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Direito Econômico 52Da Ordem Econômica Constitucional U N ID A D E 08 Olá, Bem vindo à unidade 8. A Constituição econômica formal consiste num conjunto de normas da constituição política que garantindo os elementos definidores de um determinado sistema econômico, estabelecendo os princípios fundamentais de determinada forma de organização e funcionamento da economia estabelece, por isso mesmo, uma determinada ordem econômica Pronto para ampliar seu conhecimento? Boa aula! Ao estudar esta unidade de aprendizagem, você poderá: ● Desenvolver no aluno a capacidade de interpretar os fatos históricos e econômicos que marcaram a evolução da disciplina jurídica da economia. Proporcionar ao aluno o manejo do conhecimento sobre o Direito Econômico enquanto ramo da ciência jurídica, os elementos da Ordem Econômica Constitucional e principais institutos do Direito Econômico. No decorrer deste material você conhecerá diferentes temas. Confira abaixo: ● Dos valores, fundamentos e Princípios da Ordem Econômica Constitucional; ● Intervenção indireta do Estado na Ordem Econômica: regulação e planejamento; Intervenção direta do Estado na Ordem Econômica: atividades econômicas, monopólios e serviços públicos; ● Da exploração dos Recursos Naturais; ● Dos transportes, turismo e investimentos estrangeiros. Direito Econômico 53Da Ordem Econômica Constitucional U N ID A D E 08 3. Princípios explícitos da ordem econômica 3.1 Princípio da soberania nacional 3.2 Princípio da propriedade privada Status de direito e garantia fundamental pela carta de 1988 ( art. 5º, XVII), traduz-se no poder de usar, gozar dispor e perseguir um bem. Propriedade privada é um direito real, exercido por um titular de um determinado bem, que lhe assegura o direito de uso, de fruição, de disposição e de sequela. 3.3 Princípio da função social da propriedade Está condicionado Ao atendimento de uma função maior, estipulado por lei, com a interferência do Estado, inclusive a expropriação do bem. 3.4 Princípio da livre-concorrência É um dos alicerces da economia liberal, tendo como consequência a livre-iniciativa.O Estado deve garantir a livre-concorrência, mantendo o mercado justo e sem abusos (monopólio, oligopólio, truste, cartel, etc.) garantindo o equilíbrio entre a oferta e a procura. Traduz-se na mais alta autoridade governamental de uma nação, representando a última instância do poder decisório, caracterizada pela supremacia interna e independência externa. É a capacidade de ser reconhecido como pessoa jurídica de direito público na comunidade internacional. Observação No Brasil a livre-concorrência é fiscalizada pelo Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência – SBDC, composto pela Secretaria de Acompanhamento Econômico – SEAE e pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica – CADE. Direito Econômico 54Da Ordem Econômica Constitucional U N ID A D E 08 3.5 Princípio de Defesa do Consumidor Através da Lei 8078/90 – CDC, pela sua hipossuficiência em relação ao produtor e ao Vendedor, o consumidor precisa da tutela do Estado. 3.6 Princípio da defesa do meio ambiente. Busca promover a proteção do meio ambiente em face dos fatores de produção, de poluidora que causam degradação a fauna e a flora, conf. Legislação vigente (Leis 7802/89 – Agrotóxicos; 11105/05 – Engª Genética; 9605/98 – Crimes contra o meio ambiente, etc.) 3.7 Princípio da redução da desigualdade regionais e sociais Consiste no compartilhamento equânime, em todas as regiões do país, desenvolvimento social, erradicação da pobreza e da marginalização. 3.8 Princípio da busca do pleno emprego Trata-se da expansão das oportunidades de emprego, que tem por fim garantir que a população economicamente ativa, gerando renda para si quanto para o país. 3.9 Princípio do tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte É a garantia da existência e participação no mercado (Lei Complementar 123/06) 4. Princípios implícitos da ordem econômica 4.1 Subsidiariedade ● O poder público atua junto a iniciativa privada, como agente regulador, nos termos do art. 174, CRFB/88. ● A intervenção se dará nos casos previsto em lei, sendo vedada a exploração econômica fora das exceções constitucionais. (ar. 173, caput, CRFB/88) Direito Econômico 55Da Ordem Econômica Constitucional U N ID A D E 08 4.2 Liberdade Econômica Consiste na manifestação da liberdade no ciclo econômico: 4.3 