de indivíduo juvenil de 
barata (Blattodea). Note a ausência de cintura ou 
constrição entre tórax e abdômen. 
Figura 61. Vista dorsal de cigarra. Ordem 
Hemiptera. 
  52
Abdômen Livre - O abdômen é considerado livre quando aparece na união do abdome 
com o tórax, uma constrição mais ou menos pronunciada. Ordens: Lepidoptera, Odonata 
(Figura 63), Diptera (Figura 64). 
 
  
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 64. Abdômen livre de mosca. Ordem 
Diptera. 
Figura 63. Abdômen livre de libélula. Ordem 
Odonata. 
  53
Abdômen Pedunculado - No abdômen pedunculado (Figuras 65 e 66) a ligação ao tórax é 
feita através de uma constrição pronunciada em forma de pecíolo. Ordem: Hymenoptera 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 66. Abdômen pedunculado de vespa 
(Hymenoptera). 
Figura 65. Abdômen pedunculado de formiga 
(Hymenoptera). Note a constrição formando um 
pecíolo. 
  54
Apêndices Abdominais 
 
Os apêndices abdominais podem estar presentes no estágio de larva, como ocorre, 
por exemplo, com as lagartas (Lepidoptera) que apresentam pernas abdominais (falsas 
pernas) ou nos estágios adultos. Assim sendo podem estar presentes cercos, estilos, 
ovopositor e/ou ferrão. 
As baratas apresentam cercos que são estruturas multisegmentadas com função 
olfativa e, nos machos, além dos cercos há dois apêndices curtos unisegmentados que 
recebem o nome de estilos (Figura 67). 
Em Dermaptera (tesourinha) os cercos possuem função de defesa (Figura 68).  
 
  
 
 
  
 
Figura 68. Os cercos de tesourinha (ordem 
Dermaptera) possuem função de defesa.
Figura 67. Apêndices abdominais de barata 
(ordem Blattodea). Nas laterais estão os cercos, 
sendo multisegmentados. As estruturas mais finas 
são os estilos. 
  55
Nas fêmeas pode haver presença do ovopositor (Figura 69) – uma adaptação dos 
últimos segmentos abdominais, que facilita a postura de ovos ou a presença de ferrão 
(Figura 70), que é uma adaptação do ovopositor, modificado para a defesa.  
 
  
 
 
  
 
 
 
 
 
 
Figura 70. Ferrão de formiga. Ordem 
Hymenoptera. 
Figura 69. Ovopositor de esperança. 
Ordem Orthoptera.
  56
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desenvolvimento 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
  57
O desenvolvimento dos insetos engloba o crescimento no tamanho e a mudança na 
forma, e se divide em desenvolvimento embrionário e pós-embrionário. 
 
Desenvolvimento Embrionário 
A maioria das espécies de insetos reproduz-se pela postura de ovos, sendo que 
apenas alguns realizam viviparidade de ninfas (ex: pulgões, família Aphidae) ou larvas (ex: 
moscas da família Sarcophagidae). 
Os ovos podem ter diversos aspectos, geralmente arredondados ou ovalados. Podem 
ser postos isoladamente, ou em grupos (Figura 71), soltos ou aderidos ao substrato (Figura 
72). 
Podem ainda ser protegidos por secreções mucosas (Figura 73), pegajosas ou 
membranas que endurecem em contato com o ar, formando uma cápsula chamada de 
ooteca (Figuras 74 e 75). 
Para facilitar a saída da larva ou ninfa, os ovos de algumas espécies possuem uma 
área de fragilidade denominada de opérculo (Figuras 76 e 77). Nas espécies em que o 
opérculo não está presente a larva ou a ninfa pode eclodir ao mastigar a parede do ovo ou 
ao se expandir, forçando a parede do ovo (Figura 78). 
 
 
  Figura 71. Ovos de percevejo. Ordem Hemiptera. 
  58
 
 
 
 
 
 
Figura 72. Ovos de borboleta aderidas à folha. Ordem 
Lepidoptera. 
Figura 73. Acima à esquerda: ovos de 
hemíptera envoltos por substância pegajosa. 
Acima à direita: Ovos de hemíptera abertos. O 
mecanismo de abertura dos ovos assemelha-se 
a rolhas. Ao lado: hemíptera recém eclodido do 
ovo. 
  59
 
 
 
Figura 75. Ooteca de barata. Ordem Blattodea. 
Figura 74. Acima: ooteca de louva-deus (ordem 
Mantódea). Abaixo: ninfa recém eclodida. 
  60
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 78. Ovo de borboleta com embrião (à esquerda), e 
vazio (à direita), onde é possível ver as marcas de 
rompimento feitas pela lagarta ao eclodir. 
Figura 77. À esquerda: ovos de hemíptera postos em grupo. O primeiro ovo da 
fileira ainda possui conteúdo, os demais estão vazios. À direita: detalhe do opérculo. 
Figura 76. Ovos de hemíptera vazios. 
  61
Desenvolvimento Pós-embrionário 
 
Compreende a fase entre a eclosão do ovo e a chegada do inseto à fase adulta. 
 Durante o crescimento o inseto sofre mudanças graduais em seu organismo. A 
ecdise é o principal mecanismo de transformação, onde entre cada estágio de crescimento 
ocorre a geração de uma nova cutícula, e a perda da cutícula velha. A cutícula que é 
descartada a cada ecdise se chama exúvia (Figura 79), e o período entre uma ecdise e outra 
é denominado instar. Dessa forma o corpo do animal aumenta de tamanho e pode mudar de 
forma, passando por uma metamorfose. Os indivíduos jovens são chamados de ninfas ou 
larvas (dependendo do seu tipo de desenvolvimento) e podem passar por diversas ecdises 
até atingir o estágio adulto (Figura 80). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 80. À esquerda: Ninfa de gafanhoto (ordem Orthoptera). Nota-se o 
comprimento da asa, que deixa o abdômen à mostra. No meio: Exúvia da última 
ecdise da ninfa do gafanhoto. À direita: Gafanhoto em sua forma adulta com 
tamanho maior em relação à ninfa, com coloração diferente e asas totalmente 
formadas. 
Figura 79. Exúvia de cigarra. Ordem Hemiptera. 
  62
Tipos de Metamorfose 
 
O desenvolvimento pode ocorrer sem metamorfose (ametabolia), e com 
metamorfose, porém, sempre há ecdise, possibilitando o aumento de tamanho do corpo. A 
maioria dos insetos sofre metamorfose e tal mudança se dá de maneira gradual 
(hemimetabolia) ou drástica (holometabolia). 
 
Ametabolia 
 
Consiste no desenvolvimento do inseto, sem a presença da metamorfose. O inseto 
jovem apresenta-se idêntico ao indivíduo adulto, a única exceção é o menor tamanho e 
ausência de capacidade reprodutiva, pela imaturidade dos órgãos reprodutores. 
Reproduzem-se por ametabolia insetos das ordens Thysanura (traças), e a 
superfamília Aphidoidea, da ordem Sternorrhyncha (pulgões), por exemplo. 
Na figura 81 podem ser vistos pulgões de diversas idades. Note que adultos e 
jovens possuem a mesma morfologia externa, diferenciando-se apenas pelo tamanho. 
 
 
 
 
 
Figura 81.Ninfas e adultos de pulgão. Ordem Sternorrhyncha. 
  63
Hemimetabolia 
 
É também denominada de metamorfose parcial. A ninfa é muito parecida com o 
adulto, porém possui tamanho menor, coloração diferente, ausência de asas e aparelho 
reprodutor imaturo. As características da forma adulta surgem progressivamente a cada 
ecdise (Figura 83). Um exemplo disso são as asas, que têm sua formação iniciada nas 
ecdises próximas à fase adulta, pelas tecas alares (Figura 84). 
Fazem desenvolvimento por hemimetabolia as ordens: Odonata, Blattodea, 
Isoptera, Mantodea, Dermaptera, Orthoptera, Phasmatodea, Anoplura, Heteroptera. 
Nas figuras de 82 a 86 podem ser visualizados os estágios evolutivos de um 
percevejo (ordem Hemiptera), do ovo ao adulto. 
 