Igualdade Econômica 4.4 Desenvolvimento Econômico Objetiva reduzir as desigualdades regionais e sociais, visando uma igualdade real, nos termos do art. 3º, III, CRFB. 4.5 Democracia Econômica Ampliar a oferta de oportunidades de emprego com chances iguais para todos (art. 3º, IV; art. 170, caput, CRFB/88). Direito Econômico 56Da Ordem Econômica Constitucional U N ID A D E 08 4.6 Boa-fé econômica ● Aplicação do princípio da transparência e da publicidade nas relações comerciais. Conforme lei 8078/90 – CDC (Código de Defesa do Consumidor), refere-se a: 5. Intervenção direta do Estado Brasileiro na Ordem Econômica É defeso ao poder público a exploração direta, excepcionalmente nos casos que se revelem imperativos a segurança nacional, de relevante interesse coletivo, bem como o monopólio constitucional disposto nos arts. 173 e 177 da CRFB/88 5.1 Setorização das atividades socioeconômicas da nação 5.2 Classificação das atividades econômicas ● a) Atividade econômica em sentido estrito; ● b) Serviços Públicos. Circulação Consumo Informações corretas ao consumidor Direito Econômico 57Da Ordem Econômica Constitucional U N ID A D E 08 5.3 Proibição de exploração de atividade econômica por parte do Estado ● Art. 173, § 1º , I, II, III, IV, V; § 2º; § 3º; § 4º e § 5º 5.3.1 Segurança nacional 5.3.2 Interesse coletivo 5.4 Entidade estatais empresariais ● Decreto-Lei 200/67 ● art. 5º, II – Empresa pública; III – Sociedade de economia mista. 6. Intervenção Indireta do Estado Brasileiro na Ordem Econômica É a forma normativa da ordem econômica dentro do texto constitucional, em seus art. 24,I c/c o art. 174, da CRFB/88, estabelecendo políticas públicas de condução e organização do mercado interno e externo. 6.1 Agente normativo: o Estado regulador ● Art. 174, § 1º, § 2º, § 3º e § 4º, CRFB/88 6.1.1 Da regulação É um conjunto de atos e mediadas estatais que tem por fim garantir a observância dos princípios norteadores da ordem econômica no mercado, bem como a devida e correta prestação de serviços públicos, além do incentivo e fomento para a implementação da política pública respectivas para direcionamento de cada nicho da economia. 6.1.2 Estrutura da regulação Somente haverá motivo para regulação se algum setor da economia cometer falhas no mercado, aliadas a uma insatisfação social, como: Direito Econômico 58Da Ordem Econômica Constitucional U N ID A D E 08 6.1.2.1 Forma de regulação ● a)Autorregulação ou regulação privada; ● b)Heterorregulação ou regulação pública 6.1.3 Tipos de regulação ● a)Econômica – prática abusivas, ex.: ANP, BACEN e CVM ● b)Serviços públicos – garantia dos serviços,m ex.: ANATEL e ANEEL ● c)Social – Respeito ao princípio da dignidade humana, ex.: ANVISA e ANS ● d)Ambiental – preservação, ex.: IBAMA ● e)Cultural – Visa fomentar a produção nacional, ex.: ANCINE e IPHAN 6.1.4 Instrumento de regulação São os institutos jurídicos que condiciona a sua definição quanto processo normativo, fiscalizador, incentivador,l planejador e mediador da atividade econômica. 6.1.5 Mecanismos de mercadoe de regulação São todos os atos de cunho empresarial e societário (contratual) em legislação específica, dos quais podem se valer os agentes econômicos para garantir a sua permanência saudável no mercado, respeitando o processo competitivo e as regras e normas do direito concorrencial. Direito Econômico 59Da Ordem Econômica Constitucional U N ID A D E 08Leitura Complementar FIGUEIREDO, Leonardo Vizeu. Lições de Direito Econômico. 5ª. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2012. Constituição Federal do Brasil, 1988 Bibliografia BÁSICA BASTOS, Celso Ribeiro. Curso de Direito Econômico. São Paulo: Celso Ribeiro Editor, 2003. FIGUEIREDO, Leonardo Vizeu. Lições de Direito Econômico. 5ª. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2012. FONSECA, João Bosco Leopoldino da. Direito Econômico. 5. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2010. Constituição Federal do Brasil, 1988 COMPLEMENTAR ARAGÃO, Alexandre. Agências reguladoras e a evolução do direito administrativo econômico. Rio de Janeiro: Forense, 2002. FRANCESCHINI, José Inácio Gonzaga. Introdução ao Direito da Concorrência. São Paulo: Malheiros Editores, 1996. GRAU, Eros Roberto. A Ordem econômica na Constituição de 1988. 7. ed. São Paulo: Malheiros Editores, 2002. SEITENFUS, Ricardo. Manual das Organizações Internacionais. 2. ed. 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