 
 
 
 
 Figura 83. Ninfa de percevejo e exúvia da sua 
primeira ecdise. 
Figura 82. Á esquerda: ovos de percevejo (ordem Hemíptera) onde é possível 
observar os olhos das ninfas quase prontas para eclodirem. À direita: ninfa de 
percevejo recém eclodida do ovo. 
  64
 
 
 
 
Figura 86. Forma adulta de percevejo. As asas são 
completamente desenvolvidas e cobrem o abdômen. 
Figura 84. Ninfas de percevejo. Nota-se a 
ausência de asas. 
Figura 85. Ninfa de percevejo. 
Neste instar já é possível observar 
a formação das asas através da 
presença das tecas alares. 
  65
Holometabolia 
 
É a metamorfose completa, onde ocorrem as fases de ovo, larva, pupa e adulto. 
Os jovens são chamados larvas, e não ninfas, pois quando eclodem do ovo são 
completamente diferentes da sua forma adulta. Esta é a primeira fase pós-embrionária, 
onde o inseto apresenta grande crescimento. A larva se alimenta logo que nasce e faz 
várias ecdises, aumentando de tamanho e peso, permanecendo, porém, da mesma forma, 
até o momento em que pára de se nutrir e se transforma em pupa. A pupa é a segunda fase 
pós-embrionária, marcada por aparente dormência. Neste estado o inseto sofre grandes 
modificações para chegar à fase adulta. Este estágio é muito sensível às perturbações 
externas. 
Geralmente o inseto que faz este tipo de metamorfose só apresenta um tipo de larva 
antes de pupar, porém, algumas espécies se transformam em vários tipos de larvas antes de 
virar pupa. Essa variação de metamorfose completa é observada em alguns besouros e 
microimenópteros e é chamada hipermetabolia. 
As principais ordens que apresentam a holometabolia em seu desenvolvimento são: 
Coleoptera, Diptera, Siphonaptera, Lepdoptera e Hymenoptera (Figuras 87, 88 e 89). 
 
 
 
 
 
Figura 87. Fases do desenvolvimento de uma formiga Camponotus. Na figura são 
observados, da esquerda para direita, o crescimento da larva, em quatro tamanhos 
diferentes, a larva tecendo o casulo da sua pupa e o casulo formado, protegendo a 
pupa em seu interior (não visível). No canto superior esquerdo: formiga 
Camponotus adulta. Ordem Hymenoptera.
  66
 
Figura 88. Estágios de desenvolvimento de vespa (ordem Hymenoptera). Na 
imagem é visualizado o interior de um favo, onde no canto superior esquerdo tem-
se um ovo. No canto superior direito observa-se duas larvas de tamanhos 
diferentes. Abaixo, ao lado esquerdo, são vista pupas e uma larva, e ao lado pupas, 
a central já com o desenvolvimento avançado. 
 
  67
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 89. De cima para baixo: larva, pupa e 
adulto de vespa. Ordem Hymenoptera. 
  68
Tipos de Larvas 
 
De acordo com sua forma, as larvas podem ser classificadas em vários tipos: 
 
Campodeiforme – Apresenta três pares de pernas desenvolvidas, e o corpo visivelmente 
separado em cabeça, tórax e abdome (Figura 90). É ágil e predadora. Ex.: besouros da 
família Coccinellidae (joaninha). 
 
 
 
 
 
Carabeiforme – Possui três pares de pernas curtas, corpo alongado (Figura 91). É 
predadora e vive no solo. Ex.: besouros da família Carabidae. 
 
 
 
Figura 91. Larva do tipo carabeiforme, de 
besouro (ordem Coleoptera). Na imagem nota-
se que a larva possui o corpo alongado e as 
pernas curtas. 
 
Figura 90. Larva do tipo campodeiforme de 
joaninha (ordem Coleoptera). A larva possui 
o corpo dividido em cabeça, tórax e abdomen, 
além de pernas bem desenvolvidas. 
  69
Cerambiciforme – Semelhante à larva do tipo buprestiforme (ver pág. 71), porém sua 
segmentação é menos nítida e a parte torácica pouco destacada (Figura 92). Ex.: besouros 
da família Cerambycidae (serra-pau). 
 
 
 
 
 
 
Curculioniforme – É ápoda, possui corpo recurvado, branco-leitoso, com a cabeça 
destacada e quitinizada (Figura 93). Típica da família Curculionidae, ocorrendo também 
em outros coleópteros e em insetos de outras ordens. 
 
 
 
 
 
Figura 93. Larva do tipo curculioniforme. 
Nota-se a ausência de pernas. Ordem 
Coleoptera. 
Figura 92. Larva do tipo cerambiciforme, de 
besouro serra-pau. O corpo apresenta 
segmentação e ausência de pernas. Ordem 
Coleoptera. 
  70
Elateriforme – Apresenta três pares de pernas curtas, corpo alongado e muito quitinizado 
(Figura 94). Habita o solo. Ex.: besouros da família Elateridae. 
 
 
 
 
 
 
Vermiforme – É ápoda, locomovendo-se por contrações da musculatura. Possui coloração 
branco-leitosa. A cabeça não se diferencia do corpo, encontrando-se as peças bucais na 
extremidade mais estreita (Figura 95). Ex.: larvas de moscas. 
 
 
 
 
 
Limaciforme – É ápoda, semelhante a uma lesma achatada. Ex.: algumas espécies de 
moscas. (Sem figura) 
Figura 95. Larva do tipo vermiforme. Na imagem observam-se os três estágios 
larvais de mosca da Família Sarcophagidae. Ordem Diptera. 
Figura 94. Larva do tipo elateriforme de 
tenebra, com três pares de pernas. (Ordem 
Coleoptera).
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Buprestiforme – É ápoda, com pequena cabeça e segmentos torácicos alargados que 
destacam a parte anterior do tempo. Típica dos besouros da família Buprestidae. (Sem 
figura) 
 
Escarabeiforme – Possui três pares de pernas longas, recurvada em forma de “C”, com 
coloração branco-leitosa, dobras no corpo e o último segmento abdominal bastante 
desenvolvido. É subterrânea. Ex.: larvas dos besouros escaravelhos. (Sem figura) 
 
Eruciforme – Geralmente chamada de lagarta, é a larva típica dos lepidopteros. Possui três 
pares de pernas torácicas. Além destas pernas, a lagarta também possui cinco pares de 
pernas abdominais, chamadas pseudópodes, sendo que seu número pode variar, já que 
alguns dos pares de pernas podem estar ausentes. As pernas abdominais podem ter 
colchetes ou ganchos para a fixação (Figura 96). 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 96. Lagarta de lepidoptera. Destacam-se as pernas 
torácicas e os pseudópodes no abdômen. 
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Mecanismos de Defesa – A lagarta pode ter o corpo revestido por pelos que quando 
quebrados liberam uma substância urticante (Figura 97), e pode apresentar também 
glândulas de veneno que são expostas quando a lagarta se sente ameaçada (Figura 98). 
 
Obs.: As lagartas mostradas não estão exibindo sua coloração original, por serem 
espécimes pertencentes à coleção entomológica, sofrendo descoloração devido ao álcool 
no qual são mantidos. 
 
 
 
 
 
 
 
 Figura 98. Glândulas de veneno que são expostas 
quando a lagarta se sente ameaçada. 
Figura 97. Lado esquerdo: lagarta com pelos urticantes. Lado direito: visão 
aumentada dos pelos que liberam uma substância urticante ao serem 
quebrados (Ordem Lepidoptera). 
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Tipos de Pupas 
 
As pupas podem ser classificadas em diversos tipos, de acordo com sua forma: 
 
Pupa exarada ou livre – é aquela em que o desenvolvimento do inseto é protegido apenas 
por uma fina membrana, podendoser visualizadas as alterações morfológicas. A pupa 
também é considerada livre. As pupas exaradas ocorrem nas ordens Hymenoptera (Figura 
99) e Coleoptera (Figura 100). 
 
 
 
 
 
Figura 99. Pupa de vespa (ordem Hymenoptera). Nota-se a 
formação das antenas, asas, pernas e abdômen. 
 
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Figura 100. Canto superior esquerdo: vista lateral da pupa de joaninha (ordem 
Coleoptera). Destaca-se a formação da asa. Canto superior direito: vista ventral da 
pupa da joaninha (Ordem Coleoptera). È possível visualizar a formação das pernas e 
cabeça. Canto inferior esquerdo: vista lateral de pupa de tenebra (ordem 
Coleoptera). Canto inferior direito: vista ventral da pupa de tenebra (ordem 
Coleoptera), onde se destaca a formação da cabeça, asas e pernas do inseto. 
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Pupa Obtecta – Os caracteres morfológicos, como antenas e pernas, ficam 
justapostos ao corpo, dificultando sua visualização. Este tipo de pupa é típico dos 
lepidópteros. A pupa pode não estar envolvida por nenhuma proteção, sendo chamada pupa 
nua (Figura 101). Quando a pupa possui coloração dourada ou prateada, recebe o nome de 
crisálida (Figura 102). A pupa de várias borboletas é fixada por uma estrutura formada por 
fios que são secretados pela lagarta antes de pupar, denominada cremaster (Figura 101). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 102. Crisálida de borboleta (Ordem 
Lepidoptera). A pupa possui coloração dourada 
e prateada. 
Figura 101. Pupa nua de borboleta (Ordem 
Lepidoptera). As asas, pernas e antenas ficam 
justas ao corpo do inseto, sendo assim, é difícil 
sua visualização. Observa-se o cremaster no 
final do abdomen. 
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 A pupa pode estar envolvida por diversos materiais que a protegem. A pupa em 
casulo (Figura 103) é constituída por fios de seda tecidos pela lagarta, como é o caso do 
bicho-da-seda. Além de fios, a pupa pode estar envolta em gravetos ou folhas, como faz o 
bicho-cesto, formando sua pupa em estojo (Figura 104). Espécies de mariposas da família 
Geometridae fazem a pupa incompleta (Figura 105), sendo seu casulo frágil, o que facilita 
a visualização da pupa em seu interior. 
 
 
 
 
 
 
Figura 105. Pupa incompleta de 
mariposa (Ordem Lepidoptera). A 
estrutura do casulo permite a 
visualização da pupa em seu interior. 
Figura 104. Pupa em estojo do bicho-
cesto (Ordem Lepidoptera). O casulo 
é formado por fios secretados pela 
lagarta e gravetos. 
Figura 103. Pupa em casulo do bicho-
da-seda (Ordem Lepidoptera). O 
casulo é constituído por fios 
secretados pela lagarta. 
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Pupa coarctada – É envolvida pela exúvia do último instar larval, impedindo a 
visualização dos caracteres morfológicos do inseto adulto que está sendo formado (Figura 
106). É típica de dípteros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 106. Pupa do tipo coarctada de uma mosca. 
Ordem Diptera. 
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BIBLIOGRAFIA 
 
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	1 - capa e sumário.pdf
	2 - prefácio a bibliografia2.pdf

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